"No próprio dia da batalha, as verdades podem ser pinçadas em toda a sua nudez, perguntando apenas;
porém, na manhã seguinte, elas já terão começado a trajar seus uniformes."

(Sir Ian Hamilton)



sexta-feira, 30 de outubro de 2009

IMAGEM DO DIA - 30/10/2009


Durante a primeira fase da Guerra do Yom Kippur, em 1973, um comboio egípcio conduzindo suprimentos atravessa o Canal de Suez utilizando uma ponte lançada pela engenharia de combate


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PENSAMENTO MILITAR




"Um bom general deve não apenas conhecer o modo de vencer, mas também saber quando a vitória é impossível."

Políbio, historiador grego

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quinta-feira, 29 de outubro de 2009

IMAGEM DO DIA - 29/10/2009

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Durante a Guerra do Vietnã um helicóptero UH-1H do exército sul-vietnamita desembarca uma patrulha em território controlado pela guerrilha vietcongue.

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PERSONAGENS DA HISTÓRIA MILITAR – MARECHAL SOUSA AGUIAR


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* 02/06/1855 – Salvador-BA
+ 10/11/1935 – Rio de Janeiro-RJ
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Francisco Marcelino de Sousa Aguiar foi um militar, engenheiro e político brasileiro, tendo ocupado o cargo de prefeito do Distrito Federal (cidade do Rio de Janeiro) entre 1906 e 1909, nomeado pelo presidente Afonso Pena.

Filho do major do exército e ex-presidente da província do Maranhão Francisco Primo de Sousa Aguiar e de Johanna Maria Freund, austríaca, nasceu na capital da Bahia, e ficou órfão de pai aos treze anos de idade. Em 1869 ingressou na Escola Militar, como cadete. Tornou-se alferes-aluno em 1874 e concluiu o curso de engenharia dois anos mais tarde.
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Sousa Aguiar assumiu, em 1877, o cargo de instrutor-geral da Escola de Tiro de Campo Grande, no qual permaneceu até ser transferido para o Rio Grande do Sul, em 1879, onde demarcou as fronteiras brasileiras como o Uruguai, no período de 1880 a 1888. Assumiu o cargo de secretário do Ministro da Guerra em 1892, até integrar, no mesmo ano, a comissão que representou o Brasil em Chicago. Antes de partir, a pedido do então vice-presidente Floriano Peixoto, em poucos dias projetou o Hospital Central do Exército. Em 1893, assumiu o cargo de diretor-geral dos Telégrafos. Em 1896, tornou-se comandante da Escola Militar do Rio Grande do Sul e, em 1897, comandante do Corpo de Bombeiros, na capital da República, quando projetou o quartel central, cuja construção foi iniciada no ano seguinte. Foi promovido a general-de-brigada em 1904.
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Construção do Palácio Monroe, projeto de Sousa Aguiar

No ano seguinte, foi presidente da Comissão da Exposição do Brasil em Saint Louis; enquanto se encontrava nos EUA, incumbido pelo ministro do Interior, projetou o edifício da Biblioteca Nacional. A pedido do ministro da Fazenda, estudou a fabricação de cédulas para implantação dos serviços da Casa da Moeda e, por solicitação do ministro da Guerra, estudou o sistema estadunidense de fabrico da pólvora sem fumaça. Na Exposição, obteve o Grande Prêmio de Arquitetura com o projeto do Palácio Monroe.
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No retorno ao Brasil, foi encarregado da construção do edifício da Biblioteca Nacional e do Palácio Monroe. Foi prefeito do então Distrito Federal (Rio de Janeiro), de 16 de novembro de 1906 a 23 de julho de 1909. Reformou-se no posto de marechal em 1911.


O Quartel Central do Corpo de Bombeiros Militar do Rio de Janeiro, corporação que foi comandante, é uma das mais belas obras de Sousa Aguiar


Sousa Aguiar morreu em sua residência, na rua Paissandu nº 222, na cidade do Rio de Janeiro, às 13 horas do dia 10 de novembro de 1935. Deixou viúva Maria Gabriela de Sousa Aguiar e os filhos: Gabriel de Sousa Aguiar, engenheiro-chefe da Diretoria de Engenharia da prefeitura do Rio de Janeiro; Miguel de Sousa Aguiar, engenheiro da Companhia Mecânica e Importadora de São Paulo; Louis de Sousa Aguiar, médico; capitão Rafael de Sousa Aguiar; Geny, casada com Domecq de Barros; América, casada com Eugenio Lefki; e a religiosa Maria Angelina do Colégio Sion de Petrópolis. No enterro, a família dispensou as honras militares a que o marechal tinha direito, mas aceitou a oferta do prefeito Pedro Ernesto de a prefeitura arcar com as despesas do enterro, no Cemitério São João Batista, o qual decretou luto oficial de três dias.

Alguns projetos de Souza Aguiar :
- Palácio Monroe
- Biblioteca Nacional
- Quartel central do Corpo de Bombeiros
- Hospital Central do Exército
- Pavilhão Mourisco
- Palácio da Prefeitura
- Escolas Menezes Vieira, Macaúbas, Barth, Afonso Pena e Deodoro
- Posto Central de Assistência da Praça da República, atual Hospital Sousa Aguiar
- Casas para operários na Avenida Salvador de Sá e no Beco do Rio
- Mercado Municipal
- Mercado das Flores
- Edifício da Superintendência da Limpeza Urbana
- Oficinas da Superintendência da Limpeza Urbana

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NOTÍCIA - GENERAL RUY CAMPELLO É O NOVO DETENTOR DO BASTÃO DE COMANDO DA FEB



Em cerimônia realizada em 18 de outubro de 2009 no Monumento Nacional aos Mortos da 2ª Guerra Mundial, o General-de-Brigada Ruy Leal Campello recebeu o Bastão de Comando da Força Expedicionária Brasileira (FEB) das mãos do General-de-Exército Rui Monarca da Silveira, Chefe do Departamento de Educação e Cultura do Exército.

Por vontade expressa do Marechal Levy Cardoso, antigo detentor, o Bastão ficará sob a guarda do Monumento Nacional aos Mortos da 2ª Guerra Mundial (MNMSGM), encontrando-se em uma urna de madeira envidraçada, na posição vertical, encimada pelo busto do Marechal Mascarenhas de Moraes, Comandante da FEB, à entrada do Mausoléu no andar térreo. O Bastão esteve sob a guarda da Artilharia Divisionária da 1ª Divisão de Exército, de onde era conduzido para eventos especiais e cerimônias militares, quando ficava de posse do Marechal Levy Cardoso enquanto viveu.

Tendo o Marechal Levy falecido em 13 de maio do corrente ano, o Bastão agora será conduzido do MNMSGM para as solenidades, onde ficará de posse do General Campello. O próprio Marechal Mascarenhas não utilizou o bastão, visto que faleceu antes da instituição deste símbolo pelo Exército. Os Marechais Cordeiro de Farias e Machado Lopes foram os primeiros detentores do Bastão de Comando da FEB.

O Bastão como símbolo de autoridade e insígnia de Comando vem de tempos remotos - tinham-no os reis, assim como os grandes capitães. Em campanha, as batalhas só se iniciavam quando o monarca ou o General-em-Chefe fazia o sinal com o bastão. Para a confecção do Bastão de Comando do Exército Brasileiro foi escolhido o "pau-brasil", por se tratar de madeira que gerou o nome de nosso País poucos anos após o descobrimento. Esse Bastão é de posse exclusiva dos Oficiais-Generais da ativa. Seu uso é obrigatório para os Oficiais-Generais em função de Comando; facultativo para os demais, mas, obrigatório nas cerimônias Militares.

O Gen Campello nasceu na Cidade do Rio Grande-RS. Formou-se pela Escola Militar do Realengo em 1940, quando foi declarado aspirante-a-oficial de Infantaria. Na FEB foi Subcomandante da 5ª Companhia do 1º Regimento de Infantaria – Regimento Sampaio. No final de 1945, promovido a capitão, permaneceu no Regimento Sampaio no Comando da mesma companhia. Após concluir o curso de Comando e Estado-Maior, foi para a 3ª Divisão de Cavalaria, em Bagé-RS, servindo depois no I Exército, de 1955 a 1957, de onde foi para o Curso de Infantaria da Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais. Integrou o “Batalhão Suez” indo depois para o Estado-Maior da 1ª Divisão de Infantaria, no Rio de Janeiro.

Em 1959, serviu novamente no QG do I Exército, sob o comando do General Odylio Denys. Passou depois para o Gabinete do Ministro, com a ascensão do General Denys a esse cargo. Promovido aos postos de Oficial Superior por merecimento, de 1961 a 1964 pertenceu ao Estado-Maior do Exército. Em abril de 1964 passou a integrar a 2ª Seção do Estado-Maior da 1ª Divisão de Infantaria, comandada pelo General Orlando Geisel, vindo, a partir de maio, para o Gabinete do Ministro Costa e Silva.

De 1966 a 1968 comandou o Regimento Sampaio. Foi em seguida para Chefia da 3ª Seção do I Exército e daí para o Gabinete do Ministro Orlando Geisel, de onde saiu para a Comissão Militar Brasileira em Washington-EUA, dali retornando ao Gabinete do Ministro em 1973, quando foi promovido a general-de-brigada.

Nesse posto exerceu os seguintes cargos: Diretor de Movimentação, Comandante da 8ª Brigada de Infantaria Motorizada e Diretor do Pessoal Civil. Deixou o serviço ativo em 1978. Dentre as condecorações que lhe foram outorgadas por sua participação na FEB destacam-se: Cruz de Combate de 2ª Classe, Medalha de Campanha, Medalha de Guerra e Cruz ao Valor Militar da Itália.

O General Campello exerceu até meados de 2009 a Presidência do Conselho Deliberativo da Associação Nacional dos Veteranos da FEB (ANVFEB). Reside no Rio de Janeiro, no bairro de Laranjeiras.


Fonte: Jornal NOTICIAS DA ANVFEB
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terça-feira, 27 de outubro de 2009

IMAGEM DO DIA - 27/10/2009

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Durante a Guerra dos Sete Anos, em 1759, ocorreu a Batalha de Minden, no território da atual Alemanha. O 37º Regimento a Pé britânico tenta repelir uma carga da cavalaria francesa.


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ARMAS: O CAÇA SPITFIRE

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O Supermarine Spitfire foi um dos caças mais importantes de toda a 2ª Guerra Mundial, tendo sido o primeiro a ser produzido pela Grã-Bretanha com revestimento totalmente metálico.
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Foi desenhado por Reginald Mitchell que trabalhava na Supermarine Ltd. e que seguiu uma diretiva do Ministério do Ar britânico de 1934, a qual declarava a intenção de possuir um avião caça de alto rendimento com oito metralhadoras. O Spitfire era o descendente de uma série de aviões desenhados por Mitchell usados para participar no troféu Schneider nos anos 1920.

Com um motor de Rolls Royce de 12 cilindros, o Spitfire voou pela primeira vez em 1935 apesar de não ter sido integrado como caça inteiramente operável na Real Força Aérea Britânica (RAF) até 1938. Fabricado sobre uma estrutura de alumínio, o seu novo desenho de ala elíptica e o seu potente motor permitiram uma melhor manobrabilidade a altas altitudes.

O Spitfire era enviado para combater os caças alemães e os Hurricanes, mais lentos, eram enviados para abater os bombardeiros. Durante a Batalha de Inglaterra, em 1940, participaram mais Hurricanes que Spitfires, no entanto, um melhor comportamento a grandes altitudes do Spitfire permitiu alcançar a vitória final.
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Em 1942 fabricou-se um modelo parecido com o nome de Seafire, que era capaz de ser transportado nos porta-aviões da Marinha Real. Em 1943, o Spitfire foi o avião encarregado de desviar mísseis V-1 alemães em pleno vôo, fazendo-os cair no mar. Em 1947, os Spitfire foram retirados dos esquadrões da RAF, no entanto, os que realizavam missões de reconhecimento continuaram ao serviço até 1954.

Até 1947 tinham sido fabricados cerca de 40 modelos de Spitfire.



Características (Modelo Mk. VA)

Envergadura: 11,23 mComprimento: 9,12 m
Altura: 3,02 m
Peso: 2.267 Kg (vazio) e 2.911 Kg (carregado)Motor: Rolls Royce Merlin 45, V12 (1.487 hp)
Velocidade Máxima: 594 Km/hTeto Máximo: 11.125 m
Raio de ação: 700 Km
Armamento:
8 metralhadoras Browning de 7,7 mm (0.303 pol.)


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A COBRA FUMOU – O EMBARQUE DA FEB


Os mais céticos diziam que o Brasil só iria à guerra quando uma cobra fumasse. Pois tudo indica que, em algum lugar do país, um simpático ofídio puxou ao menos um cigarrinho de palha. No início de julho de 1944, após vários meses de expectativa, os primeiros soldados brasileiros seguiram rumo à Itália para juntar-se ao time Aliado que combatia as potências do Eixo. Nos próximos meses, deverão ser enviados cerca de 25.000 homens da Força Expedicionária Brasileira, a FEB, à Velha Bota.

O embarque do 1º Escalão verde-amarelo, sob o comando do general Zenóbio da Costa, no navio norte-americano USS General Mann encerra uma longa espera dos brasileiros para finalmente engajarem-se na batalha contra Itália, Alemanha e Japão. Quando, em dezembro de 1942, Getúlio Vargas anunciou que o Brasil não se limitaria ao fornecimento de materiais estratégicos para os países aliados e à simples expedição de contingentes simbólicos ao front, muitos duvidaram.

O primeiro passo oficial para a concretização dos planos do presidente aconteceu em 9 de agosto de 1943. Pela Portaria Ministerial 4.744, publicada em boletim reservado de 13 do mesmo mês, foi estruturada a FEB, constituída pela 1ª Divisão de Infantaria Expedicionária (1ª DIE) e por órgãos não-divisionários.

A 1ª DIE, comandada por um general-de-divisão, deveria compreender: um quartel-general constituído de estado-maior geral, estado-maior especial e tropa especial; uma infantaria divisionária comandada por um general-de-brigada e composta de três regimentos de infantaria; uma artilharia divisionária comandada por um general-de-brigada e composta de quatro grupos de artilharia (três de calibre 105 e um de calibre 155); uma esquadrilha de aviação destinada à ligação e à observação; um batalhão de engenharia; um batalhão de saúde, um esquadrão de reconhecimento, e uma companhia de transmissão - na verdade, de comunicações.
A tropa especial, além de um próprio comando, deveria incluir o comando do quartel-general, um destacamento de saúde, uma companhia do quartel-general, uma companhia de manutenção, uma companhia de intendência, um pelotão de sepultamento, um pelotão de polícia e uma banda de música.
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Soldados brasileiros embarcando no USS General Mann que os levaria à guerra

Ainda em agosto, o general João Batista Mascarenhas de Moraes, comandante da 2ª Região Militar, foi convidado pelo ministro da Guerra, Eurico Gaspar Dutra, para chefiar uma das divisões da FEB. Em seguida, o ministro partiu para os Estados Unidos carregando uma carta de Vargas ao presidente Franklin Roosevelt, em que Getúlio manisfestava o desejo do Brasil de participar das batalhas ativamente.


Material precário

Na fase de formação e estruturação da FEB, diversos oficiais foram despachados à terra do Tio Sam para participar de estágios nas bases militares estadunidenses. Desse modo, puderam se familiarizar com os procedimentos de combate dos americanos, que substituiriam os métodos franceses, historicamente ensinados nas escolas militares nacionais. Lá, a tropa brasileira se reeducaria para reduzir o emprego das marchas a pé e a utilização de cavalos, trocando-os por deslocamentos motorizados, rápidos e audazes.

Além de lidar com a dificuldade de adaptação dos soldados à nova doutrina, o general Mascarenhas de Moraes teve de vencer diversos obstáculos para tirar a FEB do papel. Um deles dizia respeito à seleção do contingente da tropa, sem critérios físicos ou intelectuais. O material disponível aos expedicionários também era precário. E, como se não bastasse, figurões do governo, simpáticos aos países do Eixo, trabalhavam contra a formação do agrupamento verde-amarelo.


Tropas da FEB desembarcam na Itália

No final de 1943, porém, decidiu-se que o Brasil mandaria um corpo militar para o teatro de operações do Mediterrâneo. Chefiando a recém-criada Comissão Militar Brasileira, na qual oficiais norte-americanos também tomaram parte, Mascarenhas de Moraes viajou à Itália e à África para observar os combates na região; antes de retornar, foi oficialmente nomeado chefe da 1ª Divisão de Infantaria Expedicionária.

Estava quase tudo pronto. Em 15 de maio de 1944, com a instalação do Estado-Maior Especial, que planejaria e executaria o embarque da 1ª DIE, ficou claro que não haveria mais volta. Na madrugada de 30 de junho para 1º de julho, finalmente, a promessa de Getúlio Vargas se cumpriu. O general Mascarenhas de Moraes e alguns oficiais de seu Estado-Maior embarcaram ao lado dos homens do 1º Escalão, que totalizava 5.075 homens - divididos entre um regimento de infantaria, um grupo de artilharia, uma companhia de engenharia e indivíduos ligados aos setores de manutenção, reconhecimento, saúde, comunicações, polícia, justiça, Banco do Brasil e correio. Todos os militares ostentam no ombro o brasão da Força Expedicionária Brasileira, cuja heráldica traz uma cobra, logo abaixo da inscrição "Brasil". O ofídio em questão, é claro, está fumando.


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sábado, 24 de outubro de 2009

IMAGEM DO DIA - 24/10/2009

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Final da Guerra do Golfo, 1991. Caça-bombardeiros F-15 e F-16 da Força Aérea dos EUA sobrevoam campos petrolíferos no Kuwait, mandados incendiar por Saddam Hussein.


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A BATALHA DE TANNENBERG (1914) – UMA VITÓRIA CLÁSSICA

O general Paul von Hindenburg, assumiu o comando das forças alemãs e aniquilou o exército russo em Tannenberg. Forçou a evacuação da Prússia e entrou em território russo. Esta foi, provavelmente, a mais completa e espetacular vitória da 1ª Guerra Mundial - o cerco e a destruição do 2º Exército Russo virtualmente acabou com a invasão russa da Prússia Oriental, antes mesmo desta ter realmente começado. A interceptação de mensagens, desavenças pessoais e a desobediência militar tiveram um papel preponderante. Tudo isto ocorreu entre 26 e 30 de agosto de 1914.

A incursão russa no território alemão tinha duas pontas. O general Samsonov começou a levar seu 2º Exército para a região sudoeste da Prússia Oriental enquanto o general Rennenkampf avançava para a região nordeste com o seu 1º Exército. Os dois exércitos planejavam combinar um assalto contra o 8º Exército alemão do general Prittwitz: Rennenkampf faria um ataque frontal, enquanto Samsonov envolvia Prittwitz pela retaguarda.

Este era o plano inicial dos russos. Entretanto, Rennenkampf resolveu alterá-lo após a vitória incoerente sobre o 8º Exército na Batalha de Gumbinnen, após a qual fez uma pausa para recompor suas forças.

Prittwitz, abalado com a ação em Gumbinnen e com medo de ser cercado, ordenou uma retirada para o rio Vístula. Quando Helmuth von Moltke, o Chefe do Estado-Maior da Alemanha, recebeu estas notícias, chamou Pittwitz e seu ajudante von Waldersee para Berlim - na verdade uma exoneração - e optou por uma combinação mais agressiva enviando Paul von Hindenburg - que retornou de sua aposentadoria aos 66 anos - e Erich Ludendorff para assumirem o comando.

Chegando à Prússia Oriental em 23 de Agosto, Hindenburg suspendeu imediatamente a ordem de retirada de Prittwitz e autorizou o plano de ação do Coronel Maximilian Hoffmann, chefe de operações de Prittwitz. Apesar de Hindenburg e Ludendorff receberem créditos pela ação subsequente em Tannenberg, o plano, na realidade, foi elaborado em detalhes por Hoffmann.

Hoffmann propôs um engodo onde tropas da cavalaria seriam usadas como fachada no Vístula. A intenção, no entanto, era confundir Rennenkampf que, como era do seu conhecimento, mantinha uma profunda desavença pessoal com Samsonov e estaria inclinado a não socorrê-lo se tivesse uma justificativa plausível.

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Neste meio tempo, o I Corpo do general Hermann von Francois seria transportado por trem até o extremo sudoeste para encontrar a asa esquerda do 2º Exército de Samsonov. Os outros dois corpos de Hindenburg, sob o comando de Mackensen e Below, aguardariam ordens para se deslocar a pé para o sul onde confrontariam a ala direita de Samsonov. Finalmente, um quarto corpo permaneceria no Vístula para encontrar Samsonov quando seu exército se deslocasse para o norte. A armadilha estava armada.

Enquanto isso, Samsonov, infernizado por problemas de comunicação e de suprimentos, ignorava completamente que Rennenkampf havia decidido fazer uma pausa para lamber suas feridas em Gumbinnen, imaginando que suas forças continuavam se movendo para o sudoeste.

Samsonov também estava totalmente desavisado do plano de Hoffmann ou da sua execução. Seguro de que seu 2º Exército estava em vias de perseguir e destruir o 8º Exército supostamente em retirada, ele continuou movimentando seu exército de doze divisões - três corpos - na direção noroeste do Vístula. O restante do VI Corpo foi deslocado para o norte, em direção ao seu objetivo original, Seeburg-Rastenburg.

Em 22 de agosto, o grosso das forças de Samsonov alcançou as extremidades da linha germânica, lutando (e vencendo) pequenas ações enquanto continuava a avançar para o cerco preparado pela armadilha alemã.


O general Hindenburg observa o campo de batalha com seu estado-maior

Ludendorff expediu uma ordem para o general Francois para iniciar o ataque na ala esquerda de Samsonov em Usdau em 25 de Agosto. Estranhamente, Francois rejeitou o que era claramente uma ordem direta e decidiu esperar até que seu apoio de artilharia estivesse em posição. Ludendorff - acompanhado de Hoffmann - viajou até Francois para repetir a ordem. Relutante, Francois concordou em começar o ataque, mas reclamou da falta de granadas.

Ao retornar do seu encontro com Francois, Hoffmann recebeu duas mensagens interceptadas pela inteligência que haviam sido transmitidas em texto claro por Rennenkampf e por Samsonov. Seu conteúdo era explosivo.

A primeira, enviada por Rennenkampf, revelava a distância entre o seu exército e o de Samsonov. Além disso, detalhava os planos iminentes da marcha do seu 1º Exército e que a marcha não era ao encontro do 2º Exército de Samsonov.

A importância da mensagem era clara: os alemães não precisariam temer uma intervenção do 1º Exército Russo durante seu assalto às forças de Samsonov. A segunda mensagem, enviada por Samsonov, era igualmente interessante.

Na véspera, 24 de Agosto, tendo enfrentado sem sucesso o XX Corpo alemão pesadamente entrincheirado na Batalha de Orlau-Frankenau, Samsonov observou o que ele considerou uma retirada geral dos alemães na direção de Tannenberg e além. Consequentemente, sua mensagem transmitia planos detalhados da rota que pretendia seguir para perseguir as forças alemãs.

De posse das duas mensagens, Hoffmann apressou-se em alcançar Ludendorff e Hindenburg para entregar os textos interceptados. Enquanto Ludendorff se mostrava cético quanto à autenticidade dos mesmos, Hindenburg, que ouvira Hoffmann relatar as diferenças pessoais existentes entre Rennenkampf e Samsonov, estava inclinado a alterar os planos do Oitavo Exército de acordo com as informações.

Hindenburg e Hoffmann argumentaram que, no final das contas, Francois poderia esperar a chegada de suprimentos de artilharia suficientes antes de iniciar seu ataque em Usdau, o qual acabou ocorrendo efetivamente dois dias mais tarde, em 27 de agosto. Mas Ludendorff, preocupado em demonstrar sua autoridade sobre Francois, insistia que o ataque deveria ser iniciado como definido originalmente.

Francois, entretanto, não tinha intenção de atacar sem o suporte da artilharia. Ficou discutindo com Ludendorff para ganhar tempo e, como queria, iniciou seu ataque em 27 de agosto, obtendo um sucesso marcante. Tomando Soldau, na borda russa, cortou a comunicação com o centro de Samsonov e suas forças confinaram a esquerda de Samsonov junto à fronteira.

Apesar do sucesso, Francois não tinha a confiança de Hindenburg e muito menos a de Ludendorff, principalmente porque ambos voltaram para Berlim para assumir a direção e conduzir a guerra.

Neste ponto, Ludendorff, temeroso de que as forças de Rennenkampf pudessem entrar subitamente em combate, ordenou que Francois se movesse novamente para o norte. Esta foi outra ordem ignorada por Francois, que escolheu levar seu corpo para o leste a fim de evitar que o centro de Samsonov fizesse uma retirada e atravessasse a fronteira. Apesar de executado em desobediência a uma ordem clara de Ludendorff, sua ação audaciosa contribuiu para o retumbante sucesso que se seguiu.

Tendo decidido em 25 de agosto - data em que recebeu as duas interceptações - que as forças de Rennenkampf dificilmente se uniriam às de Samsonov, Ludendorff enviou os dois corpos estacionados em Gumbingen para o sul onde, no dia seguinte, encontraram e entraram em ação contra o VI Corpo de Samsonov que se dirigia para o norte, em direção a Bischofsburg. Surpresas e desorganizadas, as duas divisões bateram em retirada separadamente na direção da fronteira russa.

Ignorando os avisos de um avanço maciço dos alemães que se moviam para o sul, Zhilinski, comandante de Samsonov, em 26 de agosto enviou o 1º Exército de Rennenkampf para o oeste, para Königsberg, uma distância considerável da localização de Samsonov. Devido ao alto grau de inimizade existente entre Samsonov e Rennenkampf, este não estava particularmente inclinado a socorrer Samsonov.

Para azar de Samsonov, Hoffmann e Ludendorff interceptaram a ordem em texto claro (novamente não cifrada) de Zhilinski para Rennenkampf. Os alemães despacharam prontamente Below de Bischofsburg para reencontrar-se com o centro alemão e enviaram Mackensen para o sul para encontrar-se com o general Francois em Willenberg, ao sul de Bischofsburg (o que ocorreu em 29 de agosto). Samsonov estava cercado.

Finalmente, em 28 de agosto, Samsonov percebeu o perigo ao qual havia se exposto. Com suprimentos criticamente escassos e com seu sistema de comunicação em frangalhos, suas tropas debandaram e o VI Corpo foi vencido. Consequentemente, ordenou uma retirada geral na tarde do mesmo dia.

Era o fim das forças de Samsonov. Debandaram diretamente para dentro do cerco das forças alemãs, muitos jogando suas armas fora e correndo do inimigo. A ajuda vinda da fronteira russa em forma de contra-ataques foi fraca e insuficiente.


















Generais Alexander Samsonov (à esquerda) e Pavel Rennenkampf (à direita): suas graves desavenças pessoais contribuíram para a derrota do exército russo em Tannenberg




Na ação, foram capturados 95.000 soldados russos, cerca de 30.000 foram mortos ou feridos e, do total de 150.000 homens apenas cerca de 10.000 escaparam. Os alemães sofreram menos de 20.000 baixas e, além dos prisioneiros, capturaram mais de 500 armas. Foram precisos sessenta trens para transportar o equipamento capturado para a Alemanha.

Samsonov, perdido com seus ajudantes nas florestas ao redor, suicidou-se com um tiro na cabeça por sentir-se incapaz de relatar a dimensão do desastre ao czar Nicolau II. Uma das versões é que seu corpo foi encontrado pelos alemães, que fizeram um funeral militar. Outra é que nunca foi encontrado.
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Alguns dos Prisioneiros russos
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sexta-feira, 16 de outubro de 2009

IMAGEM DO DIA - 16/10/2009

Grande Guerra do Norte, 1708. Junto ao rio Neva, granadeiros russos investem contra bateria de canhões sueca.

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NAVIO FRANCÊS AFUNDADO NA 1ª GUERRA É ENCONTRADO NO MEDITERRÂNEO


Um navio de guerra francês da 1ª Guerra Mundial, o Danton, foi encontrado em ótimas condições de preservação no fundo do Mar Mediterrâneo.

O Danton foi afundado por um submarino alemão em 1917 e foi descoberto pela companhia de pesquisas geológicas Fugro durante uma pesquisa para a construção de um gasoduto entre a Argélia e a Itália, a mil metros de profundidade.

O encouraçado foi encontrado em ótimas condições, com suas torres de tiro ainda intactas. Os detalhes da descoberta foram divulgados nesta quinta-feira em uma entrevista coletiva no Museu de Ciência e Tecnologia em Milão, Itália.

"Suas condições são extraordinárias", disse Rob Hawkins, diretor de projeto da Fugro GeoConsulting Limited, ao anunciar a descoberta nesta quinta-feira.

"Depois que foi atingido por torpedos, o Danton virou e rodou várias vezes. Você pode ver onde parte da infraestrutura caiu e, então, o local de impacto no fundo do mar. É possível ver onde ele deslizou pelo fundo do mar antes de parar", disse Hawkins à BBC.

O Danton afundou com 296 marinheiros ainda a bordo e está a 35 km a sudoeste da Sardenha, alguns quilômetros de onde todos pensavam que o navio tinha afundado.



Imagem de sonar tridimensional do Danton no fundo do mar


"O comando naval francês discutiu por um tempo, afirmando que o navio devia estar a várias milhas marítimas de onde está, mas lembramos a eles que métodos modernos de (localização por) GPS são mais precisos do que os instrumentos usados naquela época", acrescentou.

Desvio


Uma comparação entre com a planta original do encouraçado, principalmente com suas armas de 240 milímetros, confirmou a identidade do Danton.
Agora o governo da França quer a proteção do local onde está a embarcação.

O navio de guerra tinha menos de dez anos quando afundou, pesava 19 mil toneladas e tinha 150 m de extensão. Ele levava mais de mil homens quando foi atacado pelo submarino U-64 da Alemanha.

O Danton em imagem de sonar computadorizada. É possível observar o bom estado de conservação dos destroços

Barcos de patrulha e um destróier conseguiram salvar a maioria dos que estavam a bordo.
O Danton viajava entre a cidade francesa de Toulon e a ilha grega de Corfu, onde deveria se reunir a outros navios da frota da França. Muitos dos que viajavam no navio de guerra eram na verdade tripulantes de outros navios que já estavam em Corfu.

A descoberta do encouraçado, que recebeu o nome do revolucionário francês Georges Danton, significa que o gasoduto de 66 centímetros de diâmetro que passará pela região terá que fazer um pequeno desvio para evitar o navio.

O gasoduto está sendo construído pelo consórcio Galsi (Gasdotto Algeria Sardegna Itália) e será o mais profundo já construído quando ficar pronto em 2012.

Imagem da proa do navio no fundo do mar


Fonte: BBC Brasil

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quinta-feira, 15 de outubro de 2009

NAPOLEÃO E A AMÉRICA ESPANHOLA

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Quando Napoleão invadiu a Espanha, destituiu o rei Fernando VII e colocou seu irmão, José Bonaparte, no trono Espanhol; os espanhóis reagiram pegando em armas. Os criollos, por sua vez, aproveitaram-se do fato de a Espanha estar sem o seu legítimo rei e formaram juntas governativas (governos locais), passando a se autogovernar em várias colônias da América espanhola.

Essas juntas governativas realizaram o antigo sonho dos criollos de comerciar livremente com todos os países. Algumas delas iniciaram o movimento pela independência.

Foram muitas batalhas sangrentas, e as lutas se intensificaram depois que os franceses foram expulsos da Espanha. O rei espanhol Fernando VII reassumiu o trono e enviou milhares de soldados para tentar impedir a independência na América. Para isso, contou com a ajuda dos exércitos da Santa Aliança, que queriam restabelecer a antiga ordem. Apesar de tantas forças contrárias, os latinos conseguiram a vitória.

Na América do Sul, os exércitos de libertação, com um total de 4 mil soldados comandados pelo argentino José San Martin, libertaram inicialmente a Argentina (1816); depois, libertaram o Chile (1818). Em seguida, o "Exército dos Andes" desembarcou na costa peruana, protegido por navios ingleses, e libertou o Peru (1821). A Inglaterra, tinha interesse em conquistar mercados na América.

Um outro exército de libertação, comandado por Simón Bolivar, venceu as forças espanholas sucessivas vezes, libertando a Colômbia (1819), a Venezuela (1819), o Equador (1822) e a Bolívia (1825).


José de San Martin


Reações externas à independência
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Nas lutas para impedir a libertação de suas colônias americanas, a Espanha contou com a ajuda dos exércitos da Santa Aliança. Apesar disso, foi derrotada pelos exércitos latino-americanos, ajudados pela Inglaterra, país que apoiou abertamente a emancipação política da América Latina.
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A Inglaterra colocou-se ao lado dos países latino-americanos principalmente porque desejava ampliar seu comércio com esses países, comprando matérias-primas deles e vendendo-lhes produtos industrializados.

Outro país que apoiou o processo de independência latino-americana foram os Estados Unidos, que desejavam estender sua influência política e econômica sobre toda a América. Prova dessa intenção é a Doutrina Monroe, lançada pelo presidente americano James Monroe em 1823, cujo lema era "a América para os americanos".


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PERSONAGENS DA HISTÓRIA MILITAR – GENERAL TOMOYUKI YAMASHITA, O TIGRE DA MALÁSIA


* 08/11/1885 – Osugi Mura, Japão
+ 23/02/1946 – Los Baños, Filipinas


Tomoyuki foi um general do Exército Imperial do Japão, famoso como conquistador da Malásia e de Cingapura, no começo da Guerra do Pacífico, durante a 2ª Guerra Mundial. Preso, julgado e condenado como criminoso de guerra após a rendição japonesa, foi enforcado nas Filipinas em fevereiro de 1946.

Yamashita era filho de um médico da pequena vila onde nasceu, na ilha de Shikoku, mas não seguiu a carreira do pai, preferindo a carreira militar. Em 1905 graduou-se como cadete e cursou a Escola de Guerra do Exército entre 1913 e 1916. Com a patente de capitão, serviu como adido militar em Berna e Berlim, entre 1919 e 1921.

Carreira antes da guerra

Apesar de suas habilidades como oficial, Yamashita caiu em degraça nos meios militares durante os anos 20 e 30 a meio das disputas internas entre a cúpula militar japonesa. Ele entrou em choque como Ministro da Guerra, Hideki Tojo, por fazer parte da facção que apoiava o poder imperial sobre as forças armadas, contra a facção liderada por Tojo, que pregava o controle da política externa armada do Japão nas mãos dos militares.

Ele também caiu em desfavores com o Imperador Showa, ao tentar interceder pela clemência aos jovens oficiais japoneses numa rebelião do baixo oficialato do exército em fevereiro de 1936 e sempre insistiu em que o Japão deveria terminar o conflito com a China e manter relações amigáveis com os Estados Unidos e a Grã-Bretanha, mas era ignorado por suas opiniões e foi investido de um comando sem importância no interior da Manchúria, onde participou de alguns combates entre 1938 e 1940 contra insurgentes chineses da região. Em dezembro de 1940, foi enviado pelo governo numa missão clandestina à Alemanha e a Itália, onde se encontrou com Adolf Hitler e Benito Mussolini.


Malásia e Cingapura

Em 8 de dezembro de 1941, no comando do 25° Exército japonês, o general Yamashita invadiu a Malásia partindo da Indochina. Na campanha, que terminou em 15 de fevereiro de 1942 com a captura de Cingapura, os 30.000 soldados de Yamashita capturaram, feriram ou mataram 110.000 homens das tropas britânicas, indianas, malaias e australianas, o exército da Comunidade Britânica, na maior rendição já sofrida pelo Império Britânico, o que lhe valeu a alcunha de Tigre da Malásia.

A campanha e a subsequente ocupação da Malásia, incluiu crimes de guerra contra militares e civis, como os do Hospital Alexandra. A culpa do general nestes episódios é controversa, já que ele mesmo mandou enforcar o oficial japonês responsável pelo massacre no hospital, como exemplo para a tropa.

Apesar de vitória, entretanto, em 17 de julho Yamashita foi retirado do comando na Malásia e enviado para a Manchúria, onde passou quase dois anos num comando inferior e fora do teatro de guerra do Pacífico. Acredita-se que este banimento tenha sido obra do primeiro-ministro Hideki Tojo, se aproveitando do que foi considerada uma gafe de Yamashita, ao discursar aos líderes civis de Cingapura depois da conquista da ilha, chamando-os de “cidadãos do Império do Japão”, o que foi considerado bastante embaraçoso pelo governo, que não considerava habitantes dos territórios ocupados como cidadãos japoneses.


Filipinas

Em 1944, com a situação da guerra bastante adversa para o Japão, o general Yamashita foi enviado às Filipinas com a missão de defender o país, chegando a Manila apenas dez dias antes dos desembarques norte-americanos no Golfo de Leyte. Ele tentou organizar seus 220.000 soldados em três áreas defensivas pelo país, mas o desembarque posterior na Baía de Lingayen a 6 de janeiro de 1945, o obrigou a retirar suas tropas da capital para as montanhas de Luzon, deixando apenas forças de segurança para entregar Manila aos invasores.

Entretanto, quase imediatamente após a saída das tropas do exército, a marinha ocupou Manila com dezesseis mil marinheiros e fuzileiros, com a intenção de destruir todas as instalações portuárias e navais da cidade, impedindo-as de cair intactas em mãos do inimigo. Porém, o contra-almirante Iwabushi, comandante da tropa naval, assumiu o comando dos 3.750 soldados do exército deixados para trás e, contra as ordens de Yamashita, transformou Manila num campo de batalha.

As ações da guarnição japonesas acabaram provocando a morte de mais de 100 mil filipinos, o que mais tarde seria conhecido como Massacre de Manila, durante os pesados combates pela posse da capital, que duraram de 4 de fevereiro a 3 de março de 1945.

Usando de táticas de despistamento e contenção limitada, Yamashita manteve suas tropas em combate nas selvas e montanhas do interior das Filipinas até 2 de setembro de 1945, data da rendição oficial do Japão. Suas forças, então limitadas a 55.000 homens, se renderam aos generais Aliados Arthur Percival – derrotado por ele em Cingapura três anos antes – e Jonathan Wainwright – derrotado em Corregidor, na ocupação das Filipinas pelos japoneses em 1942, até então prisioneiros de guerra do Japão.

Questionado por que não cometeu suicídio – à moda da tradição japonesa para guerreiros derrotados – respondeu que, se o tivesse feito, alguém mais, inferior à sua patente, teria que assumir as responsabilidades perante os vencedores.

Julgamento e execução

Entre 29 de outubro de 7 de dezembro de 1945, Yamashita foi julgado por crimes de guerra cometidos por tropas japonesas em Cingapura e Manila e sentenciado à morte. A legitimidade do julgamento e da sentença foi muito questionada e coberta de controvérsias, já que muitas evidências apontavam para sua inocência nos casos, já que em Cingapura o massacre de civis e feridos à baioneta no hospital foi feito sem seu conhecimento e após as atrocidades ele mandou executar o oficial responsável; em Manila ele não comandava as tropas navais que lutaram com os americanos e massacraram os civis.

Alguns observadores concluíram que o desejo de vingança do general Douglas MacArthur contra os japoneses que ocuparam as Filipinas durante a guerra, tenha sido a causa deste julgamento rápido e da sentença capital, mesma tática usada contra o general Masaharu Homma, conquistador das Filipinas em 1942, quando MacArthur foi obrigado a fugir do país.

O General Yamashita com um carcereiro na prisão enquanto aguardava julgamento

Seus advogados, militares americanos, que desafiaram as acusações do tribunal levando o pedido de clemência à Suprema Corte e ao Presidente Harry Truman, todos negados, foram presenteados com suas imponentes botas com esporas de ouro, antes de sua execução, em 23 de fevereiro de 1946 na prisão de Los Baños, 50 km ao sul de Manila.
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HOMENAGEM ESPECIAL

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Tarefa difícil, mas não impossível,

tarefa que pede sacrifício incrível!

Tarefa que exige abnegação,

tarefa que é feita com o coração!

Nos dias cansados, nas noites de angústia,

nas horas de fardo, de tamanha luta,

chegamos até a questionar:

Será, Deus, que vale a pena ensinar?

Mas bem lá dentro responde uma voz,

a que nos entende e fala por nós,

a voz da nossa alma, a voz do nosso eu:

- Vale sim, coragem!

Você ensinando, aprende também.

Você ensinando, faz bem a alguém,

e vai semeando nos alunos seus,

um pouco de PAZ e um tanto de Deus.


Fugindo um pouco do assunto principal do BLOG, não poderia deixar passar em branco o Dia do Professor - o nosso dia.

A todos os mestres que passaram por minha vida, o meu muito obrigado.

Aos colegas de tablado, a nossa homenagem ... Parabéns a todos!!


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IMAGEM DO DIA - 15/10/2009

Ainda a Cavalaria. Durante a Revolução Bolchevique, em 1920, soldados de cavalaria do Exército Vermelho participam de uma revista antes de saírem para missão de reconhecimento na Polônia.
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CAVALARIA PESADA DO EXÉRCITO DA MACEDÔNIA

O exército macedônio é considerado uma das maiores forças militares do mundo antigo, primeiro sob o domínio do rei Filipe II da Macedônia e, posteriormente, com seu filho Alexandre, o Grande.
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O exército macedônio aplicou diversas inovações táticas, desenvolvidas com base na falange tradicional grega por homens como Epaminondas de Tebas (que por duas vezes derrotou os espartanos), bem como ataques coordenados entre as várias armas do seu exército, falange, a cavalaria e máquinas de sítio.
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Hetairoi
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A cavalaria pesada Macedônia (Hetairoi) era o braço de elite do exército, e tem sido considerada como a melhor cavalaria no mundo antigo. Juntamente com contingentes de cavalaria da Tessália, os Hetairoi, compunham o grosso da cavalaria pesada macedônia.
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A cavalaria pesada macedônia - 1.800 homens no total – constituía a melhor unidade do exército, seus cavaleiros eram recrutados dos filhos das famílias mais nobres da Macedônia. A unidade de Cavalaria Hetairoi era composta por oito esquadrões de 200 homens cada, com exceção do Esquadrão Real que possuía efetivo de 400 cavaleiros e se constituía na unidade de elite do exército. O esquadrão era dividido em quatro unidades menores chamadas tetrarchia, cada qual com 49 homens.

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O valor de 49 foi decidido de maneira muito simples: o tetrarca seguia à frente da unidade, com três homens na primeira linha atrás dele, cinco na segunda, sete na terceira e assim sucessivamente até a última, que tinha treze homens. Esta formação triangular foi introduzido no exército macedônio por Filipe II e tinha a vantagem de tornar possível a realização de rápidos movimentos de conversão à esquerda ou à direita, em ângulos de cerca de 45 graus, o que dava à unidade mais capacidade de manobra do que a formação em linha utilizada pela cavalaria persa.


Não havia necessidade de toda a unidade fazer a conversão para mudar de frente, bastava cada homem se virar para a meia-esquerda ou para a meia-direita, e a lateral esquerda ou direita do triângulo se tornava a nova linha de frente da unidade, com sete combatentes na primeira linha e seis na segunda. Os homens na primeira linha ficavam espaçados, de modo que não impedissem a segunda linha de carregar contra o inimigo. Isso dava à tetrarchia uma impressionante linha de frente de 13 homens, 52 para todo o esquadrão.


As quatro tetrarchias de um esquadrão eram dispostas como os dentes de uma serra, uma ao lado da outra. Em função desse dispositivo, os obstáculos existentes no terreno não impediam sua livre circulação em linha reta ou na diagonal. Diversos esquadrões reunidos constituíam uma brigada de cavalaria (hipparchy), comandada por um hipparch. A execução dessas manobras complexas em condições de batalha exigia forte disciplina e um elevado nível de treinamento.


Cada esquadrão era recrutado a partir do seu Conselho, levando seu nome e, provavelmente, seu brasão e insígnias. O armamento e o equipamento não diferia muito do grego, mas o capacete era caracteristicamente macedônio. O próprio Alexandre teve seu capacete danificado por um golpe de machado de um cavaleiro persa durante a Batalha de Granicus, e substituiu-o por um capacete beócio. Durante o reinado de Alexandre, os cavalarianos não portavam escudos. No entanto, a cavalaria Hetairoi da dinastia Antígonas passou a ser equipada por escudos grandes e redondos de origem trácia.


Nos tempos antigos, leões e leopardos eram encontrados na Macedônia, chegando a ser mencionados por fontes romanas vários séculos mais tarde. Macedônios e trácios cobriam seus cavalos com as peles desses animais, como podem ser vistos em relevos de pedra que foram preservados até os dias atuais.

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NOTÍCIA - POLÍCIA PORTUGUESA RECUPERA PISTOLAS DOURADAS DE D. PEDRO I ROUBADAS DE MUSEU

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Após 36 anos desaparecidas, duas pistolas feitas artesanalmente e que pertenceram a D. Pedro I, o primeiro imperador do Brasil, foram recuperadas pela Polícia Judiciária de Portugal.
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As armas, folheadas a ouro, foram fabricadas pelo mestre armeiro Thomaz Jozé de Freitas em 1817, do Arsenal Real de Lisboa, para uso exclusivo do príncipe D. Pedro. Os artefatos tinham sido roubadas do Museu Militar de Lisboa em 1973.
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Exemplares únicos, tinham canos de desenroscar para carregar a munição, fecho de pederneira e ornamentação com embutidos de ouro e gravações em prata exibindo motivos vegetais estilizados e as armas do Reino Unido de Portugal e do Brasil.
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Segundo a Polícia Judiciária, elas seriam leiloadas na última quinta-feira, 8 de outubro, em uma das principais casas de leilões portuguesas, o Palácio do Correio Velho. O lance mínimo era de 100 mil euros (cerca de R$ 260 mil).
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As pistolas eram o lote 38 – um dos mais caros do leilão. O Correio Velho não revela quem era o vendedor das armas.
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Roubo
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De acordo com o processo judicial da época, o roubo de 1973 foi realizado por um ladrão que se escondeu atrás de um relógio de grandes dimensões e passou a noite no museu – quando pegou o que havia mais próximo de onde se encontrava.
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O ladrão foi preso em 1977 e condenado a cinco anos de cárcere, mas na época confessou já ter vendido o fruto do roubo a um colecionador alemão.
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Em 1991, as pistolas estiveram no catálogo de um leilão na Christie's de Londres, colocadas à venda por um cidadão alemão que indicava que as tinha recebido em herança.
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Na época, Portugal tentou recuperar as armas, mas os tribunais alemães consideraram que elas tinham sido compradas legalmente.

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Posteriormente, as armas foram vendidas a um colecionador português. Ainda não há no Museu Militar informações de quando as pistolas, agora recuperadas, deverão estar novamente em exposição.


Fonte: BBC Brasil

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quarta-feira, 14 de outubro de 2009

PENSAMENTO MILITAR - MAQUIAVEL



"Faz-se a guerra quando se quer,
põe-se-lhe termo quando se pode."


Nicolau Maquiavel

IMAGEM DO DIA - 14/10/2009

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No dia 14 de agosto de 1385, os exércitos castelhano e português defrontaram-se em Aljubarrota, culminando a batalha com a vitória dos portugueses e a confirmação da independência de Portugal.


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FORTE DO BRUM



O Forte de São João Batista do Brum localiza-se no bairro do Recife, cidade do Recife, estado de Pernambuco, no Brasil. Primitivamente, erguia-se ao Norte da povoação do Recife, no istmo de areia que a ligava a Olinda.
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Antecedentes

Sobre os alicerces de uma antiga trincheira portuguesa, conquistada pelo corsário inglês James Lancaster em abril de 1595, os holandeses edificaram um fortim, o qual foi abandonado posteriormente e denominado pelos portugueses de Forte de São Jorge. Na iminência da segunda das invasões holandesas no Brasil (1630-1654), face à precariedade das defesas do Recife, o Superintendente da Guerra da Capitania de Pernambuco, Matias de Albuquerque (c.1590-1647), ordenou a demolição do arruinado Forte de São Jorge, e com o material deste, e a sua artilharia, a construção de um novo forte.
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O domínio holandês

O Forte Novo de São Jorge teve sua construção iniciada em outubro de 1629, com projeto do engenheiro militar português Diogo Pais, e com as suas obras a cargo do Sargento-mor Engenheiro Pedro Correia da Gama, a ser artilhado com vinte e quatro peças de diferentes calibres. Foi invadido pelos holandeses em fevereiro de 1630, ainda na fase inicial de suas obras, quando não devia passar de uma simples bateria ou entrincheiramento. Incompleto e danificado pelo assalto, foi concluído a partir de abril de 1630 pelos engenheiros holandeses Tobias Commersteyn, Andréas Drewich e Pieter van Bueren. Foi denominado Forte Bruyne (por corruptela, Brum), em homenagem a Johan Bruyne, integrante do Conselho de Comissários que governou o Brasil holandês.

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Fachada principal do Forte do Brum
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Sua estrutura era uma forte estacada dupla de madeira preenchida com areia, contratada por empreitada com o Alferes do Capitão Ellert, Ludolf Nieuwenhuysen e com o Sargento do Capitão Craey, Joris Bos. Sobre esta estrutura, Maurício de Nassau, no "Breve Discurso" de 14 de janeiro de 1638, sob o tópico "Fortificações", reporta:

"Adiante do Castelo de São Jorge, sobre a praia de areia que vai ter à cidade de Olinda, está o forte de Bruyne. É quadrangular, tem do lado do mar somente meios baluartes pequenos, e do lado do rio [Biberibe] baluartes inteiros e acabados. Acha-se em boa ordem e em perfeito estado, mas não tem fosso e nem as necessárias paliçadas. Há diante dele um hornaveque que está um tanto estragado. A tiro de mosquete deste hornaveque fica um reduto que serve de guarda-avançada."
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O "Relatório sobre o estado das Capitanias conquistadas no Brasil", de autoria de Adriaen van der Dussen, datado de 4 de abril de 1640, complementa, atribuindo-lhe a Companhia do Sr. Ghijselin com um efetivo de 125 homens:

"À distância de um tiro longo de mosquete do Castelo de São Jorge em direção à cidade de Olinda, fica o forte de Bruyn, que é um forte de quatro baluartes, se bem que, do lado do mar, em consequência do descaimento da praia, os baluartes e os flancos não puderam ser completados; possui um hornaveque, não tem fosso mas uma sólida paliçada em torno, sendo o forte de uma altura regular. Nele há 7 canhões de bronze a saber: 2 de 24 libras, 1 de 18 [lb], 1 de 16 [lb] (sendo uma peça espanhola), 1 de 10 lb, também [peça] espanhola, e 2 bombardas de 6 lb, todos montados."
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Gaspar Barléu, em, sua obra O Brasil Holandês sob o Conde João Maurício de Nassau transcreve a informação: "(...) Não longe do Forte de São Jorge, avista-se o do Brum com quatro bastiões e sete peças de bronze, fechado, demais, com a sua estacada". Atribui-lhe o mesmo efetivo de 125 homens.

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O editor do BLOG História Militar ao lado dos restos mortais de um soldado luso-brasileiro exumado dos Montes Guararapes e conservado no Museu Militar do Forte do Brum;

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O forte figura, ainda, nos mapas de Frans Post (1612-1680) da Ilha de Antônio Vaz (1637), e de Mauritiopolis (1645. Biblioteca Nacional, Rio de Janeiro), e no mapa "A Cidade Maurícia em 1644", de Cornelis Golijath.
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A reconquista portuguesa

Reconquistado por forças portuguesas ao final do conflito (1654), quando estava artilhado com quatorze peças, foi rebatizado como Forte de São João Batista. O governador da Capitania de Pernambuco, Bernardo de Miranda Henriques, solicitou à Coroa permissão para restaurar o forte, tendo em vista sua importância para a defesa da Capitania. Com a nomeação de Antônio Correia Pinto para o cargo de Engenheiro da Capitania de Pernambuco, em dezembro de 1668, foi elaborada a planta para a sua reconstrução, cujas obras ficam a cargo da Câmara Municipal de Olinda, empregando-se a pedra retirada das ruínas abandonadas do Forte de São Jorge Novo (arenito retirado dos recifes).
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A partir de 1671 as obras passam à responsabilidade de João Fernandes Vieira (1602-1681), no cargo de Superintendente das Obras de Fortificação da Capitania de Pernambuco, acrescentando-se-lhe um fosso inundado no exterior, protegido por um pequeno muro. As obras foram concluídas em 1690, no governo de Antônio Luiz Gonsalves da Câmara, embora algumas obras de menor porte tenham prosseguido até 1715.



O século XIX

O forte foi palco de diversos conflitos registrados na Província na primeira metade do século XIX. Durante a Revolução Pernambucana (1817), após o assassinato do Brigadeiro Barbosa de Castro pelo Capitão José de Barros (o "Leão Coroado") no Forte de São Tiago das Cinco Pontas, o Governador e Capitão-general da Província de Pernambuco, Caetano Pinto de Miranda Montenegro (1804-1817), refugiou-se no Forte do Brum. Sem meios de defesa ante o assalto dos rebeldes, o governador foi forçado a capitular, em 7 de março, e a embarcar para o Rio de Janeiro.

Em 1823 o Comandante das Armas da Província, Coronel Joaquim José de Almeida, foi detido neste forte, pelo povo e pela tropa, amotinados.

Durante a Confederação do Equador (1824), nele também foi detido o chefe da Junta Governativa nomeado pela Câmara de Olinda, Manuel de Carvalho Pais de Andrade. Sua guarnição se revoltou, libertando-o, iniciando o conflito, que se encerrou com a ocupação do forte no dia 17 de setembro de 1824.

Durante a Revolução Praieira de 1848, o forte serviu como prisão política, conforme a "Lista dos Cidadãos que se achavam presos em Pernambuco em 2 de maio de 1849".

Do fim do Império aos nossos dias
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O forte foi reparado em 1886, e foram feitas melhorias, no montante de 11:888$000 réis, em 1889. Em 1907 exigia reparos gerais, particularmente no esgoto e na iluminação, tendo-se providenciado o mais urgente em 1908, e se destinado uma verba de 14:000$000 réis para o ano de 1909.

Com a eclosão da 1ª Guerra Mundial (1914-1918), foi guarnecido, a partir de 1915, pela 2ª Bateria do 4º Batalhão de Posição da Bahia.
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A partir de 1934, o General Manoel Rabelo cogitou reformar as suas instalações para aí instalar um Museu Militar. Permanecia abandonado ainda em 1938, abrigando famílias de baixa renda. De propriedade do governo do Estado de Pernambuco, foi tombado pelo IPHAN em 1938. Em meados do século XX, serviu como depósito da 7ª Região Militar e como junta de alistamento militar.

O forte passou por pesquisa arqueológica parcial em 1985, pelo Laboratório de Arqueologia da Universidade Federal de Pernambuco, em colaboração com o Comando Militar do Nordeste, a 7ª Região Militar e a Fundação Joaquim Nabuco. Na ocasião foi pesquisada a Praça de Armas, descobrindo-se algumas das primitivas estruturas do forte, inclusive a cacimba de água.



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Atualmente administrado pelo Exército Brasileiro, o Forte do Brum encontra-se restaurado e aberto ao público, abrigando, desde 5 de janeiro de 1987, o Museu Militar do Forte do Brum (MMFB), que exibe armamento e peças arqueológicas.

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NOTÍCIA - BOMBA DA 2ª GUERRA MUNDIAL É ENCONTRADA E DETONADA NA INGLATERRA

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Uma bomba da 2ª Guerra Mundial foi encontrada em um campo em North Yorkshire e detonada numa explosão controlada. O dispositivo de 227 kg foi encontrado em um campo perto de Ebberston no domingo (16 de agosto) por entusiastas que estavam escavando o local de queda de uma aeronave na década de 1940.
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Mais de 1.000 pessoas que vivem em Ebberston e na vizinha Allerston foram evacuadas e as estradas vicinais foram fechadas como preparação para a explosão. Uma equipe da Real Força Aérea britânica (RAF) executou o trabalho, realizando a explosão controlada às 15h.
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;O Inspetor-Chefe da Polícia de North Yorkshire, Dave Foster, disse: “Foi tudo muito bem. Foi na hora certa, os residentes se comportaram, e a evacuação foi um sucesso. Foi uma significativa explosão, que era o que tínhamos antecipado. Mesmo com isso, o centro de jardinagem vizinho, que tem muitas áreas envidraçadas, somente teve alguns painéis quebrados”.
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Moradora pouco impressionada
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No entanto, alguns residentes que observavam o evento não pareceram impressionados pela explosão.
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Uma mulher que trouxe seu neto para ver a explosão foi perguntada por uma repórter de TV se valeu a pena ter vindo.
Não muito”, ela respondeu. “Poderíamos ter vindo com nossos cachorros, não?”
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A equipe da RAF passou dois dias preparando a explosão, cercando o dispositivo com dúzias de sacos de areia de 1 tonelada para minimizar o impacto do explosivo. Um cordão de isolamento de 300 metros foi colocado ao redor do campo, e estendido para mais de 1 quilômetro antes da detonação.
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Panfletos sobre a evacuação foram entregues aos residentes na noite de segunda e ônibus foram colocados à disposição para levar as pessoas para a prefeitura do vilarejo em Snainton, que dista cerca de três quilômetros. Animais que pastavam na área afetada também foram removidos.
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Armstrong Whitworth Whitley da Real Força Aérea britânica
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Acredita-se que a aeronave era um bombardeiro Armstrong Whitworth Whitley, que estava retornando para a Grã-Bretanha após ser atingido por antiaérea sobre a Alemanha.
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O piloto e dois tripulantes saltaram de para-quedas antes que o avião se chocasse com o solo.
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Fonte: BBC News, 18 de agosto de 2009


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