"No próprio dia da batalha, as verdades podem ser pinçadas em toda a sua nudez, perguntando apenas;
porém, na manhã seguinte, elas já terão começado a trajar seus uniformes."

(Sir Ian Hamilton)



quarta-feira, 21 de março de 2018

MILITUM 2018 - FESTIVAL DE CINEMA DE HISTÓRIA MILITAR - INSCRIÇÕES ABERTAS

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Inscrições abertas para o festival Militum 2018. Inscreva seu filme.


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LOCALIZADO O CRUZADOR USS JUNEAU, O NAVIO QUE AFUNDOU COM OS IRMÃOS SULLIVAN

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O USS Juneau foi encontrado a 4.200 metros de profundidade, ao largo da costa das Ilhas Salomão, no Pacífico Sul


Foi um dos episódios mais trágicos da 2ª Guerra Mundial: atingido por torpedos japoneses, o USS Juneau naufragou e levou para a morte 687 homens, incluindo cinco irmãos da mesma família, os Sullivan. Agora, uma expedição encontrou os destroços do navio de guerra

Os destroços foram encontrados em 17 de março, a 4.200 metros de profundidade, ao largo da costa das Ilhas Salomão, no Pacífico Sul, pela expedição Petrel R/V, financiada pelo co-fundador da Microsoft, Paul Allen.

Hélice do USS Juneau, localizado no fundo do mar nesta semana

Afundado por dois torpedos japoneses durante a Batalha de Guadalcanal, em novembro de 1942, no incidente morreram 687 homens, incluindo os cinco irmãos Sullivan. Foi por causa deste incidente, aliás, que a Marinha dos Estados Unidos tomou a decisão de não voltar a permitir que todos os membros de uma única família se alistassem no mesmo navio e a tragédia serviu de inspiração para a longa-metragem O resgate do soldado Ryan (1998), de Steven Spielberg.

Não planejámos encontrar o Juneau no Dia de São Patrício [santo padroeiro da Irlanda). Há muitas variáveis em buscas deste gênero”, disse Robert Kraft, diretor de operações de Paul Allen, em declarações ao site oficial do filantropo norte-americano. “Mas encontrar o USS Juneau no Dia de São Patrício é uma coincidência inesperada para os irmãos Sullivan e para todos os marinheiros desaparecidos há 76 anos”, disse Kraft.

O cruzador USS Juenau (CL-52), na época de seu afundamento em 1942


Como o quinto oficial comandante do USS The Sullivans [um navio que recebeu o nome dos cinco irmãos], fiquei entusiasmado ao saber que Allen e a sua equipe conseguiram localizar o USS Juneau que afundou durante a Batalha de Guadalcanal" disse o vice-almirante Rich Brown, citado no mesmo site.

Visitei [o navio] The Sullivans no início deste mês e posso dizer-lhe que o espírito de luta dos irmãos Sullivan – George, Frank, Joe, Matt e Al – sobrevive através da atual tripulação. A equipe incorpora o lema do navio, ‘We Stick Together'” [permanecemos juntos], disse Brown, acrescentando que “a história da tripulação do USS Juneau e dos irmãos Sullivan simboliza o serviço e o sacrifício da maior geração da nossa nação”.

Durante a fatídica batalha de 13 de novembro de 1942, dois torpedos atingiram o navio onde estavam em serviço os cinco irmãos. Um dos torpedos provocou uma explosão que partiu a embarcação ao meio e matou a maioria dos homens a bordo, incluindo os cinco Sullivan.

Os cinco irmãos Sullivan, a bordo do Juneau

O Juneau afundou em apenas 30 segundos, mas, devido ao risco de novos ataques japoneses, a aviação norte-americana não procurou sobreviventes. Calcula-se que 115 homens tenham sobrevivido à explosão, incluindo dois dos cinco irmãos Sullivan, mas as forças navais não avançaram para o resgate durante vários dias e apenas 10 homens foram retirados da água, uma semana após o naufrágio.

A família Sullivan, do Iowa, perdeu os seus cinco filhos: George, Francis “Frank”, Joseph, Madison “Matt” e Albert, apesar de já existir uma política naval que impedia os irmãos de servirem nas mesmas unidades. No entanto, os Sullivan recusaram-se a combater, a menos que fossem enviados para o mesmo navio.

Cruzador ligeiro USS Juneau (CL-52) no início de 1942

As expedições patrocinadas por Paul Allen também resultaram na descoberta do USS Lexington (março de 2018), USS Indianapolis (agosto de 2017), USS Ward (novembro de 2017), USS Astoria (fevereiro de 2015), o encouraçado japonês Musashi (março de 2015) e o destróier italiano  Artigliere (março de 2017). A equipe de Allen também foi responsável por recuperar o sino do navio do HMS Hood.

Fonte: Poder Naval e Diário de Notícias (Portugal)


segunda-feira, 19 de março de 2018

INÍCIO DAS ATIVIDADES DO GEHM - UFF

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HERÓI SOBREVIVENTE

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Bravo November recebeu quatro medalhas em três guerras


Por André Vargas

São raras as aeronaves de série que adquirem fama individual. A mais famosa é o Enola Gay, o bombardeiro B-29 Superfortress que lançou a bomba atômica em Hiroshima. Longe de ser tão conhecida, a história do Chinook britânico de matrícula ZA718 merece ser contada. Conhecido como Bravo November, em 35 anos de vida operacional este CH-47 esteve em três guerras: Falklands/Malvinas (1982), Iraque (2003) e Afeganistão (2006-2010), além de desdobramentos operacionais no Líbano, Alemanha, Irlanda do Norte e Curdistão. Submetido a fogo inimigo, em quatro ocasiões seus pilotos receberam a Distinguished Flying Cross (DFC), prestigiosa condecoração da RAF, a Real Força Aérea britânica. Feitos que renderam ao hoje lendário aparelho um lugar de honra no Museu da RAF, em Londres. Para os militares, este Chinook se tornou The Survivor, já o jornal Daily Mail o apelidou de Herocopter.

A fama do ZA718 nasceu na Guerra das Falklands/ Malvinas, entre Reino Unido e Argentina. Integrante do primeiro lote de 30 Chinnok adquiridos em 1978, na versão HC1 - similar aos CH-47C norte-americanos -, em abril de 1982, com a identificação Bravo November na fuselagem, foi embarcado para o sul do Atlântico com outros quatro aparelhos no cargueiro porta-contêineres Atlantic Conveyor. Em 25 de maio, quando o navio foi afundado por mísseis Exocet lançados por caças Super Étendard da marinha argentina, o Bravo November estava no ar carregando suprimentos. Realocado para o porta-aviões Hermes, se tornou o único Chinook britânico disponível. Mesmo sem manutenção, até a rendição argentina, em 14 de junho, voou 109 horas, transportando 1.500 soldados, 95 feridos, 650 prisioneiros e 550 toneladas de carga.

O Bravo November em ação nas Falklandas em 1982. Após o afundamento do navio Atlantic Conveyor, foi o único Chinook restante para apoias as forças britânicas


Os primeiros tripulantes a ganhar a DFC foram o squadron leader (equivalente a major, na FAB) Dick Langworthy e o flight lieutenant (capitão) Andy Lawless. No voo noturno que transportava os oficiais que negociariam a rendição argentina, uma forte nevasca obrigou uma redução de velocidade e altitude. Um defeito no altímetro fez com que o Bravo November atingisse o mar a 100 nós (185 km/h). Com os motores afetados pela água do mar, Langworthy conseguiu voltar ao ar e completar a missão mesmo com a porta do copiloto arrancada.

O segundo grande momento do Bravo November surge em março de 2003, na segunda Guerra do Golfo. Decolando do porta-aviões Ark Royal, foi a primeira aeronave britânica a desembarcar fuzileiros reais na península Al-Faw para a tomada de instalações petrolíferas. O squadron leader Steve Carr conduziu o aparelho a 30 metros do solo com o sistema de visão noturna prejudicado pelas nuvens de poeira erguidas pelos tanques americanos e sob risco de ser vítima de fogo amigo.

A matrícula Bravo November pela qual o Chinook ficou conhecido

O aparelho volta ao centro da ação na noite de 11 de junho de 2006, na província de Helmand, no Afeganistão. O flight lieutenant Craig Wilson, após completar duas missões arriscadas, voando a 45 metros do solo, se voluntariou para levar reforços ao front e retornar com dois feridos. As 24 horas de ação ininterrupta renderam a Wilson uma condecoração por "coragem excepcional e extraordinária habilidade em voo". A quarta DFC vem em 2010, também no Afeganistão, quando o flight lieutenant Ian Fortune é atingido no capacete por um disparo durante o resgate de uma patrulha emboscada por talibãs. Com a aeronave alvejada diversas vezes, Fortune teve seu óculos de visão noturna e sua viseira inutilizados. Mesmo assim, manteve o controle do aparelho, resgatando seis soldados feridos.

Chinook da RAF desembarcando tropas no Afeganistão

Para quem espera ver o célebre helicóptero no Museu da RAF, vai um alerta: a parte dianteira da fuselagem em exposição é a de um Chinook americano pintado para representar seu congênere britânico. O Bravo November ZA718 continua em serviço.

Fonte: Aeromagazine


sábado, 10 de março de 2018

BATALHA DE WITTSTOCK (1636)

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A Batalha de Wittstock teve lugar no curso da Guerra dos Trinta Anos, nas proximidades da vila de Wittstock, no dia 4 de outubro de 1636 e opôs o exército sueco às forças aliadas do Sacro Império Romano-Germânico e do Eleitorado da Saxônia.


Antecedentes

Após a Paz de Praga de 1635, João Jorge I da Saxônia abandonara o partido protestante para lutar ao lado do Imperador germânico contra a Suécia. Em março de 1636 os suecos, comandados por Johan Banér, e tendo Lennart Torstensson como imediato, invadiram a Saxônia e puseram o país a saque. Em junho, porém, o Eleitor João George foi socorrido por tropas imperiais comandadas pelo marechal Hatzfeld que, com superioridade numérica, iniciou implacável perseguição aos suecos. Banér seguiu para o norte até se ver imprensado contra os pântanos insalubres da região que margeia o mar Báltico. Temendo perder definitivamente o norte da Alemanha ele parou a espera do adversário.


A Batalha

Os imperiais porém não atacaram. Entrincheiraram-se sobre uma elevação precedida por uma longa faixa de floresta. Tradicionalmente calcula-se que Hatzfeld possuía cerca de 22.000 homens. Baner teria cerca de 16.000, ou talvez um pouco mais. O marechal sueco logo percebeu que um ataque frontal seria impossível. Mas a atitude inerte e defensiva dos imperiais possibilitou aos suecos realizar um feito raro na história militar: um duplo envolvimento levado a cabo contra um defensor dotado de superioridade numérica.

Os suecos logo perceberam que a floresta, mais do que um obstáculo, era um meio de esconder seus movimentos. Recusando combater nas condições escolhidas pelo inimigo, Banér levou o grosso do seu exército contra o flanco esquerdo das forças imperiais e saxônicas. Para tanto, pôde contar com a competência de Lennart Torstensson que cuidou do transporte da artilharia sueca por caminhos difíceis, conseguindo alinhá-la a tempo para a batalha. Enquanto isto, escondidas pela floresta, duas colunas formadas por mercenários escoceses (coronéis Lesley e King), envolveriam os flancos adversários e atacariam pela retaguarda.




Esquema mostrando as fases da batalha de Wittstock

Os adversários perceberam a marcha de Banér e Torstensson e mudaram parcialmente sua frente em um ângulo de 90 graus, mas deixando boa parte dos canhões e das forças imperiais na posição original. O ataque da coluna de Torstensson apanhou os saxões ainda despreparados, mas o tempo corria contra o comandante sueco. O combate nesta frente foi aos poucos drenando as tropas imperiais do flanco oposto o que colocou Torstensson em apuros. Enquanto os escoceses faziam em segredo seu longo envolvimento, Banér e Torstensson suportaram um combate desigual, quase desesperado. Quando Lesley apareceu, atacou o flanco imperial mas sem resultado decisivo. Ao final da tarde, quando todos já estavam exaustos, surgiu King com suas tropas frescas sobre a retaguarda dos imperiais. O inimigo finalmente fraquejou, vendo-se forçado a recuar, abandonando 23 canhões.


Banér (no detalhe) surpreende o exército imperial com sua manobra de flanco

Pela sua duração e pela perseverança sueca em esperar a chegada dos escoceses, mesmo quando tudo parecia perdido, Wittstock foi uma das mais sangrentas batalhas da Guerra dos Trinta Anos. Entre mortos, feridos e capturados as forças imperiais perderam mais de 60% de seus efetivos. Os suecos por sua vez perderam entre 3.000 e 5.000 soldados.


Consequências

A vitória de Banér, conquistada sobre forças superiores em número, permitiu à Suécia recobrar muito do prestígio perdido após a derrota de Nördlingen, dois anos antes. Os aliados da Suécia puderam também recobrar as esperanças. Banér ainda aproveitou para explorar a vitória, perseguindo os destroços do exército imperial, retomando cidades e voltanto à Saxônia, onde montou seus quartéis de inverno às custas dos recursos do adversário. Hans Delbrück, renomado historiador alemão, considera que o duplo envolvimento das forças do Império e da Saxônia por um exército em inferioridade numérica faz de Wittstock “uma das mais extraordinárias batalhas da história mundial”.

Fontes:
- DELBRÜCK, Hans. The Dawn of Modern Warfare. Lincoln: University of Nebraska Press.
- KEEGAN, John et al. Who’s Who in Military History: from 1453 to the present day. London: Routledge, 1996.
- SACCHI, Henri. La Guerre de Trente Ans. Paris: Editions l’Harmattan, 1991.
- TARNSTROM, Ronald. The Sword of Scandinavia. Lindsborg: Trogen Books, 1996.


quarta-feira, 7 de março de 2018

MULHERES SOVIÉTICAS NO FRONT

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A homenagem do Blog a nossas leitoras, amigas e colaboradoras pelo Dia Internacional da Mulher.



A propaganda de guerra nazista fazia delas verdadeiros monstros: as milhares de mulheres do Exército Vermelho que lutavam contra os invasores alemães. Agora, este capítulo está no foco de uma exposição em Berlim.


Por Oliver Samson


Entre 800 mil e um milhão de mulheres serviram no Exército Vermelho de 1941 a 1945, mais de 100 mil juntaram-se ao movimento de resistência na Rússia. A maioria era jovem e alistara-se voluntariamente no exército. E uma parte considerável lutou diretamente no front, como pilotas, atiradoras de elite, enfermeiras, em funções de reconhecimento ou dirigindo tanques. Houve períodos em que as mulheres em uniforme perfaziam 8% do contingente total do Exército Vermelho. Muitos são os mitos que existem em torno de sua atuação, até hoje nunca foi feito um balanço objetivo.


Em lugar histórico

Uma apresentação objetiva dos fatos é o que tenta agora a exposição Masha, Nina, Katyusha — Mulheres no Exército Vermelho 1941-1945, à mostra no museu russo-alemão no subúrbio de Karlshorst, em Berlim. O casarão suburbano não aparenta ter sido palco de um capítulo decisivo da história mundial: mas foi aí que o marechal Keitel assinou a capitulação da Alemanha, em maio de 1945, colocando um ponto final na Segunda Guerra Mundial na Europa. Na época da República Democrática Alemã, ele já abrigou um museu soviético, que foi reaberto em 1995, depois de expurgado de todo tipo de propaganda política.


Mulheres normais

Grupos de veteranas já foram visitar a exposição sobre sua história, o livro de visitantes está repleto de inscrições em alfabeto cirílico. Ao que tudo indica, as visitantes reconheceram suas biografias. Mas há também muitas observações em alemão, falando da emoção causada pela exposição. E atestando seu respeito por aquelas mulheres.

Aviadoras soviéticas posando para uma foto de propaganda


Claro que elas não tinham nada das "mulheres-machos" que a propaganda nazista fazia delas e que, no fundo, refletia muito mais o medo masculino do que a realidade de vida das soldadas. A mulher na frente de batalha na União Soviética era também um contraste demasiado chocante para a imagem de mulher do lar e mãe de futuros soldados que o nazismo impôs na Alemanha. E apenas em parte as mulheres o Exército Vermelho correspondiam à imagem de heroínas estilizadas de regimentos exclusivamente femininos. Eram mulheres normais, que sofriam com o dia-a-dia nos campos de batalha, como testemunham as fotografias e os textos da exposição: medo, fome, falta de sono, esgotamento, doenças, ferimentos e morte.

A morte era uma ameaça bastante real para as soldadas, quando caíam em mãos dos inimigos. A fama de que seriam mulheres-machos violentas, "animalescas" e "degeneradas", divulgada pela propaganda nazista, determinava o tratamento que lhes era dado pelas tropas que as capturavam. Muitas eram fuziladas ainda no front, ou enviadas para campos de concentração.


Propaganda ainda vive

Esse tipo de propaganda chega a ser repetido em memórias da guerra, como a que o satirista alemão Vicco von Bülow — conhecido sob o pseudônimo de Loriot — publicou no semanário Die Zeit em 1992: "Durante a guerra estive muitas vezes acampado diante de regimentos femininos. O que essas mulheres faziam com seus inimigos eram as coisas mais bárbaras que já vi na vida". Não há dúvida de que os russos também praticaram muitas atrocidades numa guerra em que a meta era exterminar o inimigo. Mas a verdade é que a Rússia nunca teve batalhões de combate formados exclusivamente por mulheres. Talvez Loriot devesse visitar a mostra, pelo menos para atualizar suas lembranças.

Fonte: DW


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terça-feira, 6 de março de 2018

WORKSHOP "FUERZAS ARMADAS, FRONTERAS Y TERRITÓRIOS EN SUDAMERICA DEL SIGLO XX"

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LOCALIZADOS OS DESTROÇOS DO PORTA-AVIÕES USS "LEXINGTON" NO MAR DE CORAL

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O Lexington foi encontrado a uma profundidade de cerca de 3 mil metros e a 800 km da costa oriental da Austrália.

Os destroços do USS Lexington, um porta-aviões americano afundado durante a Segunda Guerra Mundial, foram encontrados no Mar de Coral, no Oceano Pacífico, revelou nesta segunda-feira (5) uma equipe de exploradores liderada pelo cofundador da Microsoft Paul Allen.

O USS Lexington em 1942


O Lexington foi encontrado no domingo (4) pelo navio de pesquisas R/V Petrel, a uma profundidade de cerca de 3 mil metros e a 800 km da costa oriental da Austrália. A equipe tirou fotos e gravou vídeos dos destroços. As imagens mostram o USS Lexington, um dos primeiros porta-aviões americanos, em um surpreendente estado de conservação.

O USS Lexington carregava 35 aviões a bordo quando afundou, e a equipe encontrou 11 aparelhos, incluindo um Douglas TBD-1 Devastator, 3 Douglas SBD Dauntlesses e um Grumman F4F-3 Wildcat.

Uma das aeronaves encontradas junto aos destroços do Lexington. A pintura original e as insígnias estão muito bem preservadas

É possível ver nesses aviões a insígnia da estrela de cinco pontas da Força Aeronaval Americana e até o desenho do Gato Felix e de quatro pequenas bandeiras japonesas na fuselagem de um aparelho, provavelmente mostrando o número de aviões inimigos abatidos.

A equipe de busca publicou ainda fotos e vídeos de partes do navio, incluindo uma placa de identificação e armas antiaéreas.


A Batalha

O USS Lexington e outro porta-aviões, o USS Yorktown, lutaram contra três porta-aviões japoneses entre 4 e 8 de maio de 1942, na chamada Batalha do Mar de Coral. O Lexington, chamado de "Lady Lex", ficou seriamente danificado e foi deliberadamente afundado por outro navio de guerra dos Estados Unidos ao final da batalha. Ao menos 200 tripulantes do Lexington morreram na Batalha do Mar de Coral.

Tripulação do USS Lexington abandonando o navio durante a Batalha do Mar de Coral

O almirante Harry Harris, que dirige o Comando do Pacífico (PACOM) e cujo pai lutou a bordo do Lexington, comemorou o sucesso da exploração.

"Como filho de um sobrevivente do USS Lexington, cumprimento Paul Allen e a equipe do navio de pesquisas Petrel por ter localizado 'Lady Lex', cerca de 76 anos após seu naufrágio na Batalha do Mar de Coral. Honramos o valor e o sacrifício dos marinheiros do 'Lady Lex' e de todos os americanos que lutaram durante a Segunda Guerra Mundial para garantir as liberdades que conquistaram para todos nós".

Um dos canhões do Lexington em impressionante estado de conservação


Fonte: France Press


domingo, 4 de março de 2018

IMAGEM DO DIA - 4/3/2018

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O destróier USS Fiske partido ao meio e afundando no Oceano Atlântico, em 2 de agosto de 1944, depois de ter sido torpedeado pelo submarino alemão U-804. Observa-se os homens da tripulação que abandonam o navio caminhando pela lateral do casco.

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