"No próprio dia da batalha, as verdades podem ser pinçadas em toda a sua nudez, perguntando apenas;
porém, na manhã seguinte, elas já terão começado a trajar seus uniformes."

(Sir Ian Hamilton)



quinta-feira, 29 de outubro de 2009

NOTÍCIA - GENERAL RUY CAMPELLO É O NOVO DETENTOR DO BASTÃO DE COMANDO DA FEB



Em cerimônia realizada em 18 de outubro de 2009 no Monumento Nacional aos Mortos da 2ª Guerra Mundial, o General-de-Brigada Ruy Leal Campello recebeu o Bastão de Comando da Força Expedicionária Brasileira (FEB) das mãos do General-de-Exército Rui Monarca da Silveira, Chefe do Departamento de Educação e Cultura do Exército.

Por vontade expressa do Marechal Levy Cardoso, antigo detentor, o Bastão ficará sob a guarda do Monumento Nacional aos Mortos da 2ª Guerra Mundial (MNMSGM), encontrando-se em uma urna de madeira envidraçada, na posição vertical, encimada pelo busto do Marechal Mascarenhas de Moraes, Comandante da FEB, à entrada do Mausoléu no andar térreo. O Bastão esteve sob a guarda da Artilharia Divisionária da 1ª Divisão de Exército, de onde era conduzido para eventos especiais e cerimônias militares, quando ficava de posse do Marechal Levy Cardoso enquanto viveu.

Tendo o Marechal Levy falecido em 13 de maio do corrente ano, o Bastão agora será conduzido do MNMSGM para as solenidades, onde ficará de posse do General Campello. O próprio Marechal Mascarenhas não utilizou o bastão, visto que faleceu antes da instituição deste símbolo pelo Exército. Os Marechais Cordeiro de Farias e Machado Lopes foram os primeiros detentores do Bastão de Comando da FEB.

O Bastão como símbolo de autoridade e insígnia de Comando vem de tempos remotos - tinham-no os reis, assim como os grandes capitães. Em campanha, as batalhas só se iniciavam quando o monarca ou o General-em-Chefe fazia o sinal com o bastão. Para a confecção do Bastão de Comando do Exército Brasileiro foi escolhido o "pau-brasil", por se tratar de madeira que gerou o nome de nosso País poucos anos após o descobrimento. Esse Bastão é de posse exclusiva dos Oficiais-Generais da ativa. Seu uso é obrigatório para os Oficiais-Generais em função de Comando; facultativo para os demais, mas, obrigatório nas cerimônias Militares.

O Gen Campello nasceu na Cidade do Rio Grande-RS. Formou-se pela Escola Militar do Realengo em 1940, quando foi declarado aspirante-a-oficial de Infantaria. Na FEB foi Subcomandante da 5ª Companhia do 1º Regimento de Infantaria – Regimento Sampaio. No final de 1945, promovido a capitão, permaneceu no Regimento Sampaio no Comando da mesma companhia. Após concluir o curso de Comando e Estado-Maior, foi para a 3ª Divisão de Cavalaria, em Bagé-RS, servindo depois no I Exército, de 1955 a 1957, de onde foi para o Curso de Infantaria da Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais. Integrou o “Batalhão Suez” indo depois para o Estado-Maior da 1ª Divisão de Infantaria, no Rio de Janeiro.

Em 1959, serviu novamente no QG do I Exército, sob o comando do General Odylio Denys. Passou depois para o Gabinete do Ministro, com a ascensão do General Denys a esse cargo. Promovido aos postos de Oficial Superior por merecimento, de 1961 a 1964 pertenceu ao Estado-Maior do Exército. Em abril de 1964 passou a integrar a 2ª Seção do Estado-Maior da 1ª Divisão de Infantaria, comandada pelo General Orlando Geisel, vindo, a partir de maio, para o Gabinete do Ministro Costa e Silva.

De 1966 a 1968 comandou o Regimento Sampaio. Foi em seguida para Chefia da 3ª Seção do I Exército e daí para o Gabinete do Ministro Orlando Geisel, de onde saiu para a Comissão Militar Brasileira em Washington-EUA, dali retornando ao Gabinete do Ministro em 1973, quando foi promovido a general-de-brigada.

Nesse posto exerceu os seguintes cargos: Diretor de Movimentação, Comandante da 8ª Brigada de Infantaria Motorizada e Diretor do Pessoal Civil. Deixou o serviço ativo em 1978. Dentre as condecorações que lhe foram outorgadas por sua participação na FEB destacam-se: Cruz de Combate de 2ª Classe, Medalha de Campanha, Medalha de Guerra e Cruz ao Valor Militar da Itália.

O General Campello exerceu até meados de 2009 a Presidência do Conselho Deliberativo da Associação Nacional dos Veteranos da FEB (ANVFEB). Reside no Rio de Janeiro, no bairro de Laranjeiras.


Fonte: Jornal NOTICIAS DA ANVFEB
.

Nenhum comentário:

Postar um comentário