quarta-feira, 9 de março de 2022
EXÉRCITO BRASILEIRO: PERSPECTIVAS INTERDISCIPLINARES - LANÇAMENTO
sexta-feira, 11 de setembro de 2020
PESQUISADORES INAUGURAM OFICIALMENTE A REDE INTERNACIONAL HERMES
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Nesta segunda-feira (31) foi inaugurada a Rede Internacional Hermes, um grupo que pretende congregar pesquisadores e instituições que se dedicam aos estudos e pesquisas em Fronteiras, Integração, Conflitos, Forças Armadas e Defesa. A proposta é estabelecer uma Rede de comunicação e troca de informações profícua e frequente. Para iniciar o evento, o doutor Tito Carlos Machado de Oliveira, da UFMS, destacou a importância de uma visão holística sobre os temas fronteiras, integração, conflitos, forças armadas e defesa que, muitas vezes, seja por dificuldades de fontes, seja por uma visão limitada das pesquisas, acabam sendo abordados como elementos estanques.
Feita a abertura oficial do evento, foi a vez da palestra conduzida pelo doutor Armando Marques-Guedes, da Universidade Nova de Lisboa, que falou sobre a importância de se discutir a política dos mares e suas influências na constituição das sociedades. Em uma de suas justificativas, ele apontou, com propriedade, que há quatro vezes mais oceanos do que terra firme no planeta. Mas, apesar disso, muitas vezes o assunto acaba não recebendo a devida atenção por parte dos pesquisadores. Por isso, ele frisou que é preciso aprofundar as investigações em hidropolítica.
Em seguida, coube ao General de Brigada Marcio Tadeu Bettega Bergo, presidente do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil (IGHMB) e antigo chefe do Centro de Estudos e Pesquisas de História Militar do Exército (CEPHiMEx) abordar a questão das fronteiras militares, físicas e da integração entre nações no contexto de uma sociedade em constantes transformações como o mundo do Século XXI. Além disso, o general Bergo também tocou em questões importantes acerca de conflitos e tensões internacionais, equilíbrio de forças e imposições culturais.
Após as palestras inaugurais, o presidente da Rede Internacional Hermes, doutor Fernando Rodrigues, do PPGH-UNIVERSO, conduziu uma sessão de perguntas elaboradas pelo público para os dois pesquisadores. Neste momento, foi possível perceber a qualidade dos questionamentos e como as pessoas ficaram positivamente impressionadas com as palestras. Ao final do evento, o doutor Fernando Rodrigues destacou a importância da Rede para a pesquisa militar no Brasil e no mundo.
- É com grande satisfação que, hoje, inauguramos oficialmente a Rede Internacional Hermes. Ela já é uma realidade. Um caminho sem volta. Um grupo que veio para ficar. Que surgiu da vontade de reunirmos pesquisadores de diversas partes do Brasil e do mundo para aprofundarmos os estudos sobre temas tão importantes quanto fronteiras, conflitos, integração, forças armadas e defesa. Todos são fundamentais neste projeto – analisou.
A página oficial da Rede Internacional Hermes é https://www.redeinternacionalhermes.org/. Nela é possível encontrar as linhas de pesquisa, os grupos de pesquisa, os profissionais associados, publicações, eventos e um farto material relacionado ao tema Fronteiras, Integração, Conflitos, Forças Armadas e Defesa. Integram a Rede pesquisadores de diversas instituições do Brasil e do mundo.
sábado, 4 de julho de 2020
DISCRETAMENTE, FORÇA AÉREA DA FINLÂNDIA APOSENTA A SUÁSTICA
quinta-feira, 28 de maio de 2020
MORRE, AOS 105 ANOS, A ENFERMEIRA DA FEB CARLOTA MELLO
Quando se formou, não satisfeita com a vida de professora, resolveu fazer o curso de Enfermagem de Emergência, em 1942, na Cruz Vermelha. Inquieta, viu uma propaganda do Exército Brasileiro convocando interessados em fazer curso de socorrista para atuar na Europa. “Não pensei duas vezes e resolvi me inscrever. Confesso que fiquei apavorada com o módulo prático. Tínhamos que correr comum tronco nos ombros, rastejar na lama, fazer tudo que um soldado faz. Das 16 moças que foram para esse curso no Rio de Janeiro, apenas quatro foram aprovadas para ir à guerra”, disse.
Lá, a Enfermeira permaneceu por 11 meses, em condições bem diferentes das encontradas no Brasil. “Cheguei à Europa numa época em que a neve cobria os joelhos e o frio fazia doerem os ossos. Morei em uma barraca de lona, sem colchões, e comia apenas derivados de trigo e frutas. A carne era de cavalo. No início achei estranho, mas depois me acostumei”, contou em entrevista.
O hospital em que trabalhava era totalmente de barracas de tábuas e cobertura de lona no centro, uma verdadeira estufa, conforme lembrou Carlota Mello. "E tudo era norte-americano: nossos uniformes de trabalho, chefes, alimentação e nossa convivência. Eu trabalhava em uma enfermaria com doentes brasileiros que contavam com o atendimento de mais duas Enfermeiras norte-americanas, dois técnicos, além de doutores norte-americanos e brasileiros. Os 64 leitos lá instalados ficavam permanentemente ocupados", lembrou.
No 45º, o serviço era contínuo: cuidava-se de soldados sem perna, braço, olho e, muitas vezes, sem memória, segundo a enfermeira. Aplicava-se penicilina, fazia-se curativos, tirava-se gesso, dava-se comida na boca, aferia-se a pressão arterial, media-se temperatura, dava-se comprimido para dor, entre outros cuidados, que até superavam as atribuições específicas da Enfermagem. "Escrevíamos cartas para mães, esposas, namoradas e, assim, esquecíamos as apreensões de um possível bombardeio, de uma mina implantada em qualquer lugar - uma chegou a explodir bem próximo ao alojamento onde estava -, das saudades, angústias, tristezas e incertezas do amanhã."
Em um dos constantes bombardeios que presenciou, Carlota Mello arriscou a própria vida para salvar a dos soldados hospitalizados. Quando todos saíram correndo para se proteger, ela correu para carregar um caixote contendo ampolas de penicilina, usadas nos 64 pacientes sob os cuidados das brasileiras. “Consegui chegar rápido, juntei todas as minhas forças e o levei até o local seguro. Ao chegar lá, para minha surpresa, fui aplaudida e os soldados me levantaram no ar. Me senti como se fosse um jogador de futebol em fim de campeonato”, brincou.
Com o fim da Segunda Guerra, em maio de 1945, a tenente Carlota demorou mais dois meses para retornar ao Brasil. “Algumas regiões da Europa foram rapidamente evacuadas,mas não foi o caso de Nápoles. A batalha tinha acabado no campo, mas os hospitais continuavam a receber feridos”, contou.
Mesmo com tantas batalhas, ao chegar ao Brasil, a sensação da enfermeira foi de dever cumprido. "Sinto-me gratificada pelos serviços que prestei ao meu país, pelos quais me foram outorgados o Diploma da Medalha de Campanha, o Diploma da Medalha de Guerra, o Diploma da Cruz Vermelha, o Diploma da Inconfidência e Diploma de Honra ao Mérito."
Que nossa heroína descanse em paz. A cobra continuará fumando.
Fonte: adaptado da Revista do COREN-MG
quarta-feira, 20 de maio de 2020
OFICIAL BRASILEIRO RECEBE O PRÊMIO OUTSTANDING ACADEMY EDUCATOR NA USAFA
Em meio à tragédia da pandemia de Covid-19, recebemos a grata notícia de que nosso amigo e ex-aluno do curso de pós-graduação em História Militar da Universidade do Sul de Santa Catarina, Major-Aviador Julio Cesar Noschang Junior, recebeu o Prêmio Outstanding Academy Educator, da Academia da Força Aérea dos EUA (USAFA), com sede em Colorado Springs, EUA.
Oficial da Força Aérea Brasileira (FAB), o Major Noschang recebeu a premiação, concedida pela USAFA ao professor que mais se destaca em cada Departamento. Em tempos de Covid, a cerimônia foi realizada on-line.
O fato de haver sido, em toda a história da USAFA, a primeira vez que um estrangeiro recebe esse prêmio, somente valoriza o trabalho desenvolvido pelo Major Noschang naquela instituição. A seleção do Prêmio Outstanding Academy Educator é baseada tanto nas avaliações que os cadetes fazem dos instrutores quanto na análise de desempenho funcional pela chefia do departamento. Depois disso, uma banca avaliadora analisa as aulas dos professores e outros fatores, como desenvoltura, interação, capacidade de transmitir o conhecimento e postura profissional.
Ao amigo Noschang, as nossas congratulações. Profissionais da sua envergadura representam muito bem o nosso país no exterior.
Muito orgulho de tê-lo como ex-aluno e amigo.