"No próprio dia da batalha, as verdades podem ser pinçadas em toda a sua nudez, perguntando apenas;
porém, na manhã seguinte, elas já terão começado a trajar seus uniformes."

(Sir Ian Hamilton)



quinta-feira, 28 de fevereiro de 2019

LANÇAMENTO DE "BRUXAS DA NOITE" EM CAMPINAS-SP. NÃO PERCA A OPORTUNIDADE.

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No próximo dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, estaremos realizando uma palestra e o lançamento do livro BRUXAS DA NOITE: AS AVIADORAS SOVIÉTICAS NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL, escrito pelo editor do Blog e por Ana Daróz.

Não perca a oportunidade para adquirir seu exemplar e conhecer a histórias dessas jovens e corajosas aviadoras que combateram nos céus para defender sua Pátria.

A Escola Preparatória de Cadetes do Exército, em Campinas-SP


O lançamento ocorrerá na Escola Preparatória de Cadetes do Exército, no dia 8, às 8 horas da manhã. A escola localiza-se na Avenida |Pio XII nº 350, Jardim Chapadão. Campinas-SP.

A guerra, no feminino!



IMAGEM DO DIA - 28/2/2019 - AVIAÇÃO NAVAL DOS EUA

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Os primórdios da Aviação Naval dos EUA. Uma aeronave Curtiss N-9, cercada por marinheiros utilizando equipamentos de aviação da época (alguns deles com peças de roupas civis apropriadas para o propósito), fotografada em 22 de janeiro de 1919.

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quarta-feira, 27 de fevereiro de 2019

BLOG CARLOS DARÓZ-HISTÓRIA MILITAR CELEBRA DEZ ANOS DE ATIVIDADES

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Blog Carlos Daróz - História Militar comemora 10 anos de funcionamento.


Caros amigos e amigas do Blog Carlos Daróz-História Militar.  

É com grande satisfação e orgulho que comemoramos, no dia de hoje, 10 anos de funcionamento do nosso Blog. Lembramos aqui, os propósitos e compromissos assumidos no já distante ano de 2009, em sua primeira postagem: 

"Hoje, 27 de fevereiro de 2009, inicio este blog, dedicado ao estudo e à pesquisa de assuntos relativos à História Militar Geral e à História Militar Brasileira.

Mas, afinal, o que é História Militar? Seria um ramo da História Política? Seria micro-história? Na verdade, o conceito atual de História Militar é compreendido como o estudo do fato histórico de tudo que diz respeito ao fenômeno GUERRA, em seus aspectos políticos, econômicos, sociais e até militares.

Não se trata apenas do estudo da batalha, elaborado por militares para leitores militares. A nova História Militar é muito mais abrangente e pretende estabelecer um link entre o meio militar e o meio acadêmico no Brasil - fato comum na Europa e nos EUA desde a primeira metade do século passado -, do qual certamente resultará um benefício para ambas as partes.

A proposta de estudo consiste na produção do conhecimento do fato histórico relacionado com a GUERRA de uma maneira científica, baseada na Teoria da História e na Metodologia de Pesquisa Científica."

Hoje, percorrida uma década, o Blog Carlos Daróz-História Militar comemora suas 1.166 postagens e a visita de 1.248.915 amigos que, verdadeiramente, fazem o sucesso da nossa plataforma.

Permanecemos com o firme compromisso de difundir e democratizar a História Militar em nosso País e agradecemos a todos por fazerem parde da nossa história, uma das mais visitadas e reconhecidas no país.

Que venham novas experiências, publicações e novidades no campo da História Militar.

Muito obrigado a todos os amigos e colaboradores.


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sábado, 16 de fevereiro de 2019

BATALHA DE AZAZ (1125)

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A batalha de Azaz ocorreu a 11 ou 13 de Junho de 1125, entre as forças dos estados cruzados comandadas pelo rei Balduíno II de Jerusalém e o exército seljúcida de Aq-Sunqur il-Bursuqi, quando a vitória dos cristãos forçou o fim do cerco muçulmano a Azaz.


Antecedentes

Em 1118 o conde Joscelino I de Edessa conquistara a praça de Azaz ao atabei de Alepo, mas no ano seguinte os cruzados liderados por Rogério de Salerno foram chacinados na batalha do Campo de Sangue. Joscelino foi aprisionado em batalha pelos turcos em 1122, e em 1123 Balduíno II de Jerusalém sofreu o mesmo destino durante uma patrulha no Condado de Edessa.

O rei Balduíno II de Jerusalém

Ambos foram resgatados em 1124, e a 8 de Outubro do mesmo ano Balduíno cercou Alepo. Em Janeiro de 1125 o atabei seljúcida Aq-Sunqur il-Bursuqi de Mossul marchou para sul em auxílio da cidade que estava prestes a render-se, após três meses de cerco. Apesar de Alepo ser apelidada de "o maior prêmio que a guerra poderia oferecer", Balduíno retirou sem dar batalha.


Batalha

Depois de forçar os cristãos a abandonar o cerco e reforçado com contingentes de Toghtekin de Damasco e de outras cidades-estado muçulmanas, Aq-Sunqur il-Bursuqi cercou a cidade de Azaz, a norte de Alepo, em territórios do Condado de Edessa. Balduíno II, Joscelino I e Pôncio de Trípoli trouxeram 1100 cavaleiros dos seus domínios, que incluíam o Principado de Antioquia do qual Balduíno assumira a regência, e mais outros 2000 soldados de infantaria.

Repartindo o exército em treze destacamentos, os cruzados enfrentaram o inimigo com três batalhões de cavaleiros: os de Antioquia à direita, Trípoli e Edessa no centro, Jerusalém à esquerda. O rei de Jerusalém usou uma habitual táctica muçulmana: acossado de perto pelo inimigo, simulou uma retirada para atraí-lo para um terreno aberto, onde montara uma emboscada. De seguida virou-se para o inimigo e carregou, tirando vantagem da rapidez do ataque.

Depois de uma batalha longa e sangrenta, os seljúcidas foram derrotados, perdendo quinze emires e milhares de soldados. O campo muçulmano foi tomado por Balduíno, que obteve butim suficiente para resgatar prisioneiros cristãos em poder dos turcos, incluindo o futuro conde Joscelino II de Edessa.


Consequências

Para além de levantar o cerco a Azaz, esta vitória recuperou muita da influência que os cruzados tinham perdido após a derrota na batalha do Campo de Sangue em 1119. O rei de Jerusalém ainda planearia um ataque a Alepo, mas em 1126 Boemundo III de Antioquia atingiu a maioridade e entrou em conflito com Edessa, pelo que a aliança cruzada não se realizou. Em 1128 Zengi obteve o controlo de Alepo e Mossul - a sua forte liderança levaria ao enfraquecimento do poder cruzado no norte da Síria e, em 1144, à reconquista de Edessa pelos muçulmanos.

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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

O BRASIL PERDE UMA DE SUAS MAIORES REFERÊNCIAS NA HISTÓRIA AERONÁUTICA: MORRE O CORONEL AVIADOR MANUEL CAMBESES JÚNIOR



Morreu ontem (14), na cidade do Rio de Janeiro, o Cel Av Manuel Cambeses Junior, um dos mais destacados historiadores aeronáuticos de nosso País. 


Aviador de escol, profundo conhecedor de geopolítica e refinado historiador aeronáutico, pertencia ao Conselho Superior do Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica (INCAER) e era associado emérito do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil (IGHMB).

Durante décadas, prestou incontáveis serviços à aviação brasileira, à Força Aérea Brasileira (FAB) e ao Brasil.

Manuel Cambeses Júnior,nasceu no Rio de Janeiro e concluiu todos os cursos normais da carreira na FAB, além de vários cursos de extensão na Fundação Getúlio Vargas e na Escola Superior de Guerra.

Ao longo de sua brilhante carreira como oficial aviador, exerceu, entre outras, as seguintes funções:
- Instrutor de Voo na Academia da Força Aérea;
- Oficial de Operações do 1º Grupo de Transporte de Tropa;
- Ajudante-de-Ordens do Comandante do Comando de Apoio Militar;
- Chefe da Seção de Qualificação de Empresas da Diretoria de Material da Aeronáutica;
- Chefe da Divisão de Fomento Industrial da Diretoria de Material da Aeronáutica;
- Membro da 6º Subchefia (Assuntos Estratégicos) da Secretaria-Geral do Conselho de Segurança Nacional;
- Subcomandante da Base Aérea do Galeão;
- Comandante do Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica;
- Adido Aeronáutico junto à Embaixada do Brasil na Venezuela;
- Oficial de Estado-Maior do Comando Geral do Ar;
- Membro do Corpo Permanente da Escola Superior de Guerra (Chefe da Divisão de Assuntos Internacionais);
- Vice-Diretor do INCAER.

Como Piloto Militar somou 7.500 horas de voo e era qualificado instrutor em 12 tipos de aeronaves, dentre as quais destacam-se: North American Texan (NAT-6); Beechcraft (TC-45T); Douglas (C-47); Tucano (T-27); Bandeirante (C-95); Cessna Jet (T-37C) ; Búffalo (C-115) e Hércules (C-130 e KC-130).

Na atividade aérea, especializou-se nas seguintes tarefas operacionais:
- Transporte-de-Tropa;
- Busca-e-Salvamento;
- Reabastecimento-em-Voo.

Manuel Cambeses Junior junto a seu C-130 em um distante Pelotão de Fronteira na Amazônia

Sua extrema capacidade intelectual resultou na produção de bem elaborados trabalhos nas áreas de geopolítica, história, relações internacionais e estratégia. Teve vários trabalhos e artigos publicados nos seguintes Jornais : O Estado de Minas; Jornal do Brasil; O Debate; O Globo; Folha de São Paulo; Tribuna da Imprensa; O Povo (Fortaleza), e Monitor Mercantil. Publicou também nas Revistas: Clube de Aeronáutica, Clube Militar; A Defesa Nacional; Revista do Exército; Revista da Universidade da Força Aérea; Revista do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil; Revista Ideias em Destaque; Revista da Escola Superior de Guerra; Revista da Intendência; Revista da ADESG; Revista Arte e Cultura; Revista Panorama Estratégico (ESG), e Revista do Centro de Estudos Estratégicos da ESG.

Atuou como conferencista em diversas instituições de prestígio, como: Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro;  Academia de Polícia Civil, em Minas Gerais;  Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro; “Casa da Ciência” (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro); Universidade da Força Aérea;  Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica; Instituto de Geografia e História Militar do Brasil; Escola Superior de Guerra Aérea, na Bolívia; Escola Superior de Guerra Aérea da Força Aérea Argentina; Escola de Guerra Naval da República Argentina; Escola de Aviação Militar do Exército Argentino; Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro;  Centro Brasileiro de Estudos Estratégicos (CEBRES);  Centro de Estudos e Pesquisas em História Militar do Exército; Universidade de Brasília; Escola de Comando e Estado-Maior da Aeronáutica; Associação Nacional dos Veteranos da FEB;  Escola Superior de Guerra e  Delegacias da ADESG em diversas cidades do País.

O editor do Blog Carlos Daróz-História Militar junto com o Cel Cambeses, após uma conferência no Instituto de Geografia e História Militar do Brasil

Participou, como comentarista para Assuntos Internacionais, em programas veiculados pelas seguintes Emissoras de Rádio: CBN ; Bandeirantes, Nacional de Brasília, Jovem Pan, e, ainda, das seguintes Emissoras de Televisão: Globonews e TV Educativa.

Ao longo de sua carreira, foi agraciado com 13 condecorações nacionais e 5 estrangeiras:
- Medalha Mérito Aeronáutico – Grau Oficial (FAB);
- Medalha Mérito Santos Dumont (FAB);
- Medalha Militar “Ouro” (FAB);
- Medalha do Pacificador (Exército Brasileiro);
- Medalha Alferes Tiradentes (Polícia Militar de Minas Gerais);
- Medalha Bicentenário da Morte do Alferes (Polícia Militar de Minas Gerais);
- Medalha Honra da Inconfidência (Governo do Estado de Minas Gerais);
- Medalha Santos Dumont (Governo do Estado de Minas Gerais);
- Medalha Mérito Legislativo Municipal (Prefeitura Municipal de Belo Horizonte);
- Medalha Ordem do Mérito das Belas Artes – Grau Comendador  (Sociedade Brasileira de Belas Artes);
- Medalha Marechal Cordeiro de Farias (Escola Superior de Guerra);
- Medalha Mérito Aeroterrestre (Exército Brasileiro);
- Medalha do Mérito Cívico da Liga de Defesa Nacional – Grau Oficial (Brasil);
- Medalha Ordem do Mérito da Força Aérea Venezuelana (Venezuela);
- Medalha Al Mérito Newberiano – Gran Cruz (República Argentina);
- Medalha Al Mérito Instituto de Estudios Históricos Aerospaciales del Perú (República do Perú);
- Medalha Al Mérito Eduardo Alfredo Olivero (República Argentina);
- Medalha Instituto de História y Cultura Aeronáuticas del Ejército del Aire (Espanha);
- Medalha Academia Santos-Dumont (República Argentina).

Recebeu os seguintes títulos honoríficos:
- Cidadão Honorário de Belo Horizonte;
- Conferencista Especial da Escola Superior de Guerra;
- Membro Emérito do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil – IGHMB (cadeira nº 69);
- Membro da Academia de História Militar Terrestre do Brasil;
- Membro-Correspondente do Instituto de História Aeronáutica e Espacial, da Espanha;
- Membro-Correspondente do Instituto de Estudios Históricos Aeronáuticos e Espaciales, do Perú;
- Membro-Correspondente do Instituto Nacional Newberiano de História Aeronáutica e Espacial, da República Argentina;
- Membro-Correspondente do Instituto de Historia Aeronáutica y Espacial Eduardo Alfredo Olivero, da República Argentina;
- Membro do Conselho Editorial da Revista do Clube Militar;
- Membro-Correspondente da Academia Santos-Dumont (República Argentina);
- Membro do Conselho Editorial da Revista do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil;
- Conselheiro do Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica;
- Colaborador Emérito do Exército Brasileiro;
- Colaborador Emérito da Polícia Federal;
- Pesquisador do Centro de Estudos e Pesquisas de História Militar do Exército.

No comando de um C-130 Hércules da FAB, a aeronave que mais gostava de voar

Integrou o Corpo Permanente da Escola Superior de Guerra, de setembro de 1996 a dezembro de 2003, na qualidade de Chefe da Divisão de Assuntos Internacionais.

O Cel Cambeses era casado com a Sra. Sonia Martins Cambeses e teve dois filhos: André Luiz Martins Cambeses, advogado, e Danielle Martins Cambeses, publicitária.

O Cel Cambeses era um grande amigo do editor do Blog Carlos Daróz – História Militar, a quem muito ensinou e sempre dedicou atenção e fidalguia. No ano passado, fruto de sua generosidade, nos indicou para concorrer a uma vaga como Conselheiro do Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica. Semanalmente trocávamos mensagens pelo WhatsApp e, frequentemente, conversávamos por telefone. As mensagens que postava no aplicativo eram, repetidamente, de conselho, otimismo e gratidão. 

Certo dia nos confidenciou que a aeronave que mais gostara e tivera orgulho de voar era o C-130 Hércules. Em uma das últimas mensagens no WhatsApp, que enviou para mim, no último dia 17 de janeiro, junto a um vídeo da aeronave, o Cel Cambeses assinalou na legenda: “Veja o que o portentoso Hércules C-130 é capaz de fazer. Que aeronave maravilhosa!” 

Assim, como homenagem especial ao amigo que deixa esta vida para se unir à constelação dos bravos no céu, o Blog Carlos Daróz-História Militar publica a imagem do anjo, formado pelo lançamento dos flares de um C-130, também uma imagem que me havia repassado pela rede social.


Um excelente voo de cruzeiro e uma perfeita aterragem, caro amigo. Que Deus possa consolar o coração dos familiares.

"MACTE ANIMO! GENEROSE PUER, SIC ITUR AD ASTRA".


Fonte: Arquivo família Cambeses, Tecnodefesa, Reservaer

terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

LOCALIZADO NAUFRÁGIO DO PRIMEIRO COURAÇADO JAPONÊS AFUNDADO NA 2ª GUERRA MUNDIAL

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Uma equipe de pesquisadores da organização formada pelo bilionário filantropo Paul Allen encontrou o naufrágio do Hiei, primeiro couraçado japonês afundado pela Marinha dos EUA durante a Segunda Guerra Mundial.


Por Ben Werner

O couraçado da Marinha Imperial Japonesa Hiei foi localizado, virado de cabeça para baixo no fundo do mar, cerca de 2.952 abaixo da superfície, mais de 76 anos depois de afundar nas águas a noroeste da ilha de Savo, na cadeia das Ilhas Salomão.

Durante a batalha de Guadalcanal, na madrugada de 13 para 14 de novembro de 1942, o Hiei fazia parte de uma força-tarefa japonesa que se envolveu em batalhas de curta distância contra navios da Marinha dos EUA, liderados pelo contra-almirante Daniel J. Callaghan a bordo do cruzador pesado USS San Francisco (CA-38), de acordo com o US Naval History and Heritage Command.

Em um momento durante a batalha, que foi travada no meio da noite, o Hiei quase colidiu com o destróier americano USS Laffey (DD-459). Os dois navios dispararam seus canhões quando passaram a seis metros um do outro.  O Laffey afundaria durante a batalha. Acredita-se que o Hiei tenha sido severamente avariado por salvas do San Francisco, que também sofreu danos críticos, incluindo um impacto direto contra a ponte que matou Callaghan, seu estado-maior e o comandante do navio, capitão Cassin Young.

Representação do combate noturno entre o USS Laffey e o Hiei

De madrugada, o Hiei foi avistado 30 milhas a nordeste da Ilha Savo com "as torres de vante em chamas e as torres de ré desmanteladas". Um cruzador ligeiro e quatro contratorpedeiros supostamente acompanharam o Hiei enquanto este tentava se afastar.

Múltiplas surtidas de torpedeiros Grumman TBF Avenger, bombardeiros de mergulho Douglass SBD Dauntless e caças Grumman F4F Wildcat decolaram do porta-aviões USS Enterprise (CV-6) para atacar o couraçado japonês, e mesmo um B-17, voando da ilha de Espiritu Santo, lançou uma bomba de 500 libras sobre o Hiei.

O Hiei teria sido visto pela última vez pelas forças da Marinha dos EUA às 6 da tarde, a cerca de 8 quilômetros a noroeste de Savo, em chamas e transferindo sua tripulação para três destróieres japoneses nas proximidades. O encouraçado afundou em algum momento durante a noite, com 188 tripulantes mortos em ação.

Destroços do Hiei localizados no fundo do mar

Allen, que morreu em outubro, foi co-fundador da Microsoft, dono do time de futebol americano Seattle Seahawks e filantropo de longa data, que, durante anos, financiou esforços de conservação dos oceanos e da vida selvagem e pesquisas sobre naufrágios da Segunda Guerra Mundial. Talvez a descoberta mais notável de sua equipe tenha sido a descoberta dos destroços do USS Indianapolis (CA-35) em 2017, que afundou no Pacífico Sul em 30 de julho de 1945, depois de entregar os componentes da bomba atômica lançada em Hiroshima.

Fonte: USNI News


MUSEU DA FORÇA EXPEDICIONÁRIA BRASILEIRA SERÁ REABERTO HOJE EM BH APÓS MUDAR DE ENDEREÇO

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Parte da memória brasileira na Segunda Guerra está guardada, desde dezembro, em oito ambientes na Rua Tupis, 723, no Centro da capital


Por Gustavo Werneck

O mundo lembra em 2019, ainda com olhos do horror e do espanto, os 80 anos de início da Segunda Guerra, que envolveu a maioria das nações e incluiu todas as grandes potências da época, organizadas em duas alianças opostas: os aliados (Estados Unidos, França, Inglaterra e outros) e o Eixo (Alemanha, Itália e Japão). O conflito mais letal da história da humanidade durou até 1945 (veja cronologia), mobilizou mais de 100 milhões de militares e deixou cerca de 60 milhões de mortos. “Lembramos também os 75 anos de entrada efetiva do Brasil na guerra, o batismo de fogo dos pracinhas na Itália e o Dia D, quando os aliados desembarcaram na Normandia para retomar a Europa da mão dos nazistas liderados por Adolf Hitler (1889-1945)”, ressalta o presidente da Associação Nacional dos Veteranos da Força Expedicionária Brasileira (FEB)/Regional Belo Horizonte e curador do Museu da FEB, Marcos Renault.

Parte da memória brasileira no conflito está guardada, desde dezembro, em oito ambientes na Rua Tupis, 723, no Centro da capital, endereço da nova sede do Museu da FEB, que será reaberto ao público hoje. A mudança da Avenida Francisco Sales, no Bairro Floresta, onde funcionou desde 1987, para a Tupis decorreu de uma medida que inviabilizou a continuidade do espaço cultural e indignou os organizadores. “Por força da legislação vigente, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) arcava com os custos de aluguel, vigilância, conservação e limpeza das instalações do museu, mas, já no fim da gestão anterior, passou a descumprir a legislação, honrando apenas com o aluguel. A segurança aqui é o mais caro, temos um arsenal que poderia ser roubado sem a devida segurança da casa onde estávamos”, informa Renault.

O curador Marcos Renault diante de parte do acervo do museu

Em face das dificuldades financeiras decorrentes do problema da supressão das verbas e sem condições de manter as portas abertas, todo o acervo original – armamento, fardas, documentos, medalhas, equipamentos, quadros e outras peças de peso histórico e físico, como um obuseiro de 155mm e a estátua em bronze de um expedicionário em combate – foi transferido para o prédio onde funcionou a 11ª Circunscrição do Serviço Militar, recentemente desativada. No imóvel localizado na esquina com a Rua Guarani permanece uma unidade do Exército. “Fizemos um comodato com o Exército, que está cedendo o espaço para a criação do centro cultural que registra a história da 11ª CSM e da participação do Brasil na Segunda Guerra”, explica.


Movimento

Com o novo endereço, Renault acredita em aumento de público, por três razões principais: “Trata-se de um ponto de grande circulação de pedestres e veículos; o museu fica no andar térreo, favorecendo a acessibilidade; e foi ampliado, passando a contar com oito ambientes para exposição”. Para este ano em que são lembrados fatos importantes da Segunda Guerra, ele planeja atividades especiais, como mostras temporárias e palestras, ensejando assim uma maior visitação de estudantes de escolas estaduais, municipais e privadas. “Na época da guerra, funcionava aqui uma escola alemã. Então, houve a desapropriação e as instalações foram ocupadas pelo Exército”, revela.


Na tarde de ontem, ao mostrar ao Estado de Minas seis espaços já organizados, Renault destacou que não se trata de um museu do Exército ou de outra instituição nacional. “Ele é um patrimônio do povo brasileiro. Aqui, a memória de pessoas comuns, cidadãos brasileiros que foram para os campos de batalha com coragem, patriotismo e o sentimento de respeito pelo Brasil, está preservada. A lição maior é que precisamos evitar que, um dia, tudo isso possa acontecer de novo. Daí a importância para as novas e futuras gerações”, disse o curador do museu, estudioso do conflito e, sempre presente como co-organizador das cerimônias do Dia da Libertação da Itália, que ocorrem a cada 25 de abril na cidade de Montese, na Itália.

Nas salas, os visitantes poderão ver uma série de armas, como metralhadoras refrigeradas a ar e a água, fuzis, submetralhadoras, carabinas e outras usadas pelos combatentes brasileiros, os pracinhas, “em conquistas que se tornaram famosas, como a do Monte Castello e da cidade de Montese, dentre várias outras, sendo que, em Collecchio e Fornovo, os pracinhas cercaram e aprisionaram a 148ª Divisão de Infantaria Alemã, com quase 15 mil homens”.

As vitrines do museu exibem cartazes daqueles tempos, com o slogan “A Cobra Vai Fumar!”, que se tornou símbolo da FEB, e “Senta a Pua!”, grito de guerra do 1º Grupo de Aviação de Caça da Força Aérea Brasileira. Mas tem muito mais sobre o front que envolveu 25.334 brasileiros (2.947 de Minas), dos quais morreram 467 (82 de Minas) e 2.722 ficaram feridos.

Obuseiro de 155mm utilizado pela Artilharia da FEB na Segunda Guerra Mundial

Se num quadro há um registro sobre Monte Castello, imortalizado pelo expedicionário de origem polonesa, Zagloba, em outro está o veterano Belisário Nogueira Oliva em posição de combate. Uma linha do tempo que inclui a participação do Brasil na guerra, insígnias, medalhas, jornais da época, fardamento, botas, capacetes e fotografias e jornais podem ser vistos nas salas de exposição que serão abertas ao público. Na sala dos “inimigos”, ou Alemanha e Itália, há uma bandeira nazista capturada pelos brasileiros e trazida como troféu de guerra e a famosa metralhadora alemã, Spandau MG 42, com capacidade para disparar 1.200 tiros por minuto.

Em nota, a Prefeitura de Belo Horizonte informa que, em junho de 2018, foi firmado um acordo segundo o qual a PBH continuaria a pagar o aluguel do imóvel onde funcionava o Museu da Força Expedicionária Brasileira, no Bairro Floresta, no valor de R$ 4.500,00. Com a mudança do museu para um imóvel próprio do Exército, no Centro, a PBH avalia, então, que não existe mais a necessidade de continuar a arcar com o valor do aluguel.

Fonte: em.com


IMAGEM DO DIA - 12/2/2019

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A mais infame de todas as batalhas da Guerra das Rosas é sem dúvida a Batalha de Towton, travada em 1461 em meio a uma nevasca no final de março, nos bosques e prados perto do rio Cock Beck. Considerado o dia mais sangrento da história da Inglaterra em solo inglês, uma proclamação difundida uma semana depois da batalha relata que 28 000 homens perderam a vida no campo de batalha.