"No próprio dia da batalha, as verdades podem ser pinçadas em toda a sua nudez, perguntando apenas;
porém, na manhã seguinte, elas já terão começado a trajar seus uniformes."

(Sir Ian Hamilton)



sexta-feira, 21 de junho de 2019

IMAGEM DO DIA - 21/6/2019

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Tropas gregas defendem-se contra uma carga de cavalaria otomana durante a Batalha de Velestino, por ocasião da Guerra Turco-Grega de 1897 



segunda-feira, 17 de junho de 2019

REBELIÃO DOS MARINHEIROS DE KRONSTADT (1921)

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No dia 2 de março de 1921, 300 representantes de estaleiros e marinheiros da cidade russa de Kronstadt, no Mar Báltico, elegeram um Comitê Revolucionário Provisório.


Por Roselaine Wandscheer


Os marinheiros da cidade portuária de Kronstadt, no Mar Báltico, haviam se rebelado no final de 1917. A frota bloqueara a foz do Rio Neva, quando o cruzador Aurora deu o sinal para começar a histórica Revolução de Outubro.

A historiadora alemã Jutta Petersdorf dedicou-se intensamente ao estudo da história russa. Ela conta que os marinheiros de Kronstadt desempenharam papel muito importante do começo ao fim da revolução. O próprio Leon Trotski reconheceu este fato.


Retrocesso na Rússia

O povo russo continuava sofrendo mesmo depois da queda dos czares. A União Soviética de então estava literalmente arrasada pela Primeira Guerra Mundial (1914-1918) e pela Guerra Civil (1918-1921). Fome e epidemias grassavam por toda parte, indústria e transportes estavam profundamente debilitados. Alguns setores apresentavam índices equivalentes aos de fins do século XVIII.

Havia greves, a agricultura estava paralisada, à espera de definições políticas, o descontentamento agitava a população urbana e provocava revoltas no campo. Protestos públicos eram punidos com prisão sumária.

Os comunistas governavam com mão de ferro. Quem parasse de trabalhar, podia ser condenado à morte. Esta efervescência provocou a insurreição dos marinheiros de Kronstadt contra os bolcheviques. No dia 2 de março de 1921, 300 representantes dos estaleiros daquela cidade portuária elegeram um Comitê Revolucionário Provisório. Os marinheiros entendiam-se responsáveis pelo regime, criticavam a inflação de poder do partido e queriam o retorno dos sovietes às suas origens.


"Somos invencíveis!"

Os sovietes eram os conselhos integrados por operários, camponeses e soldados. Eles apareceram pela primeira vez na Rússia em 1905. Com a revolução de 1917, passaram a ser órgão deliberativo no país. Mas Vladimir Lênin e Trotski viam nos amotinados apenas contrarrevolucionários, e não os apoiaram. Em 5 de março, Trotski enviou uma advertência aos rebelados para que encerrassem seu protesto. Caso contrário, "seriam caçados como coelhos".

Cartaz de mobilização dos marinheiros rebelados em Kronstadt


Como os marinheiros mantiveram suas reivindicações, dois dias mais tarde começou a invasão de Kronstadt pelo Exército Vermelho. Protegidos como numa fortaleza, os amotinados conseguiram defender-se e enviaram a seguinte mensagem a 8 de março, Dia Internacional da Mulher.

"Da Kronstadt libertada para todas as operárias do mundo: estamos aqui em meio aos estrondos dos canhões, em meio às granadas explodindo, jogadas pelos comunistas, inimigos do povo trabalhador! Mesmo assim, enviamos fraternas congratulações a vocês, operárias de todo o mundo. Saudações da Kronstadt vermelha rebelada, do império da liberdade. Que nossos inimigos se atrevam a nos destruir. Somos fortes. Somos invencíveis!"


Rápida derrota

A invencibilidade durou apenas dez dias. Com o apoio de voluntários que participavam da 10ª Convenção do Partido Comunista, as tropas russas conseguiram conquistar a fortaleza de Kronstadt em 18 de março de 1921.

Tropas do Exército Vermelho atacam os marinheiros em Kronstadt


Uma parte dos amotinados foi executada, outra enviada para prisões afastadas, nas temidas ilhas Solofki, no Mar Branco, ao norte da atual Federação Russa; 8 mil rebelados conseguiram fugir de Kronstadt pelas águas geladas do Mar Báltico. Estava debelado, assim, um dos primeiros movimentos políticos na União Soviética.


Fonte: DW


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quarta-feira, 5 de junho de 2019

A MARINHA DO BRASIL BLOQUEIA O PORTO DE SANTOS

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Uma das primeiras reações do Governo Provisório contra o movimento de 1932, deflagrado em São Paulo, foi o bloqueio do litoral paulista e do porto de Santos pela Marinha do Brasil


Com a finalidade de conter e limitar o movimento revolucionário, de acordo com a doutrina estratégica da época, partiram do porto do Rio de Janeiro, entre os dias 10 e 11, o cruzador Rio Grande do Sul e os contratorpedeiros Mato Grosso, Pará e Sergipe, com a missão de bloquear o porto de Santos e controlar o litoral paulista. 

O cruzador "Rio Grande do Sul" foi uma das belonaves mobilizadas para bloquear o porto de Santos.


Para prover a esquadra de apoio aéreo, a Aviação Naval enviou três Savoia-Marchetti S.55A – matrículas nº 1, 4 e 8, comandados, respectivamente, pelo Capitão-de-Fragata Antônio Augusto Schorcht, pelo Capitão-de-Corveta Epaminondas Santos e pelo Capitão-Tenente Bráulio Gouvêa – e dois Martin PM, matrículas nº 111 e 112, sob o comando respectivo dos Capitães-Tenentes Ismar Brasil e Reynaldo de Carvalho.  As aeronaves, procedentes do Galeão, foram baseadas provisoriamente nas enseadas da Ilha de São Sebastião, próximo ao vilarejo de Vila Bela.   

Aeronaves Savoia-Marchetti da Aviação Naval também auxiliaram no controle do litoral de São Paulo.

A Marinha também tinha a intenção de enviar alguns Vought O2U-2A Corsair para Vila Bela, mas a Aviação Naval não confiava muito nos seus flutuadores operando a partir das enseadas da ilha.  Decidiu-se, então, melhorar a pequena e precária pista de pouso próxima ao vilarejo, para que os aviões pudessem operar com trem de pouso a partir de terra firme.  

O porto de Santos na década de 1930.


Detalhe de mapa desenhado por José Washt Rodrigues mostrando o bloqueio ao litoral paulista.


Quer saber mais sobre essa e outras histórias? Leia

UM CÉU CINZENTO: A AVIAÇÃO NA REVOLUÇÃO DE 1932

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terça-feira, 4 de junho de 2019

MUSEU MILITAR DO COMANDO MILITAR DO SUL COMPLETA 20 ANOS

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Caros amigos do Blog Carlos Daróz-História Militar de POA e região, o Museu Militar do Comando Militar do Sul está completando sua segunda década de funcionamento.

Para você que curte História Militar, compareça na festa de aniversário e conheça o riquíssimo acervo desse modelar equipamento museológico e turístico da capital gaúcha.


Algumas das viaturas blindadas pertencentes ao acervo do museu