"No próprio dia da batalha, as verdades podem ser pinçadas em toda a sua nudez, perguntando apenas;
porém, na manhã seguinte, elas já terão começado a trajar seus uniformes."

(Sir Ian Hamilton)



quinta-feira, 30 de abril de 2020

HÁ EXATOS 45 ANOS, ACABAVA A LONGA E BRUTAL GUERRA DO VIETNÃ

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Neste dia, em 1975, as tropas comunistas comandadas pelo general Van Tien Dung transformaram Saigon num gigantesco campo de batalha, tomando o Vietnã do Sul e vencendo o conflito que durou 20 anos

Por André Nogueira

Até hoje, os EUA só sofreram uma grande derrota militar: a invasão do Vietnã. Na tentativa de fazer prevalecer o Vietnã do Sul contra os comunistas, o imperial país do norte foi duramente massacrado. Levando a mais de 58 mil mortes em 20 anos de batalha e fazendo com que gerações fossem traumatizadas e levadas ao outro lado do mundo para a morte quase certa, até que o país fosse expulso da Indochina. Porém, a retirada das tropas dos Estados Unidos não significou o fim da guerra civil, que durou mais três anos.

O que pareceu o início do fim daquela guerra atroz, já nos anos 1960, foi adiado por conta da Ofensiva Tet, que fez com que Henry Kissinger protelasse os Acordos de Paz, que iam contra os interesses dos EUA, elaborados em Paris junto a Le Duc Tho, o premier sucessor de Ho Chi Minh. As negociações só voltaram a acontecer nos anos 1970.

Os Acordos de Paz de Paris, que se encerraram em 1973, foram ilustrados pela atitude de Duc Tho logo após: recebendo o Prêmio Nobel da Paz ao lado de Kissinger, recusou a medalha, alegando que nenhuma paz ocorreu no seu país, afetado pela disputa de interesses da Guerra Fria que impediu a soberania popular. Passando a sofrer apenas intervenções indiretas das potências, a Guerra do Vietnã continuou, até a vitória dos comunistas em 30 de abril de 1975, que construiu, finalmente, a reunificação do país.
 

Rumo a Saigon
 
Comandados por Hanói, os soldados vietnamitas (que vinham tanto do Vietnã do Norte quanto os dissidentes do sul, chamados vietcongues) continuaram a marchar rumo a Saigon. Em 1975, as tropas dos generais Tien Dung, Tran Van Tra, Bui Tin e Le Duan chegaram à capital do sul, instalando um gigantesco cerco militar que causou desabastecimento e caos entre civis e militares.

Isso obrigou que o Vietnã do Sul declarasse Lei Marcial, com comando claro de evacuação da cidade. O esforço foi de liberação geral: civis, soldados, estrangeiros e diplomatas eram levados a helicópteros para que fugissem para as fronteiras. Houve até uma operação especial para o translado de órfãos para a Tailândia e o Laos, a Operação Babylift.

Mapa mostrando a ofensiva final contra Saigon

A embaixada dos EUA comandava um projeto de evacuação conhecido como Operação Vento Constante, mas adiou o programa para tentar uma negociação de não-invasão da capital. Porém, a fuga se tornou inevitável, e os comunistas deixaram claro sua vontade de tomada de Saigon. Em 29 de abril de 1975, deu-se início àquela que seria a maior operação de resgate por helicóptero da história.

Pessoas começaram a se digladiar nas ruas em busca de lugares nos veículos de fuga, enquanto o caos já era visível nos arredores da cidade. Repleto de tanques blindados, o Exército Vietnamita forçava a entrada pelos muros e barricadas montadas nas áreas periféricas de Saigon, enquanto a operação se mantinha em correria. A fuga atravessou a madrugada.

Os EUA se esforçaram para a evacuação de todos os seus funcionários e aliados, mas deixaram para trás muitos civis vietnamitas que trabalharam para eles, mas que estavam estigmatizados pela cumplicidade com os invasores. Muitos deles tomaram o prédio da embaixada, no desespero.

Cidadãos sul-vietnamitas em fuga


Vitória final

Então, na manhã do dia 30, o Exército do Vietnã do Norte acabou de ocupar Saigon, declarando a Queda da capital, que foi renomeada de Ho Chi Minh em homenagem ao fundador do país comunista. Ainda nas primeiras horas de sol, os comunistas haviam tomado os pontos estratégicos da região e, às 11:30, os portões do Palácio Presidencial foram derrubados por um tanque e foi hasteada uma bandeira da Frente Nacional de Libertação, movimento comunista que prontificou as forças do norte.

Tran van Tra, um dos generais norte-vietnamitas que cercou Saigon

O Vietnã do Sul, sob comando do general Duong Van Minh, declarou finalmente a rendição incondicional, considerando que não havia mais nada pra negociar diante da tragédia da derrota. Estava encerrada a guerra. No espírito da vitória, os comunistas ainda empreenderam uma ocupação do Camboja, destituindo o regime genocida do Khmer Vermelho, e apoiaram a ascensão do Pathet Lao, unidade socialista no vizinho Laos.

A vitória dos comunistas pode ser explicada por conta de uma tradição de guerra herdada pelo líder revolucionário Ho Chi Minh, que por sua vez foi inspirado pela Guerra Moderna de Clausewitz e Napoleão, estudada em seu tempo na Europa.

Basicamente, seu esforço bélico se resumiu a uma guerra total, formatada para que toda a nação, como corpo, se dedicasse ao combate às forças inimigas, tendo participação patriótica dos civis em nome de uma causa conjunta. Com isso, os EUA e os sul-vietnamitas não tinham que se preocupar apenas com o Exército de Hanói, mas com todo o ambiente e a população do norte.

Fonte: Aventuras na História

quinta-feira, 23 de abril de 2020

AS TEMIDAS MINAS NAVAIS SOVIÉTICAS

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Minas que na época não tinham análogas no mundo faziam parte do arsenal das tropas. Reunimos fatos sobre modelos de diferentes períodos.


Por Viktória Tchernichova


A M-26, com carga de 250 quilogramas, é considerada uma das minas mais ameaçadoras do período pré-guerra criada na Rússia. A mina de âncora com detonador de choque mecânico foi desenvolvida em 1920.

A maior vantagem do novo artefato era que ele ficava disposto horizontalmente na âncora de carrinho: isso facilitava a sua colocação. No entanto, o comprimento reduzido do cabo para conectar a mina com a âncora e mantê-la a uma distância determinada da superfície da água limitou o uso dessas armas no Mar Negro e no Mar do Japão.

A mina modelo ano 1926 tornou-se a mais difundida entre todas as que foram utilizadas pela Marinha Soviética durante a Segunda Guerra Mundial. Por ocasião do início dos combates, o país tinha quase 27 mil desses dispositivos.

Outro artefato de vanguarda desenvolvido pelos armeiros nacionais no período pré-guerra foi a mina grande naval elétrica KB (sigla russa para “grande naval”) que foi utilizada inclusive como arma antissubmarino. Pela primeira vez no mundo, foram utilizadas nela cúpulas de segurança de ferro fundido que eram automaticamente retiradas na água. Elas protegiam os elementos elétricos.

Mina KB

O curioso é que as cúpulas eram fixadas no corpo com a ajuda de uma chaveta e um cabo de aço com um dispositivo de segurança que utilizava um torrão de açúcar. Antes de instalar a mina, a chaveta era removida e depois, já no local certo, o cabo também se soltava, graças ao açúcar que se dissolvia. Então a arma tornava-se operacional.

Em 1941, as minas KB foram equipadas com uma válvula de submersão que permitia que o dispositivo submergisse por conta própria no caso de ter sido separado da âncora. Isso garantia a segurança dos navios nacionais que se encontravam muito próximos das barreiras defensivas. No início da guerra, era a mina naval de contato mais avançada daquela época.

No total, mais de 700 mil diferentes minas foram posicionadas nas rotas marítimas durante a guerra. Eles destruíram 20% de todos os navios e embarcações dos países beligerantes.


Avanço revolucionário

Nos anos do pós-guerra, os desenvolvedores nacionais continuaram a lutar pela primazia. Em 1957, eles criaram o primeiro míssil submarino com autopropulsão do mundo, a mina KRM, que emergia a jato e que se tornou a base para a criação de uma classe fundamentalmente nova de armas: RM-1, RM-2 e PRM.

Na mina KRM, um sistema acústico passivo-ativo era utilizado na qualidade de separador: ele detectava e classificava o alvo, dava o comando para a separação da ogiva e o início do funcionamento do motor a jato. O peso do explosivo era de 300 quilos. O dispositivo podia ser instalado em uma profundidade de até 100 metros. O lançamento ocorria a partir de navios de superfície, destróieres e cruzadores.

Em 1957, teve início o desenvolvimento de uma nova mina que emergia a jato e que podia ser posicionada tanto a partir de navios como de aviões. Esse dispositivo provocou uma verdadeira revolução: a construção da mina KRM influenciou drasticamente o desenvolvimento futuro das minas marítimas nacionais e o desenvolvimento de protótipos dos mísseis balísticos e mísseis de cruzeiro com lançamento subaquático e trajetória.


Sem análogos

Nos anos 60, teve início na União Soviética a criação de sistemas de minas fundamentalmente novos –as minas-mísseis e as minas-torpedos de ataque. Cerca de dez anos depois, a Marinha recebeu em seu armamento as minas-mísseis antissubmarinos PMR-1 e PMR-2, que não tinham análogos estrangeiros.

Outro avanço foi a mina-torpedo antissubmarino PMT-1. Ela tinha um sistema de duplo canal de detecção e classificação de alvos, era lançada na posição horizontal de um contêiner hermeticamente selado da ogiva (torpedo elétrico antissubmarino) e era utilizada em uma profundidade de 600 metros. A nova mina-torpedo foi adotada pela marinha em 1972. Pela primeira vez na produção nacional de minas os desenvolvedores aplicaram o princípio da execução modular e utilizaram a conexão elétrica dos nós e dos elementos do aparelho. Isso resolveu o problema da proteção dos circuitos explosivos contra as correntes de alta frequência.

UDM-2

O acúmulo de dados obtidos durante o desenvolvimento e teste da mina PMT-1 impulsionou a criação de novos modelos, mais aperfeiçoados. Então, em 1981, os fabricantes de armas concluíram os trabalhos referentes à primeira mina-torpedo antissubmarino nacional, universal em relação aos portadores. De acordo com especialistas nacionais, pelo menos até meados dos anos 70, não havia minas semelhantes no armamento das marinhas das principais potências mundiais.

A mina de fundo universal UDM-2, que passou a integrar o armamento em 1978, foi projetada para destruir navios e submarinos de todas as classes. A versatilidade dessa arma se manifestava em tudo: o seu posicionamento podia ser realizado tanto a partir de navios como de aviões (militares e de transporte) e, neste último caso, sem a utilização de um sistema de paraquedas. Se a mina caía em águas rasas ou em terra, ela se autodestruía. O peso da carga da UDM-2 era de 1.350 quilos.

Fonte: Gazeta Russa



terça-feira, 14 de abril de 2020

AS MULHERES NAS CRUZADAS

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Várias mulheres do Oriente e do Ocidente desempenharam papéis proeminentes nas Cruzadas. 


Ana Comnena (1083-1153), uma das filhas do Alexis I, escreveu a história de sua família, depois que ela falhou em um golpe para colocar seu marido no trono de Bizâncio ao invés de seu irmão, descrevendo os cavaleiros das primeiras cruzadas.

Ana Comnena escrevu sobre os cavaleiros das primeiras cruzadas


Florine da Borgonha, uma princesa-guerreira que acompanhou o seu marido Sueno, o cruzado, príncipe da Dinamarca na primeira cruzada. Florine e Sueno comandaram uma força de 1.500 Cavaleiros nas planícies da Capadócia, quando foram emboscados por uma esmagadora força turca. Ambos foram mortos, juntamente com a maior parte de sua força.

Melisende, rainha de Jerusalém, filha de Balduíno II de Jerusalém. Melisende, governante de Jerusalém após a morte de seu pai, enviou um exército para ajudar o estado cruzado de Edessa, que estava sob cerco e eventualmente caiu. Os seus apelos ao papa Eugênio III por ajuda levaram à desastrosa segunda cruzada.

Leonor da Aquitânia acompanhou o seu marido Luís VII na segunda cruzada, como líder dos soldados do Ducado da Aquitânia, que incluía algumas das suas reais damas-de-companhia. A cruzada realizou pouco, e os desentendimentos sobre a estratégia entre o rei e a rainha acabaram por levar à anulação de seu casamento.

Leonor da Aquitânia junto com os cruzados


Shajar al-Durr, sultana do Egito durante a sétima cruzada. Como esposa do sultão Salih Ayyub, que se tinha sido acometido de grave enfermidade, Shajar ajudou a organizar as defesas do Egito. Após a morte do sultão, o exército a apoiou em tornar-se a primeira mulher do sultão. As forças de Shajar derrotaram o líder da cruzada, Luís IX da França, em Damieta. O Califa AL-Musta, em Bagdá, se recusou a permitir que ela assumisse o trono, e instalou o mameluco Izz al-Din Aybak em seu lugar. Shajar casou-se com Aybak e governou com ele durante sete anos. Insegura de sua posição, Shajar mandou matá-lo e, posteriormente,  foi despojada e espancada até a morte pelos servos do filho de 15 anos de Aybak com outra de suas esposas. Jogada nua do topo da torre vermelha, seu corpo permaneceu no fosso  por três dias, até que finalmente foi enterrado em um túmulo perto da Mesquita de Ibn Tulun.

Shajar al-Durr, a rainha do Egito

Margarida da Provença acompanhou o seu marido Luís IX e a irmã Beatriz na sétima cruzada. Após a captura do seu marido, ela liderou as negociações para a sua libertação e, na verdade, foi a única mulher a liderar uma cruzada, por um breve período. Sua bravura e determinação foram narrados por seu contemporâneo, Jean de Joinville.

A experiência dessas mulheres prova que elas estavam dispostas a tomar o poder quando a oportunidade se apresentou. Todas elas provocaram uma forte resposta masculina, que achavam mais fácil exercer o poder através de um marido ou filho.

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sexta-feira, 10 de abril de 2020

O PRIMEIRO TIRO DE ARTILHARIA DA FORÇA EXPEDICIONÁRIA BRASILEIRA NA ITÁLIA

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O 1º Tiro da Artilharia da Força Expedicionária Brasileira no território Italiano foi disparado no dia  16 de setembro de 1944


Em 14 agosto de 1944, o 1º escalão da 1ª Divisão de Infantaria Expedicionária passou a integrar o V Exército Norte-americano, que tinha por missão fixar os nazistas na Linha Gótica. Essa fração da Força Expedicionária Brasileira (FEB) entrou em ação na Itália sob o comando do General Euclides Zenóbio da Costa com um efetivo de 5.075 combatentes.

Dentre eles, o 2º Grupo do 1º Regimento de Obuses (atual 21º Grupo de Artilharia de Campanha, Niterói-RJ),  comandado pelo Coronel Geraldo Da Camino, em apoio direto ao Destacamento composto  pelo 6º Regimento de Infantaria (6º RI), um pelotão de carros de combate americanos e um pelotão de reconhecimento brasileiro, que tinham a missão de ocupar ou conquistar a linha Massarosa – Bozzano – Marti La Certosa – Via del Pretino – Santo Stefano.

Na noite de 15 de setembro de 1944, o Grupo iniciou o deslocamento, em total escuridão, para ocupar posição de tiro nas encostas do Monte Bastione, fora do campo visual dos nazistas, e aguardar a primeira missão de tiro fora do continente sul-americano.

Em 16 de setembro de 1944, a Central de Tiro encaminhou o primeiro comando à Linha de Fogo, para a única artilharia da América Latina, presente em solo europeu, abrir fogo às 14 horas e 22 minutos contra o inimigo nazista, contribuindo para a primeira conquista brasileira na Itália, com a efetiva libertação da cidade de Massarosa.

Fonte: CCOMSEX


quarta-feira, 8 de abril de 2020

IMAGEM DO DIA - 8/4/2020

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Durante a breve guerra travada entre Índia e China, em 1962, disputando uma região fronteiriça nas alturas do Himalaia, soldado indiano opera uma metralhadora Bren LMG. 


sábado, 4 de abril de 2020

ROGÁTINA: PARA O INIMIGO E PARA OS URSOS

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A rogátina, arma dos primórdios da civilização eslava, ajudou os russos a dominar as vastas florestas e combater os perigos da mãe natureza.

Por Alexandr Verchínin


A rogátina é uma arma dos primórdios da civilização eslava. A Europa praticamente não conheceu análogos. Somente os vikings, vizinhos e velhos inimigos dos eslavos, produziram algo similar. Visualmente, podemos comparar a rogátina a uma lança, mas com uma significativa diferença: o seu tamanho e peso.

A ponta de uma lança comum raramente pesava mais de 400 gramas. O peso do topo metálico da rogátina (conhecido por rojón) podia chegar a 1 kg. O seu comprimento era de cerca de meio metro, dois terços do qual eram parte de contato direto em combate: uma lâmina alargada de dois gumes em forma de folha de louro. A espessura do rojón chegava a alcançar um centímetro e meio. Na verdade, tratava-se basicamente de uma poderosa adaga que se colocava na ponta de uma grande vara (o iskepiche) cujo comprimento era maior do que a estatura de um homem. A rogátina permitia furar ou cortar a carne, sendo que as feridas deixadas por ela eram particularmente profundas e largas.

Esta arma tão terrível foi inventada pelos eslavos antigos para conseguirem caçar o senhor dos bosques – o urso. Bastaria em princípio um golpe dado com ela para causar um ferimento mortal ao terrível animal. Mesmo em baixo da lâmina havia uma cruzeta fixada transversalmente. O urso lançava instintivamente as patas a essa cruzeta com lâmina e ele mesmo se cortava nela. Daí vem o provérbio russo que se usa até hoje: “Lançar-se ao rojón”, que significa colocar-se em perigo ou provocar perigo para si mesmo.

A rogátina ajudou o homem russo a conquistar as vastas florestas e a lutar contra os perigos que lhe preparava a mãe natureza. Mas ela resultou também ser uma excelente arma de combate. Já as crônicas do início do século XII mencionam a rogátina como a arma dos combatentes russos. Cem anos depois, a invasão tártaro-mongol marcaria o início de uma nova era no desenvolvimento da arma branca russa, no entanto, a forma da rogátina funcionava tão bem que ela permaneceu inalterada durante cinco séculos. Era usada principalmente nos combates a pé.

Cavaleiro russo do século XIII armado com uma rogátina


Mais do que uma vez encontramos crônicas sobre o uso da rogátina por parte dos guerreiros russos. Em 1377, esta poderosa arma não salvou o príncipe de Nijni Novgorod de uma derrota esmagadora no rio Piana. Ninguém esperava o ataque das tropas tártaras, por isso muitos dos guerreiros da corte estavam bêbados e nem sequer tiveram tempo para encaixar a lâmina da sua rogátina na vara. Mas em 1444, o exército russo, armado com rogátinas, rechaçou com sucesso o ataque dos tártaros a Riazan. O uso militar das rogátinas foi mantido até o final do século XVII.

As pessoas ricas podiam se permitir a ter alguns tipos de armas particularmente luxuosos. Uma verdadeira obra-prima dos antigos armeiros é a rogátina do príncipe Boris de Tver, forjada no início do século XV. No seu aro de encaixe, a continuação da lâmina usada para fixar o rojnó na vara tinha uma esplêndida gravura de prata. O artista gravador transmitiu assim toda a história do heroísmo e morte trágica às mãos dos tártaros do príncipe Mikhail, um antepassado do dono da arma. Nos arquivos do Palácio do Arsenal, no Kremlin, encontrarmos descrições das rogátinas cerimoniais dos czares Ivan, o Terrível e Boris Godunov. Como uma das insígnias reais, elas eram levadas atrás do czar em celebrações especiais.

A belíssima rogátina do príncipe Boris de Tver


No exército reformado por Pedro I, a baioneta foi adotada como a principal arma branca da infantaria. No entanto, a rogátina continuou sendo amplamente usada como arma de caça. Ainda no início do século XX, o mujik russo ia para o bosque caçar ursos com ela. E não apenas o mujik. Um dos passatempos favoritos do imperador Aleksander II (1818-1881) era a caça ao urso com rogátina. O czar, fisicamente forte, não tinha medo de entrar em combate corpo a corpo com o senhor da floresta. Testemunha de uma dessas lutas foi Otto von Bismarck, que na época era embaixador da Prússia na Rússia. O incomum lazer da caça era também apreciado pelo conde Tolstói, que quase morreu nas garras de um animal raivoso.

Fonte: Gazeta Russa



segunda-feira, 30 de março de 2020

MORRE O GREGO QUE RETIROU A BANDEIRA NAZISTA DA ACRÓPOLE DURANTE A 2ª GUERRA MUNDIAL

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Herói da resistência grega  Manolis Glezos tinha 97 anos.

Por Helena Tecedeiro


Manolis Glezos tinha apenas 18 anos quando, a 30 de maio de 1941, ele e o amigo Apostolos Santas decidiram subir à Acrópole no meio da noite para retirar a bandeira com a suástica que os nazistas haviam hasteado junto ao Partenon, durante a ocupação da Grécia. Foi nessa noite que o estudante ganhou a aura de herói da resistência grega que o acompanharia até à morte, nesta segunda-feira, aos 97 anos.

O herói de guerra estava já hospitalizado desde o início do mês devido a uma gastroenterite e uma infecção urinária, tendo acabado por não resistir a uma parada cardíaca, anunciou a televisão estatal grega ERT. Em novembro, Glezos já tinha estado no hospital devido a problemas respiratórios.

Tropas alemãs hasteando a bandeira nazista na Acrópole, junto ao Partenon
 
Depois daquela noite de 1941, os nazistas condenaram à morte os responsáveis por retirar a bandeira da Acrópole, à revelia. E se Glezos e Santas terminaram sendo detidos pelos ocupantes em março de 1942, por outras atividades ligadas à resistência, acabaram por ser libertados um mês depois, uma vez que os nazistas desconheciam a identidade de quem tinha retirado a bandeira. Apostolos Santas morreu em 2011.

"Hitler disse num discurso que a Europa é livre. Quisemos mostrar-lhe que a luta estava apenas começando", afirmou Glezos à AFP em 2011, numa entrevista em que recordou como roubou a bandeira com o amigo. E lamentou que depois da guerra a Grécia tenha "conquistado a sua liberdade mas não a sua independência", numa referência à dependência do país de credores estrangeiros durante a crise.

Terminada a 2ª Guerra Mundial, Glezos foi eleito várias vezes para o Parlamento grego, com apoio dos comunistas, dos socialistas e de outros partidos da esquerda, tendo servido como deputado durante mais de seis décadas.

Manolis Glezos e Apostolos Santas

Em 2014, Glezos foi eleito para o Parlamento Europeu pelo Syryza, o partido de esquerda radical do então primeiro-ministro Alexis Tsipras, tornando-se no mais velho eurodeputado, aos 91 anos.

Apesar desse apoio, durante auge da crise económica grega, Glezos não hesitou em criticar as medidas de austeridade extremas impostas pelo governo, por pressão da União Europeia e do FMI, tendo feito campanha para obrigar a Alemanha a pagar à Grécia indenizações de guerra. Um dinheiro que queria ver usado para pagar os empréstimos internacionais que o país teve de fazer.

Fonte: Diário de Notícias


domingo, 29 de março de 2020

PERSONAGENS DA HISTÓRIA MILITAR - VALYA STUPINA, UMA CORAJOSA BRUXA DA NOITE QUE MORREU POR SUA PÁTRIA

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Nem todas as Bruxas da Noite se destacaram pela grande quantidade de missões de ataque, algumas demonstraram seu valor nas atividades de apoio ao combate e, como Valentina Stupina, perderam suas vidas em decorrência de doenças e ferimentos recebidos.


Valentina Sergeevna Stupina nasceu em 4 de junho de 1920, irmã do meio de três filhos. Seu pai, que trabalhava na floresta, faleceu em 1933, após o que ela se mudou para Samara com seu irmão mais velho, Anatoli, onde aprendeu a saltar de paraquedas em uma escola do Komsomol (União da Juventude Comunista). Depois de morar em Samara por um ano, mudou-se para Stavropol, onde destacou-se como esportista e se formou na escola secundária com honras, em 1937. Após isso, ingressou no Instituto de Aviação de Moscou, onde permaneceu estudando até a invasão alemã da União Soviética em 1941. No começo da guerra, ela deixou a escola para trabalhar cavando fossos antitanques e construindo fortificações defensivas nos arredores da cidade.

Depois de ser encorajada pelo Komsomol para se unir ao regimento de aviação feminina, o 588º de Bombardeio Noturno, fundado por Marina Raskova, Stupina se voluntariou em outubro. Após receber treinamento de navegação na Escola de Aviação Militar de Engels, foi enviada para a Frente Sul em fins de maio de 1942 e foi promovida ao posto de tenente junior. Stupina voou 15 missões de combate antes de ser designada como Oficial de Comunicações do regimento, embora, na oportunidade, tivesse expressado que preferia continuar voando em missões de combate.

Valentina Stupina foi condecorada com a Medalha "Pela Coragem" em novembro de 1942, tornando-se uma das primeiras do regimento a receber o prêmio.  Stupina, apelidada pelas amigas de Valya, morreu em Yessentuki, na Primavera de 1943, em razão de enfermidade provocada pelas duras condições de vida durante a campanha, e depois de se recusar a receber tratamento no hospital por muito tempo, pois queria permanecer junto a suas companheiras.

Medalha Pela Coragem. Stupina foi uma das primeiras garotas do regimento a recebê-la.

O regimento inteiro participou de seu funeral e ela foi enterrada com honras militares completas em um cemitério civil local.  A comandante do regimento, major Yevdokiya Bershanskaya, enviou à sua mãe, Polina Stupina, um telegrama informando-a da morte de Valentina, mas esta só conseguiu chegar a Yessentuki após o sepultamento. Bershanskaya a encontrou na estação de trem e foi com ela ao cemitério. Quando morreu, Valya Stupina tinha apenas 23 anos de idade.

Conheça essa e outras histórias lendo

BRUXAS DA NOITE: AS AVIADORAS SOVIÉTICAS NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL.


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domingo, 22 de março de 2020

UNIFORMES - REGIMENTO DE ARTILHARIA DA CORTE PORTUGUESA

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Exército Português
Regimento de Artilharia da Corte
Fortaleza de São Julião (1764)

 

Suas origens remontam ao Troço de Artilharia de Repartição do Mar, que, pelo Decreto de 23 de Novembro de 1708, deu origem ao Regimento de Artilharia da Corte e da Armada. Por alvará de 9 de Abril de 1762, passou a designar-se Regimento de Artilharia da Corte (ou Regimento de Artilharia de São Julião da Barra). 

Em 1801, por Decreto de 22 de Fevereiro, foram-lhe acrescentadas duas companhias de Artilharia a cavalo e o soldo dos seus oficiais e soldados foi aumentado. Por meio do Decreto de 23 de Junho de 1803, a Bateria de Artilharia Ligeira da Legião de Tropas Ligeiras foi incorporada no Regimento de Artilharia da Corte. Em 1804, o Decreto de 22 de Janeiro dissolveu as três companhias de Artilharia a Cavalo adidas ao Regimento, que passou a ser designado Regimento de Artilharia nº 1. 

Em 1808, foi reorganizado na Torre de São Julião da Barra, passando a designar-se novamente Regimento de Artilharia da Corte. 

O oficial aqui representado veste o uniforme azul padrão da Artilharia portuguesa no século XVIII, e chapéu tricórnio, característico dos exércitos da época.

quarta-feira, 18 de março de 2020

IMAGEM DO DIA - 18/3/2020



Major-general Thomas Watson, do US Marine Corps, posa diante de um carro de combate Type 95 Ha-Go do Exército Imperial japonês, posto fora de ação em Saipan, nas ilhas Marianas. 1944



GRIPE ESPANHOLA DE 1918 FOI UM ASSASSINO MAIS EFICAZ QUE A GRANDE GUERRA

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A epidemia da gripe espanhola, que deixou 50 milhões de mortos entre 1918 e 1920, foi um assassino mais eficaz que a Primeira Guerra Mundial, com seus dez milhões de soldados mortos.


Era espanhola?
 
As origens da epidemia provavelmente não têm nada a ver com a Espanha. Mas então, por que persiste esta denominação?

Sem dúvida se deve ao segredo militar em torno à saúde dos soldados durante a Primeira Guerra Mundial, e por isso os jornais dos países beligerantes não podiam falar que havia uma epidemia que dizimava suas tropas. Por outro lado, a imprensa podia escrever sem filtro sobre a gripe que afetava a Espanha, um país neutro onde não havia censura.


Origens
 
A origem exata da epidemia não pôde ser estabelecida com total certeza. Sabe-se que os primeiros casos detectados foram de soldados americanos no Kansas, no centro dos Estados Unidos, em março de 1918. Desde lá, a doença teria migrado para a Europa, propagando-se junto com as tropas.

A pandemia se expandiu por todo o mundo em três ondas, a primeira na primavera boreal de 1918, que não foi tão mortífera como as duas posteriores, muito mais virulentas provavelmente porque o vírus tinha sofrido mutações, tornando-se mais agressivo.


Vírus

O vírus da gripe que deu origem a esta pandemia é do tipo A(H1N1), assim como o agente responsável da macroepidemia de gripe de 2009 (que deixou 18.500 mortos segundo balanço oficial da OMS e cerca de 200.000 mortos segundo duas estimações posteriores).
Estima-se que todos os vírus da gripe tipo A que circulam hoje entre os humanos são descendentes diretos ou indiretos da cepa do vírus de 1918, mas em uma versão menos virulenta.


 
Jovens

Atualmente as epidemias de gripe sazonal são especialmente perigosas para os idosos e para as crianças pequenas, enquanto a gripe espanhola afetava principalmente os jovens. Suas vítimas preferidas eram pessoas de entre 20 e 40 anos.


Virulência

Este vírus era perigoso sobretudo para os pulmões, já que provocava uma congestão muito grave das vias respiratórias que fazia com que os doentes se asfixiassem.

A gravidade da epidemia também se explica pelo fato de que havia uma guerra. Os movimentos de tropas ajudaram a propagação do vírus e as feridas e as privações afetaram as defesas da população.

Grande Guera: mais mortes pela gripe espanhola do que pelos combates
 

Impacto mundial

Não há um balanço preciso da epidemia. Segundo cálculos antigos, esta praga causou cerca de 21 milhões de mortos. Mas estimações mais recentes situam o número em 50 milhões, depois do vírus infectar um terço da população mundial.

Os pesquisadores Niall Johnson e Juergen Mueller estimaram em 2002 que o "verdadeiro balanço" da epidemia poderia ser em torno de 100 milhões de vítimas. Poucas regiões do mundo escaparam da pandemia. A Austrália foi um dos países menos afetados graças a uma política estrita de quarentena.

A criação, em 1922, do Comitê de Saúde e da Organização de Higiene, antepassadas da Organização Mundial da Saúde (OMS), respondeu em parte a uma vontade de combater melhor este tipo de pragas.


Vítimas famosas

Entre as vítimas conhecidas da gripe espanhola estão o pintor austríaco Egon Schiele, morto em 31 de outubro de 1918, o poeta francês Guillaume Apollinaire (9 de novembro de 1918) e seu compatriota e dramaturgo Edmond Rostand (2 de dezembro de 1918).

Fonte: O Estado de Minas


terça-feira, 17 de março de 2020

1814: TRATADO DE KIEL ENCERRA DOMÍNIO DINAMARQUÊS NA NORUEGA

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Com a assinatura do Tratado de Kiel, em 14 de janeiro de 1814, após uma administração de mais de 400 anos, a Dinamarca perdeu a Noruega para a Suécia.

Por Dirk Kaufmann

O Dia Nacional do Reino da Noruega é comemorado em 17 de maio, data da proclamação da Constituição do país na Assembleia Nacional realizada em Eidsvoll em 1814. Mas o nascimento do Estado deu-se verdadeiramente em 14 de janeiro do mesmo ano, com a assinatura do Tratado de Kiel, que pôs fim ao domínio da Dinamarca sobre os noruegueses.

A Noruega fora administrada pela Dinamarca por mais de 400 anos. Durante mais de um século, as três monarquias escandinavas chegaram a estar unidas, quando a coroa da Suécia foi atribuída à rainha Margarete, dinamarquesa que era também soberana da Noruega. A União de Kalmar, selada em 1397, persistiu até 1521, quando a Suécia a rompeu. A Noruega levou ainda quase 300 anos para se libertar do domínio dinamarquês.


O papel de Napoleão

A independência da Noruega está relacionada com as guerras napoleônicas. Inicialmente, a Dinamarca tentara manter sua neutralidade, mas não resistiu à pressão exercida de um lado pela França e do outro pela Inglaterra. Um acordo de aliança com a Suécia, Prússia e Rússia, assinado em 1800, não foi suficiente para estabilizar a situação na região báltica.

No início do século XIX, a frota inglesa era o único inimigo que Napoleão não conseguia vencer. No entanto, para abastecer seus navios, a Inglaterra dependia de madeira fornecida principalmente pela Finlândia e pela Rússia. Para que os transportes da preciosa matéria-prima passassem a salvo pelo estreito canal que separa a Suécia da Dinamarca, Londres queria atrair para seu lado pelo menos um dos dois países. Em vez de o fazer com diplomacia, preferiu apelar para a pressão militar.

Batalha de Bornhöved, travada em 1813, na qual Um exército composto por unidades russas, prussianas e suecas derrotou os dinamarqueses

No início do mês de abril de 1801, o almirante Horatio Nelson atacou Copenhague com a intenção de obrigar os dinamarqueses a passar para o lado dos ingleses. Um segundo ataque, mais violento ainda, teve efeito oposto e levou a Dinamarca a buscar o apoio da França. Tropas espanholas e francesas instalaram-se na Dinamarca para proteger o país; soldados dinamarqueses passaram a combater ao lado das tropas napoleônicas. Uma aliança militar selada em 31 de outubro de 1807 atou o destino da Dinamarca ao de Napoleão.


Consequência da derrota

Cinco anos mais tarde, quando a sorte começou a se virar contra Napoleão, a Dinamarca encontrava-se do lado dos perdedores. No chamado "inverno dos cossacos" de 1813, o território dinamarquês foi invadido pela primeira vez por tropas inimigas. Um exército composto por unidades russas, prussianas e suecas derrotou os dinamarqueses nas batalhas de Bornhöved e Sehestadt. Quando Glückstadt e Rendsburg foram sitiadas, na passagem de ano 1813-1814, Copenhague cedeu.



As negociações de paz foram iniciadas em janeiro de 1814, em Kiel. De um lado estavam os dinamarqueses, do outro, uma aliança entre prussianos, russos, suecos e ingleses. A Inglaterra recebeu a ilha de Helgoland, ocupada já desde 1807. A Suécia reivindicou a Noruega para compensar a perda da Finlândia para a Rússia.

A Suécia fez questão de colocar a Noruega sob sua administração, mas concedeu amplas liberdades a seus vizinhos nas questões de política interna. Para os noruegueses, o término do domínio dinamarquês, após 400 anos, e a proclamação de sua Constituição representam o nascimento de seu Estado. Foi este o mais notável fato resultante da Paz de Kiel, assinada em 14 de janeiro de 1814.

Fonte: DW

quinta-feira, 12 de março de 2020

M.BOOKS LANÇA "ENIGMA", MAIS NOVA OBRA ABORDANDO A ESPIONAGEM NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL

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A verdadeira história da quebra do código secreto e como  ajudou a vencer a Segunda Guerra Mundial


A editora M.Books, que tem em seu portfólio uma extensa linha editorial dedicada à História Militar, acaba de lançar mais uma obre de referência abordando a Segunda Guerra Mundial: ENIGMA.

Ricamente ilustrado e com diagramação primorosa, o livro conta a história do impacto de Bletchley Park sobre a guerra, incluindo a superação da ameaça dos submarinos alemães na Batalha do Atlântico, a ajuda aos Aliados na vitória do Mediterrâneo, com a identificação dos movimentos navais e aéreos do Eixo, o entendimento dos planos e disposições das tropas alemães antes dos desembarques na Normandia e a ajuda para afundar o encouraçado Scharnhorst no norte da Noruega. 

Ao acompanhar esses eventos, o livro também mergulha na história dos principais personagens de Bletchley: gênios como Alan Turing, que construiu a máquina de decifração Bombe e teve grande influência no desenvolvimento da ciência da computação e da inteligência artificial; Gordon Weilchman, um dos primeiros especialistas em análise de metadados; e novatos como Mavis Batey, que decifrou o código Enigma italiano e deu à Marinha Real britânica vantagem estratégica na Batalha do Cabo Matapan, em março de 1941. 

Bletchley Park durante a Segunda Guerra Mundial

Faz um relato histórico do papel dos decifradores que ajudaram os Aliados a vencer a Segunda Guerra Mundial. Apresenta decifradores fundamentais como Alan Turing, Gordon Welchman, Dillwyn “Dilly” Knox, Jane Hughes e Mavis Batey.

Ilustrado com cerca de 180 fotografias, desenhos e mapas, este livro explica o trabalho vital dos decifradores na vitória dos Aliados em muitas batalhas e campanhas importantes daquele conflito.


Sobre o autor

MICHAEL KERRIGAN é autor de Stalin, Hitler: The Man behind the Monster, World War II Plans That Never Happened, World War II Abandoned Places e Dark History of the American Presidents, entre outros. É crítico literário e escritor de artigos para publicações como The Scotman e Times Literary Supplement. Mora em Edimburgo, na Escócia. 


Ficha técnica

Título: Enigma
Subtítulo: A verdadeira história da quebra do código secreto e como ajudou a vencer a Segunda Guerra Mundial
Autor: Michael Kerrigan
Tradutora: Maria Beatriz Medina
Áreas de interesse: 1. História 2. Segunda Guerra Mundial 3. Códigos Secretos  4. Enigma
Páginas: 224
Formato: 17 x 24cm
ISBN: 9788576803300
EAN: 9788576803300



ENIGMA pode ser adquirido na página da M.Books, clicando aqui.

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