"No próprio dia da batalha, as verdades podem ser pinçadas em toda a sua nudez, perguntando apenas;
porém, na manhã seguinte, elas já terão começado a trajar seus uniformes."

(Sir Ian Hamilton)



sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

IMAGEM DO DIA - 25/02/2011


Durante a Guerra do Peloponeso (431 aC - 404 aC) um hoplita espartano finaliza um oponente ateniense


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PENSAMENTO MILITAR - PAZ E GUERRA


"Se queres a paz, prepare-se para a guerra"

Publius Flavius Vegetius, imperador romano

quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

GUERRA CIVIL CHINESA (1927 - 1949)

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Guerra Civil Chinesa (1927–1937/1946–1949) é o nome dado a uma série de conflitos entre forças chinesas nacionalistas e comunistas. Sua localização temporal é discutível e, de modo geral, refere-se à Guerra Civil Chinesa apenas como a fase final ocorrida após o término da 2ª Guerra Mundial. O conflito, no entanto, remonta ao fim da dinastia Qing, em 1911.

O generalíssimo Chiang Kai-shek


As hostilidades irromperam em 1927, durante a expedição de Chiang Kai-shek ao norte, com o expurgo de antiesquerdistas do Kuomintang ("Partido Nacional do Povo", nacionalista, fundado pelo médico Sun Yat-sen) e uma série de levantes comunistas urbanos fracassados. O poder comunista foi então melhor estabelecido na área rural, e seus defensores utilizavam táticas de guerrilha para neutralizar a força nacionalista, que era superior. Após uma campanha de três anos, Chiang finalmente conseguiu destruir os sovietes Jiangxi (bases rurais comunistas) criados por Mao Tsé-Tung, mas, após a Grande Marcha (1934-1935), os comunistas conseguiram reinstalar-se em Yan'an, no norte do país.

Os confrontos entre os dois lados reduziram-se com a invasão japonesa de 1937, e, até o final da 2ª Guerra Mundial, em 1945, uma difícil trégua foi mantida, enquanto se lutava contra um inimigo comum. A violência interna irrompeu logo após o final da guerra, ressurgindo em uma base muito maior em abril de 1946 - depois de o general norte-americano George Marshall ter fracassado em conseguir um acordo estável.
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Durante o primeiro ano do conflito, as tropas nacionalistas obtiveram ganhos territoriais, incluindo a capital comunista de Yan'an. Entretanto, logo em seguida, o moral do Kuomitang começou a desmoronar face às bem-sucedidas operações militares dos comunistas, diminuindo a confiança em sua administração, e, no final de 1947, uma vitoriosa contraofensiva comunista estava a caminho.

Em novembro de 1948, Lin Piao completou a conquista da Manchúria, onde os nacionalistas perderam meio milhão de homens, muitos dos quais desertaram para o lado comunista. Na China Central, os nacionalistas perderam Xandong e em janeiro de 1949 foram derrotados na batalha de Huai-Huai (perto de Xuzhou). Pequim caiu em janeiro, e Nanjing e Xangai em abril.

Mao Tse-tung proclama a criação da República Popular da China em 1949

A República Popular da China foi proclamada em 1º de outubro de 1949 e a vitória comunista completou-se quando o governo nacionalista fugiu de Chongqing para Taiwan, em dezembro daquele ano.

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sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

ARMAS – OBUSEIRO BL Mk.1 26cwt DE 6 POLEGADAS





O peso da arma nome desta peça de artilharia – 26 cwt (quintais), ou 1.320 kg / 2.912 libras – a diferencia de dois outros obuseiros britânicos de 6 polegadas em operação no mesmo período.

Desenvolvido em 1915 para substituir os modelos anteriores de 25 e 30 quintais, tornou-se o obuseiro médio de sítio padrão da Grã-Bretanha na 1ª Guerra Mundial, com mais de 3.600 unidades produzidas até o fim do conflito.

Obuseiro 26 cwt em ação durante a 1ª Guerra Mundial

Era um projeto simples, com flecha tipo caixa oca de metal, sistema de recuo hidropneumático e culatra com sistema de fechamento tipo parafuso. Foi produzido originalmente para disparar granadas de schrapnel de 45 kg (100 libras), mas seu alcance era insuficiente. Por este motivo, a munição foi aos poucos sendo substituída por uma granada de 39 kg (98 libras), inclusive do tipo alto-explosivo.

Ainda que muitos obuseiros 26 cwt tenham sido distribuídos para outros exércitos, os que permaneceram na Grã-Bretanha foram adaptados com pneumáticos a fim de serem tracionados por viaturas, servindo até o início da 2ª Guerra Mundial na África do Norte.

Bateria de obuseiros 26 cwt australiana em posição no perímetro de Tobruk em 1941


Características:

Calibre: 6 polegadas (152mm)
Peso (completo): 3.693 kg
Comprimento do tubo: 13,3 calibres (2,218m)
Elevação:  0º a +45º
Conteiramento: 8º
Velocidade inicial da granada: 427 m/s
Alcance máximo: 10.425 m
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domingo, 6 de fevereiro de 2011

PERSONAGENS DA HISTÓRIA MILITAR – 1º SARGENTO JOVITA FEITOSA

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Jovita Alves Feitosa, nascida em Tauá, em março de 1848, filha de Maximiano Bispo de Oliveira e de Maria Alves Feitosa, se destacou pela bravura e destemor, durante a luta contra o Paraguai.

Nesse tempo, com apenas dezesseis anos, órfã de mãe, residia com um tio em Jaicós, no Piauí, e participava vivamente do clamor criado com o patriótico movimento contra o invasor Francisco Solano Lopez, apossando-se do forte de Coimbra no ano de 1864, à margem do Rio Paraguai, facilmente conseguido por causa da precária situação em que se encontravam os brasileiros.

A expedição paraguaia avançava pelo sul de Mato Grosso, encaminhando-se para a colônia militar de Dourados. Vitoriosos, seguiram para a colônia de Miranda, depois Nioaque, encontrando poucos brasileiros e mal armados.

Pretendiam assim chegar até Corumbá, já tendo conseguido a interrupção das comunicações entre a capital da província e o Rio de Janeiro.

Por pouco tempo o sul de Mato Grosso tornou-se território paraguaio. López pretendia formar outra frente de guerra, atravessando a Argentina para atacar o Rio Grande do sul. O Presidente da nação vizinha negou a passagem das tropas por terras argentinas, o que ocasionou uma declaração de guerra, em março de 1865, com a invasão pelos paraguaios da província de Corrientes.

No Rio de janeiro as noticias das invasões causaram revolta, e o Imperador Pedro II estimulou o patriotismo entre os homens, com a frase: “ O BRASIL ESPERA QUE CADA UM CUMPRA O SEU DEVER. “.

Jovita mobilizou a cidade e o campo para que fossem lutar pela pátria. Misturava-se com os soldados, desprezando todos os preconceitos da época. Atendendo ao apelo do Imperador, as mães ofereciam os filhos para a luta, as damas doavam suas joias, e Jovita, como nada tinha a oferecer, arquitetou um plano: cortando os cabelos e usando um chapéu de couro, assim se disfarçou em soldado, indo-se apresentar em Teresina, onde se agrupavam os Voluntários da Pátria. E tinha apenas dezessete anos.

O plano foi descoberto. As formas femininas a denunciaram e mulheres curiosas descobriram que as orelhas eram furadas. Mesmo assim, foi aceita pelo exemplo de tão admirável lição de patriotismo, com a obrigação de usar um saiote sobre a farda.

Mulher valente, audaciosa, teve seu gesto admirado em todo o país. Exercendo função militar, esteve em São Luís, Paraíba e Recife, causando entusiasmo em todos. Era aplaudida, presenteada, cantada em versos e hinos. A heroína estava então preparada para a viagem ao Rio de janeiro, em companhia de quatrocentos e sessenta soldados.

A jovem Jovita Feitosa com o uniforme dos Voluntários da Pátria

Um mês após a partida, chegava à capital brasileira sendo entusiasticamente ovacionada pela multidão que esperava curiosa a Companhia dos Voluntários, tendo entre eles a figura de uma mulher.

Os jornais noticiaram com destaque o fato; o povo aclamava-a com entusiasmo pó onde ela passava e assim a admirável Jovita viveu os mais intensos momentos de glória.

Passados alguns meses, o Ministro da Guerra, Visconde de Cairu, põe por terra a aspiração da jovem, negando-lhe permissão para a frente de combate. Dava-lhe apenas o direito de agregar-se ao Corpo de Mulheres que iria prestar serviços compatíveis com a natureza feminina, na guerra contra os vizinhos paraguaios.

Resolveu permanecer no Rio de Janeiro, decepcionada com o acontecido e fortemente amargurada, sentindo se desfazerem os seus sonhos de jovem patriota e de mulher guerreira que ela era.

Jovita chegou ao posto de primeiro-sargento, e recebeu homenagens e presentes por sua participação no conflito da Tríplice-Aliança; entretanto, teria se suicidado em 1867 por não se conformar com o esquecimento que se seguiu. Outras versões, contudo, relatam que ela teria retornado ao teatro da guerra, no Paraguai, onde teria falecido na Batalha de Acosta Ñu.

Ficou o seu exemplo digno da admiração de todos os brasileiros.


Fonte: Academia Tauaense de Letras

 
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