Universidade Salgado de Oliveira, especializou-se em História Militar pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro e pelo Instituto de Geografia e História Militar do Brasil. Atua como professor do Colégio Militar do Recife e do curso de pós-graduação em História Militar, da Universidade do Sul de Santa Catarina. É membro do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil e pesquisador-associado do Centro de Estudos e Pesquisa em História Militar, da Diretoria do Patrimônio Histórico e Cultural do Exército Brasileiro.
terça-feira, 28 de outubro de 2014
LANÇAMENTO DO LIVRO "A GUERRA DO AÇÚCAR: AS INVASÕES HOLANDESAS NO BRASIL"
Universidade Salgado de Oliveira, especializou-se em História Militar pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro e pelo Instituto de Geografia e História Militar do Brasil. Atua como professor do Colégio Militar do Recife e do curso de pós-graduação em História Militar, da Universidade do Sul de Santa Catarina. É membro do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil e pesquisador-associado do Centro de Estudos e Pesquisa em História Militar, da Diretoria do Patrimônio Histórico e Cultural do Exército Brasileiro.
domingo, 26 de outubro de 2014
A ITÁLIA INGRESSA NA 2ª GUERRA MUNDIAL
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Depois de meses sem atar nem desatar, o líder italiano Benito Mussolini, aliado de primeira hora de Adolf Hitler, finalmente se juntou à Alemanha e declarou guerra, no último dia 10, à França e à Grã-Bretanha. É mesmo da breca, o velho Duce: esperou os germânicos praticamente dizimarem as forças francesas para só então pegar nas armas. Sua campanha militar começou uma semana depois, precisamente no dia em que as forças francesas começavam a negociar termos de rendição com a Alemanha. De olho na conquista de alguns territórios extras, os peninsulares iniciaram uma invasão no Sul da França - infame punhalada pelas costas em um país que já estendia a bandeira branca.
A justificativa de Mussolini é a de sempre. "É chegada a hora do destino de nossa pátria, a hora das decisões irrevogáveis. Sairemos a campo para lutar contra as democracias plutocráticas e reacionárias do ocidente, que ao longo dos tempos têm colocado obstáculos e armadilhas na marcha do povo italiano, até mesmo ameaçando sua existência. Corram às armas e demonstrem sua tenacidade, sua coragem e seu valor". Realmente, essas virtudes são o máximo que os italianos podem oferecer aos aliados alemães: afinal, seu exército é mal-equipado, mal-treinado e mal-coordenado. A ideia de que a Itália é uma potência europeia deve-se única e exclusivamente à barulhenta e eficiente campanha de propaganda do Duce.
O líder italiano é megalômano, mas não é bobo: sabia que não podia encarar sozinho nem Grã-Bretanha nem França, e por isso tratou de colar-se de forma oficial ao igualmente ambicioso Hitler - isso desde a época do Pacto de Aço, em 1939. Enquanto o Führer pretende ser o governante soberano desde o Atlântico até os Urais, Benito Mussolini se contentará com o Mediterrâneo e suas áreas adjacentes – exceto, talvez, a Espanha.
Mas a invasão da França pelos italianos não foi um bom começo nessa nova etapa de relações: Hitler havia sido claro ao expressar ao Duce seu desejo de que a queda da França acontecesse inteiramente pelas mãos da Alemanha. Em um encontro em Munique, no dia 18, o líder alemão deu o troco, dizendo que, apesar do ataque, a Itália não ficaria com grandes territórios no acordo de rendição com os gauleses. Dito e feito: no dia 24, apesar do minúsculo estrago feito pelos peninsulares contra as defesas francesas, que resistiram bravamente no breve combate, Itália e França assinaram um armistício muito pouco rentável para Roma.
De forma geral, acordou-se que seriam instaladas zonas desmilitarizadas na França, Tunísia e Argélia, com tropas italianas em suas linhas avançadas; além disso, a França também se comprometeu a conceder à Itália o direito completo e irrestrito sobre o porto de Djibuti, na Somália Francesa - quase nada se comparado às pretensões de Mussolini. Tudo isso porque Hitler precisava do apoio do governo do marechal Henri Pétain na batalha contra a Grã-Bretanha. Para agradar os franceses, o líder alemão não pensou duas vezes antes de favorecê-los em detrimento dos italianos, que não têm muito a partilhar senão a verborragia de seu ditador.
Mussolini e Hitler se parecem, é sabido. O alemão nutria uma genuína admiração pelo colega italiano, a quem considerava uma espécie de predecessor na categoria dos homens de ferro e por quem nutria um sentimento de compromisso. Mas o Duce, desde o início, se aproximou de Hitler mais pela repulsa às democracias ocidentais do que por qualquer benquerença ao Führer ou à Alemanha. E nenhum deles, como é óbvio pela natureza ditatorial de seus governos, demonstrava muita afeição pelo diálogo e pela cooperação. Agora que ambos compraram a mesma guerra, sua convivência seria colocada à prova. Em poucos dias, o gabarola Mussolini já criou as primeiras rusgas. A continuar nessa toada, deixando correr solta sua sede de poder e seu ciúme congênito do sucesso alheio, o Duce se tornou um fardo para Hitler.
Fonte:
Veja online
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terça-feira, 21 de outubro de 2014
PERSONAGENS DA HISTÓRIA MILITAR - CORONEL JOSÉ MOSCARDÓ
* 26/12/1878 - Madri, Espanha
+ 12/04/1956 - Madri, Espanha