"No próprio dia da batalha, as verdades podem ser pinçadas em toda a sua nudez, perguntando apenas;
porém, na manhã seguinte, elas já terão começado a trajar seus uniformes."

(Sir Ian Hamilton)



quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

JAPÃO NÃO VAI PEDIR DESCULPAS POR PEARL HARBOR

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País assegura que primeiro-ministro vai prestar apenas homenagem às vítimas.

O Governo japonês disse nesta terça-feira que o primeiro-ministro, Shinzo Abe, prestará homenagem às vítimas de Pearl Harbor mas não pedirá desculpa, durante a sua visita à base norte-americana no final do mês. "Esta visita é para honrar as almas dos falecidos na guerra, não é para pedir perdão", assegurou o porta-voz do Governo, Yoshihide Suga, durante uma conferência de imprensa. Abe anunciou na véspera que será o primeiro líder nipônico a visitar Pearl Harbor, coincidindo com o 75º aniversário do ataque da marinha japonesa à base norte-americana, que causou a morte de 2.400 militares e civis e desencadeou a entrada dos Estados Unidos na 2ª Guerra Mundial. 

Durante a sua visita ao Havaí a 26 e 27 de dezembro, o primeiro-ministro estará acompanhado pelo ministro dos Negócios Estrangeiros, Fumio Kishida, que qualificou o gesto como "uma demonstração da reconciliação entre o Japão e os Estados Unidos". Abe e o Presidente norte-americano, Barack Obama, que vai acompanhar o líder japonês durante a visita à base e que terminará o seu mandato em janeiro, vão celebrar o seu último encontro no Havaí. "A reunião será mais um exemplo do grande papel que a aliança entre o Japão e os Estados Unidos tem para a paz e estabilidade da região Ásia-Pacífico e para a comunidade internacional", indicou o ministro japonês.

Primeiro-Ministro japonês Shinzo Abe

No passado mês de maio, Obama visitou Hiroshima, tornando-se no primeiro Presidente dos Estados Unidos em exercício a viajar para a cidade japonesa onde, há 71 anos, durante a 2ª Guerra Mundial, as tropas norte-americanas lançaram uma bomba nuclear. Obama aproveitou a visita para prestar homenagem às mais de 140 mil vítimas imediatas do ataque atômico. Apesar de não ter apresentado um pedido de desculpas, o Presidente norte-americano defendeu o objetivo de conseguir um mundo sem armas nucleares.

Fonte: Correio da Manhã


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