terça-feira, 28 de outubro de 2014

LANÇAMENTO DO LIVRO "A GUERRA DO AÇÚCAR: AS INVASÕES HOLANDESAS NO BRASIL"

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Depois do sucesso de vendas de nosso primeiro livro Um céu cinzento: a história da aviação durante a Revolução de 1932, tenho a grata satisfação de comunicar o lançamento de nossa nova obra A Guerra do Açúcar: as invasões holandesas no Brasil.



SINOPSE



Durante trinta anos, no curso do século XVII, uma grande parte do Nordeste brasileiro era holandês.  Em busca de um produto extremamente valioso na Europa – o açúcar – a Companhia das Índias Ocidentais holandesa realizou duas tentativas de instalar uma colônia no Brasil, dando origem a um intenso e custoso conflito.


A partir de fontes historiográficas brasileiras e europeias, A Guerra do Açúcar conta a história desse conflito que colocou a Companhia das Índias Ocidentais contra Portugal, Espanha e nativos do Brasil. 


O período holandês no Brasil pode ser estudado sob diversos enfoques: político, econômico, social, cultural etc.   A Guerra do Açúcar analisa o período das invasões sob a ótica da História Militar e, para contar essa história, o autor acessou toda a historiografia disponível e visitou diversos museus, campos de batalha e fortificações remanescentes na região Nordeste do Brasil.


Uma história de homens rudes, soldados e insurretos, mercenários e piratas, índios e negros; de um povo que se recusou a ser dominado por uma cultura estranha e hostil.  Uma história de lutas e sacrifícios, mas, sobretudo, de esperança em um destino mais promissor.


A Guerra do Açúcar é prefaciada pelo general Aureliano Pinto de Moura, presidente do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil.





ESTRUTURA DO LIVRO



Prefácio – General Aureliano Pinto de Moura, presidente do IGHMB

Apresentação

Capítulo 1 -  Um projeto ousado

Capítulo 2 -  A fala de Deus – A arte da guerra no século XVII

Capítulo 3 -  As forças coloniais portuguesas no Brasil

Capítulo 4 -  As forças da Companhia das Índias Ocidentais

Capítulo 5 -  Os holandeses invadem a Bahia

Capítulo 6 -  O “terror dos mares” – Período entre as invasões

Capítulo 7 - Os holandeses conquistam o Nordeste

Capítulo 8 -  O Conde expande a conquista

Capítulo 9 -  A Guerra da Liberdade Divina

Capítulo 10 -  Negociando o Brasil

Capítulo 11 -  O Legado

Bibliografia

Notas





SOBRE O AUTOR

Carlos Roberto Carvalho Daróz é oficial de Artilharia do Exército Brasileiro, historiador militar, professor e pesquisador.  Nascido no Rio de Janeiro, obteve seu bacharelado em Ciências Militares pela Academia Militar das Agulhas Negras e diplomou-se  Mestre em Operações Militares na Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais.  Paralelamente a vida militar, desenvolveu sua carreira acadêmica. Com licenciatura em História pela
Universidade Salgado de Oliveira, especializou-se em História Militar pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro e pelo Instituto de Geografia e História Militar do Brasil.  Atua como professor do Colégio Militar do Recife e do curso de pós-graduação em História Militar, da Universidade do Sul de Santa Catarina.  É membro do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil e pesquisador-associado do Centro de Estudos e Pesquisa em História Militar, da Diretoria do Patrimônio Histórico e Cultural do Exército Brasileiro.

Historiador militar da nova geração, possui dezenas de artigos e trabalhos de História Militar, publicados na Revista do Exército Brasileiro, A Defesa Nacional, Revista da Universidade da Força Aérea, Revista Militar (Portugal) e outros periódicos especializados.  É palestrante frequente de temas relacionados à História Militar, tanto no meio militar, quanto na academia.

E autor do livro Um céu cinzento: a história da aviação na Revolução de 1932, eu conta a história do emprego do Poder Aéreo na Revolução Constitucionalista.






FICHA TÉCNICA
A Guerra do Açúcar:

As invasões holandesas no Brasil





Autor: Carlos Roberto Carvalho Daróz

Editora: Editora Universitária da UFPE

ISBN: 978-85-415-0518-5

Gênero: História Militar

Prefácio do General Aureliano Pinto de Moura, presidente do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil

445 páginas

65 imagens

5 tabelas

 Preço: R$ 50,00 (mais frete de R$ 8,00)



Conheça nossa página:  https://www.facebook.com/aguerradoacucar



Solicite seu livro pelo e-mail   aguerradoacucar@yahoo.com.br


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domingo, 26 de outubro de 2014

A ITÁLIA INGRESSA NA 2ª GUERRA MUNDIAL


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Benito Mussolini leva a Itália à guerra, apesar de ter uma máquina militar frágil e despreparada - Primeira ação militar italiana não frutifica - Adolf Hitler começa a perder a paciência com a jactância do Duce (o Guia)

Depois de meses sem atar nem desatar, o líder italiano Benito Mussolini, aliado de primeira hora de Adolf Hitler, finalmente se juntou à Alemanha e declarou guerra, no último dia 10, à França e à Grã-Bretanha. É mesmo da breca, o velho Duce: esperou os germânicos praticamente dizimarem as forças francesas para só então pegar nas armas. Sua campanha militar começou uma semana depois, precisamente no dia em que as forças francesas começavam a negociar termos de rendição com a Alemanha. De olho na conquista de alguns territórios extras, os peninsulares iniciaram uma invasão no Sul da França - infame punhalada pelas costas em um país que já estendia a bandeira branca.

A justificativa de Mussolini é a de sempre. "É chegada a hora do destino de nossa pátria, a hora das decisões irrevogáveis. Sairemos a campo para lutar contra as democracias plutocráticas e reacionárias do ocidente, que ao longo dos tempos têm colocado obstáculos e armadilhas na marcha do povo italiano, até mesmo ameaçando sua existência. Corram às armas e demonstrem sua tenacidade, sua coragem e seu valor". Realmente, essas virtudes são o máximo que os italianos podem oferecer aos aliados alemães: afinal, seu exército é mal-equipado, mal-treinado e mal-coordenado. A ideia de que a Itália é uma potência europeia deve-se única e exclusivamente à barulhenta e eficiente campanha de propaganda do Duce.

O líder italiano é megalômano, mas não é bobo: sabia que não podia encarar sozinho nem Grã-Bretanha nem França, e por isso tratou de colar-se de forma oficial ao igualmente ambicioso Hitler - isso desde a época do Pacto de Aço, em 1939. Enquanto o Führer pretende ser o governante soberano desde o Atlântico até os Urais, Benito Mussolini se contentará com o Mediterrâneo e suas áreas adjacentes – exceto, talvez, a Espanha.

Mas a invasão da França pelos italianos não foi um bom começo nessa nova etapa de relações: Hitler havia sido claro ao expressar ao Duce seu desejo de que a queda da França acontecesse inteiramente pelas mãos da Alemanha. Em um encontro em Munique, no dia 18, o líder alemão deu o troco, dizendo que, apesar do ataque, a Itália não ficaria com grandes territórios no acordo de rendição com os gauleses. Dito e feito: no dia 24, apesar do minúsculo estrago feito pelos peninsulares contra as defesas francesas, que resistiram bravamente no breve combate, Itália e França assinaram um armistício muito pouco rentável para Roma.

De forma geral, acordou-se que seriam instaladas zonas desmilitarizadas na França, Tunísia e Argélia, com tropas italianas em suas linhas avançadas; além disso, a França também se comprometeu a conceder à Itália o direito completo e irrestrito sobre o porto de Djibuti, na Somália Francesa - quase nada se comparado às pretensões de Mussolini. Tudo isso porque Hitler precisava do apoio do governo do marechal Henri Pétain na batalha contra a Grã-Bretanha. Para agradar os franceses, o líder alemão não pensou duas vezes antes de favorecê-los em detrimento dos italianos, que não têm muito a partilhar senão a verborragia de seu ditador.

Mussolini e Hitler se parecem, é sabido. O alemão nutria uma genuína admiração pelo colega italiano, a quem considerava uma espécie de predecessor na categoria dos homens de ferro e por quem nutria um sentimento de compromisso. Mas o Duce, desde o início, se aproximou de Hitler mais pela repulsa às democracias ocidentais do que por qualquer benquerença ao Führer ou à Alemanha. E nenhum deles, como é óbvio pela natureza ditatorial de seus governos, demonstrava muita afeição pelo diálogo e pela cooperação. Agora que ambos compraram a mesma guerra, sua convivência seria colocada à prova. Em poucos dias, o gabarola Mussolini já criou as primeiras rusgas. A continuar nessa toada, deixando correr solta sua sede de poder e seu ciúme congênito do sucesso alheio, o Duce se tornou um fardo para Hitler.

Fonte: Veja online

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PERSONAGENS DA HISTÓRIA MILITAR - CORONEL JOSÉ MOSCARDÓ

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* 26/12/1878 - Madri, Espanha

+ 12/04/1956 - Madri, Espanha




José Moscardó Ituarte nasceu em Madri, no dia 26 de outubro de 1878.  No posto de coronel foi nomeado Governador Militar de Toledo e, durante os combates entre republicanos e nacionalistas que aconteceram na cidade de Toledo, durante a Guerra Civil Espanhola, o Coronel Moscardó refugiou-se com as suas tropas no Alcazar da cidade. Em 1936, as forças republicanas montaram cerco ao Alcazar, cortando o acesso a água e alimentos, ao mesmo tempo que bombardeavam diariamente o reduto do Coronel Moscardó.


Não conseguindo entrar no Alcazar, nem forçar a sair o exército nacionalista, os republicanos capturaram um dos filhos do Coronel Moscardó, Luís Moscardó, de apenas 16 anos, e telefonaram para o Alcazar para falar com o Coronel. Os nacionalistas anunciam a Moscardó que tinham em seu poder o seu filho Luís e ameaçaram matá-lo se o Alcazar não se rendesse de imediato.  Moscardó pediu então para falar com o filho e disse-lhe: "Encomenda a tua alma a Deus e morre como um patriota, dizendo Viva o Cristo Rei! e Viva a Espanha!". A resposta do filho foi: "É o que farei." Moscardó decidiu assim estoicamente manter a defesa do Alcazar mesmo sabendo que isso lhe iria custar a vida do filho. Luís Moscardó viria a ser assassinado 1 mês depois do telefonema.  Existe um episódio de heroicidade similar na história de Espanha, quando no século XIII Alonso de Guzmán preferiu a morte do filho à rendição do Castelo de Tarifa por ele comandado.

 O Alcazar de Toledo em ruínas após o cerco de 1936



Durante o cerco a guarnição militar nacionalista do Alcazar de Toledo era constituída por 1 000 homens, incluindo 600 membros da Guarda Civil e 400 militares do Exército. Estavam também sitiados no Alcazar 670 civis, incluindo 100 homens, 520 mulheres e 50 crianças. As forças militares sitiantes do exército republicano eram constituídas por 10.000 homens.


As forças militares e os civis sitiados no Alcazar de Toledo tiveram de racionar a comida e a água de tal modo que chegaram a passar fome e sede. Tiveram ainda de suportar os constantes ataques dos republicanos de que resultavam baixas diárias entre militares e civis e que, no fim do cerco, deixaram o Alcazar parcialmente destruído.


Apesar da aviação nacionalista ter efetuado bombardeios aéreos sobre as posições republicanas, o cerco do Alcazar de Toledo durou 70 dias, apenas terminando com a chegada, por via terrestre, de reforços nacionalistas que venceram definitivamente o exército republicano sitiante. Apesar de ter perdido um filho, o Coronel Moscardó conseguiu aguentar o cerco do Alcazar de Toledo, o que foi determinante para as tropas franquistas controlarem a cidade de Toledo.

 O Coronel Moscardó, fotografado entre as ruínas do Alcazar



Devido à heroica defesa do Alcazar de Toledo, Moscardó foi nomeado General. Francisco Franco decidiu ainda outorgar-lhe o título nobiliárquico de Conde do Alcazar de Toledo, com honras de “Grande de Espanha”. Posteriormente, Moscardó foi ainda nomeado Capitão-General, o que constituia ao tempo a mais elevada distinção militar espanhola atribuível a um não Chefe de Estado (com a extinção em 1975 do posto de Generalíssimo o mais elevado posto militar espanhol passou a ser precisamente o de Capitão-General, posto ocupado pelo Rei enquanto Chefe Supremo das Forças Armadas e por militares elevados excepcionalmente a esta distinção a título honorífico).


Depois de abandonar a vida militar, Moscardó foi ainda Presidente do Comitê Olímpico da Espanha.  Moscardó morreu na mesma cidade onde nascera, no dia 12 de abril de 1956.


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sábado, 11 de outubro de 2014

JAPONESES LOCALIZAM NAVIO USADO EM INVASÃO MONGOL NO SÉCULO XIII

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Os restos de um navio que teria participado da fracassada tentativa mongol de conquistar o Japão, no século XIII, foram encontrados na costa do país.  Pesquisadores encontraram um pedaço de 12 metros do casco da embarcação, enterrado sob a areia da costa de Nagasaki.  Esta teria sido a primeira vez que o casco de um barco usado na invasão mongol foi recuperado.


Os pesquisadores da universidade de Ryukus, em Okinawa, usaram equipamento ultrasônico para detectar os restos do navio.  Os ataques frustrados contra o Japão foram um das poucas vezes que os mongóis foram derrotados do século XIII. A madeira do casco foi pintada de cinza e ligada por pregos. Tijolos e armas também foram encontrados a bordo.




Mistério


Os pesquisadores dizem esperar que a descoberta os ajude a entender os motivos da vitória japonesa.  Os japoneses costumam atribuir a vitória aos ventos e tempestades que destroçaram as embarcações mongóis durante as tentativas der invasões de 1274 e 1281.  O "vento divino", ou kamikaze em japonês, foi novamente invocado para inspirar os pilotos a lançarem ataques suicidas na Segunda Guerra Mundial.

 Navios mongóis do século XIII


Como nômades da Ásia Central, os mongóis tinham pouca experiência no mar e usaram chineses e coreanos subjugados para construir seus navios.  A estrutura do navio lembra a das embarcações chinesas da época.  Os mongóis chegaram a desembarcar e ter algum sucesso contra os japoneses, que tinham menos habilidade no arco e flecha.


Mas em ambas as ocasiões, os mongóis, e as tropas chinesas e coreanos sob seu comando, tiveram que bater em retirada por causa de tufões que se aproximavam, impedindo seus planos.

Fonte: BBC

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