"No próprio dia da batalha, as verdades podem ser pinçadas em toda a sua nudez, perguntando apenas;
porém, na manhã seguinte, elas já terão começado a trajar seus uniformes."

(Sir Ian Hamilton)



segunda-feira, 16 de abril de 2012

"NAZI CHIC" - A ESTRANHA MODA DE SE FANTASIAR DE NAZISTA NA CHINA

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As fotos mostram uma dupla no dia do seu casamento, mas algo parece fora do lugar. O noivo, apesar de ser chinês e viver no século 21, usa um uniforme nazista preto, com a suástica bordada no antebraço. A noiva, ao lado, sorri timidamente em seu volumoso vestido branco, os cabelos escondidos por uma peruca amarela. Eles não são vítimas de um improvável deslocamento de tempo e espaço, mas sim adeptos do "nazi chic", a moda que consiste em usar roupas e acessórios do Terceiro Reich como forma de contestação, sem necessariamente apoiar as políticas antissemitas.
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Antes de chegar à China, a onda já existia no Japão e na Coreia do Sul. Nos dois países, muitos mangás contam histórias da Segunda Guerra Mundial e alimentam, com isso, a cultura dos cosplayers, os jovens que gostam de se fantasiar como os personagens das histórias em quadrinhos. Uma delas, Kekko Kamen, conta as desventuras de uma estudante que luta contra professores tiranos que abusam dos alunos sexualmente. Uma das vilãs, uma espécie de dominatrix, tem traços tanto do imaginário sado-masoquista como da estética nazista.
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Nesses países, o gosto pelas roupas do Terceiro Reich não vem acompanhado de um ódio contra os judeus. Alguns especialistas, como o professor Meng Zhenhua, da universidade de Nanquim, chegam a afirmar os jovens desconhecem esse pedaço da História. “Na verdade os chineses não são muito familiarizados com o que ocorreu com os judeus durante a Segunda Guerra Mundial. A Europa é muito longe”, disse ele à revista francesa Inrockuptibles.
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As poses nas fotos e a ausência de mensagens de ódio nos blogs que divulgam o “nazi chic” fazem crer que a mania não prega, de fato, o antissemitismo. “Não somos racistas. Apenas gostamos da moda”, disse um tímido participante de um encontro de cosplayers coreano no início deste ano.
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Mesmo assim, brincar com símbolos de um movimento que matou milhões de pessoas e assombra os países europeus com o renascimento de suas ideias nacionalistas parece deslocado nos dias de hoje. 
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Fonte: Revista Marie Clarie


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Um comentário:

  1. Olá, Carlos,

    Acompanho seu blog há algum tempo e adoro seus posts, sempre relevantes!

    Saldações cordiais,

    Mauther

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