Há 70 anos, em 7 de dezembro de 1941, aviões japoneses atacaram a principal base americana no Havaí sem aviso ofial prévio, levando os EUA à 2ª Guerra Mundial. A esquadra americana é gravemente danificada, mas, por um golpe de sorte, seus porta-aviões não estavam ancorados naquele dia e saíram ilesos do ataque.
Ao final da 1ª Guerra Mundial, o Japão esperava ser favorecido pelos acordos de paz que retiraram colônias da Alemanha em benefício dos Aliados vitoriosos. Tais aspirações, no entanto, não foram concretizadas, o que provocou indignação no país, particularmente entre as forças armadas extremamente nacionalistas. As forças armadas detinham grande influência no poder político japonês – o que era assegurado pela constituição do país - , e, em 1931, o Exército Imperial invadiu e conquistou a província chinesa da Manchúria, sem consultar o governo de Tóquio.
A ação provocou o repúdio internacional, mas o Japão respondeu às críticas abandonando a Liga das Nações e ampliando seu programa de rearmamento. A tensão entre o Japão e a China aumentou e levou ao início da guerra entre os dois países, em 1937. Os japoneses contabilizaram diversas vitórias e, diante da queda da França para os alemães, voltaram suas atenções para a Indochina, pressionando as autoridades locais para impedir que abastecimentos chegassem à China. O governo colonial francês se recusou a aceitar o pedido, o que levou o Japão a partir para a ocupação militar da Indochina, em setembro de 1940. Em resposta, a Grã-Bretanha, os EUA e a Holanda impuseram sanções econômicas contra o Japão, o que afetou cerca de três quartos do comércio japonês e 90% do fornecimento de petróleo para o país.
Restavam ao Japão duas opções: buscar acordos para a suspensão das sanções ou ir à guerra antes que seus recursos acabassem. Com o governo militar e nacionalista liderado pelo General Tojo no poder, a primeira hipótese sequer foi considerada.
Os Japoneses Planejam
Durante o planejamento para a guerra, ficou claro que a maior ameaça para o Japão era a Esquadra do Pacífico norte-americana baseada no Havaí. Por isso, foi decidido que o primeiro passo seria um ataque aéreo, partindo de porta-aviões, contra a base americana em Pearl Harbor.
Almirante Isoruku Yamamoto, o arquiteto do plano de ataque a Pearl Harbor
Os japoneses, bastante influenciados pela Marinha Real britânica, tinham investido bastante nas forças aeronavais. O espetacular sucesso do ataque dos porta-aviões britânicos contra a esquadra italiana em Taranto convenceu os japoneses de que uma ação semelhante contra os norte-americanos poderia dar certo, acabando com a possibilidade de retaliação do inimigo.
O Almirante Isoruku Yamamoto realizou um cuidadoso planejamento durante todo o ano de 1941, até chegar ao formato final da operação. Seis porta-aviões seriam utilizados no ataque, conduzindo cerca de 400 aeronaves. Depois de um treinamento intensivo, a força de ataque se reuniu em um ancoradouro isolado nas Ilhas Kurilas em 22 de novembro de 1941. Após quatro dias de preparação, a frota japonesa, sob o comando do Vice-Almirante Chuichi Nagumo, zarpou, seguindo uma rota sinuosa e em regime de silêncio rádio para evitar sua detecção. Diversos submarinos japoneses partiram para o Havaí, navegando isoladamente, com o objetivo de fornecer dados de inteligência e, se possível, atacar alvos de oportunidade.
O Ataque
A ação contra pearl Harbor foi cuidadosamente coordenada, com as diferentes ondas de ataque se aproximando de altitudes e direções variadas, para confundir as defesas da ilha. O ataque começou com a decolagem de uma primeira onda de aeronaves, às 06:00h do dia 7 de dezembro de 1941, domingo. Por volta das 07:55h, as primeiras aeronaves chegaram a Pearl Harbor, surpreendendo completamente a esquadra norte-americana. Os aviões japoneses se dividiram em formações separadas, algumas seguindo para as bases aéreas, para impedir a decolagem de aviões norte-americanos, e outras se dirigiram para bombardear os navios atracados.
Rotas de aproximação dos aviões atacantes sobre Pearl Harbor
Os ataques aéreos foram um sucesso completo: quase 200 aeronaves foram destruídas no solo e outras 160 danificadas. Apenas uns poucos aviões ficaram intactos, e a ameaça de interferência na ação japonesa foi praticamente extinta.
As aeronaves destinadas ao ataque contra os navios encontraram alvos tentadores. No centro da enseada de Pearl Harbor ficava a Ilha Ford, ao lado da qual os encouraçados estavam atracados dois a dois em linha. O primeiro ataque foi realizado por bombardeiros de alto nível, ao qual se seguiram os ataques de baixo nível com aviões torpedeiros, que se aproximaram da direção oposta. Com navios tão grandes ancorados tão próximos uns dos outros, não foi difícil para os aviadores japoneses atingirem diversos alvos.
Encouraçados sob ataque aéreo ao lado da Ilha Ford
Depois de dez minutos do início do ataque, o encouraçado USS Arizona foi atingido por uma bomba e um torpedo. A bomba penetrou pelo casco e explodiu em um paiol de munições, reduzindo o navio a pedaços. Depois foi o USS Oklahoma e, às 08:00h veio a ordem para abandonar o navio. Dentro dos vinte e cinco minutos seguintes foram destruídos ou seriamente danificados os cinco encouraçados restantes: os USS California, Maryland, Pennsylvania, Tenessee e West Virginia, além de outros navios menores. Somente o USS Nevada conseguiu sair do lugar, mas também foi atingido e muito danificado, sendo forçado a encalhar em águas rasas para não afundar.
Fotografia tirada de um avião atacante mostrando os encouraçados sob bombardeio
Em trinta minutos os japoneses tinham levado a cabo sua missão mais importante – neutralizar a esquadra norte-americana no Pacífico – e causado sérios danos às unidades aéreas.
Contrastando com a total surpresa causada pela primeira onda de ataque, os aviões japoneses da segunda onda encontraram as defesas americanas totalmente alertas, tornando o ataque muito mais difícil. Por esse motivo, o Almirante Nagumo decidiu não lançar o planejado terceiro ataque e o último avião japonês foi recuperado por seu porta-aviões por volta do maio-dia. Nagumo, então, retiro a frota de ataque para o Japão a toda velocidade.
Contabilizando resultados
O ataque a Pearl Harbor foi devastador, mas não beneficiou o Japão tanto quanto o esperado. Apesar do sucesso em afundar vários navios de grande porte, nenhum dos porta-aviões americanos estava na base no momento do ataque, e esse seria um detalhe que se mostraria decisivo.
Os encouraçados americanos em chamas após a retirada dos aviões japoneses
Além disso, ao se concentrar em afundar os navios em vez de destruir as instalações da base naval, os japoneses perderam a oportunidade de impossibilitar as operações navais americanas no Pacífico por meses. Quando as tarefas de rescaldo e recuperação terminaram, os norte-americanos conseguiram trazer Pearl Harbor de volta ao estado operacional rapidamente.
A principal consequência do ataque, contudo, foi a entrada dos EUA na 2ª Guerra Mundial, desequilibrando, em favor dos aliados, a balança de forças. Como o Almirante Yamamoto temia, em vez de dar um golpe certeiro nos americanos, Pearl Harbor serviu apenas para incitá-los e colocou o Japão no caminho de uma derrota arrasadora.
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Gostaria muito de poder colaborar com uma importante parcela da história oficial. aki no norte do país temos uma impressão de que não fazemos parte da historia oficial do país e do mundo. Por isso mando esse link do youtube SOLDADOS DA BORRACHA http://www.youtube.com/watch?v=t1e3GiyqQl8 pra vc para que possa contribuir um pouco mais com a historia da nossa Amazônia e com a história oficial do nosso pais e do mundo... Existem muitas lacunas ainda a serem preenchidas pela historia que os outros não contam, conheça um pouco mais sobre a historia da AMAZONIA, DE RONDONIA, DO ACRE, DO MATO GROSSO, nós também fazemos parte da historia, e, muito mais do que as pessoas pensam....
ResponderExcluircontatos rockestrela@gmail.com ou deixe um recado no meu começo de blog - www.olhonahistoria.blogspot.com
obrigado...
Peço a todos que se dedicam a relatar ou apenas acompanhar ou são apaixonados por HISTÓRIA DA 2ª GUERRA MUNDIAL dê uma olhada nesse documentário SOLDADOS DA BORRACHA que está postado no youtube... Os soldados da borracha foram pessoas recrutadas muitas vezes a força no nordeste do Brasil, principalmente no ceará, para integrarem as duas frentes de batalha do Brasil na 2ª guerra mundial. um grupo foi para a Europa para o front. o outro grupo foi para a Amazônia, para a "batalha pela borracha", foram chamados de "soldados da borracha". Nesse documentário você vai poder assistir alguns relatos dessa triste realidade do Brasil getulista e pós-getulista.
Daroz, tenho acompanhado o seu blog. Amigo, está de parabéns, muito legal as postagens. Fernanda e eu desejamos um feliz natal e um próspero ano novo. Abraços, Jorge & Nanda.
ResponderExcluirCaros amigos Jorge e Fernanda,
ResponderExcluirObrigado pelo incentivo e por visitarem sempre o nosso Blog. Também desejo a vocês boas festas e muito sucesso. Que Deus os abençoe.
Carlos Daróz