"No próprio dia da batalha, as verdades podem ser pinçadas em toda a sua nudez, perguntando apenas;
porém, na manhã seguinte, elas já terão começado a trajar seus uniformes."

(Sir Ian Hamilton)



segunda-feira, 12 de junho de 2017

PERSONAGENS DA HISTÓRIA MILITAR - MARECHAL JOHAN BANÉR

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* 23/6/1596 - Castelo de Djursholm, Suécia

+ 10/5/1641 - Halberstadt, Alemanha

Johan Banér  foi um Marechal-de-campo sueco na Guerra dos Trinta Anos.


Johan Banér Nasceu no Castelo de Djursholm em Uppland. Aos quatro anos de idade, foi forçado a testemunhar contra seu pai, o Privy Councillour Gustaf Banér, e seu tio, Sten Axelsson Banér (também um Privy Councillour), que foram executados no Massacre de Linköping em 1600. Eles foram acusados de alta traição pelo Rei Carlos IX devido ao apoio deles ao Rei Sigismundo. Apesar de ter sido o pai do Rei Gustavo Adolfo quem executou o pai de Banér, os dois desenvolveram uma forte amizade desde cedo, em parte por que logo após a coroação de Gustavo Adolfo, ele se encarregou de reinstalar a familia Banér.

Entrou no Exército Sueco em 1615, participando do cerco sueco a cidade de Pskov durante a Guerra Ingriana, Banér provou ser um jovem excepcionalmente corajoso. Também serviu com distinção nas guerras contra a Rússia e Polônia, e chegou ao posto de Coronel aos 25 anos de idade.

Em 1630, Gustavo Adolfo chegou à Alemanha e, como um de seus principais comandantes subordinados, Banér, serviu na campanha do norte da Alemanha. Na primeira Batalha de Breitenfeld liderou a ala direita da cavalaria Sueca. Esteve presente na tomada de Augsburg e de Munique, e teve papel importante em Lech e em Donauwörth.

No ataque sem sucesso ao acampamento de Albrecht von Wallenstein, na batalha de Alte Veste, Banér se feriu, e logo depois, quando Gustavo marchou sobre Lützen, foi deixado no comando do oeste, onde se opôs ao General Imperial Johann von Aldringen. Dois anos depois, Banér, com 16.000 homens, entrou na Boêmia e, junto ao exército saxão, marchou sobre Praga. Mas a total derrota de Bernard of Saxe-Weimar na primeira Batalha de Nördlingen parou o avanço.

Johan Banér no comando de suas tropas


Depois deste evento, a Paz de Praga colocou o exército sueco em uma situação precária, mas a vitória dos aliados de Banér, Carl Gustaf Wrangel e Lennart Torstensson em Kyritz e em Wittstock (em 4 de outubro, 1636), restaurou a influência sueca no centro da Alemanha. Porém, os três exércitos unidos eram considerados inferiores em força em relação aos derrotados, de forma que, em 1637, Banér foi completamente incapaz de confrontar o inimigo. Resgatando com grande dificuldade a guarnição de Torgau, ele bateu em retirada de Oder para Pomerânia.

Em 1639, entretanto, Banér novamente vai ao noroeste da Alemanha, derrota os saxões em Chemnitz e invade a Boêmia por conta própria. O inverno de 1640–1641 Banér passou no oeste. Seu último triunfo foi um audacioso ataque no Danúbio. Levantando acampamento no meio do inverno (ato muito incomum no século XVII), ele uniu forças com a França sob representação de Comte de Guébriant e surpreendeu Ratisbona, onde a Dieta estava. Apenas o gelo impediu a captura do lugar. 

Brasão de armas da família Banér

Banér teve de retirar-se para Halberstadt. Lá, em 10 de maio de 1641, ele morreu, após designar Torstenson como seu sucessor. Ele era muito estimado por seus homens, que levaram o seu corpo no campo de Wolfenbüttel. Banér foi lembrado como um dos melhores generais de Gustavo, e ofertas tentadoras (as quais ele recusou) foram feitas a ele pelo imperador para que Banér se submetesse ao império. Seu filho recebeu dignamente o título de conde.

Johan Banér esta enterrado na Igreja de Riddarholmen em Estocolmo.


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