Apelidado de "Carniceiro da Bósnia", general nega ter ordenado
atrocidades sérvias durante o conflito. Ele é acusado de crimes de
guerra e lesa-humanidade e pode enfrentar pena de prisão perpétua.
Acusado de genocídio, crimes de guerra e lesa-humanidade, o general
sérvio-bósnio Ratko Mladic iniciou nesta segunda-feira (19/05) sua
defesa no Tribunal Penal Internacional para a antiga Iugoslávia (TPI),
em Haia. Se condenado, ele pode enfrentar pena de prisão perpétua.
Como primeira testemunha, Mladic chamou um ex-oficial do batalhão sérvio
em Sarajevo, Mile Sladoje, que afirmou que as tropas agiram em legítima
defesa durante o sangrento conflito de Sarajevo. "Havia ordens
permanentes, só se poderia disparar em resposta ao inimigo", disse
Sladoje, em comunicado lido pelo advogado de Mladic.
O juiz que preside o julgamento, Alphons Orie, deu aos advogados de
Mladic 207 horas para interrogar testemunhas — exatamente o mesmo tempo
que teve a acusação. A defesa pretende chamar 300 testemunhas para depor
a favor de Mladic.
Mladic é acusado pelo massacre de Srebenica, que deixou um saldo de cerca de 10 mil muçulmanos mortos
Mladic, de 72 anos, foi preso em 2011, após 16 anos foragido. Apelidado
de "Carniceiro da Bósnia", ele nega 11 acusações de ordenar atrocidades
durante a Guerra da Bósnia (1991-1995).
O ex-general é acusado de envolvimento no massacre de Srebrenica,
cometido em junho de 1995 pelas forças militares sérvias bósnias e que
deixou mais de 8 mil muçulmanos; e pelo prolongado cerco a Sarajevo, que
durou 44 meses e teve cerca de 10 mil mortos.
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