"No próprio dia da batalha, as verdades podem ser pinçadas em toda a sua nudez, perguntando apenas;
porém, na manhã seguinte, elas já terão começado a trajar seus uniformes."

(Sir Ian Hamilton)



quarta-feira, 2 de julho de 2014

RATKO MLADIC INICIA SUA DEFESA NO TRIBUNAL DE HAIA

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Apelidado de "Carniceiro da Bósnia", general nega ter ordenado atrocidades sérvias durante o conflito. Ele é acusado de crimes de guerra e lesa-humanidade e pode enfrentar pena de prisão perpétua. 


Acusado de genocídio, crimes de guerra e lesa-humanidade, o general sérvio-bósnio Ratko Mladic iniciou nesta segunda-feira (19/05) sua defesa no Tribunal Penal Internacional para a antiga Iugoslávia (TPI), em Haia. Se condenado, ele pode enfrentar pena de prisão perpétua.

Como primeira testemunha, Mladic chamou um ex-oficial do batalhão sérvio em Sarajevo, Mile Sladoje, que afirmou que as tropas agiram em legítima defesa durante o sangrento conflito de Sarajevo. "Havia ordens permanentes, só se poderia disparar em resposta ao inimigo", disse Sladoje, em comunicado lido pelo advogado de Mladic.

O juiz que preside o julgamento, Alphons Orie, deu aos advogados de Mladic 207 horas para interrogar testemunhas — exatamente o mesmo tempo que teve a acusação. A defesa pretende chamar 300 testemunhas para depor a favor de Mladic.

Mladic é acusado pelo massacre de Srebenica, que deixou um saldo de cerca de 10 mil muçulmanos mortos


Mladic, de 72 anos, foi preso em 2011, após 16 anos foragido. Apelidado de "Carniceiro da Bósnia", ele nega 11 acusações de ordenar atrocidades durante a Guerra da Bósnia (1991-1995).

O ex-general é acusado de envolvimento no massacre de Srebrenica, cometido em junho de 1995 pelas forças militares sérvias bósnias e que deixou mais de 8 mil muçulmanos; e pelo prolongado cerco a Sarajevo, que durou 44 meses e teve cerca de 10 mil mortos.

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