"No próprio dia da batalha, as verdades podem ser pinçadas em toda a sua nudez, perguntando apenas;
porém, na manhã seguinte, elas já terão começado a trajar seus uniformes."

(Sir Ian Hamilton)



sexta-feira, 27 de maio de 2011

GUERRA FRANCO-PRUSSIANA - CAUSAS

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No dia 19 de setembro de 1870, o cerco das tropas alemãs a Paris, marcou o início do fim da guerra de Bismarck contra Napoleão III.

O fato que conduziu diretamente ao irrompimento da Guerra Franco-prussiana de 1870 foi a candidatura do príncipe Leopoldo von Hohenzollern-Sigmaringen, um parente distante do rei prussiano Guilherme I, ao trono espanhol, que havia ficado vago após a revolução de 1868.

Embora sem o consentimento de Guilherme I, o então chefe de governo da Prússia, Otto von Bismarck, convenceu Leopoldo de que o trono espanhol deveria ser ocupado por alguém da dinastia Hohenzollern. Já a França, governada por Napoleão III, sobrinho de Napoleão Bonaparte, foi contra, por temer um desequilíbrio de poder na Europa em favor dos alemães.


Num gesto extremo, Paris ameaçou a Prússia com guerra, caso não retirasse o apoio ao candidato ao trono espanhol. A pressão de Guilherme I cresceu, a ponto de Leopoldo desistir oficialmente. Mas Napoleão III, que pretendia ver a Prússia humilhada, exigiu do soberano alemão um pedido oficial de desculpas e, acima de tudo, a garantia de que também no futuro a dinastia Hohenzollern não ambicionaria o trono espanhol.

Esta exigência foi manipulada por Bismarck para ser entendida como um ultimato da França. Ele não só acreditava que seu país estivesse preparado para um conflito armado; apostava, também, no efeito psicológico que uma declaração de guerra contra a Prússia teria nos países vizinhos. Contando com a solidariedade dos países de idioma alemão, estaria praticamente atingida a meta da unificação (que desembocaria no II Reich).


Vizinhos do sul aliaram-se à Prússia

A guerra foi declarada pela França a 19 de julho de 1870 e, imediatamente, a Alemanha e seus vizinhos sulinos uniram-se numa frente contra Napoleão III e suas tropas. O Império Áustro-Húngaro, a Rússia, a Itália e a Inglaterra preferiram manter a neutralidade. Enquanto as tropas alemãs, do comandante-em-chefe conde Helmuth von Moltke, dispunham de 400 mil soldados, os franceses conseguiram mobilizar apenas 200 mil.

A primeira batalha, a 2 de agosto, em Saarbrücken, foi vencida pela França. Quatro dias depois, entretanto, o país sofria a primeira derrota. As seguintes seriam em Vionville (15 de agosto), Gravelotte (18) e Beaumont (30/08).

A batalha decisiva foi iniciada na manhã de 1º de setembro, em Sedan. Napoleão chegou ao campo de batalha na tarde do mesmo dia e assumiu o comando militar. Ao conscientizar-se da situação desoladora, ordenou que fosse içada a bandeira branca. Na mesma noite, foi negociada a capitulação e a prisão de Napoleão e 83 mil soldados franceses.

Quando esta notícia chegou a Paris, houve uma rápida rebelião, a Assembléia Constituinte foi dissolvida e, a 4 de setembro, proclamada a República Francesa. No dia 19 de setembro de 1870, as tropas alemãs cercaram Paris. Nos conflitos que se seguiram, comandados pelo governo da resistência, em Tours, os franceses foram derrotados pelos prussianos. Os sérios problemas de abastecimento e a forma rudimentar com que a população civil tentava evitar a tomada da capital apressaram a capitulação, a 19 de janeiro de 1871.

Um dia antes, Guilherme I havia sido coroado imperador alemão no Palácio de Versalhes, selando o objetivo de Bismarck, de uma grande potência alemã. A capitulação formal de Paris e o armistício aconteceram a 28 de janeiro de 1871. Seguiram-se a composição da Assembléia Nacional francesa e a constituição da Terceira República. O acordo de paz foi selado em Frankfurt, a 10 de maio de 1871. Como reparação de guerra, a França abdicou da Alsácia  e foi forçada a pagar uma alta soma em dinheiro.


 
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3 comentários:

  1. Me ajudou muito em minha pesquisa obrigada.

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  2. Prezado Carlos Daróz

    Como leitor novo do seu blog, gostaria de parabenizá-lo pela postagem. Muito clara e sucinta, conseguindo transmitir ao leigo, a espécie de conhecimento do fato principal, para que ele possa, se do seu interesse for, aprofundar-se por sua conta no assunto de interesse.

    Grande abraço,
    Nelson Azambuja.

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  3. muito bom ter este blog, feito por um historiador obrigada serei assídua leitora .

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