"No próprio dia da batalha, as verdades podem ser pinçadas em toda a sua nudez, perguntando apenas;
porém, na manhã seguinte, elas já terão começado a trajar seus uniformes."

(Sir Ian Hamilton)



segunda-feira, 7 de janeiro de 2019

ARQUEÓLOGOS JAPONESES DESENTERRAM NOVAS RESPOSTAS SOBRE A 2ª GUERRA MUNDIAL

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Por Priscila Piltz

KAGOSHIMA (IPC Digital) – Maho Chochi, diz que seus estudos contestam a antiga crença de que granadas de cerâmicas foram produzidas em número limitado durante a Segunda Guerra Mundial para que os soldados pudessem se matar, evitando assim a desgraça de ser capturado.

Minha pesquisa mostrou que (granadas de cerâmica) foram fabricadas em grande número, com o objetivo de usá-las como armas”, disse Chochi, pesquisador do Centro de Arquivos Históricos Reimeikan, na província de Kagoshima.

O relatório do pesquisador fascinou arqueólogos em uma convenção na província de Kagoshima. Para eles, os restos e relíquias relacionados com a guerra são um novo campo de pesquisa.

Chochi, identificou os locais onde as granadas de cerâmica foram fabricadas, quando o Japão estava enfrentando uma grave escassez de metal, perto do final da Segunda Guerra Mundial. Confirmou também que as granadas foram armazenadas para estudos posteriores, para comparar as suas estruturas e materiais cuidadosamente.

Um novo campo da arqueologia estuda informações relacionadas com a Segunda Guerra Mundial, estabelecida há 30 anos no Japão com base na proposta de Shiichi Toma, um arqueólogo da província de Okinawa, que queria lançar novos aspectos da guerra, que eram desconhecidos devido a escassez de documentação.

Embora muitos arqueólogos estivessem relutantes inicialmente em assumir tal tema, uma série de reuniões de estudo e locais de expedição foram organizados no ano passado para coincidir com o 70º aniversário do fim da Segunda Guerra.  Um relatório da província de Okinawa publicado no ano passado, descreve cerca de 1000 sítios relacionados com a guerra, local da Batalha de Okinawa, que durou meses e matou quase um quarto da população da ilha.

Em Kumamoto, o governo de Nishiki começou uma pesquisa no ano passado, de um local usado pela Marinha Imperial Japonesa, para descobrir a imagem completa da base militar pouco conhecida durante a Guerra.

Há muito se sabe que os restos de uma base militar estão na cidade”, disse Tomoharu Teshiba, que encomendou a pesquisa. A base, que abrange 36.000 metros quadrados de terra, abriga instalações subterrâneas em mais de 10 locais.

Essas instalações, incluindo uma sala de operação e uma sala onde torpedos estavam sintonizados, permaneceram intactos desde o fim da Guerra. A sala do torpedo tem paredes de concreto que revelam pilares de madeira. Tal estrutura gigantesca de guerra ainda estar intacta é raridade no Japão, segundo especialistas. Funcionários de Nishiki planejam, eventualmente, abrir as instalações para o público.

Gostaríamos que os visitantes refletissem sobre a guerra após ver os restos daqueles tempos”, disse Teshiba. “Estamos determinados a realizar um estudo aprofundado para esse fim, também”.

Fonte: Jornal Asahi

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