"No próprio dia da batalha, as verdades podem ser pinçadas em toda a sua nudez, perguntando apenas;
porém, na manhã seguinte, elas já terão começado a trajar seus uniformes."

(Sir Ian Hamilton)



domingo, 24 de julho de 2011

TÚMULO DE RUDOLF HESS É DESTRUÍDO PARA ELIMINAR PEREGRINAÇÕES NEONAZISTAS

.


O túmulo de Rudolf Hess em Wunsiedel, no sul da Alemanha, foi destruído depois de os restos mortais do líder nazista terem sido exumados, confirmaram na última quinta-feira (21/07) representantes da igreja evangélica local. A informação havia sido publicada pelo jornal Süddeutsche Zeitung.

Os restos mortais de Hess que, na condição de representante de Hitler foi o número dois na hierarquia nazista, foram exumados no início da manhã da quarta-feira. Eles foram incinerados logo em seguida e serão lançados ao mar, atendendo a pedido dos descendentes do líder nazista.


Rudolf Hess durante seu julgamento em Nuremberg


A comunidade evangélica de Wunsiedel decidiu negar à família a prorrogação do arrendamento do túmulo, vencido desde 2007. A neta de Hess chegou a entrar na Justiça contra a decisão, mas acabou cedendo e concordando com a remoção da sepultura.

O túmulo de Hess foi durante mais de duas décadas local de peregrinação de grupos neonazistas. Com a remoção da sepultura, a comunidade espera que as marchas neonazistas na cidade tenham fim.



Condenado em Nuremberg

Hess foi condenado à prisão perpétua nos Julgamentos de Nuremberg, ao final da 2ª Guerra Mundial. Ele cometeu suicídio em 17 de agosto de 1987 na sua cela na prisão berlinense de Spandau, aos 93 anos.


Desfile neonazista


Os restos mortais foram sepultados em Wunsiedel, atendendo a desejo do próprio Hess. Desde então, o túmulo se converteu em local de peregrinação para a extrema direita alemã. Principalmente nos dias 17 de agosto, quando centenas de neonazistas se dirigiam à pequena cidade de 10 mil habitantes. Na cena neonazista alemã, Hess era considerado um mártir.

Nos últimos anos, os desfiles neonazistas em Wunsiedel tinham sido sistematicamente proibidos pelas autoridades, mas a extrema direita obtinha a autorização nos tribunais, invocando o direito à liberdade de manifestação, constitucionalmente protegido. Os tribunais alemães impunham como condição, no entanto, que não houvesse quaisquer referências a Hess.


Fonte: DW




Nenhum comentário:

Postar um comentário