Um teste de DNA atesta que o corpo de um guerreiro viking, localizado no fim do século XIX, é de uma mulher.
Por Russel Young
Os
restos mortais de um guerreiro Viking do século X, sepultado em Birka, Suécia,
provaram ser de uma mulher, graças à evidência de DNA. A
guerreira foi descoberta no final do século XIX pelo arqueólogo sueco Hjalmar
Stolpe e os restos foram assumidos como sendo os de um homem, por terem sido
enterrados com armas, cavalos e outras parafernálias militares.
"Na
verdade, é uma mulher, em algum lugar com mais de 30 anos e bastante alta,
medindo cerca de 170 centímetros", disse Charlotte Hedenstierna-Jonson,
arqueóloga da Universidade de Uppsala, ao jornal The Local.
Espada viking enterrado junto com o corpo da guerreira
As
descobertas foram feitas por pesquisadores da Universidade de Uppsala e da
Universidade de Estocolmo e publicados no American Journal of Physical Anthropology. Alguns
anos atrás, Anna Kjellström, um osteologista da Universidade de Estocolmo,
estudou os restos como parte de um projeto diferente e notou que algo estava
fora do previsto. Os quadris eram típicos de uma mulher e as maçãs do rosto
eram mais finas do que o que se esperava de um homem. O estudo osteológico
apoiou a teoria de que a guerreira era uma mulher, mas deparou-se com o
ceticismo.
A
análise do DNA já foi realizada, o que confirma que a guerreira era feminina.
Os resultados genômicos mostraram a falta de um cromossoma Y e uma composição genética
próxima à dos atuais norte-europeus, revelou o estudo.
"A
identificação de uma guerreira viking feminina fornece uma visão única sobre a
sociedade viking, construções sociais e exceções à norma no período
Viking", disseram os autores do estudo. "Os resultados exigem cautela
contra generalizações em relação às ordens sociais nas sociedades
passadas".
Capacete viking (imagem ilustrativa)
"Provavelmente
era bastante incomum", disse Hedenstierna-Jonson, "mas neste caso,
provavelmente teve mais a ver com seu papel na sociedade e na família de onde
ela era, e que traz mais importância que seu gênero".
"Esta
é a primeira confirmação formal e genética de uma guerreira viking feminina",
disse à Phys.org o professor Mattias Jakobsson, da Universidade de Uppsala.
Fonte: Global Look Press
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