"No próprio dia da batalha, as verdades podem ser pinçadas em toda a sua nudez, perguntando apenas;
porém, na manhã seguinte, elas já terão começado a trajar seus uniformes."

(Sir Ian Hamilton)



terça-feira, 6 de junho de 2017

VEM AÍ A IV OLIMPÍADA DE HISTÓRIA MILITAR E AERONÁUTICA DA ACADEMIA DA FORÇA AÉREA

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Academia da Força Aérea (AFA) realizará a quarta edição da Olimpíada de História Militar e Aeronáutica com a participação da Escola Naval e da AMAN.


Ao que tudo indica, o evento parece já ter sido incorporado ao calendário escolar da AFA, que realizará nos dias 9 e 10 de agosto de 2017 a IV Olimpíada de História Militar e Aeronáutica.  A iniciativa começou de forma experimental em 2014, quando 104 cadetes da Aeronáutica formaram 26 equipes para disputarem vibrantes provas de conhecimentos da História Militar, envolvendo assuntos da Antiguidade até a Idade Contemporânea.  Naquele ano, a equipe vencedora foi a Lima Mendes, que liderou o certame do começo ao fim. Os quatro cadetes campeões ganharam uma viagem de estudos para os Estados Unidos, onde visitaram alguns dos muitos museus da capital,  Washington DC. Depois conheceram Gettysburg PA, palco da maior batalha da Guerra Civil Americana e onde se situa um importante centro histórico sobre o confronto. 

Em 2015, a competição foi bastante acirrada, com a vitória da equipe John Boyd, apesar do favoritismo da equipe Lima Mendes, que ficou com o segundo lugar. A vitória foi conquistada em uma sensacional virada na última questão, que versava sobre as causas da derrota dos Estados Unidos na Guerra do Vietnã. Os cadetes campeões da John Boyd realizaram uma viagem de estudos a Recife-PE, onde visitaram, dentre outras atrações, o e o museu Brennand  e o Parque Histórico Nacional dos Guararapes. As visitações tiveram o apoio do II Comando Aéreo Regional e da 7ª Região Militar. 



Em sua terceira edição, no ano de 2016, a olimpíada passou a contar com a participação de aspirantes da escola Naval e cadetes da AMAN. A última rodada de questões concentrou perguntas sobre a Segunda Guerra Mundial, envolvendo a participação da Força Expedicionária Brasileira. Após uma disputada muito acirrada, a equipe John Boyd sagrou-se bicampeã, ficando em segundo lugar a equipe Lima Mendes, também da AFA, e em terceiro a estreante equipe Saldanha da Gama, da Escola Naval. 

A Olimpíada de História Militar da AFA, que ocorre em duas tardes e duas noites, é disputada por equipes de quatro cadetes em quatro etapas. Na primeira, que é eliminatória, os cadetes são submetidos a um teste escrito de 60 questões. Para a segunda fase, as seis equipes classificadas passam por uma série de baterias no modelo quiz.  A terceira etapa consiste em apresentações temáticas que são julgadas por uma banca avaliadora composta por professores e oficiais convidados.  Na quarta e última fase, as três equipes finalistas são submetidas a uma série de baterias de questões de pronta resposta oral.  As premiações são feitas na forma de medalhas de ouro, prata e bronze, especialmente confeccionas e fornecidas pelo Instituto Histórico Cultural da Aeronáutica. 

Segundo o idealizador do projeto educacional, o coronel da reserva Claudio Calaza, a ideia advém do bem sucedido modelo das olimpíadas escolares que se utilizam o lúdico como estratégia educacional. Segundo ele, que é professor de História Militar na AFA, foi uma maneira de estimular seus alunos ao estudo frente a uma carga horária limitada da disciplina e, ainda, diante da intensa vida acadêmica do cadete da Aeronáutica. Interessante saber que o ensino da História Militar é valorizado pelas escolas militares de todo o mundo, sendo considerada uma matéria propedêutica no estudo da tática, da estratégia e da logística. O militar em formação, ao mergulhar no estudo da História Militar, acredita, naturalmente, que esses conhecimentos lhe forneçam princípios válidos para a Arte da Guerra, mediante lições e exemplos dos líderes do passado.

Desde a III Olimpíada os organizadores buscaram ampliar o projeto convidando para a competição as escolas co-irmãs da Marinha e do Exército. A Escola Naval e a AMAN participaram, em 2016, com duas equipes cada. 

Além de incrementar a disputa e a motivação, a inovação tem por base a enaltecida interoperabilidade entre as Forças, agora aplicada no plano educacional e tendo a História Militar como campo de batalha.  

Paralelamente à competição, ocorre a IV Feira de livros de História Militar, onde editoras parceiras expõem seus livros e lançamentos.

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