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Ilha da Madeira, Portugal -19/11/1776
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Paris, França - ??/??/1835
Nascido na Ilha da Madeira, Portugal, Joaquim de Oliveira Álvares foi um dos primeiros generais do Exército Brasileiro, formado logo após a independência do Brasil, e o primeiro Ministro da Guerra do novo imperador D. Pedro I.
Completou
seus estudos preparatórios na Inglaterra, depois frequentou a Universidade de
Coimbra, onde formou-se em matemática e filosofia, e de lá saiu para alistar-se
na marinha.
Após
combates com a esquadra francesa de Napoleão Bonaparte, foi feito prisioneiro,
mas conseguiu escapar, alistando-se, então, no exército. Transferido em 1804
para o Brasil, como capitão de artilharia da Legião de Voluntários de São
Paulo. Em 1807, promovido a major comandante desta legião, foi transferido para
o Rio Grande do Sul, onde ascendeu ao posto de tenente-coronel em 1810.
Participou
das campanhas de 1811 e 1812, sendo promovido a coronel e depois a brigadeiro,
em 1814. Comandou as forças de cavalaria,
que na Guerra contra Artigas, venceram as tropas inimigas na Batalha de
Carumbé, derrotando a José Antonio Berdún, e participando depois da Batalha de
Catalão.
Acabada
a guerra, adoentado, mudou-se para Santa Catarina, em 1820, e depois para o Rio
de Janeiro. Em 7 de janeiro de 1822 foi promovido a marechal. No Rio de Janeiro
foi membro do 'Clube Conspirado', o qual também frequentavam Joaquim da Rocha
Nóbrega, Francisco Maria Gordilho Veloso de Barbuda, apoiando D. Pedro I na
Independência do Brasil.
Ofício de Joaquim de Oliveira Álvares à Assembleia Geral Constituinte e Legislativa do Império do Brasil, 1823
Em
11 de janeiro de 1821, dois dias após o Dia do Fico, comandou as tropas locais
que resistiam às tropas portuguesas do general Avilez, que queriam que D. Pedro
I cumprisse o decreto de D. João VI e retornasse à Europa, para aprimorar sua
educação. Logo em seguida foi nomeado ministro da Guerra, cargo que exerceu
entre 16 de janeiro de 1821 a 27 de julho de 1822, tendo deixado o ministério
por motivo de doença. Retornou ao ministério, entre 24 de julho de 1828 e 4 de
agosto de 1829, tendo negociado um tratado de paz com a Argentina.
Em
fevereiro de 1829 uma revolta em Pernambuco foi prontamente sufocada,
entretanto, por exageros no relatório do presidente da província, tanto o Ministro
da Guerra, quanto o da Justiça, tomaram ações excessivas contra a pretensa
rebelião. Álvares criou um tribunal militar para julgar os envolvidos, ação
pela qual foi depois acusado de não respeitar a Constituição, que não permitia
tribunais excepcionais e extraordinários, e, após extensos debates, foi depois
inocentado.
Foi
eleito deputado provincial pelo Rio Grande do Sul, na segunda legislatura. Em
1830 partiu para Londres para receber uma herança que lhe tinha recebido de seu
irmão, que lá era negociante. Da herança gastou 80 mil libras na compra de
títulos brasileiros, valorizando os títulos em Londres. Também avisou o governo
brasileiro que poderia atrasar o seu pagamento de dividendos, caso necessário,
que não tomaria nenhuma ação a respeito.
Adoentado
na Europa, mudou-se para Paris, onde faleceu em 1835, sendo sepultado no
Cemitério do Père-Lachaise.
Recebeu
a comenda da Imperial Ordem de Avis, e depois foi nomeado oficial da Imperial
Ordem do Cruzeiro, em 1825 e grã-cruz da recém criada Imperial Ordem da Rosa,
em 1829.
Fontes:
- DARÓZ,
Carlos Roberto. A milícia em armas: o
soldado brasileiro da guerra de independência. Anais do XXXVII Congresso
Internacional de História Militar, Rio de Janeiro, 2011.
- SILVA,
Alfredo P.M. Os Generais do Exército Brasileiro, 1822 a 1889. Rio de Janeiro: M. Orosco &
Co, 1906, vol. 1.
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