"No próprio dia da batalha, as verdades podem ser pinçadas em toda a sua nudez, perguntando apenas;
porém, na manhã seguinte, elas já terão começado a trajar seus uniformes."

(Sir Ian Hamilton)



sábado, 28 de outubro de 2017

PERSONAGENS DA HISTÓRIA MILITAR – MARECHAL ŌYAMA IWAO

.

* 10/10/1842 - Kagoshima, Japão

+ 10/12/1916 - Tóquio, Japão


O príncipe Ōyama Iwao foi um marechal-de-campo e político japonês, sendo um dos fundadores do Exército imperial japonês.


Ōyama nasceu em família de samurais que pertencia ao clã Shimuzu. Foi um protegido de Okubo Toshimichi, participou da derrubada do Xogunato Tokugawa, e teve um papel importante na Restauração Meiji. Foi comandante-chefe da primeira brigada independente durante a Guerra Boshin. Durante o Cerco de Aizu, foi comandante das posições de artilharia do Exército imperial japonês, no monte Oda. Durante o cerco, foi ferido pela guerrilha de Aizu sob o comando de Sagawa Kanbei.

Em 1870, estudou na Escola Militar Especial de Saint-Cyr na França, e foi o observador militar oficial do Japão durante a Guerra Franco-Prussiana. Estudou três anos (1870-1873) em Genebra, onde aprendeu línguas estrangeiras e ficou fluente em russo. Ōyama ficou conhecido como o primeiro cliente japonês da Louis Vuitton, depois de ter comprado alguns equipamentos durante sua estadia na França. 

Posteriormente voltou à França após ser promovido general para estudos especializados. No seu regresso ao Japão, ajudou no estabelecimento do Exército imperial japonês, que foi usado para reprimir a Rebelião Satsuma, apesar de que Ōyama e seu irmão mais velho fossem primos de Saigō Takamori.

Na guerra sino-japonesa foi designado Comandante chefe do segundo exército japonês, e desembarcou na Península de Liaodong, avançou para Port Arthur em meio a uma tormenta, cruzou Shandong, onde capturou a fortaleza de Weihawei.

Por seus serviços, Ōyama foi incluído no sistema de nobreza japonesa (Kazoku) com o título de marquês, e, três anos depois, foi promovido a marechal. Na guerra russo-japonesa (1904-1905) foi nomeado comandante chefe das forças japonesas na Manchúria. Com a vitória do Japão, o Imperador Meiji o nomeou kōshaku (príncipe).

Ōyama foi ministro da guerra em vários gabinetes e, como chefe de estado, defendeu o poder autocrático da oligarquia (Genrō) indo de contra os direitos democráticos. Entretanto, sob o governo do primeiro ministro Yamagata Aritomo, foi reservado e se retirou dos assuntos políticos. Desde 1914 foi declarado Guardião do selo privado.

O General Ōyama em campanha durante a Guerra Russo-Japonesa


Tinha a habilidade falar e escrever em várias línguas europeias fluentemente, e tinha simpatia com o estilo arquitetônico europeu. Quando foi ministro da guerra, construiu uma casa em Tóquio baseado em um modelo de castelo alemão; entretanto, sua esposa reclamou e insistiu que os quartos das crianças fossem remodelados no estilo japonês, para fazer ênfase a origem japonesa deles. A casa foi destruída durante os bombardeios aéreos na Segunda Guerra Mundial. A esposa de Ōyama, Yamakawa Sutematsu, foi irmã dos antigos vassalos do clã aizu, Yamakawa Horishi e Yamakawa Kenjiro; e era conhecida como uma das primeiras estudantes femininas a serem enviados aos Estados Unidos pela Imperatriz do Japão, no começo da década de 1870. Esteve vários anos nesse país, graduando-se na Vassar College em 1882.

Ōyama foi um homem obeso, cujo peso excedia os 95 kg, e consumia muita carne. Morreu aos 75 anos em dezembro de 1916, e, recentemente, sua morte foi atribuída a complicações de diabetes.



Nenhum comentário:

Postar um comentário