Na batalha para se manter à
frente do inimigo na 2ª Guerra Mundial, os
engenheiros norte-americanos estavam
dispostos a empregar qualquer artifício,
inclusive roubar as ideias de seus inimigos nazistas.
Com o avanço
da guerra na Europa, centenas de aviões alemães foram enviados
para o Campo Freeman, em Seymour, Indiana, onde foram
desmontados no intuito de propiciar o conhecimento de como
foram construídos. Depois disso, o Exército dos EUA enterrou
qualquer evidência dessa operação.
Agora a Equipes de Recuperação
do Campo Freeman estão desenterrando centenas
de peças de avião e e procurando remontá-las novamente, assim como seus antepassados tentaram fazer quase sete décadas atrás.
No final da 2ª Guerra Mundial,
o campo foi utilizado como uma movimentada
base do Exército guarnecida por centenas
de soldados e civis com a missão
de estudar aviões e foguetes da Alemanha.
Engenheiros do Exército dos EUA estudam um Me-262 capturado em Campo Freeman
Os Aliados capturaram cerca
de 80 diferentes tipos de
aeronaves em toda a Europa, que, em seguida, foram
enviados para o campo, onde foram estudados, desmontados e depois montados novamente.
Enquanto muitas partes ou aviões
foram enviados para museus, outras foram
descartadas, jogadas em poços abertos no campo e cobertos com toneladas de terra.
Agora, a Equipe de Recuperação do Campo Freeman está se esforçando para encontrar o maior número de peças possível. A
equipe já encontrou uma infinidade de
hélices e partes de
rodas, mas está esperançosa de
encontrar uma fuselagem intacta,
sobre a qual existem rumores de estar escondida
em algum lugar no solo.
Um membro do esforço de recuperação, Scott
Cooper, explicou por que os aviões tinham sido levados para os EUA:
"Naquele momento da guerra os alemães estavam anos à nossa frente nas
áreas de tecnologia. Eles, na verdade, desenvolveram
o primeiro avião, por isso tivemos a chance de trazer essa aeronave aqui,
dividi-la, examinar o motor e a aeronave, e descobrir coisas que poderiam ser utilizadas
nas aeronaves que estávamos construindo no momento.” Cooper acrescentou que "cerca de 81
diferentes tipos de aeronaves foram trazidos aqui, incluindo mísseis V-1 e
V-2."
Um Heinkel He-111, ainda com as cores alemãs, estacionado no Campo Freeman em 1946
O Exército promoveu um dia de portões abertos no
Campo Freeman, em 1946, quando a guerra já havia terminado, permitindo ao
público ver o que estava estudando. Mas
havia dúvidas sobre o que aconteceria com os aviões no final da guerra.
Os aviões que não foram encaminhados aos museus foram,
então, enterrados nos arredores do campo de aviação, e estão
lentamente sendo localizados pela equipe de recuperação.
"Em alguns casos, você ainda pode ver as palavras em alemão por lá", disse Cooper. "Em um único dia encontramos 12 pás da hélice, que foi
muito emocionante."
A Equipe de
Recuperação do Campo Freeman é, pelo menos, o
terceiro grupo que pesquisa as peças
no campo desde o
início de 1990. Seus
integrantes acreditam que a lama tem
preservado muitas peças encontradas
até agora e utilizam um scanner chamado Bloodhound, fixado
na parte traseira de um veículo. A unidade de radar se
conecta a um computador e a um
programa de mapeamento GPS e
realiza pesquisas no solo, como um ultrassom, indicando onde os objetos estão enterrados.
"Você perceber que pode recuperar um avião
que é parte da história, ser capaz de tocá-lo e senti-lo e
restaurá-lo e trazê-lo de volta
para que outras pessoas possam vê-lo,
é muito emocionante. Em alguns casos, provavelmente nos ajudou a ganhar a guerra", acrescentou Cooper.
Fonte: Mail Online News
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