"No próprio dia da batalha, as verdades podem ser pinçadas em toda a sua nudez, perguntando apenas;
porém, na manhã seguinte, elas já terão começado a trajar seus uniformes."

(Sir Ian Hamilton)



sábado, 14 de novembro de 2009

PERSONAGENS DA HISTÓRIA MILITAR – GENERAL DAVID CANABARRO


* 1796 – Taquari-RS
+ 1867 - Santana do Livramento-RS


 
David José Martins, conhecido como David Canabarro, foi um militar brasileiro. Descendente de açorianos, é neto de José Martins Faleiros e dona Jacinta Rosa, naturais da Ilha Terceira. Instalados em Porto Alegre, aí lhes nascia o filho homem que seria José Martins Coelho. Dona Mariana Inácia de Jesus, natural da Ilha de Santa Catarina, que, com seus pais Manuel Teodósio Ferreira e dona Perpétua de Jesus, se instalaria em Bom Jesus do Triunfo pelo ano de 1778, aí conheceu o futuro marido, José Martins Coelho que com a família também para ali se havia transferido. Casados, mudaram-se logo para Taquari onde lhes nasceu, a 22 de agosto de 1796, o menino David José, no lugar denominado Pinheiros, uma légua além da freguesia-sede, em terrenos que adquirira José Martins Coelho, fundando uma estância de criação.

Campanha contra Artigas

David Canabarro iniciou sua vida de militar na primeira campanha Cisplatina de 1811-1812. Para essa campanha deveria seguir o irmão mais velho, Silvério, já então com 18 anos. Entretanto, auxiliar precioso do pai nas lides campeiras, iria fazer muita falta. E Davi, contando quinze anos de idade, reconhecendo o fato, solicitou ao pai licença para seguir em lugar do irmão.

Patriota como todo estancieiro do Rio Grande do Sul daqueles tempos, José Martins Coelho não vacilou, e se apresentou às forças do nobre Dom Diogo de Sousa, conde de Rio Pardo. Terminada a campanha, promovido a alferes, regressa ao lar, mas em seguida volta para combater na Guerra contra Artigas (1816-1820).


Guerra da Cisplatina

Anos mais tarde vemo-lo tenente das forças de Bento Gonçalves da Silva na Guerra da Cisplatina de 1825-1828, que culminou com o tratado de paz de agosto de 1828 e a independência do Uruguai. Lá, teve papel preponderante na batalha de Rincón de las Gallinas, salvando o exército brasileiro de completo desbarato (24 de setembro de 1825), o que lhe valeu os galões de tenente efetivo do Exército Nacional. Na 21ª Brigada de Cavalaria Ligeira, comandada por Bento Gonçalves da Silva, ainda na Guerra da Cisplatina, assistiu à indecisa batalha do Passo do Rosário, obrando prodígios de valor e de audácia.

Cessada a guerra, volta ao lar, à vida do campo, mas desta vez associado ao tio Antônio Ferreira Canabarro, na estância fronteiriça de Santana do Livramento. Por volta de 1836, por razões não completamente esclarecidas, adota o nome David Canabarro: Sabe-se que alguns de seus parentes já usavam o nome de longa data, sendo talvez o motivo pelo qual David martins tornou-se David Canabarro. Em consequência, os descendentes dos nobres Canavarros de Portugal devem ser os Canabarros do Brasil.

Guerra dos Farrapos

Na Revolução Farroupilha ou Guerra dos Farrapos, inicialmente conservou-se indiferente aos acontecimentos políticos, tendo a ela se juntado tardiamente. Rapidamente galgou postos, assumiu o comando em junho de 1843, quando o antigo chefe, Bento Gonçalves da Silva, para evitar a cisão entre os republicanos, desligou-se do comando e passou a servir sob as ordens do próprio Canabarro.

Como chefe dos revoltosos, aceitou a anistia oferecida pelo governo em 18 de dezembro de 1844, através do Duque de Caxias, chamado O pacificador. Enquanto as negociações prosseguiam, Canabarro recebeu uma proposta de Juan Manuel de Rosas, governante argentino, que pretendia ampliar a fronteiras de seu país. Em troca da colaboração farroupilha, ele receberia ajuda argentina para continuar a batalha contra o império. Canabarro respondeu através de carta, onde afirmava sua fidelidade ao país, mesmo que este fosse monarquista e ele republicano.

Encerradas as negociações em 25 de fevereiro de 1845, ficou estabelecido que os republicanos indicariam o próximo presidente da província, o governo imperial responderia pela dívida pública do governo republicano, os oficiais do exército rebelde que desejassem passariam ao exército imperial com os mesmos postos e os prisioneiros farroupilhas seriam anistiados.
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12 comentários:

  1. oi sou a millena tenho 11 anos ,minha frofessora me mandou fazer um trabalho sobre o fabulosa general canabarro.
    esse saite me enscinou coisas q eu nem sabia
    PESSOAL MTO OBRIGADA!!!!!!!

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  2. Ele foi um grande soldado e comandante,mesmo com dois episódios na guerra há relatos de acussões contra ele,ele foi um exemplo de soldado como foi Bento Gonçalvez,corajoso,decidido e um grande estrategista,Merece ser lembrado na história do Rio Grande e também do Brasil.

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  3. Sou de Santana do Livramento onde nosso General resolveu morar e aqui temos um museu em sua casa e seu túmulo, que contam sua história militar.

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    1. Por favor gostaria de ter o endereço do museu. Estarei em Santana do Livframento e gostaria de visita-lo. Ispigolon@bol.com.br. Se receber agradeço.

      Ivonilda

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  4. Traidor tirou as armas dos negros.para que fossem aniquilados e é acusado de cinco traições .

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  5. Meu avo tinha a lança que ele usou na guerra dos farrapos, infelizmente o exercito retirou a lança da casa do meu avo...

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  6. Em Taquari passei pela casa onde, segundo comentou, nascera David Canabarro. Pergunto: essa estância ainda existe? Lembro que ficava nas cercanias de uma propriedade da Igreja Luterana. Grato

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  7. Se Canabarro foi inocentado por várias vezes nos tribunais militares da época,porquê seu nome foi tão manchado com a difamação de um traidor dos Lanceiros1 Negros?

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