"No próprio dia da batalha, as verdades podem ser pinçadas em toda a sua nudez, perguntando apenas;
porém, na manhã seguinte, elas já terão começado a trajar seus uniformes."

(Sir Ian Hamilton)



domingo, 29 de março de 2020

PERSONAGENS DA HISTÓRIA MILITAR - VALYA STUPINA, UMA CORAJOSA BRUXA DA NOITE QUE MORREU POR SUA PÁTRIA

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Nem todas as Bruxas da Noite se destacaram pela grande quantidade de missões de ataque, algumas demonstraram seu valor nas atividades de apoio ao combate e, como Valentina Stupina, perderam suas vidas em decorrência de doenças e ferimentos recebidos.


Valentina Sergeevna Stupina nasceu em 4 de junho de 1920, irmã do meio de três filhos. Seu pai, que trabalhava na floresta, faleceu em 1933, após o que ela se mudou para Samara com seu irmão mais velho, Anatoli, onde aprendeu a saltar de paraquedas em uma escola do Komsomol (União da Juventude Comunista). Depois de morar em Samara por um ano, mudou-se para Stavropol, onde destacou-se como esportista e se formou na escola secundária com honras, em 1937. Após isso, ingressou no Instituto de Aviação de Moscou, onde permaneceu estudando até a invasão alemã da União Soviética em 1941. No começo da guerra, ela deixou a escola para trabalhar cavando fossos antitanques e construindo fortificações defensivas nos arredores da cidade.

Depois de ser encorajada pelo Komsomol para se unir ao regimento de aviação feminina, o 588º de Bombardeio Noturno, fundado por Marina Raskova, Stupina se voluntariou em outubro. Após receber treinamento de navegação na Escola de Aviação Militar de Engels, foi enviada para a Frente Sul em fins de maio de 1942 e foi promovida ao posto de tenente junior. Stupina voou 15 missões de combate antes de ser designada como Oficial de Comunicações do regimento, embora, na oportunidade, tivesse expressado que preferia continuar voando em missões de combate.

Valentina Stupina foi condecorada com a Medalha "Pela Coragem" em novembro de 1942, tornando-se uma das primeiras do regimento a receber o prêmio.  Stupina, apelidada pelas amigas de Valya, morreu em Yessentuki, na Primavera de 1943, em razão de enfermidade provocada pelas duras condições de vida durante a campanha, e depois de se recusar a receber tratamento no hospital por muito tempo, pois queria permanecer junto a suas companheiras.

Medalha Pela Coragem. Stupina foi uma das primeiras garotas do regimento a recebê-la.

O regimento inteiro participou de seu funeral e ela foi enterrada com honras militares completas em um cemitério civil local.  A comandante do regimento, major Yevdokiya Bershanskaya, enviou à sua mãe, Polina Stupina, um telegrama informando-a da morte de Valentina, mas esta só conseguiu chegar a Yessentuki após o sepultamento. Bershanskaya a encontrou na estação de trem e foi com ela ao cemitério. Quando morreu, Valya Stupina tinha apenas 23 anos de idade.

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BRUXAS DA NOITE: AS AVIADORAS SOVIÉTICAS NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL.


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