"No próprio dia da batalha, as verdades podem ser pinçadas em toda a sua nudez, perguntando apenas;
porém, na manhã seguinte, elas já terão começado a trajar seus uniformes."

(Sir Ian Hamilton)



domingo, 29 de junho de 2014

CENTENÁRIO DO ASSASSINATO DO ARQUIDUQUE FRANCISCO FERDINANDO

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Há exatos cem anos, com um tiro à queima-roupa, Gavrilo Princip mata o príncipe austro-húngaro, Francisco Ferdinando. É o pretexto para a 1ª Guerra Mundial

 

Por Andressa Rovani


Por pouco, o plano não foi por água abaixo. Inexperientes, os três jovens sérvios, Gavrilo Princip, Nedjelko Cabrinovic e Trifko Grabez, estiveram a um passo do fracasso de sua missão: matar o herdeiro do trono austro-húngaro, Francisco Ferdinando. Mas uma trapalhada da segurança do arquiduque colocou Princip de cara com o seu alvo. O tiro atingiu Ferdinando no pescoço. O crime foi a gota d’água para o início do conflito que deixou um saldo de 10 milhões de mortos.

Por trás do atentado estava a sociedade secreta Mão Negra. A organização nacionalista não havia engolido a anexação da Bósnia ao Império Austro-Húngaro, em 1908. E, em 1914, contratou o trio de sérvios para matar o arquiduque, em Sarajevo. Em seguida, os assassinos deveriam cometer suicídio com cianureto. Eles foram escolhidos justamente porque já estavam condenados à morte pela tuberculose. Não tinham o que perder.

O arquiduque austríaco Francisco Ferdinando


Com um arsenal de quatro pistolas e seis bombas, a ideia era que os rapazes, com a ajuda de agentes da organização, se distribuíssem no caminho que seria feito pela comitiva de Ferdinando com destino à prefeitura. O plano, no entanto, não saiu como eles imaginavam. Mas a sorte - ou azar - estava com Princip, que deu fim à vida do herdeiro do trono austro-húngaro em 28 de junho de 1914.

No total, oito homens foram presos. Princip foi condenado à pena máxima: 20 anos de prisão. O que ele desejava, no entanto, era morrer. "Minha vida já está arruinada. Eu sugiro que me preguem em uma cruz e me queimem vivo. Meu corpo em chamas será uma tocha para iluminar meu povo no caminho para a liberdade", declarou. Mas o jovem ainda viveria para ver, um mês mais tarde, a eclosão de um conflito que mobilizou todas as grandes potências mundiais.

Gavrilo Princip é conduzido preso após disparar contra o arquiduque


Apesar da ameaça de guerra já estar sendo gestada há anos pelos dois lados, o ataque à família real austro-húngara merecia uma resposta imediata - e à altura. Um ultimato, preparado pelo conselho ministerial austríaco, tornou inevitável o confronto. Foi a última tentativa diplomática de paz. Princip morreria antes do final da refrega, em 28 de abril de 1918.

 Fonte: Aventuras na História


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