"No próprio dia da batalha, as verdades podem ser pinçadas em toda a sua nudez, perguntando apenas;
porém, na manhã seguinte, elas já terão começado a trajar seus uniformes."

(Sir Ian Hamilton)



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segunda-feira, 24 de junho de 2024

24 DE JUNHO DE 1360 - NASCIMENTO DE D. NUNO ÁLVARES PEREIRA

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A 24 de junho de 1360, nascia D. Nuno Álvares Pereira, Condestável do Reino, e figura central de Portugal nos finais da Idade Média.


Segundo o cronista Fernão Lopes, D. Nuno revelava desde cedo uma grande apetência para as matérias militares. Era ainda um homem culto e puro, materializando, assim, o ideal de cavalaria da época.

Além de um gênio militar, era um líder nato. São várias as conquistas como comandante das tropas do rei D. João I, durante a crise dinástica de 1383-85. Entre elas contam-se o cerco e a rendição do alcaide do Castelo de São Jorge, em 1383; a Batalha dos Atoleiros e a de Aljubarrota, ambas em 1384; ou a Batalha de Valverde, em 1385. 

Fez parte da hoste de guerra que conquistou a cidade de Ceuta, em 1415, sendo solicitado para liderar a guarnição dessa praça, cargo que renunciou por querer abandonar a vida militar e abraçar a monástica. Ingressou no Convento do Carmo, a casa religiosa que fundou em 1389, lugar onde esteve sepultado até ao grande terremoto de 1 de novembro de 1755.

Fonte: Castelo de São Jorge


segunda-feira, 19 de junho de 2023

IMAGEM DO DIA - 19/6/2023

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Soldados portugueses e ingleses observam os destroços de um bombardeiro Gotha G.IV alemão caído no setor português.


terça-feira, 25 de abril de 2023

IMAGEM DO DIA - 25/4/2023

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Blindados do Exército Português ocupam o centro de Lisboa em 25 de abril de 1974 por ocasião da Revolução dos Cravos, que deu início ao restabelecimento do regime democrático em Portugal.


quarta-feira, 19 de abril de 2023

EDITOR DO BLOG APRESENTA COMUNICAÇÃO EM COLÓQUIO DO EXÉRCITO PORTUGUÊS

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O editor do Blog Carlos Daróz-História Militar representou hoje o Brasil e o Exército Brasileiro junto ao Exército Português, o qual, por intermédio de sua Direção de História e Cultura Militar (DHCM), realizou uma homenagem ao Dia do Exército Brasileiro com a realização do Colóquio "A DEFESA DO BRASIL PORTUGUÊS CONTRA OS HOLANDESES (1645-1654)".

Dividindo o tablado com o Tenente-Coronel Abílio Lousada, do Exército Português, Carlos Daróz apresentou a comunicação "GUARARAPES E SEU LEGADO PARA O BRASIL E PARA O EXÉRCITO BRASILEIRO".

Na parte final do evento, os convidados puderam apreciar uma exposição com painéis ilustrados com a evolução histórica da Insurreição Pernambucana e seus líderes militares. Coroando a exposição, figuravam armamentos leves e uma couraça e capacete originais do século XVII, expostos pelo Museu Militar de Lisboa. 











O evento foi presidido pelo Major General Anibal Flambó, Diretor de História e Cultura Militar, e organizado pelo Coronel Vilela Santos (da equipe da DHCM) e pelo Coronel Hermes Menna Barreto Gonçalves, Oficial de Ligação Cultural e Doutrinária do Exército Brasileiro na República Portuguesa. 

O editor do Blog manifesta seu orgulho em poder representar o EB e o Brasil neste importante evento bilateral na área da História e da Cultura, e contribuir para estreitar os laços entre as duas Nações-irmãs.



terça-feira, 30 de agosto de 2022

RECRIAÇÃO HISTÓRICA DO CERCO A CAMPO MAIOR, PORTUGAL, 1811

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Mais uma recriação histórica em Portugal. Não perca a oportunidade de assistir ou participar. 

Para mais informações contatar anp.portugal@gmail.com



segunda-feira, 29 de agosto de 2022

PERSONAGENS DA HISTÓRIA MILITAR – MARECHAL MANUEL GOMES DA COSTA

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* 14/1/1863 - Lisboa, Portugal

+ 17/12/1929 - Lisboa, Portugal


Manuel Gomes da Costa nasceu em Lisboa, na Rua do Sol ao Rato, nº 205, freguesia de Santa Isabel, descendente de militares. Era filho de Carlos Dias da Costa, à data sargento quartel-mestre do Regimento de Infantaria nº 16, e de Madalena Rosa de Oliveira, natural de Lisboa. Cresceu com duas irmãs mais novas, Amália e Lucrécia, iniciando sua carreira militar aos 10 anos de idade ingressando no Colégio Militar.

Como soldado, destacou-se nas campanhas de pacificação das colônias, na Índia e na África, e ainda na Grande Guerra. Ao lado dos Aliados, em inícios de 1917, comandou a 2ª Divisão do Corpo Expedicionário Português (CEP). Durante a Batalha de Lys, em 9 de abril de 1918, o CEP teve 400 baixas e cerca de 6.500 prisioneiros, um terço de suas forças na linha de frente. A divisão de Gomes da Costa foi particularmente atingida e foi praticamente exterminada.

A 15 de Fevereiro de 1919, foi feito Grande-Oficial da Ordem Militar de São Bento de Avis; em 14 de Setembro de 1920, foi feito Grande-Oficial da Antiga e Muito Nobre Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito e, em 5 de outubro de 1921, foi elevado a Grã-Cruz da Ordem Militar de São Bento de Avis.


Revolução

Monarquista convicto, Gomes da Costa tinha convivido com pessoas de várias orientações políticas. Isso e sua reputação de soldado levaram-no a liderar a direita conservadora, cujos revolucionários lideraram o golpe de estado de 28 de maio de 1926 em Braga, que derrubou a Primeira República portuguesa, depois da morte do general Alves Roçadas, sua escolha original, que deveria ter sido seu chefe.

Generais  Tamagini, Haking (britânico) e Gomes da Costa, fotografados durante a Primeira Guerra Mundial


Depois do sucesso da revolução, ele não assumiu o poder a princípio, confiando os cargos de Presidente da República e Presidente do Conselho de Ministros (primeiro-ministro) a José Mendes Cabeçadas, o líder da revolução em Lisboa. Logo, os líderes do golpe não gostaram da atitude de Mendes Cabeçadas, uma escolha do anterior presidente Bernardino Machado e ainda simpatizante da antiga república. Ele foi substituído por Gomes da Costa em ambos os cargos numa reunião do quartel-general em Sacavém, a 17 de Junho de 1926. O novo governo foi o primeiro a incluir o último primeiro-ministro e ditador de Portugal, Antônio de Oliveira Salazar, como Ministro da Fazenda.

O governo de Gomes da Costa durou tanto quanto o de Mendes Cabeçadas, porque foi derrubado por um novo golpe em 9 de julho do mesmo ano. Esta contrarrevolução foi chefiada por João José Sinel de Cordes e Óscar Carmona, depois de Gomes da Costa tentar remover Carmona do cargo de Ministro das Relações Exteriores e de se revelar incapaz de lidar com os dossiês governativos.


Exílio e posteridade

Carmona, agora presidente do Ministério, enviou-o para o exílio nos Açores, e fê-lo marechal do Exército Português, usando o pretexto de que Gomes da Costa era "inapto para o cargo". Ainda exerceu algumas funções de natureza política, mas com valor protocolar apenas. Em setembro de 1927, regressou doente ao Continente, tendo falecido em condições miseráveis, sozinho, pobre e desligado do poder, 3 meses mais tarde. 

Escultura de Gomes da Costa, do escultor Barata Feyo


Gomes da Costa foi casado com Henriqueta Júlia de Mira Godinho (1863-1936), cujo matrimônio ocorreu em Penamacor, em 15 de Maio de 1885. Deste casamento tiveram três filhos.


sexta-feira, 12 de agosto de 2022

CERCO DE ALMEIDA - A MAIOR RECRIAÇÃO HISTÓRICA EM PORTUGAL ESTÁ DE VOLTA

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O Município de Almeida organiza a 18ª edição da Recriação Histórica do Cerco de Almeida, nos dias 26, 27 e 28 de agosto de 2022, na fortaleza abaluartada de Almeida.


A vila histórica de Almeida regressa novamente ao ano de 1810 para recriar o histórico Cerco de Almeida, aquando da terceira Invasão Francesa, com um vasto programa de atividades histórico militares e animação permanente para toda a família.

As atividades iniciam ainda no dia 25 de agosto – a partir das 21 horas, com uma visita encenada à Praça-Forte, estando o início oficial das atividades Histórico-Militares agendadas para as 17 horas do dia 26 na Câmara Municipal de Almeida.

Durante os três dias do evento serão recriados diversos combates entre as Tropas Aliadas e o Exército de Napoleão, Oficinas e manobras militares de época, visitas encenadas, um acampamento histórico-militar, mercado e baile oitocentista, e muita animação permanente para toda a família.

O Presidente da Câmara Municipal de Almeida, António José Monteiro Machado, destaca o momento do cerco à praça-forte e explosão do castelo com espetáculo piromusical, no qual este ano, se verifica um aumento de participação de recriadores ingleses, atingindo um expressivo número de cerca de 500 recriadores de várias nacionalidades.

Salienta ainda, a homenagem ao Exército, presidida pelo Vice-Chefe do Estado-Maior do Exército Tenente-General Guerra Pereira, Cerimónia esta que surge no seguimento do excelente relacionamento entre o Município de Almeida e o Exército Português, fruto de um trabalho conjunto com o Museu Histórico Militar de Almeida e a Direção de História e Cultura Militar. 

Fonte: Mais Beiras Informação


quarta-feira, 4 de maio de 2022

EDITOR DO PORTAL PARTICIPA DO SEMINÁRIO INTERNACIONAL 200 ANOS DA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL

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Editor do portal realiza conferência em Portugal sobre os 200 anos da independência do Brasil


Na última semana o editor do portal Carlos Daróz-História Militar participou, como conferencista, do Seminário Internacional 200 anos da Independência do Brasil, organizado em Lisboa, pela Direção de História e Cultura Militar do Exército Português e pela Diretoria do Patrimônio Histórico e Cultural do Exército Brasileiro.

No seminário, três historiadores de cada país apresentaram resultados de suas pesquisas, abrangendo diferentes olhares sobre o tema. 

O editor do portal Carlos Daróz-História Militar na Direção de História e Cultura Militar do Exército Português


O editor do portal Carlos Daróz-História Militar apresentando sua conferência


Coube ao editor do portal discutir, à luz da História Comparada e da teoria do poder militar, os processos de emancipação política das colônias ibéricas nas Américas.

Diploma de amigo da Direção de História e Cultura Militar do Exército Português


Medalhão ofertado pelo Exército Português

Na ocasião, Carlos Daróz foi agraciado com o diploma de amigo da Direção de História e Cultura Militar do Exército Português, e recebeu outras condecorações.  


terça-feira, 20 de abril de 2021

CORPO DE FUZILEIROS NAVAIS DE PORTUGAL COMPLETA 400 ANOS

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Os Fuzileiros, força anfíbia da Marinha Portuguesa, comemoraram no último domingo 400 anos de história, afirmando-se "sempre prontos para cumprir as missões que Portugal exigir", numa cerimônia simbólica nas instalações de instrução, em Vale de Zebro, Barreiro.


"É uma marca que os Fuzileiros têm e fazem questão de vincar, de respeito pelas gerações que os antecederam em quatro séculos de História, e assumir a responsabilidade também para o futuro, de fazer parte de um grupo bem treinado, motivado, sempre pronto para cumprir as missões que Portugal exigir", resumiu o chefe do departamento de operações do Corpo de Fuzileiros, comandante Clemente Fernando Gil, em resposta aos jornalistas.

O responsável revelou-se confiante de que "o papel dos Fuzileiros, em prol da sociedade - olhando para trás e para as sucessivas evoluções -, vai continuar a ter a relevância do passado, afirmando-se no futuro".

"Os tempos são sempre de preparação. Ou estamos numa condição de empenhados em fazer qualquer coisa ou, não estando numa missão específica, temos sempre o empenhamento que nos obriga preparar para responder da forma mais profissional quando a necessidade surgir. É esta a postura dos Fuzileiros", disse.

Os "Fuzos" caracterizam-se pela "grande flexibilidade, mobilidade, poder de combate e capacidade de projetar poder em terra", incluindo trabalho conjunto com outras forças nacionais ou multinacionais, assim como "operações de assistência humanitária, proteção e evacuação de cidadãos nacionais residentes no estrangeiro, além da manutenção, imposição e consolidação da paz".

Operações de combate ao tráfico de droga, pirataria marítima, contra terrorismo e crime organizado ou apoio a autoridades civis, nomeadamente em situações de catástrofe, calamidade ou acidentes graves, são outras das missões desempenhadas pelos Fuzileiros.

No Vale de Zebro, o cerimonial foi presidido pelo Chefe do Estado-Maior da Armada (CEMA) e da Autoridade Marítima Nacional, almirante Mendes Calado, e incluiu a "homenagem aos mortos em defesa da pátria", com uma coroa de flores no monumento ao Fuzileiro, um minuto de silêncio e uma breve oração antes do içar da bandeira comemorativa 400 anos. Durante o próximo ano estão previstos diversos eventos de comemoração, como conferências e exercícios diversos.

Os "Fuzos" descendem do "Terço da Armada Real da Coroa de Portugal", primeira unidade militar constituída com caráter permanente (1621) e teve diversas designações até à atual, registada (1961) para os teatros de operações de Angola, Guiné e Moçambique, durante a guerra colonial: "Regimento do Príncipe" (1668), "Brigada Real da Marinha" (1797) ou "Batalhão Naval" (1836).

Fonte: Diário de Notícias


sexta-feira, 12 de fevereiro de 2021

MORRE O TENENTE-CORONEL MARCELINO DA MATA, UM DOS MAIORES HERÓIS DE PORTUGAL

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Morreu hoje o tenente-coronel Marcelino da Mata, vítima de Covid-19. Era um dos militares da guerra colonial mais condecorados, um dos maiores heróis de Portugal. Tinha 80 anos.


Marcelino da Mata, natural da Guiné-Bissau, tinha 80 anos e foi um dos fundadores da tropa de elite "Comandos", sendo conhecido nos meios militares como um dos mais "bravos e heroicos" combatentes portugueses, especificamente nas então colônias ultramarinas.

Após a Revolução de 25 de Abril e do fim da Guerra Colonial, foi proibido de voltar à sua terra natal, e viu-se obrigado ao exílio, na Espanha, até o contra-golpe do 25 de Novembro, que terminou com o processo revolucionário lusitano.

Foi o militar mais condecorado do Exército Português, recebendo, em 1969, o grau de Cavaleiro da "Antiga e Muito Nobre Ordem Militar da Torre e Espada, do Valor, Lealdade e Mérito", após ter sido sucessivamente promovido, desde soldado até o posto de major.

Entre as mais de 2.000 missões de combate em que participou, naquele que é considerado dos teatros de operações mais difíceis da Guerra Colonial, contam-se as emblemáticas: Operação Tridente, o resgate de mais de uma centena de militares portugueses no Senegal, e a Operação Mar Verde.

Marcelino Mata reformou-se em 1980, e foi ainda promovido a tenente-coronel, em 1994.

O Major Marcelino, condecorado por seu desempenho na África

Nascido em 7 de maio de 1940, foi acidentalmente incorporado no lugar de seu irmão, no Centro de Instrução Militar de Bolama, em 3 de janeiro de 1960, oferecendo-se como voluntário após cumprir o primeiro engajamento. Integrou e foi um dos fundadores da tropa de operações especiais COMANDOS, na antiga Guiné Portuguesa, tendo realizado operações no Senegal e na Guiné Conacri.

Apesar de ter sido ferido várias vezes em combate, precisou ser evacuado da Guiné apenas após ter sido alvejado acidentalmente por um companheiro. Após a independência da Guiné, foi proibido de entrar em sua terra natal.

Em 1975, no contexto do movimento revolucionário em curso, foi detido em Lisboa, e sujeito a torturas e flagelações.


O Major Marcelino e suas condecorações. Um herói português.

No decurso das perseguições de que foi alvo no ano de 1975, conseguiu fugir para Espanha, de onde regressou após o 25 de Novembro, participando ativamente na reconstrução democrática e no restabelecimento da ordem militar interna, agindo sempre com elevada longanimidade para com os seus opressores.

Fonte: Diário de Notícias


segunda-feira, 16 de novembro de 2020

UNIFORMES - REGIMENTO DE INFANTARIA DE PENICHE

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Exército Português
Regimento de Infantaria de Peniche
(1764)


O primeiro documento oficial conhecido que se refere explicitamente ao Terço de Peniche é a consulta de 13 de Março de 1698, onde consta a nomeação do Conde de S. João para Comandante do Terço de Peniche, que por essa época é “levantado de novo". 

Contudo, o Terço de Peniche só foi criado em 7 de Junho de 1698, através do decreto reorganizador da Infantaria e da Cavalaria, com 670 infantes e a gente que tinha aquele presídio, ou seja, a Praça de Guerra de Peniche, tendo sido levantado com base nas companhias de infantaria que, em 1693, faziam já parte da guarnição daquela praça de guerra.

Em 1707, com a publicação das novas ordenanças de D. João V, os Terços passaram a designar-se por Regimentos. 

Embora os soldados de infantaria utilizassem como padrão uniforme na cor azul, os músicos e tambores eram fardados de modo diferenciado. Este soldado-tambor veste túnica padronizada amarela e chapéu tricórnio, característico do século XVIII. Revestindo seu tambor, encontram-se as cores e o brasão da Coroa portuguesa.

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domingo, 22 de março de 2020

UNIFORMES - REGIMENTO DE ARTILHARIA DA CORTE PORTUGUESA

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Exército Português
Regimento de Artilharia da Corte
Fortaleza de São Julião (1764)

 

Suas origens remontam ao Troço de Artilharia de Repartição do Mar, que, pelo Decreto de 23 de Novembro de 1708, deu origem ao Regimento de Artilharia da Corte e da Armada. Por alvará de 9 de Abril de 1762, passou a designar-se Regimento de Artilharia da Corte (ou Regimento de Artilharia de São Julião da Barra). 

Em 1801, por Decreto de 22 de Fevereiro, foram-lhe acrescentadas duas companhias de Artilharia a cavalo e o soldo dos seus oficiais e soldados foi aumentado. Por meio do Decreto de 23 de Junho de 1803, a Bateria de Artilharia Ligeira da Legião de Tropas Ligeiras foi incorporada no Regimento de Artilharia da Corte. Em 1804, o Decreto de 22 de Janeiro dissolveu as três companhias de Artilharia a Cavalo adidas ao Regimento, que passou a ser designado Regimento de Artilharia nº 1. 

Em 1808, foi reorganizado na Torre de São Julião da Barra, passando a designar-se novamente Regimento de Artilharia da Corte. 

O oficial aqui representado veste o uniforme azul padrão da Artilharia portuguesa no século XVIII, e chapéu tricórnio, característico dos exércitos da época.

terça-feira, 15 de outubro de 2019

COLÓQUIO DE HISTÓRIA NAVAL EM PORTUGAL

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Aos amigos de Portugal que apreciam História Militar e História Naval, uma excelente oportunidade para aprender mais sobre a epopeia da "Invencível Armada" e seus desdobramentos na Península Ibérica.


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segunda-feira, 25 de março de 2019

PORTUGAL CLASSIFICA AS LINHAS DE TORRES VEDRAS COMO MONUMENTO NACIONAL

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O Presidente da República promulgou o decreto que classifica Linhas de Torres Vedras como Monumento Nacional. O local recebe por ano cerca de 10 mil visitantes.

Adaptado do texto de Atur Rocha


O Presidente da República de Portugal promulgou, na última quinta-feira (21/3), o decreto que classifica como Monumento Nacional os fortes e estradas militares construídos há mais de 200 anos para defender Lisboa das invasões francesas, que integram as chamadas Linhas de Torres Vedras.

De acordo com o site da Presidência da República, Marcelo Rebelo de Sousa “assinou o decreto do Governo que classifica como Monumento Nacional o conjunto das primeiras e segundas Linhas de Defesa a Norte de Lisboa durante a Guerra Peninsular”. O decreto tinha sido aprovado no Conselho de Ministros da semana anterior.

Para o Governo, “a classificação deste conjunto de obras militares reforça um longo processo de preservação física da memória material e imaterial deste sistema defensivo, reconhecendo, entre outros critérios, o gênio do respetivo criador e o interesse como testemunho notável de vivências ou fatos históricos”.


“A aprovação peca por tardia, mas os municípios veem com muita satisfação esta classificação, porque é uma mais-valia para a salvaguarda deste patrimônio tão importante para o país e para o promovermos enquanto produto turístico”, disse à agência Lusa o presidente da Associação para o Desenvolvimento Turístico e Patrimonial das Linhas de Torres, José Alberto Quintino.


A classificação como Monumento Nacional foi proposta há um ano ao Governo pela Direção-Geral do Patrimônio Cultural (DGPC).

A candidatura integrou 128 estruturas militares, como fortes e estradas militares, das primeira e segunda linhas defensivas, mas só 114 foram classificados, tendo 14 ficado de fora por se encontrarem degradados ou destruídos. Além da classificação como patrimônio nacional, vai ser criada uma zona especial de proteção em volta de cada uma das estruturas.

Há oito anos que a Associação para o Desenvolvimento Turístico e Patrimonial das Linhas de Torres, que integra as câmaras de Arruda dos Vinhos, Loures, Mafra, Sobral de Monte Agraço, Torres Vedras e Vila Franca de Xira, no distrito de Lisboa, pedia a sua inclusão no inventário do patrimônio nacional.

As Linhas de Torres Vedras foram construídas sob a orientação do general inglês Wellington, comandante das tropas luso-britânicas no período das invasões francesas, para defender Lisboa das forças napoleônicas entre 1807 e 1814, durante a Guerra Peninsular.

O editor do Blog Carlos Daróz-História Militar em visita às Linhas de Torres Vedras em 2018

Em 2010, ano em que se comemoraram os 200 anos da construção das linhas defensivas, foram inauguradas obras de recuperação a que foram sujeitas e centros de interpretação, um investimento estimado em cerca de seis milhões de euros.

Em 2014, a empreitada de desmatamento, recuperação e reabilitação dos fortes venceu o prêmio Europa Nostra, na categoria “Conservação”.  Nesse ano, a Assembleia da República instituiu o dia 20 de outubro como o Dia Nacional das Linhas de Torres. 

As Linhas de Torres recebem por ano cerca de 10 mil visitantes, inclusive o editor do Blog Carlos Daróz-História Militar, que esteve por lá em 2018, conhecendo os excelentes projetos de conservação e exploração turística desenvolvidos.

Parabéns ao Governo Português e à Associação para o Desenvolvimento Turístico e Patrimonial das Linhas de Torres pela iniciativa.

Fonte: Agência Lusa


domingo, 24 de junho de 2018

LANÇAMENTO DO LIVRO "A GRANDE GUERRA NO ATLÂNTICO PORTUGUÊS"

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Alô, amigos de Portugal e estudiosos da Grande Guerra e da guerra no mar.

Lançamento do livro do Prof. Antônio Telo e do amigo Prof. Augusto Salgado, A Grande Guerra no Atlântico Português.  

Imperdível!


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domingo, 22 de abril de 2018

HISTÓRIA MILITAR EM PORTUGAL - PESQUISA DE CAMPO NAS LINHAS DE TORRES VEDRAS

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Dentre os eventos programados pelo Instituto Universitário Militar, tivemos a oportunidade de realizar uma pesquisa de campo em um sítio de História Militar muito importante, a Linha de Torres Vedras.

   
Juntamente com os professores de História Militar do Instituto Universitário Militar, coronel Leonel Martins e major Fernando Ribeiro, e com o coronel José Paulo Berger, do Gabinete de Arqueologia da Engenharia Militar do Exército Português, e responsável pelos trabalhos arqueológicos e de recuperação das fortificações da linha, pude percorrer, no terreno, os sítios das defesas de Lisboa, preparados por ocasião da Guerra Peninsular, no princípio do século XIX.  

O coronel Berger encontra-se à frente de um projeto de mais de dez anos, que reúne o Exército Português e os concelhos de diversas municipalidades para preservarem os vestígios arqueológicos das Torres e preservarem a memória das defesas portuguesas contra a invasão  francesa.


Mapa mostrando as Linhas de Torres Vedras



Reencenadores portugueses revisitando um dos enfrentamentos contra as tropas francesas durante a Guerra Peninsular


As Linhas de Torres eram um conjunto de fortificações, dispostas ao longo de três linhas de defesa, que tinham como objetivo impedir o acesso à Lisboa às forças da terceira invasão francesa.  As Linhas de Torres foram mandadas construir pelo Duque de Wellington, em outubro de 1809, com o objetivo de deter uma terceira invasão francesa que se visualizava. Tentava-se evitar que as forças napoleônicas chegassem a Lisboa.

Diante do fosso da Obra nº 18 - Reduto da Ajuda Grande, com seu fosso inundado pela chuva


Aspecto do reduto da Ajuda Grande, com cavalos de frisa restaurados


Na entrada do Reduto da Ajuda Grande

Nesse sentido foram construídas três linhas de defesa com várias dezenas de quilômetros. A primeira linha estende-se de Torres Vedras, passa pelo Sobral do Monte Agraço e termina em Alhandra. A segunda percorre as áreas de Mafra, Montachique e Bucelas. A terceira cobre a enseada de S. Julião das Barra.


O coronel engenheiro militar José Paulo Berguer, do Gabinete de Arqueologia da Engenharia Militar do Exército Português, e responsável pelos trabalhos arqueológicos e de recuperação das fortificações da linha, mostrando o dispositivo e a configuração defensiva do Forte da Carvalha (Obra nº 10)



Junto ao paiol de munições do Forte da Carvalha



Posição de comandamento do terreno a partir do Forte da Carvalha, sobre o vale onde se deslocavam as forças francesas.

As construções defensivas aproveitaram as irregularidades do terreno e compreendiam linhas de trincheiras, baluartes de artilharia, fortins e fortes. Em alguns pontos foram também abertos fossos ou realçados acidentes naturais do terreno.

A construção deste intricado sistema de defesa levou cerca de um ano, e Wellington esperava parar as tropas francesas antes destas chegarem à capital ou, pelo menos, ganhar tempo para embarcar as tropas ingleses em Lisboa.


No mirante do Forte do Alqueidão (Grande Forte - Obra nº 14), uma das posições-chave das Linhas de Torres Vedras



Estrada militar (à esquerda), construída para fazer a ligação entre os fortes e redutos.



Planta do Forte do Alqueidão



No interior do paiol do Forte do Alqueidão

Após a batalha do Buçaco, em 27 de setembro de 1810, as tropas francesas continuaram a avançar apesar da derrota. As primeiras unidades francesas avistaram as linhas de torres em 11 de outubro e o marechal Massena, comandante francês, percebeu que seria impossível ultrapassar o obstáculo sem reforços.


Diante das muralhas do Forte São Vicente, em Torres Vedras, com uma guarnição de 2.000 homens e 26 bocas de fogo

Registro aqui o meu agradecimento ao coronel José Paulo Berger, do Gabinete de Arqueologia da Engenharia Militar do Exército Português, responsável pelo trabalho arqueológico e pela sensibilização das municipalidades no sentido da preservação do patrimônio histórico-militar. 

Homenageando o Regimento de Engenharia nº 1, tradicional unidade de Engenharia do Exército Português, que, ao longo de mais de dez anos, vem trabalhando em prol da preservação da Linha de Torres Vedras


A equipe que realizou o trabalho de campo. Muito orgulho e convicção da importância histórica do sítio.



quarta-feira, 18 de abril de 2018

HISTÓRIA MILITAR EM PORTUGAL - MUSEU DE MARINHA DE LISBOA

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O Museu de Marinha está localizado na ala ocidental do Mosteiro dos Jerônimos, bem perto do Rio Tejo e do ponto de largada dos navios que partiram para descobrir o novo mundo


Prosseguindo em nossas pesquisas em Lisboa, estivemos no Museu de Marinha, um muito bem montado espaço museológico que possui um rico acervo, afinal, Portugal, com sua configuração geográfica voltada para o Atlântico, foi pioneiro na expansão marítima europeia.

O editor do Blog Carlos Daroz-História Militar pesquisando no Museu de Marinha de Lisboa

O Museu de Marinha foi fundado em 1863 pelo rei D. Luís, com sede inicial em um edifício da antiga Escola Naval de Lisboa. Em 1916, após um incêndio de grandes proporções que destruiu diversas peças do acervo, a necessidade de novas instalações tornou-se evidente e um objetivo a ser atingido.

Somente em 1948, com a doação feita por Henrique Maufroy de Seixas, foi possível a instalação no palácio do Conde de Farrobo, nas Laranjeiras, onde o museu permaneceu até 1962. Em 15 de agosto desse ano, o Museu de Marinha foi inaugurado no Mosteiro dos Jerônimos.  

Maquete de um galeão português do início do século XVI

Uniforme de 1º piloto da Marinha Portuguesa, 1806


Bandeira naval portuguesa exposta no museu


Maquete da canhoneira Pátria, construída no Arsenal de Marinha de Lisboa em 1903, como produto de subscrição pública de portugueses emigrados no Brasil


Os fuzileiros navais portugueses também merecem destaque no Museu de Marinha


A marinha moderna: fragata Vasco da Gama, classe Blohm & Voss, incorporada à Marinha Portuguesa em 1991. Um dos meios de combate navais mais atualizados a serviço de Portugal.

Atualmente possui cerca de 17 mil peças em seu acervo, incluindo fotografias, uniformes, desenhos, maquetes e planos de navios, com aproximadamente 2.500 delas em exposição permanente. Além do acervo permanente, o museu realiza exposições temporárias e, no momento, apresenta uma sobre o centanário da Aviação Naval portuguesa, que será objeto de uma postagem posterior do nosso blog.

O editor do Blog Carlos Daroz-História Militar na Sala das Galeotas do museu


Para quem vem a Lisboa, uma visita ao Museu de Marinha é essencial.


Museu de Marinha
Praça do Império 1400-206
Lisboa - Portugal
http://museu.marinha.pt.pt