"No próprio dia da batalha, as verdades podem ser pinçadas em toda a sua nudez, perguntando apenas;
porém, na manhã seguinte, elas já terão começado a trajar seus uniformes."

(Sir Ian Hamilton)



sexta-feira, 25 de junho de 2010

A CAVALARIA BIZANTINA






Durante os séculos X e XI – período em que o Império Bizantino atingiu seu maior poderio - os cavaleiros bizantinosconstituíam as mais bem pagas, equipadas e organizadas forças militares de seu tempo.

Durante o reinado do Imperador Nicephoros II (963-9), Bizâncio, livre da ameaça búlgara, realizou diversas expedições militares na Ásia Menor. Chipre e Síria foram conquistadas, e os árabes subjugados na Palestina. Com as conquistas, o tesouro do Estado cresceu e o império ficou mais rico. Nicephoros formou unidades inspiradas na cavalaria pesada (clibanarii) e extra-pesada (klibanophoroi) romana. Esse nome derivado do klibanion, um corpete usado pelos cavaleiros bizantinos, cujo nome, por sua vez, veio do latim Clibanarius (cavaleiros pesadamente blindados). Tendo em vista que seu equipamento era muito caro, o klibanophoroi provavelmente só existia na guarda do imperador (tagmata).

Cavaleiro bizantino.  É possível observar a armadura do soldado e do cavalo

No campo de batalha, o klibanophoroi utilizava uma formação em cunha, com 20 homens na primeira linha, 24 na segunda, e mais quatro em cada linha a seguir. A última linha (12ª) possuía 64 homens, e toda a unidade 504. A formação mais utilizada era composta por 10 linhas e 384 homens. Homens. Um em cada quatro ou cinco homens era armado com um arco em vez de uma lança, e posicionado ligeiramente para trás no interior da cunha. Havia três unidades de klibanophoroi no tagmata, totalizando entre 1.000 e 1.500 homens. Cada unidade possuía seus próprios galhardetes nas lanças, vestimentas e tinha uma cor distinta.

O klibanophoroi eram armados com uma lança (kontos) de 4 metros de comprimento, que tinha sido adotada a partir do sármatas e alanos, e uma espada (spathion, derivada da espada latina), com lâmina de 90 cm. As quatro primeiras fileiras do klibanophoroi também utilizavam vários dardos curtos (marzabarboulon), que eram conduzidos em um estojo de couro pendurado na sela.

A cavalaria bizantina utilizava três tipos básicos de armadura: inteiriça, em escala e laminar, esta em maior quantidade. As armaduras laminares eram principalmente de ferro, apesar de couro e chifre também serem utilizados. Os cavaleiros utilizavam também uma grande proteção para as pernas, até a altura do joelho (epilorikion), feitas de couro e feltro com algodão acolchoado. As partes inferiores das pernas eram protegidas por caneleiras de ferro (podopsella), e os antebraços com armadura própria (chiropsella).

A armadura dos cavalos era feita de chifre, de ferro ou lâminas, com diversas camadas que protegiam o animal.

Após a derrota dos bizantinos diante às mãos do Seljúcidas em Manzikert, em 1071, os klibanophoroi deixaram de existir.

.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

NOTÍCIA - MORRE O GENERAL MARCEL BIGEARD, HERÓI DE TRÊS GUERRAS DA FRANÇA

.

PARIS - O General Marcel Bigeard, um dos veteranos mais condecorados da França, que liderou as tropas da Resistência Francesa na 2ª Guerra Mundial e unidades de pára-quedistas nas guerras na Argélia e na Indochina, morreu sexta-feira, 18 de junho, aos 94 anos de idade, em Toul-França, onde morava. Sua morte foi confirmada por sua esposa, Gabrielle Grandemange.

O General Bigeard, foi ferido em combate cinco vezes e fugiu de campos de prisioneiros de guerra por três vezes, e alcançou o status de verdadeira lenda na França.  Apelidado de "o Heróico Bigeard " por Charles de Gaulle, Bigeard participou de batalhas contra os nazistas e contra os rebeldes nas colônias francesas da Indochina e na Argélia.

Durante a Guerra da Argélia, o Coronel Bigeard emite ordens para seu regimento utilizando um rádio de campanha


Ele foi considerado o melhor pára-quedista no mundo - afirmou Martin Windrow, historiador militar britânico, à Associated Press - e qualquer que seja a verdade, ele certamente tem uma comprovação no campo de batalha.

Em 1954, saltou com seu batalhão de pára-quedistas na base francesa sitiada de Dien Bien Phu, na Indochina, e lutou contra o Vietminh - os vietnamitas comunistas e as forças nacionalistas - até a derrota da França em 1954.

No meio da guerra de independência da Argélia, seu regimento de pára-quedistas recuperou o controle de Argel, a capital, em 1957.

Um perfil do General Bigeard - que era coronel na época - publicado na revista Time, em 1958, definiu assim sua forte personalidade: "Um tirano, mas o ídolo de seus homens, Bigeard os chicoteava para fazê-los correr 15 milhas em uma hora. Ele os obrigava a fazerem a barba todos os dias, não importa onde estivessem, distribuía cebola crua em vez da ração de vinho tradicional, porque ‘o vinho reduz a resistência.’"

Nascido em Toul, em 1916, Marcel Bigeard começou sua vida profissional como um funcionário de banco, antes de entrar para o exército francês em 1939. Foi capturado pelos alemães em junho de 1940, mas fugiu um ano depois e juntou-se à infantaria colonial no Senegal.

Em 1944 saltou de pára-quedas na França para liderar um grupo clandestino de resistência contra os alemães.

Bigeard serviu ao exército francês até 1974, aposentando-se como um general de quatro estrelas, antes de ser nomeado ministro da defesa do presidente Valéry Giscard d'Estaing.  Posteriormente, foi eleito deputado na Câmara do Parlamento da França.

Sua reputação foi manchada em 1999, quando revelou à Agência France-Presse, após o lançamento de uma das suas memórias da guerra, que os militares franceses usaram a tortura durante a guerra da Argélia.

Marcel Bigeard com suas condecorações


Em Julho de 2000, ele declarou que a tortura na Argélia tinha sido um "mal necessário", e descreveu-a como "uma missão dada pelo poder político", mas nunca especificou se tinha tomado parte pessoalmente em tais atividades.

Marcel Bigeard escreveu 16 livros, memórias, em sua maioria, e recebeu, dentre outras honrarias, a grã-cruz da Legião de Honra, uma das maiores distinções da França, bem como a Medalha da Resistência e a Ordem de Serviços Distintos, do governo britânico .

Além de sua esposa, Bigeard deixou uma filha, Marie-France.



Fonte: The New Tork Times

OS LINDES ROMANOS

.

Os lindes - palavra derivada do latim limes, que designa estradas que marcam a divisa entre fazendas ou pomares - serviam como uma barreira que mantinha os bárbaros fora do Império Romano.  Também ofereciam aos exércitos romanos que atuavam nas fronteiras uma base protegida de suprimentos e um refúgio, no caso de precisarem retrair após uma derrota.

A estrutura dos lindes variava dependendo do tipo de fronteira a ser defendida.  Na Bretanha, assumiram a forma permanente de impressionante muralha de pedras - a Muralha de Adriano - que separa o norte e o sul das ilhas britânicas.

A impressionante Muralha de Adriano definia o limite entre o Império Romano e os povos bárbaros da Bretanha.

Ao longo do Reno, uma parede de troncos verticalmente dispostos e um baluarte de barro conectavam acampamentos legionários e auxiliares.  Nessa região os bárbaros careciam da tecnologia bélica necessária para promover cercos.

No árido norte da África e no Oriente Médio, onde os partos e os persas sassânidas desafiavam Roma, os romanos preferiam uma rede de fortes legionários e de cidades fortificadas.

.
Reconstituição dos lindes existente na região do Reno, atual Alemanha.  É possível visualizar na imagem a paliçada de troncos e uma torre de observação, onde eram postadas as sentinelas

.

APENAS UM VELHO SOLDADO


Aconteceu em 26 de maio de 1942, durante a 2ª Guerra Mundial, no Teatro de Operações da África do Norte.

O Afrika Korps alemão avança através dos campos de minas que se alongam no flanco sul do exército britânico e irrompe nas linhas da retaguarda. Um grupo de carros blindados e veículos meia-lagartas alemães ataca, repentinamente, o Quartel-General da 7ª Divisão Blindada britânica. Os ingleses, surpreendidos, esboçam uma fraca resistência. O General Messervy, comandante da divisão, trata de se afastar do local, com dois oficiais de seu estado-maior. As metralhadoras alemães, no entanto, matam o motorista e o veículo para.

Messervy compreende que não tem escapatória. Toma então uma resolução audaciosa. Sem vacilar, com um rápido golpe, arranca do colarinho as insígnias do seu posto e consegue, assim, não ser identificado. Pouco depois, conduzido para a retaguarda junto com seus oficiais, é entrevistado por um oficial médico do Afrika Korps. Este, ao ver diante de si um homem de idade madura vestindo o uniforme, lhe diz:
- O senhor tem mais de 35 anos, não é?... Nós, no Afrika Korps não queremos ninguém com menos de 35 anos...

Messervy, imperturbável lhe respondeu:
- Sou apenas um velho soldado ... lutei na outra guerra e me apresentei novamente, como voluntário, para lutar nesta... porém não sou nada mais que o limpador de banheiros do comando da minha divisão...

General Sir Frank Messervy

Nessa mesma noite, Messervy conseguiu iludir a vigilância de seus captores e se internou no deserto, rumo às linhas britânicas. Caminhando sem parar, sob o sol ardente da manhã, ao longo de quase 30 km, o General Messervy conseguiu finalmente chegar ao QG do 8º Exército.

O “velho soldado”, um dia e meio depois, estava novamente à frente da sua divisão.

.

terça-feira, 22 de junho de 2010

IMAGEM DO DIA - 22/06/2010



Durante a Guerra dos Seis Dias de 1967, soldados de infantaria israelenses partindo para um patrulhamento no setor das Colinãs de Golã 

.

MEDALHA SANGUE DO BRASIL



A Medalha de Sangue do Brasil foi criada por intermédio do Decreto-Lei nº 7709, de 5 de julho de 1945 com o objetivo de a agraciar oficiais, praças, assemelhados e civis, destacados para o teatro de operações na Itália, e que alí tivessem sido feridos em consequência de ação objetiva do inimigo.

A medalha é de bronze e possui as seguintes características:

Anverso: Sabre das Armas da República. Três estrelas vermelhas representando os três ferimentos recebidos pelo General Sampaio, no dia 24 de maio de 1866, na Batalha de Tuiuti – Guerra do Paraguai. Dois ramos de "Pau Brasil", orlando a medalha, lembram a Pátria e as origens de seu nome glorioso. Uma faixa arqueada está inscrita – Sangue do Brasil.

Reverso: esfera da Bandeira Nacional envolvida pelos dois ramos de "Pau Brasil". A fita é de cor vermelha com um friso central, dividido em três partes iguais com as cores nacionais: amarelo, verde, amarelo.


O General Ernai Ayrosa da Silva ostentando sua Medalha Sangue do Brasil, recebida quando era capitão da Força Expedicionária Brasileira

.
.

PERSONAGENS DA HISTÓRIA MILITAR - MARECHAL OLYMPIO FALCONIÈRE DA CUNHA


* 19/06/1891 - Itajaí-SC
+ 11/08/1967 - Rio de Janeiro-RJ


Nascido em 19 de junho de 1891, em Itajaí, Santa Catarina, assentou praça como cadete, em 09 de março de 1912, já com 21 anos de idade, sendo declarado aspirante a oficial em 02 de janeiro de 1915, 2º Tenente em 19 de outubro de 1916, 1º Tenente em 09 de janeiro de 1921, Capitão em 06 de outubro de 1927, Major em 10 de fevereiro de 1933 por merecimento, Tenente-Coronel em 07 de setembro de 1937 por merecimento, Coronel em 24 de maio de 1940 por merecimento, General-de-Brigada em 29 de julho de 1943, General-de-Divisão em 25 de setembro de 1948 e, finalmente, General-de-Exército em 22 de março de 1955.

Sua inclusão nos quadros da Força Expedicionária Brasileira (FEB) foi inesperada e fora da organização Divisionária do tipo americano, que só comportava três generais: o Comandante da Divisão e os Comandantes das Armas. O Comandante da Infantaria acumulava as funções de Sub-Comandante da Divisão. Não Havia portanto, um comando especifico para outro oficial-general.

Entretanto, o General Falconière foi designado para integrar a FEB no dia 17 de julho de 1944. O 1º Escalão já se encontrava na Itália desde o dia 16, sob o Comando do General Mascarenhas de Moraes. Falconière permaneceu no Rio de Janeiro, ao lado do General Cordeiro de Farias que comandasse o 2º Escalão, aguardando designação de funções, pelo Gen Comandante da FEB.

Guardava-se um certo mistério, em torno dessa designação para a FEB. Chefe dinâmico, inteligente e culto, muito rigoroso, principalmente no campo administrativo, Falconière não era homem para ficar de braços cruzados, sem uma responsabilidade definida. Originário da Infantaria amava sua Arma de origem.

Quando da partida do grosso da FEB para a Itália em 22 de setembro de 1944, Falconière comandou o 3º Escalão, juntamente com o 2º Escalão, comandado pelo General Cordeiro de Farias, no mesmo comboio, que chegou à Nápoles em 05 de outubro de 1944.

Tal como se esperava, Falconière ficou sobrando. O General Zenóbio, verificando que não havia cargo para o outro general, ficou com a pulga atrás da orelha. Não admitia, de forma alguma, ceder o seu lugar ao General Falconière. Ademais, Zenóbio vinha de demonstrar a melhor capacidade de comando, ao dirigir as operações do 1º Escalão, alcançando magníficas vitórias.

Falconière era amigo intimo de Cordeiro, a quem se devia a sua indicação e designação para a FEB. Cordeiro de Farias se tivesse possibilidade de obter a troca de Zenóbio por Falconière, não vacilaria um só instante.

Mas o General Mascarenhas de Moraes solucionou o problema sem dificuldade. Era preciso criar um comando de órgãos de retaguarda que reunisse todos os órgãos subsidiários, hospitais, judiciário, transporte, etc., e providenciasse toda a dinâmica das operações da retaguarda, isto é, dos órgãos escalonados até Nápoles, que era o ponto de contato com a corrente que vinha do Brasil. Órgãos dispersos em toda a Itália, que não podiam ser controlados pelo Estado-Maior de operações. Assim designado como chefe e comandante dos órgãos de retaguarda, Falconière passou a ter sua sede, seu Posto de Comando na cidade de Montecattini, ao sul do rio Arno.

Embora aparentemente simples, surgiam constantes complicações, não somente com as organizações e comando militares estrangeiros, como com os próprios brasileiros.  O Correio Regulador, os órgãos de abastecimento, órgãos transportadores. Órgãos de hospitalização, remuniciamento, todos, constituíam uma pesada retaguarda.

O deposito de Pessoal da FEB, com cerca de 10.000 homens, dava intenso trabalho ao General Falconière, porque tinha uma certa dependência do Comando do 5º Exército, que lhe fornecia, diariamente os meios de vida e de preparação técnica, inclusive oficiais instrutores, armas e munições para o adestramento.

Ao encerrar-se a campanha da Itália, o General Mascarenhas de Moraes apreciou a colaboração do General Olympio Falconière da Cunha nos seguintes termos:

"A maneira feliz por que o General Olympio Falconière da Cunha se desincumbiu das suas funções de Comandante dos órgãos não Divisionários da 1ª DIE, serviu para confirmar o elevado conceito que goza no seio do Exército e permitir que sua figura de chefe honesto e dedicado fosse cercado de merecido prestígio pelo Comando Americano no Teatro de Operações da Itália.

Sua personalidade austera e enérgica foi uma garantia para o acatamento das ordens do Comando e para a disciplina em nossos órgãos da retaguarda, sempre um sério problema para os Exércitos em lutas. E, graças à sua ação, todas as situações difíceis sempre foram satisfatoriamente solucionadas.

As nossas brilhantes vitórias tiveram, do General Falconière, uma oportuna colaboração, pelo modo rápido e objetivo como foi feito o recompletamento do pessoal. O caráter prático dado à instrução do Depósito, com sua sábia e segura assistência, fez com que as substituições na frente não encontrassem solução de continuidade na eficiência combativa das tropas. E, assim, pode o Comando empregar sempre os seus meios em toda a plenitude de suas próprias possibilidades técnicas e físicas e, na ofensiva da primavera, perseguir o inimigo tenaz e fortemente e impor-lhe uma derrota total, com a rendição incondicional da famosa 148ª Divisão Alemã.

Nos últimos dias de campanha, exerceu ainda importante ação de comando, com a organização de um Destacamento que ocupou Tortona, Voghna e Castelnuovo, acionando, então, suas Unidades com presteza e critério e pondo à prova, mais uma vez, os seus reconhecidos e admirados dotes profissionais.

O apoio moral que recebi, em toda a fase da campanha, da pessoa de General Falconière, diz bem do seu caráter franco, leal e respeitador para com o Chefe, e da elevada formação do seu espírito militar. Apontando o nome do General Falconière ao Governo para a promoção ao mais alto posto da hierarquia militar, faço-o convencido de que o seu acesso virá premiar um digno chefe que muito fez para que o Brasil e o Exército gozassem, hoje, de um merecido prestígio que muito honram e enobrecem a Força Expedicionária Brasileira."

(a) Gen Div J. B. Mascarenhas de Moraes - Comandante da FEB


O General Falconière (a direita) recebendo a rendição da 148ª Divisão de Infantaria alemã


Como se vê, as atividades do General Falconière, no seu Posto de Comando de retaguarda, apesar de nunca ter se aproximado do “front”, nem participado de qualquer jornada de combate, mereceram as entusiásticas expressões traduzidas nesse louvor do Comandante da FEB. De qualquer forma, ele foi um chefe dotado de grande capacidade de comando, ao longo de toda a sua brilhante carreira militar.

Elevado ao Posto de Marechal, Olympio Falconière da Cunha encerrou sua brilhante carreira, vindo a falecer em 11 de agosto de 1967 no Rio de Janeiro.


Fonte: ANVFEB

.

segunda-feira, 21 de junho de 2010

MUSEU DO CORPO DE FUZILEIROS NAVAIS




Localizado na Ilha das Cobras, na cidade do Rio de Janeiro-RJ, o Museu do Corpo de Fuzileiros Navais está integrado ao sítio histórico da Fortaleza de São José, onde, em 1809, instalou-se a Brigada Real da Marinha, origem do Corpo de Fuzileiros Navais.

O Museu expõe seu acervo em túneis que foram construídos para servir de ligação segura entre as fortalezas erguidas pelos portugueses, a partir do século XVII, naquela ilha. A curiosa ambientação, pouco comum em museus tradicionais, provoca uma proximidade do visitante com as peças expostas.

Visitação de escolares ao museu

Na primeira galeria, estão reunidas peças de uniformes, medalhas, documentos, prataria e material arqueológico, além da maquete das fortificações que formavam o complexo de onde se originou a atual Fortaleza de São José. Ao longo do segundo túnel, ficam dispostos antigos armamentos, sobressaindo-se uma espingarda de chumbeira, do ano de 1859. Outros destaques do acervo são: o primeiro Regulamento da Brigada Real da Marinha (1808) e um manuscrito de 1811 que nomeava oficiais para servirem à Brigada.

São destaques do circuito expositivo uma motocicleta Harley-Davidson modelo 1953 e uma escavação arqueológica, na qual o visitante pode observar parte do contraforte da muralha da Fortaleza, construída no século XVIII.

O Museu do CFN participa do Projeto "Fim de Semana no Centro", no qual, em todo segundo fim de semana de cada mês, o Museu abre suas portas. A partir das 11:00h, no Espaço Cultural da Marinha (ECM), são distribuídas senhas para embarque nos ônibus que conduzem os visitantes do ECM até o Museu do CFN. Ao término da visitação, os mesmos ônibus retornam ao ponto de partida. O horário de visita durante esse evento é das 12 às 16:00h, com conduções saindo de hora em hora.


O Museu do CFN oferece ainda os seguintes serviços:

· Auxílio às pesquisas históricas;

· Arquivo iconográfico com mais de cinco mil fotos;

· Possibilidade de expor, externamente, parte de seu acervo, desde que devidamente autorizado pelo Comando-Geral do CFN.

O Museu está aberto de terça a sexta-feira, das 12h às 16h, com entrada franca. As visitas são conduzidas por guias especializados e podem ser marcadas pelo telefone (21) 2126-5053.

Acesso: no final da Rua Primeiro de Março, entrar na área do 1º Distrito Naval; atravessar a ponte Arnaldo Luz; subir pelo elevador do Hospital Central da Marinha e dirigir-se ao Batalhão Naval, ou, de carro, entrar pelo portão do Arsenal de Marinha do Rio de Janeiro.


.

quinta-feira, 17 de junho de 2010

PENSAMENTO MILITAR

.
"Em qualquer batalha, não costumam trazer a vitória o número de soldados e a coragem instintiva, mas a arte e o treinamento. "

Publius Vegetius, escritor romano 
 
.

quarta-feira, 16 de junho de 2010

IMAGEM DO DIA - 16/06/2010

.

Durante a Guerra Peninsular, uma bateria de artilharia a cavalo francesa atravessa um curso d´água espanhol

.

CAÇA SPITFIRE É RESTAURADO PARA COMEMORAR OS 70 ANOS DA BATALHA DA INGLATERRA

.




Este ano estão sendo comemorados os 70 anos da Batalha da Inglaterra. Para marcar essa significativa data, um caça Supermarine Spitfire Mk.IV, pertencente ao Imperial War Museum, foi convertido em uma aeronave Spitfire Mk.I, com a assistência da fabricante britânica de carros esportivos Lotus Cars Ltd, de Norfolk, e repintado com as cores do Esquadrão 41 (F) pela Vintage Fabrics Ltd, de Essex.

O Spitfire do Imperial War Museum em fase final de restauração

A Batalha da Inglaterra começou em 10 de julho de 1940 e terminou no dia 31 de outubro do mesmo ano. Cerca de 2.900 tripulantes britânicos, da comunidade britânica e dos países aliados tomaram parte na batalha. O esforço dos tripulantes foi apoiado pelo importante trabalho do Comando de Caças e pela disponibilidade do radar, bem como da perícia e do esforço das tripulações no solo, observadores, cartógrafos e comandantes nas diversas bases de operação.


Fonte: Real Força Aérea Britânica

.

DE "HERMANN, O SUPERGERMANO" A ANÃO DE JARDIM


Por Sabine Damaschke

No ano 9 d.C. a Batalha de Varo, ou "da Floresta de Teutoburgo", demarcou os limites entre as culturas romana e germânica. Seu protagonista, Armínio, foi instrumentalizado como herói da Alemanha, mas é hoje visto com humor.

Em 16 de agosto de 1875, na cidade de Detmold (oeste da Alemanha), era inaugurado o monumento a Armínio, o primeiro herói germânico. De espada em punho, moldado com 200 placas de cobre e ostentando 56 metros de altura, ele olhava ameaçador por sobre a Floresta de Teutoburgo, em direção à França. Uma multidão de 30 mil pessoas veio homenageá-lo como unificador das tribos germânicas e seu libertador do jugo romano.

O culto ao "Pai Original dos Alemães", como o designou o humanista Ulrich von Hutten, atingia o ápice. "Era uma época em que os alemães procuravam demonstrar sua unidade e potência perante o arqui-inimigo, a França", explica o historiador alemão Michael Zelle.


De Armínio a Hermann

Nascido no ano 18 a.C., Hermann (versão germânica de seu nome) foi assassinado por volta dos 37 anos idade. A efígie do vencedor da Batalha de Varo adornava quadros, arcas e canecas de cerveja, sempre representado com cabelos louros esvoaçantes. Por vezes trajava armadura, por outras, uma vestimenta de pele.

Assim os alemães imaginavam um "verdadeiro germano", um herói com que pudessem se identificar. O nome Hermann fora uma criação de Martinho Lutero: tratava-se da tradução direta (Heer-man) da designação latina dux belli (líder na guerra).

Porém, quanto mais crescia o ídolo, mas desaparecia a figura histórica de Armínio. Hoje, os historiadores não sabem mais qual era sua verdadeira aparência física. Seja como for, certamente não trazia elmo alado nem armadura, mas sim as calças e camisa longa características das tribos da província romana da Germânia.

Confiança funesta

Armínio, filho do chefe dos queruscos, Segimero, dispunha de direitos civis segundo a lei romana e liderava os contingentes de sua tribo a serviço dos ocupadores.

O poeta romano Marco Veleio Patérculo descreveu-o assim: "Era um homem jovem, de ascendência nobre, valente na luta, rápido de raciocínio. Mais capaz de cabeça do que seria de esperar de um bárbaro, que revela o fogo do próprio espírito no semblante e no olhar."

A Batalha de Teutoburgo em quadro de Peter Janssen, o velho (1870-73)

O cônsul romano Públio Quintílio Varo confiava em Armínio, e em 9 d.C. deixou-se atrair por ele a uma emboscada na Floresta de Teutoburgo. Esta terminou com a morte ou captura de 15 mil soldados romanos. Varo suicidou-se, em seguida.


Redescoberta dos reformadores

Essa aniquiladora derrota para a força ocupadora romana, porém, não resultou na fundação de um reino germânico sob a regência de Armínio. Segundo o historiador Peter Kehne, o guerreiro querusco sempre subordinou a "consciência germânica" a sua própria sede de poder. "Na política interna, ele fracassou devido à sua aspiração de domínio autocrático."

Monumento em homenagem a Hermann na cidade de Detmold, Alemanha

Armínio não pretendia, portanto, opor um "reino alemão" ao poderio romano: ele desejou dominar, pura e simplesmente. Entretanto seus próprios irmãos de tribo não o permitiram: em 21 d.C., o ambicioso comandante foi assassinado.

Mas Armínio pôde ascender postumamente à categoria de "supergermano" graças ao autor romano Tácito, que no ano 98 o glorificou como "um filho das tribos germânicas". Durante o Renascimento, a obra de Tácito Germânia foi redescoberta e instrumentalizada pelos reformadores religiosos na luta contra Igreja romana.


Heróico, mas nem tanto

Desde então, Hermann foi repetidamente utilizado como figura de identificação, sempre que a Alemanha se sentisse ameaçada, explica o historiador Ralf-Peter Märtin. Por exemplo, nas Guerras de Libertação do século 19, na Primeira Guerra Mundial e durante o regime de Hitler.

"Após 1945, Armínio foi despolitizado", observa Michael Zelle. "Hoje, o monumento a Armínio em Detmold é, sobretudo, atração turística e, de acordo com o espírito da época, marca registrada de uma região." Passados 2 mil anos desde a batalha, a efígie do herói decora novamente xícaras, camisetas e canetas esferográficas.

Mas desta vez os alemães encaram seu "supergermano" com um toque de humor. É assim que, na exposição comemorativa Império – Mito – Conflito, em três cidades da região da Floresta de Teutoburgo, pode-se comprar uma estátua do herói em versão "anão de jardim": com apenas 56 centímetros de altura, "Hermanão" cabe em qualquer quintal.

Fonte: Deutsche Welle

.

sexta-feira, 11 de junho de 2010

AVIADORES FRANCESES NA FRENTE RUSSA



Uma esquadrilha de Yak franceses alinhados em um campo auxiliar na URSS em 1943.  As aeronaves francesas podiam ser reconhecidas pelo cone das hélices que eram pintados nas cores da bandeira da França


Após a derrota francesa de 1940 e a instalação do governo colaboracionista de Vichy, a Força de Franceses Livres, sob a liderança do General De Gaulle, resistiu em diversos teatros de operações da 2ª Guerra Mundial.  Em um desses palcos, no entanto, a atuação dos franceses é pouco conhecida: a União Soviética.

Em 1942, as forças francesas livres, acantonadas na Síria, organizaram um grupo de caça que, por decisão do General De Gaulle, foi destinado a combater na frente russa. Essa reduzida unidade aérea representaria a França na luta da Frente oriental. Um símbolo da França imortal. Suas asas, ostentando a Cruz de Lorena, sulcariam os céus da Rússia, unidas com os aparelhos russos, numa estreita comunhão de ação contra o inimigo comum.

Piloto francês no cockpit de seu Yak.  Podem ser vistas as marcações de vitórias obtidas contra aviões alemães


Os homens que teriam a missão de tripular os aviões da França Livre haviam fugido da opressão que o seu país suportava e se agruparam em torno da figura daquele que representava para eles e para o mundo livre a presença da França liberal, democrática e eterna. O heterogêneo grupo de homens, animado pelo desejo de lutar contra o invasor de meia Europa, era formado por operários comunistas de Paris, homens pertencentes aos partidos políticos tradicionais, e até membros da mais alta nobreza da França, como o caso do Visconde de La Poype, cuja presença surpreendeu os próprios russos, que não compreendiam aquela camaradagem de armas com um aristocrata que se aventurava a lutar ao lado dos bolchevistas. No entanto, as façanhas do visconde no céu da Rússia fizeram que ele fosse condecorado como “Herói da União Soviética”. Somente mais três pilotos franceses receberam distinção semelhante.

O Grupo, denominado Normandie Niemen, instalou seu centro de operações na base de Ivanov, em dezembro de 1942. Ali recebeu os aviões Yak I em cujas asas já se encontrava pintada a Cruz de Lorena.


Orientados pelo seu chefe, o Comandante Tilasne, um hábil e arrojado jovem piloto, os franceses iniciaram uma série de vôos de adestramento para familiarizar-se com os aparelhos e com as duras condições do teatro de operações.

Finalmente, em março de 1943, o Grupo entrou em ação. Em poucos meses, entre março e junho de 1943, conseguiu um crédito favorável de 15 aviões inimigos derrubados contra três perdidos.

Ao efetuar-se a grande ofensiva alemã em Kursk, o Grupo Normandie Niemen estava localizado ao norte da zona de operações. Até esse momento aquele setor se mantivera tranqüilo, e os pilotos, adaptando-se à vida dos seus companheiros russos viam os dias transcorrer dentro de uma relativa calma, apenas interrompida pelas esporádicas incursões dos aviões inimigos. Ao se intensificarem as ações, no entanto, os homens do Normandie Niemen foram lançados numa luta sem quartel.

Nas encarniçadas batalhas aéreas que se travaram durante o verão de 1943, sobre Kursk e Orel, os pilotos franceses combateram sem trégua contra os aviões da Luftwaffe. A esquadrilha perdeu dois terços do seu efetivo; entre outros, tombou o comandante Tulasne.

Outros homens chegaram posteriormente para preencher os claros e o Grupo continuou lutando, junto com os russos, até o final da guerra.


Pilotos franceses chegam à URSS para reforçarem o Normandie Niemen


Equipados, a partir de janeiro de 1944, com os novos caças Yak-3, os pilotos franceses atingiram, nesse último período de sua ação, uma cifra máxima de 273 vitórias. Deste modo, a França Livre cedera, generosamente, o sangue dos seus melhores filhos, mandando-os lutar em defesa de um país estrangeiro, porém igualmente agredido. A Cruz de Lorena sulcou os céus da Rússia, assim como o de vários outros campos de batalha onde a liberdade travava a sua luta em defesa da dignidade do homem.


.

segunda-feira, 7 de junho de 2010

IMAGEM DO DIA - 07/06/2010

.

Cena da 1ª Guerra Maori (1845-1847).  Armados com seus mosquetes, guerreiros maoris executam a "dança da guerra" antes de entrarem em combate contra as tropas coloniais britânicas

.

PENSAMENTO MILITAR - GUERRA E SOCIEDADE



"As vantagens do aumento da amplitude das unidades sociais são principalmente evidentes em caso de guerra. De resto, a guerra foi em todos os tempos a causa principal desse crescimento, da transformação das famílias em tribos, das tribos em nações e das nações em coligações."

Bertrand Russel, filósofo inglês

.

PERSONAGENS DA HISTÓRIA MILITAR - LEOPOLDO III, REI DA BÉLGICA

.

* 03/11/1901 - Bruxelas, Bélgica

+ 25/09/1983 - Sint-Lambrechts-Woluwe, Bélgica


Nascido em novembro de 1901, Leopoldo III (nome de batismo Léopold Philippe Charles Albert Meinrad Hubertus Marie Miguel) reinou na Bélgica entre 1934 e 1951, quando abdicou em favor de seu filho Balduíno.

Aos 14 anos de idade combateu na 1ª Guerra Mundial, integrando as fileiras do 12º Regimento de Infantaria do Exército Belga.  Em 1926 casou-se com a princesa sueca Astrid Thyra, que morreu em acidente automobilístico, em 1935, no qual o próprio rei dirigia o veículo.  Desse casamento nasceram três filhos.

Diante da invasão da Bélgica em 1940, no início da 2ª Guerra Mundial, resistiu inicialmente, mas rendeu seus exércitos aos alemães, fato que rendeu-lhe grande antipatia, tanto na Bélgica como entre os Aliados.  Ficou recluso no castelo de Laeken, ao norte de Bruxelas, e evitou tomar parte de qualquer evento público no qual pudesse ser interpretado como colaboracionista.

Antes da rendição aos alemães, o Rei Leopoldo III inspeciona uma unidade blindada belga perto da linha de frente

Em 1941 reuniu-se com Adolf Hitler para interceder em favor dos prisioneiros valões, conseguindo a libertação de alguns e um melhor tratamento para os que continuaram confinados.  No fim daquele ano, casou-se em segredo com a plebeia Lilian Baels, a quem o Parlamento belga recusou o título de rainha e o direito ao trono.  Diante do avanço Aliado, foi transferido para a Alemanha em 1944 e libertado pelas forças norte-americanas no ano seguinte.

Após a guerra, o Parlamento belga nomeou seu irmão Carlos como regente e Leopoldo III foi acusado de traição por ter-se rendido aos alemães e mudou-se para a Suíça.  Posteriormente, foi realizado um referendo sobre seu retorno ao trono, o que foi aprovado com 57% dos votos.  

Seu retorno ao trono belga, no entanto, provocou graves incidentes que resultaram em três mortes durante a repressão aos protestos populares.  Diante desse quadro  e para afastar a ameaça de uma guerra civil, Leopoldo III decidiu abdicar do trono em favor de seu filho, em 16 de julho de 1951, quando Balduíno atingiu a maioridade.

Leopoldo III formaliza sua abdicação ao trono da Bélgica em 1951

Leopoldo III conservou as prerrogativas de chefe da Família Real até o casamento de seu filho, quando, a partir de então, abandonou a vida pública.  Durante esse período de inatividade, dedicou-se à entimologia e à antropologia, uqando relizou diversas viagens pelo mundo, particularmente, para o continente africano.  Leopoldo III morreu em 1983 na cidade de Sint-Lambrechts-Woluwe e foi sepultado, ao lado de sua primeira esposa - a Rainha Astrid - na igreja de Laeken.

.

domingo, 6 de junho de 2010

IMAGEM DO DIA - 06/06/2010

Durante a 1ª Guerra Mundial (1914-1918), soldados turcos recebem instrução para manejarem uma metralhadora Maxim, de fabricação alemã. 


.

UNIFORMES - OFICIAL DE INFANTARIA AUSTRÍACO, 1806


Oficial de infantaria austríaco


Guerras Napoleônicas, 1806


Durante as Guerras Napoleônicas, tanto os fuzileiros quanto os granadeiros dos regimentos de infantaria de linha austríacos utilizavam a mesma túnica branca. Cada regimento possuía sua própria cor que o diferenciava, na gola, punhos e forro da túnica.

De 1798 a 1806, os fuzileiros austríacos utilizavam um capacete característico e, embora o capacete tenha sido oficialmente substituído por uma barretina de tope duplo em 1806, a maioria dos regimentos de origem alemã conservou seus capacetes até a derrota de Wagram, em 1809.

Os granadeiros, como era comum na maioria dos exércitos europeus, usavam um chapéu de pele de urso que, devido à sua forma distinta, foi apelidado pelos franceses de "cadeira de braços".
 
O oficial granadeiro ao lado pertence ao 29º Regimento de Infantaria de Linha e sua condição de oficial pode ser notada pela faixa dourada amarrada à cintura e pelo fiador da espada também dourado.

ANIVERSÁRIO DO CVMARJ

.

Na oportunidade em que completa seu 9º aniversário, o Blog História Militar rende sua homenagem ao Clube de Veículos Militares Antigos do Rio de Janeiro (CVMARJ), uma das mais importantes entidades de preservação histórico-militar de nosso país. A seguir, um pouco da história e do trabalho desenvolvido pelo CVMARJ.

Fundado em 6 de junho de 2001, o CVMARJ é uma entidade civil, sem fins lucrativos, criada com o objetivo de resgatar o valor histórico das viaturas militares antigas, com foco rigoroso na manutenção da originalidade, se tornando referência nacional no assunto.

O CVMARJ é membro fundador da recém-criada ABPVM – Associação Brasileira de Preservação de Viaturas Militares, que congrega clubes do gênero em atividade no País, entidade que organiza o Encontro Brasileiro de Viaturas Militares Antigas, realizado anualmente em Curitiba desde 2005, sendo o único evento exclusivamente voltado para veículos militares antigos no Brasil, reunindo a maioria dos clubes em atividade no país, sendo o maior encontro do gênero na América Latina, resultado das atividades do CVMARJ e da ABPVM.

O CVMARJ é reconhecido pela FBVA - Federação Brasileira de Veículos Antigos e pela MVPA – Military Vehicles Preservation Association, EUA, uma das principais associações mundiais do gênero.

O encontro mensal de viaturas militares antigas no Museu Militar Conde de Linhares, em São Cristóvão no Rio de Janeiro, foi a primeira atividade regular do CVMARJ que também participa anualmente do Desfile de 7 de Setembro no Rio de Janeiro, conduzindo em suas viaturas os Veteranos da FEB, além de outras solenidades como o “Dia da Vitória” e "Dia da Aviação de Caça". Recentemente o CVMARJ passou a participar do encontro mensal de veículos antigos na Praça XV, no centro da cidade do Rio de Janeiro.

Viatura preservada do CVMARJ conduzindo veteranos da FEB durante cerimônia

As atividades do CVMARJ incluem passeios, encontros e exposições promovidas pelo Clube ou atendendo a convites de instituições civis e militares tais como Exército, Marinha e Aeronáutica, sempre com destaque especial para o seu acervo de viaturas militares criteriosamente restauradas que chamam a atenção pela qualidade e perfeitas condições de funcionamento. O CVMARJ também participa de exposições de clubes de veículos antigos dentro do calendário oficial da FBVA - Federação Brasileira de Veículos Antigos.

O site www.cvmarj.com.br, é um dos mais procurados dentro do tema “preservação de viaturas militares antigas” e se tornou referência nacional, com mais de cem mil visitas desde outubro de 2000. A lista de discussão http://br.groups.yahoo.com/group/CVMARJ/ também se estabeleceu como espaço nacional para troca de informações sobre o assunto com mais de 350 participantes registrados em todo o Brasil e mais de 11.500 mensagens trocadas desde agosto de 2003.

Em março de 2008 entrou no ar o álbum de fotos http://picasaweb.google.com.br/CVMARJ que registra as diversas atividades do Clube.

O CVMARJ foi o mentor da idéia do Museu Vivo de Viaturas Militares Antigas de Valor Histórico, cujo objetivo é reunir, restaurar e preservar veículos militares de valor histórico que foram utilizados pelo Exército Brasileiro, mantendo assim o valor cultural do transporte militar no Brasil, aproveitando o enorme apelo que este assunto encontra junto ao grande público. O projeto foi aceito pela DPHCEx - Diretoria do Patrimônio Histórico e Cultural do Exército, sendo o primeiro Clube a aderir a esta iniciativa.

No período de 27 a 30 de agosto de 2009, o CVMARJ e a DPHCEx, realizaram o II ENVM – II Encontro Nacional de Veículos Militares, no Forte de Copacabana, na cidade do Rio de Janeiro, com apresentação de veículos preservados do CVMARJ, de Unidades do Exército, além de outros modelos da Marinha, Exército e Aeronáutica.

Em 2010 está prevista a repetição do evento, que também vai ocorrer no Forte de Copacabana.

A seguir, algumas das viaturas preservadas pelo CVMARJ:









Conheça mais sobre o CVMARJ acessando: http://www.cvmarj.com.br/

Fonte: CVMARJ

 
.