"No próprio dia da batalha, as verdades podem ser pinçadas em toda a sua nudez, perguntando apenas;
porém, na manhã seguinte, elas já terão começado a trajar seus uniformes."

(Sir Ian Hamilton)



Mostrando postagens com marcador FAB. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador FAB. Mostrar todas as postagens

segunda-feira, 30 de junho de 2025

EDITOR DO BLOG TORNA-SE MEMBRO HONORÁRIO DA FORÇA AÉREA BRASILEIRA

 .



Há 40 anos quase ingressei na Escola Preparatória de Cadetes do Ar.  Aprovado (e bem classificado!) no exame intelectual, sucumbi no exame de vista do CEMAL e acabei seguindo por outros caminhos.  

Voltas que a vida dá, tornei-me ontem membro honorário da Força Aérea Brasileira, reconhecimento pela minha contribuição com pesquisas históricas junto à instituição sobre o Poder Aéreo e a aviação de combate em geral.












Muito honrado, agradeço ao Tenente-brigadeiro do Ar Vincent Dang, diretor do Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica, e ao Brigadeiro do Ar Roberto Pitrez pela homenagem, seguramente, uma das mais significativas honrarias que recebi em minha vida profissional.

Agora, com muito orgulho e quatro décadas depois, torno-me membro da gloriosa Força Aérea Brasileira.  

Ad Astra!




domingo, 21 de junho de 2020

NOVO LIVRO CONTA A HISTÓRIA DA ESCOLA DE COMANDO E ESTADO-MAIOR DA AERONÁUTICA

.

Mesmo em tempos de Covid-19, chega ao mercado o primeiro volume da obra Pensando a educação: uma história da Escola de Comando e Estado-Maior da Aeronáutica (ECEMAR), escrita pelo Coronel João Rafael Mallorca Natal, que atuou na instituição de ensino por cerca de doze anos.

O presente volume trata da gênese da Escola, ou seja, suas origens, como parte do processo de apoio fornecido pelos EUA ao Brasil, durante e logo após a Segunda Guerra Mundial, até 1948, ano da consolidação da ECEMAR em sua sede própria, no bairro carioca de Laranjeiras. Porção significativa da oficialidade da Força Aérea Brasileira cursou a ECEMAR, último degrau de educação na carreira militar aeronáutica. 



Em um futuro próximo serão publicados o Volume II (Laranjeiras e Galeão), e Volume III (Afonsos). Essa trilogia fornecerá uma visão ampla de Educação de Pós-Formação no âmbito da FAB.

Pensando a Educação é uma obra essencial para os estudiosos da história da educação militar e das instituições militares e preenche uma lacuna na historiografia sobre o tema.
Para garantir seu exemplar, basta seguir os procedimentos abaixo:

- Depositar o valor de R$ 40,00 (quarenta reais) na conta do Banco do Brasil, agência 4819-4, Conta Corrente 15.150-5.
- Enviar para o e-mail rafaeljrmn@uol.com.br o endereço completo, inclusive com CEP, para a remessa pelos Correios.



quarta-feira, 20 de maio de 2020

OFICIAL BRASILEIRO RECEBE O PRÊMIO OUTSTANDING ACADEMY EDUCATOR NA USAFA

.

Existem situações que nos enchem de orgulho de sermos brasileiros. 

Em meio à tragédia da pandemia de Covid-19, recebemos a grata notícia de que nosso amigo e ex-aluno do curso de pós-graduação em História Militar da Universidade do Sul de Santa Catarina, Major-Aviador Julio Cesar Noschang Junior, recebeu o Prêmio Outstanding Academy Educator, da Academia da Força Aérea dos EUA (USAFA), com sede em Colorado Springs, EUA.

Oficial da Força Aérea Brasileira (FAB), o Major Noschang recebeu a premiação, concedida pela USAFA ao professor que mais se destaca em cada Departamento. Em tempos de Covid, a cerimônia foi realizada on-line.

Major-Aviador Noschang, vencedor do prêmio Outstanding Academy Educator da USAFA

O militar brasileiro, que atua como Oficial de Ligação para os programas de intercâmbios de cadetes entre Brasil e EUA, é professor do Departamento de Línguas Estrangeiras da USAFA, onde concorreu ao prêmio junto com cerca de 40 professores, entre militares e civis. Na USAFA desde junho de 2018, o Major Noschang ministra aulas de Português, Política, História e Cultura do Brasil. O término da missão está previsto para maio de 2021.

O fato de haver sido, em toda a história da USAFA, a primeira vez que um estrangeiro recebe esse prêmio, somente valoriza o trabalho desenvolvido pelo Major Noschang naquela instituição.  A seleção do Prêmio Outstanding Academy Educator é baseada tanto nas avaliações que os cadetes fazem dos instrutores quanto na análise de desempenho funcional pela chefia do departamento. Depois disso, uma banca avaliadora analisa as aulas dos professores e outros fatores, como desenvoltura, interação, capacidade de transmitir o conhecimento e postura profissional.

Vencedores do prêmio  Outstanding Academy Educator em cada Departamento da USAFA em 2020

Antes de ir pra USAFA, o Major Noschang atuou como instrutor de voo na Academia da Força Aérea (AFA), em Pirassununga-SP, no período de 2010 a 2012 e de 2016 a 2018, tendo trabalhado no Corpo de Cadetes da Aeronáutica. É piloto de Asas Rotativas, possui mais de 2.500 horas de voo em diferentes aeronaves, incluindo T-25, T-27, H-50, UH-1H e UH-60L. Mais recentemente, foi Comandante do 2º Esquadrão de Instrução Aérea da AFA.

Ao amigo Noschang, as nossas congratulações. Profissionais da sua envergadura representam muito bem o nosso país no exterior. 

Muito orgulho de tê-lo como ex-aluno e amigo.


Parabéns! Ad Astra!


Fontes:  CComSocAer, USAFA, Maj Noschang

.

sexta-feira, 22 de novembro de 2019

ACADEMIA DA FORÇA AÉREA REALIZA A VI OLIMPÍADA DE HISTÓRIA MILITAR E AERONÁUTICA

.



Academia da Força Aérea promove a VI Olimpíada de História Militar e Aeronáutica
 
A Academia da Força Aérea, instituição de educação superior da Força Aérea Brasileira, onde são formados os oficiais combatentes das especialidades Aviadores, Intendentes e Infantes, promoveu, nos dias 20 e 21 de novembro, a 6ª edição da Olimpíada de História Militar e Aeronáutica. Idealizada e organizada pelo coronel Cláudio Passos Calaza, professor de História Militar da Academia, a competição tem como objetivo estimular os cadetes ao estudo e pesquisa no campo, de forma lúdica e motivacional. 

Inicialmente realizada apenas no âmbito da AFA, com o passar dos anos e com o sucesso da competição, aos poucos a Olimpíada foi agregando equipes de outras instituições que enriqueceram ainda mais os propósitos do desafio. Escola Naval, Escola Preparatória de Cadetes do Exército e Instituto Tecnológico de Aeronáutica foram alguma das escolas que se incorporaram à Olimpíada. Neste ano de 2019, foi a vez da Academia de Polícia Militar do Barro Branco, da PMESP, fazer sua estreia, integrando-se ao desafio do conhecimento.

A equipe Tobias de Aguiar, da APMBB, fez sua estreia em grande estilo na Olimpíada.

A competição é realizada em duas jornadas, e engloba formas de avaliação diversificadas, como prova escrita, quiz, aula expositiva após sorteio de tema, questões do tipo “passa e repassa” e questões com respostas abertas, que são avaliadas por uma banca composta por professores expoentes da pesquisa em história militar no Brasil.

No corrente ano, na 6ª edição da Olimpíada, foram inscritas uma equipe do Instituto Tecnológico da Aeronáutica, duas da Academia Militar das Agulhas Negras (AMAN), uma da Academia de Polícia Militar do Barro Branco (APMBB) e sete da Academia da Força Aérea (AFA).

A disputa é acirrada, ponto a ponto. A banca, atenta, avalia o desempenho das equipes.

Após a realização das fases iniciais realizadas no primeiro dia, classificaram-se para as finais uma equipe da AFA, outra da APMBB e uma terceira da AMAN. Foi realizado o sorteio do tema único da aula a ser ministrada pelos competidores no começo da segunda jornada, que resultou no tema Guerra Assimétrica e Guerra Irregular.  Cabe ressaltar que esse sorteio foi realizado por volta das 21 horas, tendo as aulas que serem ministradas a partir das 13 horas do dia seguinte, ou seja, os competidores tiveram 17 horas, inclusive a madrugada, para pesquisarem e prepararem suas aulas.

Equipe da AMAN ministrando aula sobre guerra assimétrica. Cadete Zata, do 1º ano da AMAN, ministrando sua aula.

 No segundo dia, as equipes ministraram suas aulas com extrema qualidade de conteúdo e elevado nível de apresentação, ainda que com propostas metodológicas distintas, e foram avaliadas pela banca da Olimpíada. Em seguida, o sistema de Quiz, “passa e repassa” e questões com respostas abertas foi aplicado pela banca, culminado com o seguinte resultado final:

- 1º lugar: Equipe Shogun Tokugawa (AFA)
- 2º lugar: Equipe Brigadeiro Tobias de Aguiar (APMBB)
- 3º lugar: Equipe Ten Cel Villagran Cabrita (AMAN)

A equipe Shogun Tokugawa, da AFA, campeã da competição, foi composta pelos cadetes Quedinho, Pinheiro, Richard e Juann:

A equipe Shogun Tokigawa, da AFA, campeã da 6ª edição da Olimpíada
 
 

Alguns destaques da Olimpíada

- A AFA, anfitriã da Olimpíada voltou a vencer a competição depois de quatro anos, liderando-a de ponta a ponta.

- A APMBB estreou na olimpíada com um fantástico 2º lugar, acertando diversas questões de aeronáutica e de guerra, muitas delas não ministradas em seus currículos.

A estreante Academia de Polícia Militar do Barro Branco obteve a difícil segunda colocação geral na prova de conhecimento.

- A AMAN, que já venceu uma das edições da Olimpíada, e, contando com veteranos da competição, conquistou o 3º lugar, mas registrou um fato inédito na sequência da competição.  A jovem cadete Zata, do 1º ano da AMAN, foi primeira mulher a se classificar para as finais e a ser premiada, e tornou-se a primeira medalhista da Olimpíada de História Militar e Aeronáutica.  Parabéns para ela e para a cadete Amanda, da AFA, que também participou da competição.

O editor do Blog Carlos Daróz-História Militar e membro da banca avaliadora com a cadete Zata, do 1º ano da AMAN: a primeira mulher a chegar às finais e a ser premiada na Olimpíada de História Militar e Aeronáutica da AFA.
 
Por fim, o Brigadeiro-do-Ar David, comandante da AFA, encerrou a competição e conduziu a premiação das equipes vencedores.

O comandante da AFA, Brigadeiro-do-Ar David, entrega a medalha e cumprimenta o cadete Pinheiro, integrante da equipe campeã das Olimpíadas.

Também foi feita uma homenagem especial à tenente historiadora Carolina Fuzaro, uma das que mais trabalhou para a implantação da Olimpíada e que se despede da AFA no próximo mês. 

Junto à tenente Carolina Fuzaro, que se despede do corpo docente da AFA, e do suboficial Sérgio Ramos. Ambos idealizadores e verdadeiros esteios da Olimpiada.


O editor do Blog Carlos Daróz-História Militar teve a honra de compor, pela 5ª vez consecutiva, a banca avaliadora da competição.

Um registro especial: nada disso seria possível sem a criatividade, imaginação e perseverança do coronel Calaza, professor da Academia. 

Algumas imagens da competição:

Palestra de abertura das Olimpíadas.  Dr. Hugo Studart.


Equipes tentando solucionar uma questão desafiadora.


A plateia de Cadetes do Ar muito atenta à competição.


Intervenção de Carlos Daróz, explicando uma das questões da Olimpíada.


O supremo prêmio: as medalhas ofertadas pelo Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica.

Parabéns à Força Aérea Brasileira e à AFA – o Ninho das Águias – pela iniciativa e pelo sucesso da competição. E que venha a 7ª edição da Olimpíada em 2020.

Terminamos aqui com o significativo lema da AFA



"MACTE ANIMO! GENEROSE PUER, SIC ITUR AD ASTRA"
(Ânimo! Jovem, por este caminho se chega às estrelas)


segunda-feira, 18 de novembro de 2019

VI OLIMPÍADA DE HISTÓRIA MILITAR E AERONÁUTICA DA AFA

.

Vem aí a 6ª edição da Olimpíada de História Militar e Aeronáutica da Academia da Força Aérea (AFA).

No já tradicional desafio do conhecimento, participam equipes da própria AFA, da Academia Militar das Agulhas Negras, da Escola Naval, do Instituto Tecnológico de Aeronáutica e da Escola Preparatória de Cadetes do Exército.

Mais uma vez, o editor do Blog Carlos Daróz-História Militar participará como membro da banca avaliadora e da organização do evento.









,

sexta-feira, 12 de julho de 2019

CONFERÊNCIA SOBRE AS "BRUXAS DA NOITE" NO INCAER

.


Por ocasião do 269º Encontro do Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica, farei uma conferência sobre as BRUXAS DA NOITE: AS AVIADORAS SOVIÉTICAS NA SEGUNDA GUERRA DE MUNDIAL.

Se você curte estudar e pesquisar sobre aviação, guerra e gênero, não perca. Venha e conheça a fantástica história dessas jovens aviadoras na defesa de sua Pátria.

A guerra, no feminino.

A conferência ocorrerá no próximo dia 30, às 14 horas, no INCAER.  Não perca.

.

quarta-feira, 17 de abril de 2019

MUSEU AEROESPACIAL PARTICIPA DA 17ª SEMANA DE MUSEUS

.

O Museu Aeroespacial está na 17ª Semana de Museus, que será realizada nos dias 18 e 19 de maio.  

Não perca essa oportunidade para conhecer o rico acervo do museu e, por meio dele, a história da aviação no Brasil e no mundo.



.

quinta-feira, 14 de fevereiro de 2019

O BRASIL PERDE UMA DE SUAS MAIORES REFERÊNCIAS NA HISTÓRIA AERONÁUTICA: MORRE O CORONEL AVIADOR MANUEL CAMBESES JÚNIOR



Morreu ontem (14), na cidade do Rio de Janeiro, o Cel Av Manuel Cambeses Junior, um dos mais destacados historiadores aeronáuticos de nosso País. 


Aviador de escol, profundo conhecedor de geopolítica e refinado historiador aeronáutico, pertencia ao Conselho Superior do Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica (INCAER) e era associado emérito do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil (IGHMB).

Durante décadas, prestou incontáveis serviços à aviação brasileira, à Força Aérea Brasileira (FAB) e ao Brasil.

Manuel Cambeses Júnior,nasceu no Rio de Janeiro e concluiu todos os cursos normais da carreira na FAB, além de vários cursos de extensão na Fundação Getúlio Vargas e na Escola Superior de Guerra.

Ao longo de sua brilhante carreira como oficial aviador, exerceu, entre outras, as seguintes funções:
- Instrutor de Voo na Academia da Força Aérea;
- Oficial de Operações do 1º Grupo de Transporte de Tropa;
- Ajudante-de-Ordens do Comandante do Comando de Apoio Militar;
- Chefe da Seção de Qualificação de Empresas da Diretoria de Material da Aeronáutica;
- Chefe da Divisão de Fomento Industrial da Diretoria de Material da Aeronáutica;
- Membro da 6º Subchefia (Assuntos Estratégicos) da Secretaria-Geral do Conselho de Segurança Nacional;
- Subcomandante da Base Aérea do Galeão;
- Comandante do Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica;
- Adido Aeronáutico junto à Embaixada do Brasil na Venezuela;
- Oficial de Estado-Maior do Comando Geral do Ar;
- Membro do Corpo Permanente da Escola Superior de Guerra (Chefe da Divisão de Assuntos Internacionais);
- Vice-Diretor do INCAER.

Como Piloto Militar somou 7.500 horas de voo e era qualificado instrutor em 12 tipos de aeronaves, dentre as quais destacam-se: North American Texan (NAT-6); Beechcraft (TC-45T); Douglas (C-47); Tucano (T-27); Bandeirante (C-95); Cessna Jet (T-37C) ; Búffalo (C-115) e Hércules (C-130 e KC-130).

Na atividade aérea, especializou-se nas seguintes tarefas operacionais:
- Transporte-de-Tropa;
- Busca-e-Salvamento;
- Reabastecimento-em-Voo.

Manuel Cambeses Junior junto a seu C-130 em um distante Pelotão de Fronteira na Amazônia

Sua extrema capacidade intelectual resultou na produção de bem elaborados trabalhos nas áreas de geopolítica, história, relações internacionais e estratégia. Teve vários trabalhos e artigos publicados nos seguintes Jornais : O Estado de Minas; Jornal do Brasil; O Debate; O Globo; Folha de São Paulo; Tribuna da Imprensa; O Povo (Fortaleza), e Monitor Mercantil. Publicou também nas Revistas: Clube de Aeronáutica, Clube Militar; A Defesa Nacional; Revista do Exército; Revista da Universidade da Força Aérea; Revista do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil; Revista Ideias em Destaque; Revista da Escola Superior de Guerra; Revista da Intendência; Revista da ADESG; Revista Arte e Cultura; Revista Panorama Estratégico (ESG), e Revista do Centro de Estudos Estratégicos da ESG.

Atuou como conferencista em diversas instituições de prestígio, como: Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro;  Academia de Polícia Civil, em Minas Gerais;  Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro; “Casa da Ciência” (Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro); Universidade da Força Aérea;  Centro de Instrução e Adaptação da Aeronáutica; Instituto de Geografia e História Militar do Brasil; Escola Superior de Guerra Aérea, na Bolívia; Escola Superior de Guerra Aérea da Força Aérea Argentina; Escola de Guerra Naval da República Argentina; Escola de Aviação Militar do Exército Argentino; Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro;  Centro Brasileiro de Estudos Estratégicos (CEBRES);  Centro de Estudos e Pesquisas em História Militar do Exército; Universidade de Brasília; Escola de Comando e Estado-Maior da Aeronáutica; Associação Nacional dos Veteranos da FEB;  Escola Superior de Guerra e  Delegacias da ADESG em diversas cidades do País.

O editor do Blog Carlos Daróz-História Militar junto com o Cel Cambeses, após uma conferência no Instituto de Geografia e História Militar do Brasil

Participou, como comentarista para Assuntos Internacionais, em programas veiculados pelas seguintes Emissoras de Rádio: CBN ; Bandeirantes, Nacional de Brasília, Jovem Pan, e, ainda, das seguintes Emissoras de Televisão: Globonews e TV Educativa.

Ao longo de sua carreira, foi agraciado com 13 condecorações nacionais e 5 estrangeiras:
- Medalha Mérito Aeronáutico – Grau Oficial (FAB);
- Medalha Mérito Santos Dumont (FAB);
- Medalha Militar “Ouro” (FAB);
- Medalha do Pacificador (Exército Brasileiro);
- Medalha Alferes Tiradentes (Polícia Militar de Minas Gerais);
- Medalha Bicentenário da Morte do Alferes (Polícia Militar de Minas Gerais);
- Medalha Honra da Inconfidência (Governo do Estado de Minas Gerais);
- Medalha Santos Dumont (Governo do Estado de Minas Gerais);
- Medalha Mérito Legislativo Municipal (Prefeitura Municipal de Belo Horizonte);
- Medalha Ordem do Mérito das Belas Artes – Grau Comendador  (Sociedade Brasileira de Belas Artes);
- Medalha Marechal Cordeiro de Farias (Escola Superior de Guerra);
- Medalha Mérito Aeroterrestre (Exército Brasileiro);
- Medalha do Mérito Cívico da Liga de Defesa Nacional – Grau Oficial (Brasil);
- Medalha Ordem do Mérito da Força Aérea Venezuelana (Venezuela);
- Medalha Al Mérito Newberiano – Gran Cruz (República Argentina);
- Medalha Al Mérito Instituto de Estudios Históricos Aerospaciales del Perú (República do Perú);
- Medalha Al Mérito Eduardo Alfredo Olivero (República Argentina);
- Medalha Instituto de História y Cultura Aeronáuticas del Ejército del Aire (Espanha);
- Medalha Academia Santos-Dumont (República Argentina).

Recebeu os seguintes títulos honoríficos:
- Cidadão Honorário de Belo Horizonte;
- Conferencista Especial da Escola Superior de Guerra;
- Membro Emérito do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil – IGHMB (cadeira nº 69);
- Membro da Academia de História Militar Terrestre do Brasil;
- Membro-Correspondente do Instituto de História Aeronáutica e Espacial, da Espanha;
- Membro-Correspondente do Instituto de Estudios Históricos Aeronáuticos e Espaciales, do Perú;
- Membro-Correspondente do Instituto Nacional Newberiano de História Aeronáutica e Espacial, da República Argentina;
- Membro-Correspondente do Instituto de Historia Aeronáutica y Espacial Eduardo Alfredo Olivero, da República Argentina;
- Membro do Conselho Editorial da Revista do Clube Militar;
- Membro-Correspondente da Academia Santos-Dumont (República Argentina);
- Membro do Conselho Editorial da Revista do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil;
- Conselheiro do Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica;
- Colaborador Emérito do Exército Brasileiro;
- Colaborador Emérito da Polícia Federal;
- Pesquisador do Centro de Estudos e Pesquisas de História Militar do Exército.

No comando de um C-130 Hércules da FAB, a aeronave que mais gostava de voar

Integrou o Corpo Permanente da Escola Superior de Guerra, de setembro de 1996 a dezembro de 2003, na qualidade de Chefe da Divisão de Assuntos Internacionais.

O Cel Cambeses era casado com a Sra. Sonia Martins Cambeses e teve dois filhos: André Luiz Martins Cambeses, advogado, e Danielle Martins Cambeses, publicitária.

O Cel Cambeses era um grande amigo do editor do Blog Carlos Daróz – História Militar, a quem muito ensinou e sempre dedicou atenção e fidalguia. No ano passado, fruto de sua generosidade, nos indicou para concorrer a uma vaga como Conselheiro do Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica. Semanalmente trocávamos mensagens pelo WhatsApp e, frequentemente, conversávamos por telefone. As mensagens que postava no aplicativo eram, repetidamente, de conselho, otimismo e gratidão. 

Certo dia nos confidenciou que a aeronave que mais gostara e tivera orgulho de voar era o C-130 Hércules. Em uma das últimas mensagens no WhatsApp, que enviou para mim, no último dia 17 de janeiro, junto a um vídeo da aeronave, o Cel Cambeses assinalou na legenda: “Veja o que o portentoso Hércules C-130 é capaz de fazer. Que aeronave maravilhosa!” 

Assim, como homenagem especial ao amigo que deixa esta vida para se unir à constelação dos bravos no céu, o Blog Carlos Daróz-História Militar publica a imagem do anjo, formado pelo lançamento dos flares de um C-130, também uma imagem que me havia repassado pela rede social.


Um excelente voo de cruzeiro e uma perfeita aterragem, caro amigo. Que Deus possa consolar o coração dos familiares.

"MACTE ANIMO! GENEROSE PUER, SIC ITUR AD ASTRA".


Fonte: Arquivo família Cambeses, Tecnodefesa, Reservaer

terça-feira, 12 de fevereiro de 2019

MUSEU DA FORÇA EXPEDICIONÁRIA BRASILEIRA SERÁ REABERTO HOJE EM BH APÓS MUDAR DE ENDEREÇO

.

Parte da memória brasileira na Segunda Guerra está guardada, desde dezembro, em oito ambientes na Rua Tupis, 723, no Centro da capital


Por Gustavo Werneck

O mundo lembra em 2019, ainda com olhos do horror e do espanto, os 80 anos de início da Segunda Guerra, que envolveu a maioria das nações e incluiu todas as grandes potências da época, organizadas em duas alianças opostas: os aliados (Estados Unidos, França, Inglaterra e outros) e o Eixo (Alemanha, Itália e Japão). O conflito mais letal da história da humanidade durou até 1945 (veja cronologia), mobilizou mais de 100 milhões de militares e deixou cerca de 60 milhões de mortos. “Lembramos também os 75 anos de entrada efetiva do Brasil na guerra, o batismo de fogo dos pracinhas na Itália e o Dia D, quando os aliados desembarcaram na Normandia para retomar a Europa da mão dos nazistas liderados por Adolf Hitler (1889-1945)”, ressalta o presidente da Associação Nacional dos Veteranos da Força Expedicionária Brasileira (FEB)/Regional Belo Horizonte e curador do Museu da FEB, Marcos Renault.

Parte da memória brasileira no conflito está guardada, desde dezembro, em oito ambientes na Rua Tupis, 723, no Centro da capital, endereço da nova sede do Museu da FEB, que será reaberto ao público hoje. A mudança da Avenida Francisco Sales, no Bairro Floresta, onde funcionou desde 1987, para a Tupis decorreu de uma medida que inviabilizou a continuidade do espaço cultural e indignou os organizadores. “Por força da legislação vigente, a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) arcava com os custos de aluguel, vigilância, conservação e limpeza das instalações do museu, mas, já no fim da gestão anterior, passou a descumprir a legislação, honrando apenas com o aluguel. A segurança aqui é o mais caro, temos um arsenal que poderia ser roubado sem a devida segurança da casa onde estávamos”, informa Renault.

O curador Marcos Renault diante de parte do acervo do museu

Em face das dificuldades financeiras decorrentes do problema da supressão das verbas e sem condições de manter as portas abertas, todo o acervo original – armamento, fardas, documentos, medalhas, equipamentos, quadros e outras peças de peso histórico e físico, como um obuseiro de 155mm e a estátua em bronze de um expedicionário em combate – foi transferido para o prédio onde funcionou a 11ª Circunscrição do Serviço Militar, recentemente desativada. No imóvel localizado na esquina com a Rua Guarani permanece uma unidade do Exército. “Fizemos um comodato com o Exército, que está cedendo o espaço para a criação do centro cultural que registra a história da 11ª CSM e da participação do Brasil na Segunda Guerra”, explica.


Movimento

Com o novo endereço, Renault acredita em aumento de público, por três razões principais: “Trata-se de um ponto de grande circulação de pedestres e veículos; o museu fica no andar térreo, favorecendo a acessibilidade; e foi ampliado, passando a contar com oito ambientes para exposição”. Para este ano em que são lembrados fatos importantes da Segunda Guerra, ele planeja atividades especiais, como mostras temporárias e palestras, ensejando assim uma maior visitação de estudantes de escolas estaduais, municipais e privadas. “Na época da guerra, funcionava aqui uma escola alemã. Então, houve a desapropriação e as instalações foram ocupadas pelo Exército”, revela.


Na tarde de ontem, ao mostrar ao Estado de Minas seis espaços já organizados, Renault destacou que não se trata de um museu do Exército ou de outra instituição nacional. “Ele é um patrimônio do povo brasileiro. Aqui, a memória de pessoas comuns, cidadãos brasileiros que foram para os campos de batalha com coragem, patriotismo e o sentimento de respeito pelo Brasil, está preservada. A lição maior é que precisamos evitar que, um dia, tudo isso possa acontecer de novo. Daí a importância para as novas e futuras gerações”, disse o curador do museu, estudioso do conflito e, sempre presente como co-organizador das cerimônias do Dia da Libertação da Itália, que ocorrem a cada 25 de abril na cidade de Montese, na Itália.

Nas salas, os visitantes poderão ver uma série de armas, como metralhadoras refrigeradas a ar e a água, fuzis, submetralhadoras, carabinas e outras usadas pelos combatentes brasileiros, os pracinhas, “em conquistas que se tornaram famosas, como a do Monte Castello e da cidade de Montese, dentre várias outras, sendo que, em Collecchio e Fornovo, os pracinhas cercaram e aprisionaram a 148ª Divisão de Infantaria Alemã, com quase 15 mil homens”.

As vitrines do museu exibem cartazes daqueles tempos, com o slogan “A Cobra Vai Fumar!”, que se tornou símbolo da FEB, e “Senta a Pua!”, grito de guerra do 1º Grupo de Aviação de Caça da Força Aérea Brasileira. Mas tem muito mais sobre o front que envolveu 25.334 brasileiros (2.947 de Minas), dos quais morreram 467 (82 de Minas) e 2.722 ficaram feridos.

Obuseiro de 155mm utilizado pela Artilharia da FEB na Segunda Guerra Mundial

Se num quadro há um registro sobre Monte Castello, imortalizado pelo expedicionário de origem polonesa, Zagloba, em outro está o veterano Belisário Nogueira Oliva em posição de combate. Uma linha do tempo que inclui a participação do Brasil na guerra, insígnias, medalhas, jornais da época, fardamento, botas, capacetes e fotografias e jornais podem ser vistos nas salas de exposição que serão abertas ao público. Na sala dos “inimigos”, ou Alemanha e Itália, há uma bandeira nazista capturada pelos brasileiros e trazida como troféu de guerra e a famosa metralhadora alemã, Spandau MG 42, com capacidade para disparar 1.200 tiros por minuto.

Em nota, a Prefeitura de Belo Horizonte informa que, em junho de 2018, foi firmado um acordo segundo o qual a PBH continuaria a pagar o aluguel do imóvel onde funcionava o Museu da Força Expedicionária Brasileira, no Bairro Floresta, no valor de R$ 4.500,00. Com a mudança do museu para um imóvel próprio do Exército, no Centro, a PBH avalia, então, que não existe mais a necessidade de continuar a arcar com o valor do aluguel.

Fonte: em.com