quinta-feira, 28 de setembro de 2017

MINICURSO "O PENSAMENTO DE CLAUSEWITZ E AS GUERRAS CONTEMPORÂNEAS" NA UFPB

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Para os amigos e amigas da Paraíba, uma excelente oportunidade para conhecer mais sobre Clausewitz e seu papel na História Militar, em minicurso ministrado pelo Prof. Sandro Teixeira, da ECEME.  

Imperdível !


quarta-feira, 27 de setembro de 2017

O LOCAL DA MAIOR EXPLOSÃO NÃO-NUCLEAR 70 ANOS DEPOIS

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Por Carli Velocci

Em 27 de novembro de 1944, quatro mil toneladas de bombas foram detonadas acidentalmente em RAF Fauld, um depósito de munições da real Força Aérea Britânica no interior da Inglaterra. A explosão foi tão grande que causou uma nuvem de cogumelo e pôde ser sentida até no Marrocos.

A explosão deixou uma cratera gigante, e você pode ver como ela está mais de 70 anos depois em um vídeo recente de Tom Scott, para a série “Coisas que você talvez não saiba” de seu canal do YouTube.

De acordo com Scott, o depósito subterrâneo estava cheio até a borda de bombas gigantes e munições durante a Segunda Guerra Mundial. Ele foi originalmente construído em 1930 para abrigar explosivos menores, mas o início da guerra aumentou a demanda por armas maiores e, portanto, o local de armazenamento ficou acima da capacidade.

A imensa cratera aberta pela explosão de 1944

Investigações oficiais afirmaram que a explosão foi causada por má gestão, porque a maioria dos oficiais superiores não estava por perto naquele dia, e um funcionário tentou remover o detonador de uma bomba ativa com um cinzel de latão, causando uma faísca que lançou um efeito dominó enorme em toda a instalação.

A cratera de Hanbury nos dias de hoje


Não se sabe quantas pessoas morreram como resultado da catástrofe – muitos corpos não foram recuperados – mas o número deve girar em torno de 30 a 70. Esta é muitas vezes considerada como uma das maiores explosões não-nucleares da história, e a maior de todas na Grã-Bretanha.


A Cratera de Hanbury, com cerca de 90 m de profundidade e 400 m de diâmetro, ainda é bastante notável na paisagem, mas vem sendo preenchida por terra ao longo do tempo. Como o governo afirma que ainda existem bombas ativas no local, a entrada é proibida.

Fonte: Gizmodo

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sábado, 23 de setembro de 2017

UMA ESTRANHA EFEMÉRIDE - OS 150 ANOS DA GUERRA DO PARAGUAI

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Por Vitor Izecksohn

A comemoração dos cento e cinquenta anos do início da Guerra do Paraguai passou praticamente em branco. Espremida entre os cinquenta anos do golpe militar e o centenário do início da Primeira Guerra Mundial, sobrou pouco espaço para a discussão do último grande conflito platino. Apenas um evento na Escola de Comando e Estado Maior do Exército e uma série na TV Escola, intitulada “A Última Guerra no Prata”, destacaram-se num cenário pouco alvissareiro para aqueles que pesquisam e publicam sobre o tema.

A relação dos historiadores profissionais com questões militares é relativamente recente e ainda pouco influente em termos das agendas de pesquisa, dos editais de bolsas e auxílios e da promoção de eventos de grande porte. E, no entanto, se trata de um dos campos de pesquisa acadêmica que mais cresceu nos programa de pós-graduação nas últimas duas décadas, com a multiplicação de dissertações e teses, além do surgimento de cursos específicos. Uma possível razão para essa disparidade pode ser creditada ao papel reduzido das guerras internacionais para o processo de construção do Estado nacional no Brasil. Com a exceção das participações nas duas guerras mundiais, conflitos distantes que chegaram até nós principalmente através de submarinos e formação de um contingente reduzido, o impacto das guerras foi relativamente pequeno nas instituições e na sociedade. Durante o século XIX uma guerra com as Províncias Unidas do Prata e uma intervenção mais contundente contra Rosas e Oribe adicionaram pouco ao poder despótico do Estado. Essa circunstância não diminui o papel das forças armadas como atores de ponta na história política do século XX. O que submerge é a ideia da mobilização como uma ferramenta de expansão da cidadania e da expansão do poder público.

A Guerra do Paraguai constituiu o primeiro grande momento de mobilização nacional. Pouco mais de vinte cinco anos após a derrota da última rebelião regional expressiva, foi possível obter manifestações de patriotismo que vinham de regiões completamente distantes do teatro de operações no Prata. Mas essa onda nacionalista foi obliterada por uma série de problemas burocráticos, que dificultaram a socialização nas forças armadas e pela morosidade na mobilização. Quanto mais crescia o volume de soldados, mas difícil era alojá-los, alimentá-los e transportá-los para o front. A memória popular guardou essa segunda fase, enquanto a memória institucional preservou o sacrifício dos soldados nos nomes das ruas e monumentos. Mas o Estado Imperial não conseguiu premiar os voluntários com as promessas feitas. Para o Império tratou-se de uma questão de honra, com poucos resultados práticos para além da vitória militar: não houve alterações substanciais na infraestrutura, nem o estado adquiriu uma poder maior no que se refere à capacidade de taxar ou de recrutar adequadamente a população. E, no entanto, o conflito constituiu evento fundamental para história do segundo reinado, para a política exterior do Império e para a memória social, especialmente no que se refere a monumentos e nomes de logradouros espalhados pelas cidades brasileiras.

Uniformes de oficiais do Exército Imperial durante a Guerra do Paraguai

A Guerra do Paraguai foi a última das crises platinas, destacando-se pela duração, pelo grau de mobilização e pela violência. O mais longo conflito militar das Américas proporcionou mudanças tanto nas relações entre os estados envolvidos como também na dinâmica da política interna dos países beligerantes. Para a história do segundo reinado, as causas e consequências dessa guerra permanecem fonte de interpretações bastante diversas. Poucos temas foram objeto de mudanças de enfoque tão grandes, gerando ondas de revisão que seguem transformando a visão do conflito.

Um dos efeitos principais do longo conflito foi a desorganização da vida política e institucional de quase todos os beligerantes. Exceção feita à Argentina, cujo processo de centralização foi acelerado, durante e após a Guerra nenhum dos outros beligerantes beneficiou-se com seu desenrolar. Talvez devido a essa incapacidade de utilizar conflitos externos como instrumentos de consolidação do Estado, a guerra tenha sido identificada por historiadores motivados pela teoria da dependência como conflito imperialista, mais um episódio da derrota de uma razão endógena Latino-Americana. As evidências encontradas até aqui, contudo, não respaldam essa afirmação.

Para o Império a campanha contra o Paraguai constituiu um conjunto de desafios, militares, diplomáticos e de política interna. O país não estava preparado para uma guerra de grandes proporções. Nessas condições, mobilizar a população, transformando civis em combatentes foi tarefa árdua que demonstrou a dificuldade de coordenação entre o centro político e suas diversas periferias. O não cumprimento das promessas feitas aos voluntários agravaria a desconfiança dos militares em relação aos setores dirigentes, na medida em que os sacrifícios feitos nos campos de batalha do Paraguai permaneceriam sem reconhecimento.

Foi a partir da República e, principalmente, na década de 1930, que se generalizou a construção de monumentos comemorativos à Guerra do Paraguai. Esses monumentos enfatizaram o papel dos oficiais, com pouco espaço para os soldados, os escravos e as mulheres, que ajudaram no esforço de guerra. Destacam-se as estátuas equestres que reverenciam os comandantes militares e o monumento comemorativo à Retirada da Laguna, construído na Praia Vermelha, no Rio de Janeiro, construído sobre as ruínas da fortaleza destruída durante a revolta dos militares ligados à Aliança Nacional Libertadora, em novembro de 1935.

Monumento comemorativo à retirada da Laguna, na Praia Vermelha

A partir de então, a memória do conflito seria manipulada de várias formas, tendendo tanto aos interesses imediatos de uma historiografia patriótica (que prevaleceu até o final dos anos 1950), quanto a visões alternativas, construídas por intelectuais críticos da forma como o poder político era exercido durante a ditadura militar. Só a partir da década de 1980 o conflito seria objeto de pesquisas conduzidas por historiadores profissionais, processo que permanece em curso mediante a publicação de livros e teses. Os novos trabalhos acompanham o aumento das pesquisas produzidas por historiadores alemães e norte-americanos além do aumento da produção comparativa no estudo sobre as guerras do século XIX. Acompanham, também, pesquisas mais gerais sobre o recrutamento militar, a criação de uma cultura disciplinar nas forças armadas brasileiras e o desenvolvimento de um sistema penal. O que parece prevalecer nesses trabalhos é uma visão menos crítica e também menos apologética do conflito. 

As pesquisas mais recentes focalizaram as repercussões da guerra em termos das questões ligadas à inclusão, à difusão do patriotismo, à profissionalização do exército e suas consequências para a ordem política, com debates sobre a maior ou menor repercussão desse processo em relação à proclamação da república, bem como a questão do recrutamento de libertos e seus impactos na economia e na sociedade do Segundo Reinado. Temas como a iconografia, especialmente o papel da imprensa ilustrada, aprofundaram as discussões sobre as representações patrióticas, a liberdade de opinião e a adesão popular ao esforço de guerra.

É de se esperar que a proliferação de pesquisas, impulsionada pelo número de historiadores interessados no tema e pela profissionalização mais intensa dos arquivos militares ofereçam contribuições que permitam conhecimento mais amplo de questões específicas, relacionadas ao impacto da mobilização sobre a sociedade brasileira e sobre suas estruturas de governo. Essas contribuições permitirão também que o assunto saia de vez do casulo disciplinar da história militar, aprofundando abordagens multidisciplinares que absorvam contribuições de outras áreas das ciências sociais e da própria história.

Fonte: Café com História



quinta-feira, 21 de setembro de 2017

ILYÁ MUROMETS: O "OURIÇO VOADOR" RUSSO

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Há um século, o primeiro avião de quatro motores em série do mundo, “Ilya Muromets”, levantou voo.


Por Ekaterina Turicheva


Enorme para a época, a máquina tinha uma envergadura de asas de 31 metros e 19 metros de comprimento, e todos os seus principais componentes eram de madeira.

A aeronave criada pelo Departamento de Aviação da Fábrica de Vagões Russo-Báltica (a Russo- Balt), sob a responsabilidade da equipe liderada pelo piloto e projetista Igor Sikorski.

O especialista do departamento científico da Sociedade Histórico-Militar Russa (RVIO), Konstatin Palhaliuk, conta que o primeiro voo do C-22 foi de teste, mas que, dois dias depois, a aeronave levantou voo com uma carga de 1,1 tonelada, um recorde para a época. A este se seguiram novos recordes.

Em fevereiro de 1914, o Ilya Muromets levantou voo com 16 pessoas e um cachorro chamado Chkalik a bordo e, em junho do mesmo ano, fez o trajeto aéreo de São Petersburgo a Kiev. Na época, Igor Sikorski tinha apenas 24 anos.

O imenso Ilya Muromets fez seu primeiro voo em 1914


Já na época o seu sucesso foi notado por Nikolai II”, observa Pakhaliuk, “e a Duma Estatal (câmara baixa do Parlamento da Rússia Imperial) premiou o construtor com a soma bem grande de 75.000 rublos reais”.

Entre 1913 e 1918, foram produzidas na Russo-Balt várias séries de Ilya Muromets. A aeronave havia sido concebida como bombardeiro e avião de passageiros ao mesmo tempo. O número total de aeronaves produzidas, de acordo com os historiadores, foi entre 60 a 80.

Pela primeira vez na história da aviação, uma máquina vinha equipada com um confortável salão separado da cabine, com quartos de dormir, aquecimento, iluminação elétrica e até mesmo um banheiro.

Se a história tivesse se desenvolvido de forma diferente, os Muromets teriam dado início à aviação de transporte regular de passageiros na Rússia. No entanto, o destino do projeto foi determinado pelo início da Primeira Guerra Mundial.



“Ouriços” voadores

“Imediatamente após o voo Petersburg-Kiev foi decidido fabricar esses aviões para as tropas”, diz Pakhaliuk. “O Muromets era usado como bombardeiro e como avião de reconhecimento; nele foi instalada uma máquina fotográfica para fotos aéreas e metralhadoras para afastar o inimigo.”

O aparelho tinha um armamento defensivo fortíssimo, praticamente sem “zonas mortas”. Devido a essas defesas, o Muromets ficou conhecido como “ouriço”.

No período entre outubro de 1914 e maio de 1918, foram perdidas 26 aeronaves deste tipo, sendo apenas uma abatida pelo inimigo. As restantes deixaram de funcionar devido a falhas técnicas, erros de pilotagem ou desastre naturais.

Os quatro motores do Muromets


O último voo do Ilya Muromets aconteceu em novembro de 1920. Após a guerra soviético-polonesa, vários Muromets fizeram as primeiras rotas aéreas de transporte de carga, mas, devido ao forte desgaste do aparelho e vida útil dos motores, os aviões foram retirados de voo.

Um dos últimos aparelhos da série foi entregue em 1922 a uma escola de formação de artilharia aérea e bombardeamento, onde em um ano ele realizou cerca de 80 voos de treino. Depois disso, os Muromets não voltaram a subir aos ares.

Fonte: Gazeta Russa


quarta-feira, 20 de setembro de 2017

PPGH da UNIVERSO REALIZA O II ENCONTRO DO LABORATÓRIO DE HISTÓRIA MILITAR E FRONTEIRAS

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Realizou-se, no último dia 19, o II Encontro do Laboratório de História Militar e Fronteiras do Programa de Pós-Graduação em História da Universidade Salgado de Oliveira, em Niterói.



No encontro, uma mesa redonda coordenada pelo Prof Fernando Rodrigues, com o tema central Dimensões da História Militar na América, abordou as seguintes pesquisas:

Profª Karina Cancella (Colégio Pedro II)
A prática esportiva como objeto de estudo na História Militar: os casos do Brasil e dos Estados Unidos da América

Prof. Christian Karl Hausser (Universidade de Talca - Chile)
Perspectivas da Historia Militar nos oitocentos sul-americano

Profª Érica Sarmiento da Silva (UNIVERSO)
Imigração, fronteiras e militarização: Possibilidades de pesquisa

Prof. Jorge Prata de Sousa (UNIVERSO)
Historiografia da Guerra do Paraguai


Já estamos planejando o próximo encontro, previsto para o 1º semestre de 2018, bem como novos projetos no campo da História Militar e dos estudos de fronteiras.


IMAGEM DO DIA - 20/9/2017

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Carga de cavalaria durante a Revolução Farroupilha (1835-1845) no Sul do Brasil


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domingo, 17 de setembro de 2017

SEMINÁRIO O BRASIL E A GRANDE GUERRA NO IHGB

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Vivenciamos o centenário da Grande Guerra, o primeiro conflito total ocorrido no século XX.
Com o propósito de rememorar o evento histórico, a Diretoria do Patrimônio Histórico e Documentação da Marinha e o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro promoverão o seminário 

O BRASIL NA GRANDE GUERRA: 
INTERFACES DA PARTICIPAÇÃO BRASILEIRA NA PRIMEIRA GUERRA MUNDIAL.


Na ocasião o editor do Blog Carlos Daróz-História Militar apresentará a comunicação 

DA ILHA DAS ENXADAS A CATTEWATER: 
OS AVIADORES NAVAIS NA GRANDE GUERRA.



Convido todos os amigos que tiverem interesse pelo tema para prestigiarem.


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sábado, 16 de setembro de 2017

A PERIGOSA ARTILHARIA MEDIEVAL

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No contexto da “revolução militar”, processada na transição da Idade Média para a Modernidade, a artilharia experimentou grande desenvolvimento, passando de uma situação de quase descrédito para constituir uma das armas essenciais no campo de batalha. Depois do assombro que os canhões causaram na Europa desde sua introdução na Batalha de Crécy, na primeira metade do século XV as bocas de fogo geralmente não metiam medo nos soldados inimigos, pois as bombardas eram extremamente imprecisas e costumavam explodir, tirando a vida dos serventes que as guarneciam. Como testemunho das limitações da artilharia, um tratado medieval manuscrito, de autor desconhecido, orientava os artilheiros sobre os perigos do manuseio das novas armas:

"[...] Primeiro – Deve honrar, temer e amar a Deus, e ter sempre defronte aos olhos o receio de o ofender, muito mais do que a qualquer outro soldado, porque todas as vezes que uma bombarda faz fogo, ou quando trabalha com a pólvora, a sua grande força e virtude faz algumas vezes rebentar o canhão de que se serve, e, quando mesmo não rebente, já é um grande perigo o poder ser queimado pela pólvora, cujos vapores são só por si uns verdadeiros venenos contra o homem."

Artilharia medieval francesa, c.1410

Como se pode observar, durante a batalha, estar ao lado do canhão era, muitas vezes, mais perigoso do que estar nas linhas inimigas, e seu efeito costumava ser mais moral do que prático.

Canhões medievais preservados eu museu europeu


Conheça essa e outras histórias lendo

A GUERRA DO AÇÚCAR - AS INVASÕES HOLANDESAS NO BRASIL

Saiba como adquirir seu exemplar enviando um e-mail para

aguerradoacucar@yahoo.com.br


sexta-feira, 15 de setembro de 2017

ESPADA VIKING DE 1.100 ANOS É ENCONTRADA POR CAÇADOR NA NORUEGA

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Descoberta foi considerada como isolada por arqueólogos que fizeram buscas no local

LILLEHAMMER, Noruega — Uma espada viking de estimados 1.100 anos, mas em ótimo estado de conservação, foi encontrada por um caçador de renas em uma montanha na Noruega, a 1.640 metros de altitude. A descoberta foi considerada algo isolado pelo Programa de Arqueologia Glacial do condado de Oppland, cujos integrantes estiverem no local para tentar encontrar outros objetos antigos.

De acordo com o arqueólogo Lars Pilø, que comentou o achado em seu blog, "Secrets of the Ice", uma equipe vasculhou a área em um perímetro de 20 metros a partir do exato local onde a espada foi encontrada. Nenhum outro objeto de valor arqueológico foi localizado.

A espada viking de 1.100 anos foi encontrada na Noruega

O especialista estima que a arma tenha sido forjada entre os anos 850 e 900 d.C.. Mas ele não tem ideia de como a relíquia surgiu naquela superfície gelada. Devido ao bom estado de conservação da espada, ele apenas acha que isso não aconteceu devido a um deslocamento de pedras no solo congelado, conhecido como permafrost, bastante comum naquela região.

"Também parece improvável que a espada estivesse simplesmente perdida ali, ou seja, esquecida por alguma razão e não recuperada posteriormente", afirmou. "É provável que a espada tenha pertencido a um viking que morreu na montanha, talvez por exposição (ao frio). No entanto, se esse for mesmo o caso, será que ele estava viajando nas altas montanhas apenas com sua espada? Isso é um mistério", completou.

O caçador Einar Åmbakk contou para a equipe de arqueólogos que a arma estava com o cabo para baixo, entre as pedras e com metade da lâmina para fora.

O caçador que encontrou a espada, Einar Åmbakk (à direita) e Geir Inge Follestad no local da descoberta

Os arqueólogos de Oppland consultaram o Museu de História Cultural e autoridades do Parque Nacional antes de visitar a localidade onde Åmbakk estava caçando com outro homem no início de setembro. Com eles, foi também um especialista levando um detector de metais.

Fonte: O Globo / Secrets of the Ice



IMAGEM DO DIA - 15/9/2017

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O general bizantino Belisário recusa a coroa da Itália oferecida pelos godos no ano 540

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quinta-feira, 14 de setembro de 2017

CIÊNCIA E TECNOLOGIA NAVAL NOS SÉCULOS XIX E XX

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Uma ótima dica para quem quer conhecer mais sobre a tecnologia naval dos séculos XIX e XX, por um dos maiores especialistas no Brasil, o vice-almirante engenheiro naval e historiador Armando de Senna Bittencourt.


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quarta-feira, 13 de setembro de 2017

IMAGEM DO DIA - 13/9/2017


Marston Moor, o combate durante a Primeira Guerra Civil Inglesa ocorreu em 2 de julho de 1644.

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terça-feira, 12 de setembro de 2017

GUERREIRO VIKING ICÔNICO ERA UMA MULHER, O TESTE DE DNA CONFIRMA



Um teste de DNA atesta que o corpo de um guerreiro viking, localizado no fim do século XIX, é de uma mulher.

Por Russel Young

Os restos mortais de um guerreiro Viking do século X, sepultado em Birka, Suécia, provaram ser de uma mulher, graças à evidência de DNA. A guerreira foi descoberta no final do século XIX pelo arqueólogo sueco Hjalmar Stolpe e os restos foram assumidos como sendo os de um homem, por terem sido enterrados com armas, cavalos e outras parafernálias militares.

"Na verdade, é uma mulher, em algum lugar com mais de 30 anos e bastante alta, medindo cerca de 170 centímetros", disse Charlotte Hedenstierna-Jonson, arqueóloga da Universidade de Uppsala, ao jornal The Local.

Espada viking enterrado junto com o corpo da guerreira

As descobertas foram feitas por pesquisadores da Universidade de Uppsala e da Universidade de Estocolmo e publicados no American Journal of Physical AnthropologyAlguns anos atrás, Anna Kjellström, um osteologista da Universidade de Estocolmo, estudou os restos como parte de um projeto diferente e notou que algo estava fora do previsto. Os quadris eram típicos de uma mulher e as maçãs do rosto eram mais finas do que o que se esperava de um homem. O estudo osteológico apoiou a teoria de que a guerreira era uma mulher, mas deparou-se com o ceticismo.

A análise do DNA já foi realizada, o que confirma que a guerreira era feminina. Os resultados genômicos mostraram a falta de um cromossoma Y e uma composição genética próxima à dos atuais norte-europeus, revelou o estudo.

"A identificação de uma guerreira viking feminina fornece uma visão única sobre a sociedade viking, construções sociais e exceções à norma no período Viking", disseram os autores do estudo. "Os resultados exigem cautela contra generalizações em relação às ordens sociais nas sociedades passadas".

Capacete viking (imagem ilustrativa)

"Provavelmente era bastante incomum", disse Hedenstierna-Jonson, "mas neste caso, provavelmente teve mais a ver com seu papel na sociedade e na família de onde ela era, e que traz mais importância que seu gênero".


"Esta é a primeira confirmação formal e genética de uma guerreira viking feminina", disse à Phys.org o professor Mattias Jakobsson, da Universidade de Uppsala.

Fonte: Global Look Press



segunda-feira, 11 de setembro de 2017

"NOVIK": O NAVIO QUE REVOLUCIONOU A FROTA RUSSA

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O Novik foi o primeiro contratorpedeiro universal russo e representou um salto gigante na capacidade naval do país. Reunindo o armamento mais poderoso de sua classe, teve um impacto significativo nas vitórias da Frota Báltico da Rússia na Primeira Guerra Mundial.


Por Yuri Ossokin



Na virada do século XX, os construtores navais russos causaram uma revolução na classe dos contratorpedeiros. Os navios de escolta da época eram divididos em diferentes subclasses, de torpedeiros e contratorpedeiros, a primeira armada com minas e torpedos de grande porte, e a segunda com baterias de artilharia pesada.

Esse foi o caso até 1911, quando o navio de última geração Novik deslizou pela rampa de lançamento do estaleiro Putilovski, em São Petersburgo. O protótipo do contratorpedeiro atual havia sido então colocado no mar.

Em agosto de 1915, no auge da Primeira Guerra Mundial, a batalha aconteceu no mar Báltico, na entrada do golfo de Riga, onde um único contratorpedeiro russo destruiu dois novos contratorpedeiros alemães, o V-99 e o V-100.

Esses navios haviam tentado romper o campo minado na entrada do golfo para atacar os navios da Frota do Báltico russa, que, por meio da combinação de surtidas e colocação de minas, tinha interrompido rota de abastecimento do Império Alemão para a Suécia, a fonte de minério de ferro estrategicamente vital para Tríplice Aliança da Alemanha, Austro-Hungria e Itália.

Depois de usar arrastões para limpar o caminho pelas minas, os navios alemães penetraram o golfo antes de serem interceptados.

Os atiradores russos abriram fogo a partir de uma distância de 5,5 milhas náuticas e os navios alemães imediatamente definiram um caminho paralelo e responderam com um ataque violento.  Apesar da vantagem alemã, o contratorpedeiro russo disparou uma salva contra o V-99, enquanto a embarcação navegava à frente do V-100, e, depois, passou a concentrar fogo rápido, batendo o inimigo em rápida sucessão.

Os observadores russos avistaram fumaça nas proximidades da sala de máquinas do V-99 e, logo depois, também viram que a chaminé do meio havia desmoronado. O convés de popa estava em chamas e o navio estava perdendo velocidade. Navegando para trás, o V-100 criou uma cortina de fumaça para encobrir o seu navio irmão atingido, mas, no processo, recebeu vários impactos diretos contra sua popa, que causaram um incêndio.

Batalha entre o Novik e os contratorpedeiros alemães V-99 e V-100


Os contratorpedeiros alemães em retirada protegeram as principais forças que os encobriam na entrada do golfo, mas, quando o extremamente danificado V-99 atingiu o campo minado, colidiu com uma carga e rapidamamente afundou.

E assim, o contratorpedeiro russo concluiu sua primeira experiência significativa, conquistando reconhecimento internacional antes da guerra como o melhor navio de sua classe.

Tomando por base a experiência inestimável da Guerra Russo-Japonesa de 1905, os projetistas russos rapidamente concluíram que separar contratorpedeiros em duas subclasses reduzia as capacidades dos navios mais leves das frotas de águas azuis, isto é, daquelas capazes de operar em águas internacionais.

Assim, eles começaram a projetar um contratorpedeiro universal de 1.300 toneladas que iria brecar tanto baterias de armas como poderosos torpedos. O navio também estava equipado com as mais poderosos caldeiras a óleo de sua classe e três turbinas a vapor com capacidade de potência de 35.000 que produziria uma velocidade máxima de 36 nós.

A quilha do Novik foi batida no estaleiro Putilovski em julho de 1910 e o navio foi lançado em junho de 1911. O novo contratorpedeiro combinava o armamento mais potente de sua classe, que consiste em quatro tubos de lançamento de torpedos gêmeos, que poderiam lançar salvas de oito torpedos, e quatro modernos canhões de tiro rápido de 102 mm.

A seção da popa foi também equipada com um equipamento para assentar até 50 minas ancorados de uma só vez. Nos testes, o navio alcançou a velocidade impressionante de 37,3 nós.

O Novik foi o primeiro contratorpedeiro universal russo e representou um salto gigante na capacidade naval do país.


Em comparação, os mais novos contratorpedeiros alemães, o V-99 e V-100, foram construídos vários anos mais tarde, em 1914. Apesar de seu deslocamento comparável, eles vinham equipados com apenas quatro canhões de 88 milímetros e seis tubos de lançamento de torpedo.

Trazendo um avanço no projeto de engenharia e colhendo as glórias durante a Primeira Guerra Mundial, o Novik prestou serviço longo e distinto. Renomeado pelos soviéticos como Iakov Sverdlov, sobreviveu à Revolução Russa e à Guerra Civil da década de 1920 e foi amplamente reformado e transformado no carro-chefe da frota de contratorpedeiros da Marinha Russa.



O navio entrou na guerra seguinte contra a Alemanha assumindo esse papel, fazendo a patrulha, caçando submarinos alemães, e escoltando navios de transporte e as principais embarcações da Frota do Báltico.

O contratorpedeiro Novik terminou sua jornada no mar durante uma batalha. Em 28 de agosto de 1941, ao escoltar o cruzador Kirov, durante uma tentativa audaciosa por navios soviéticos de romper o cerco alemão e finlandês em Tallinn, na Estônia ocupada pelos soviéticos, o contratorpedeiro atingiu uma mina e afundou.

Fonte: Gazeta Russa