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A
equipe que trabalha no programa de Gestão Documental do Tribunal de
Justiça de São Paulo localizou, no último dia 26, os documentos que registram a apuração da morte dos heróis do Movimento Constitucionalista 1932: Mário Martins de Almeida, Euclydes Bueno Miragaia, Dráusio Marcondes de Souza, Antônio Camargo de Andrade – MMDC.
O inquérito policial com 78 páginas, muito bem preservado, narra os acontecimentos ocorridos na sede do Partido Popular Paulista, na Rua Barão de Itapetininga, esquina com a Praça da República, na noite de 23 de maio de 1932. Nele podemos acompanhar as declarações de Dráusio Marcondes de Souza, herói aos 14 anos de idade que ferido com um tiro de fuzil morre cinco dias após o conflito, na madrugada de 28 de maio.
Laudos da necropsia de Martins, Miragaia e Camargo descrevem seus ferimentos e revelam a causa de suas mortes, com, até mesmo, o uso de granada para conter os populares.
A sentença manuscrita pelo juiz Waldemar César Silveira declarou a extinção da punibilidade pela prescrição, acatando cota ministerial do promotor Alberto Quartim Morais Júnior porque o inquérito só chegou ao Judiciário vinte anos depois do fato. Agora, os documentos farão parte do acervo digital do TJSP e podem ser acessados por aqueles que querem conhecer os autos.
Trabalho de equipe
A Comissão de
Arquivos e Memória Bibliográfica do TJSP, presidida pelo desembargador
Eutálio Porto, comemorou a localização do processo, resultado dos
investimentos na área de gestão documental que dentro da diretriz de
preservação documental, consegue ampliar sua ação resgatando a memória,
tanto da instituição quanto história de São Paulo.
Para se obter esse resultado foi necessário o
envolvimento de diversas unidades e seus dirigentes: Izaltino Raymundi
(Dipo-2), Hélio Braga da Silva (Cartório da 1ª Vara do Júri), Luciana
Zavala, coordenadora (Coordenadoria de Arquivos), Ricardo, Kelson,
Antônio e Isaac (Gráfica), todos em conjunto com a atuação da
Coordenadoria de Gestão Documental. Na limpeza e recuperação do
documento também atuaram Carlos Bacellar, Marcelo Lopes e Norma Cassares
(Arquivo Público do Estado de São Paulo).
Fonte: TJSP
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