Nem todas as Bruxas da Noite se destacaram pela grande quantidade de
missões de ataque, algumas demonstraram seu valor nas atividades de apoio ao
combate e, como Valentina Stupina, perderam suas vidas em decorrência de
doenças e ferimentos recebidos.
Valentina Sergeevna Stupina nasceu em 4 de junho de 1920, irmã do meio de três filhos. Seu pai, que
trabalhava na floresta, faleceu em 1933, após o que ela se mudou para Samara
com seu irmão mais velho, Anatoli, onde aprendeu a saltar de paraquedas em uma
escola do Komsomol (União da Juventude Comunista). Depois de morar em Samara
por um ano, mudou-se para Stavropol, onde destacou-se como esportista e se
formou na escola secundária com honras, em 1937. Após isso, ingressou no Instituto
de Aviação de Moscou, onde permaneceu estudando até a invasão alemã da União
Soviética em 1941. No começo da guerra, ela deixou a escola para trabalhar
cavando fossos antitanques e construindo fortificações defensivas nos arredores
da cidade.
Depois de ser encorajada pelo Komsomol para se unir ao regimento de
aviação feminina, o 588º de Bombardeio Noturno, fundado por Marina Raskova,
Stupina se voluntariou em outubro. Após receber treinamento de navegação na
Escola de Aviação Militar de Engels, foi enviada para a Frente Sul em fins de maio
de 1942 e foi promovida ao posto de tenente junior. Stupina voou 15 missões de
combate antes de ser designada como Oficial de Comunicações do regimento,
embora, na oportunidade, tivesse expressado que preferia continuar voando em
missões de combate.
Valentina Stupina foi condecorada com a Medalha "Pela
Coragem" em novembro de 1942, tornando-se uma das primeiras do regimento a
receber o prêmio. Stupina, apelidada
pelas amigas de Valya, morreu em Yessentuki, na Primavera de 1943, em razão de enfermidade
provocada pelas duras condições de vida durante a campanha, e depois de se
recusar a receber tratamento no hospital por muito tempo, pois queria permanecer
junto a suas companheiras.
Medalha Pela Coragem. Stupina foi uma das primeiras garotas do regimento a recebê-la.
O regimento inteiro participou de seu funeral e ela foi enterrada com
honras militares completas em um cemitério civil local. A comandante do regimento, major Yevdokiya
Bershanskaya, enviou à sua mãe, Polina Stupina, um telegrama informando-a da
morte de Valentina, mas esta só conseguiu chegar a Yessentuki após o sepultamento.
Bershanskaya a encontrou na estação de trem e foi com ela ao cemitério. Quando
morreu, Valya Stupina tinha apenas 23 anos de idade.
Conheça essa e outras histórias lendo
BRUXAS DA NOITE: AS AVIADORAS SOVIÉTICAS NA SEGUNDA GUERRA MUNDIAL.
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