segunda-feira, 21 de maio de 2018

EXPEDIÇÃO RECUPERA CANHÃO NAVAL NO ESTREITO DE KERCHT

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 Arma da Segunda Guerra estava em navio afundado na costa da Crimeia. Esta e outras descobertas serão restauradas e expostas em parque local.

Por Pável Rítsar


Um canhão naval antiaéreo de 76 mm, que estava a bordo da canhoneira soviética BK-73 afundada durante a Segunda Guerra Mundial, foi recuperado do estreito de Kertch, que conecta o mar Negro ao Azov. A operação foi conduzida por membros de um grupo de busca do Ministério da Defesa da Rússia.

As buscas por navios afundados durante a Segunda Guerra no mar Negro e no estreito de Kertch tiveram início no último dia 19 de julho. No decorrer dos trabalhos, a expedição encontrou um canhão naval, fragmentos do revestimento e o suporte ao qual a arma estava anexada”, disse o chefe da missão, Andrêi Taranov. “O canhão em si está em boas condições e será instalado no Patriot Park, em Kertch, após a restauração.

Canhoneiras soviéticas em ação no Mar de Azov

Segundo Aleksandr Iolkin, o supervisor científico principal da expedição e representante da associação pública “Batareia 29 Bis”, garante que a arma pertence à categoria das chamadas “Armas de Lenders” – isto equipamentos concebidos por Franz Lender, um projetista russo de armas de artilharia cuja contribuição para teoria e prática de disparos contra alvos aéreos foi de extrema importância. As armas do padrão 1914/15 [de Lenders] foram as primeiros equipamentos antiaéreos instalados nos navios da Marinha russa”, disse Iolkin, acrescentando que sua aplicação em combate continuou ao longo da Segunda Guerra Mundial.

Os pesquisadores rastrearam outras três canhoneiras que haviam afundado no estreito de Kertch. Em uma delas, um navio de apoio de fogo, a expedição foi capaz de recuperar um lançador de foguetes Katyusha e seus cartuchos.

O canhão de 76mm sendo retirado do mar

Os navios afundaram durante uma grande operação de desembarque em novembro de 1943. O BK-73, que tinha uma tripulação de 12 marinheiros e 42 fuzileiros navais, foi atingido por uma mina a 10 km da costa da Crimeia, que causou a morte de todos a bordo.

Os locais onde os navios afundaram estão oficialmente demarcados e listados pelas autoridades como túmulos militares protegidos pelo Estado.

Fonte: Gazeta Russa


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