quinta-feira, 30 de abril de 2015

40 ANOS DEPOIS: DEZ CURIOSIDADES SOBRE A GUERRA DO VIETNÃ

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A Guerra do Vietnã, cujo fim completa 40 anos nesta quinta-feira, se estendeu de 1959, quando começaram os combates de guerrilheiros comunistas no Vietnã do Sul (na época uma ditadura apoiada pelos Estados Unidos), até que os últimos militares deixassem a capital, Saigon, em abril de 1975.

A tomada da cidade, hoje chamada Ho Chi Minh, pelas forças comunistas do Vietnã do Norte lançou as bases para a reunificação vietnamita e foi a maior derrota militar da história dos EUA - que se envolveram no conflito em 1961, temendo o avanço do comunismo.

Para americanos e vietnamitas, foi uma guerra custosa, sangrenta e divisiva.  O conflito marcou a história do Vietnã no século passado, deixou o país em ruínas, causou milhões de mortes e ainda desperta debates.

A seguir, dez dados sobre a guerra e suas consequências:


1. Rivalidade da Guerra Fria:
 O antigo Vietnã do Sul dependia da ajuda econômica e militar dos EUA, enquanto o Vietnã do Norte recebia apoio da União Soviética e da China.


2. Número de soldados:
Mais de 2,5 milhões de americanos serviram na guerra; em 1968 havia 536 mil deles combatendo. Em 1973, quando os EUA aceitaram um cessar-fogo, as forças do Vietnã do Sul eram de cerca de 700 mil, enquanto as do Vietnã do Norte somavam cerca de 1 milhão de combatentes.


3. Número de mortos:
Mais de 58 mil americanos e ao menos 1,1 milhão de vietnamitas morreram no conflito (algumas estimativas falam em 3 milhões de mortos). Outros países também sofreram baixas: foram mortos, por exemplo, mais de 4 mil soldados sul-coreanos.


4. Guerra internacional:
Algumas nações enviaram tropas para ajudar os EUA; participaram do conflito milhares de soldados da Coreia do Sul, Tailândia, Austrália, Filipinas e Nova Zelândia.  A China também enviou um número substancial de soldados ao Vietnã do Norte: chegaram a 170 mil, para reparar os danos causados pelos bombardeios americanos e para ajudar na defesa aérea.


5. Guerra aérea:
A Força Aérea dos EUA lançou 6,7 milhões de toneladas de bombas sobre o Vietnã; as forças aliadas do Vietnã do Sul, Austrália e Nova Zelândia lançaram outras 1,4 milhão de toneladas.  Esse montante corresponde a mais do dobro do volume de bombas lançado por Reino Unido e EUA - 3,4 milhões de toneladas - em operações na Europa e no Pacífico durante a Segunda Guerra Mundial.


6. O tanque:
Durante 20 anos, acreditou-se que um tanque do Vietnã do Norte - o de número 843 - tivesse sido o primeiro a avançar contra as portas do Palácio Presidencial de Saigon, em 30 de abril de 1975. Só em meados de 1990 que o Vietnã concluiu que foi obra de outro tanque, o número 390.


7. Arma icônica:
Nenhuma outra arma está tão associada à Guerra do Vietnã quanto o fuzil AK-47. Foi a principal arma do Exército do Vietnã do Norte e das guerrilhas do Sul e se converteu na arma revolucionária preferida em todo o mundo. As tropas americanas usaram sobretudo o fuzil M-14 e, posteriormente, o M-16. Os fuzis de assalto americanos eram de difícil manejo nas úmidas selvas do Vietnã.

Guerrilheiros vietcongues com fuzis AK-47



8. Legado controverso:
O Vietnã pediu, sem sucesso, compensação às vítimas do "agente laranja" - substância química jogada pelas tropas americanas no solo para destruir plantações agrícolas e desfolhar florestas usadas como esconderijo pelos inimigos, que acabou causando danos, malformação de crianças e contaminação, com efeitos que duram até hoje.


9. Divisão:
Mais de 1 milhão dos chamados "boat people" (imigrantes que viajavam em barco) fugiram do Vietnã do Sul entre 1975 e 1989. A maioria se estabeleceu nos EUA.


10. Normalização:
EUA e Vietnã normalizaram suas relações em 1995 e anunciaram um acordo amplo em 2013. O comércio bilateral movimentou quase US$ 35 bilhões em 2014.

Fonte: BBC

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REEDIÇÃO DE "AS DUAS FACES DA GLÓRIA" TRAZ PESQUISA FALHA DE WILLIAM WAACK

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Por Cesar Campiani Maximiano *

“Um operoso grupo de oficiais americanos” a quem a Força Expedicionária Brasileira deveu sua adaptação à guerra moderna. Foi como o General Mascarenhas de Moraes se referiu em seu livro de 1947 ao destacamento cujos relatórios compõem grande parte de As Duas Faces da Glória.

Mascarenhas sempre admitiu o mau treinamento e os problemas organizacionais da expedição, lembrados no igualmente honestíssimo Depoimento dos Oficiais da Reserva sobre a FEB, lançado em 1949. O general ainda sugeriu que as primeiras impressões americanas sobre a FEB foram pouco lisonjeiras. Apesar disso, William Waack rotulou de “ufanistas” as narrativas brasileiras.

Waack propôs desmentir essas narrativas, mas, desde o início, nada havia para ser corrigido: os ex-combatentes da FEB tinham plena noção do abismo que os separava do Exército Americano. Ignorando a literatura da FEB, Waack presumiu que havia esqueletos no armário da história da campanha, com a premissa anacrônica de revelar ao público aquilo que os próprios veteranos já admitiam desde que voltaram da guerra. As Duas Faces da Glória é o filho de uma falsa polêmica e seria injusto afirmar que o livro foi superado pelas pesquisas mais recentes, pois já era inconsistente nos anos oitenta.

A documentação do destacamento americano é utilizada precariamente: sua função não era outra senão a de identificar falhas e preparar a FEB para a ação. A comparação com outros processos de integração de tropa estrangeira a exércitos maiores revelaria os mesmos dilemas. Waack desconsiderou as dificuldades inerentes às operações multinacionais, e, se tivesse estudado a cooperação entre os neófitos americanos e os britânicos no Norte da África, encontraria idêntico teor nos relatórios. Combatentes experimentados não demonstram boa vontade com aqueles que acabam de chegar ao campo de batalha. Os problemas mais sérios do livro começam no trato das fontes alemãs.

Waack desconhece questões elementares envolvendo a história da Wehrmacht. No pós-guerra, os alemães minimizaram sua incompetência estratégica, jamais compensada pelas inovações táticas. O autor acusa historiadores de não se interessarem pela principal grande unidade que enfrentou os brasileiros, mas não aprecia que tal divisão era parte de uma força armada e o produto dela: a tropa que fazia frente à FEB era típica do Exército Alemão composto por uma minoria de elementos modernos e uma maioria com logística tracionada por cavalos nada devendo ao tempo de Napoleão. Supostamente “idosos” na versão de Waack, os defensores de Monte Castello eram a regra na Wehrmacht: reservistas bem treinados capazes de alta letalidade. Outra falha de Waack: ele acatou os depoimentos de veteranos alemães, comprovadamente eivados por eufemismos sobre seu compromisso com o nazismo, o que foi averiguado por historiadores das Forças Armadas do Terceiro Reich como Wolfram Wette e Gerhard Schreiber. A falta de familiaridade com a historiografia, a deficiência analítica no trato com a documentação e com as doutrinas de combate que balizam As Duas Faces da Glória ressaltam uma condição da história militar: o campo continua reservado aos especialistas.


Fonte: Folha de São Paulo

 * César Campiani Maximiano é Doutor em História pela USP, 
autor dos livros Barbudos, sujos e fatigados
Brazilian Expeditionary Force in World War II



 

sábado, 25 de abril de 2015

PALESTRA NO IGHMB - CÉSAR, VITRÚVIO E A ENGENHARIA MILITAR NA ROMA ANTIGA

P.  

Para quem gosta de estudar a História Militar:




Não é necessário realizar inscrição prévia.  Entrada franca.





segunda-feira, 20 de abril de 2015

PORTA-AVIÕES USS INDEPENDENCE É LOCALIZADO NO FUNDO DO MAR DA CALIFÓRNIA

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O USS Independence atracado durante a 2ª Guerra Mundial

Uma agência oceânica dos Estados Unidos descobriu os destroços afundados de um porta-aviões da Segunda Guerra Mundial, o USS Independence, perto do litoral norte da Califórnia, e disse que a embarcação está supreendentemente bem preservada, provavelmente com um avião ainda em seus hangares.

O Independence, que operou nas regiões central e oeste do oceano Pacífico entre novembro de 1943 e agosto de 1945, chegou a sobreviver aos testes atômicos do atol de Bikini, antes de ser afundado em janeiro de 1951.

A Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA (NOAA, na sigla em inglês) encontrou o casco intacto do porta-aviões em meio a uma missão de dois anos para mapear cerca de 300 naufrágios nas águas próximas à cidade de San Francisco.

"Após 64 anos no leito marinho, o Independence descansa no fundo como se estivesse prestes a lançar seus aviões", disse o cientista-chefe da missão da NOAA que encontrou o Independence e diretor do Gabinete Nacional de Santuários Marinhos, James Delgado, em comunicado publicado no site da instituição.

"O navio lutou uma longa e dura guerra no Pacífico, e depois da guerra foi submetido a duas explosões atômicas que atravessaram o navio", disse Delgado. "O porta-aviões é uma lembrança da potência industrial e habilidade da 'grande geração', que enviou não somente esse navio, mas muitos de seus entes queridos para a guerra."

 O USS Independence bastante avariado após os testes nucleares realizados no Atol de Bikini

O porta-aviões foi encontrado a 790 metros de profundidade por um robô submarino chamado Echo Ranger, fornecido à NOAA pela Boeing.

De acordo com a NOAA, as imagens feitas pelo Echo Ranger mostram que o Independence está praticamente intacto, repousando de pé e tombando ligeiramente para estibordo, com buracos abertos em seu convés de voo. A agência disse que as fotos também revelam o que parecia ser um avião no hangar da embarcação.

Após prestar seus serviços na guerra, o Independence foi uma das 90 embarcações usadas como uma espécie de frota alvo nos testes com bombas atômicas realizados no atol de Bikini, nas Ilhas Marshall.

O porta-aviões retornou aos EUA danificado pelos impactos, o calor e a radiação das explosões e foi usado para estudos de descontaminação feitos pela Marinha, antes de ser afundado em 1951.  Delgado disse não haver planos para se entrar no navio naufragado.

Imagem de sonar fornecida pela NOAA mostrando o Independence no fundo do mar.  Podem ser vistos aviões no elevador e no hangar abaixo do convôo 



Fonte: Reuters

 
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quinta-feira, 16 de abril de 2015

SEMINÁRIO 70 ANOS DA FEB NO CPOR DO RECIFE

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O Centro de Preparação de Oficiais da Reserva do Recife (CPOR/R) dará inicio no dia 28 de abril 2015, o ciclo de palestras sobre a Participação da Força Expedicionária Brasileira na II Guerra Mundial com o seguinte tema "FEB 70 ANOS - EM DEFESA DOS IDEAIS DE LIBERDADE E DEMOCRACIA."

No seminário o editor do Blog História Militar ministrará a palestra A FEB nos campos de batalha da Itália, com início previsto para as 14:30h.

Confira a programação completa.

HORÁRIO
ATIVIDADE
07:30 - 08:00
Credenciamento
08:00 - 08:20
Abertura
08:20 - 08:50
Exibição de filme sobre a participação da FEB na 2a Guerra Mundial
08:50 - 09:40
1ª Palestra: O Brasil na 2a GM. Uma exposição não ideológica (Palestrante: Francisco Miranda)
09:40 - 10:00
Intervalo - Coffe Break e exibição de filmete
10:00 - 10:50
2ª Palestra: Aspectos do cotidiano do Recife durante a 2a GM (Palestrante Manoel Felipe Batista da Fonseca)
10:50 - 11:00
Intervalo - Coffe Break e exibição de filmete
11:00 - 11:40
Debates
11:40 - 12:00
Entrega de certificados aos palestrantes e encerramento
12:00 - 13:30
Almoço
13:30 - 14:20
3ª Palestra: A questão alemã em Pernambuco durante o Estado Novo (Palestrante: Susan Lewis)
14:20 - 14:30
Intervalo - Coffe Break e exibição de filmete
14:30 - 15:20
4ª Palestra: A FEB nos campos de batalha da Itália (Palestrante: TC Dároz)
15:20 - 15:40
Intervalo - Coffe Break e exibição de filmete
15:40 - 16:20
Debates
16:20 - 16:50
Depoimento dos pracinhas da FEB
16:50 - 17:10
Entrega de certificados aos palestrantes e encerramento
17:10 - 17:30
Entrega de certificados de participação à assistência

Maiores informações:
http://www.cporr.ensino.eb.br/index.php/atividades/259-70-anos-da-feb


Participe e conheça mais sobre a participação do Brasil na 2ª Guerra Mundial.

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PENSAMENTO MILITAR

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"Você quer viver para sempre?"

Frederico, o Grande, rei da Prússia, durante a Guerra dos Sete Anos, dirigindo-se às suas tropas que hesitavam em entrar em combate.

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quinta-feira, 9 de abril de 2015