O USS Independence atracado durante a 2ª Guerra Mundial
Uma agência oceânica dos Estados Unidos descobriu os destroços
afundados de um porta-aviões da Segunda Guerra Mundial, o USS
Independence, perto do litoral norte da Califórnia, e disse que a
embarcação está supreendentemente bem preservada, provavelmente com um
avião ainda em seus hangares.
O Independence, que operou nas
regiões central e oeste do oceano Pacífico entre novembro de 1943 e
agosto de 1945, chegou a sobreviver aos testes atômicos do atol de
Bikini, antes de ser afundado em janeiro de 1951.
A
Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos EUA (NOAA, na sigla em
inglês) encontrou o casco intacto do porta-aviões em meio a uma missão
de dois anos para mapear cerca de 300 naufrágios nas águas próximas à
cidade de San Francisco.
"Após 64 anos no leito marinho, o
Independence descansa no fundo como se estivesse prestes a lançar seus
aviões", disse o cientista-chefe da missão da NOAA que encontrou o
Independence e diretor do Gabinete Nacional de Santuários Marinhos,
James Delgado, em comunicado publicado no site da instituição.
"O navio lutou uma longa e dura guerra no Pacífico, e depois da guerra
foi submetido a duas explosões atômicas que atravessaram o navio", disse
Delgado. "O porta-aviões é uma lembrança da potência industrial e
habilidade da 'grande geração', que enviou não somente esse navio, mas
muitos de seus entes queridos para a guerra."
O USS Independence bastante avariado após os testes nucleares realizados no Atol de Bikini
O porta-aviões foi
encontrado a 790 metros de profundidade por um robô submarino chamado
Echo Ranger, fornecido à NOAA pela Boeing.
De acordo com a NOAA,
as imagens feitas pelo Echo Ranger mostram que o Independence está
praticamente intacto, repousando de pé e tombando ligeiramente para
estibordo, com buracos abertos em seu convés de voo. A agência disse que
as fotos também revelam o que parecia ser um avião no hangar da
embarcação.
Após prestar seus serviços na guerra, o Independence
foi uma das 90 embarcações usadas como uma espécie de frota alvo nos
testes com bombas atômicas realizados no atol de Bikini, nas Ilhas
Marshall.
O porta-aviões retornou aos EUA danificado pelos
impactos, o calor e a radiação das explosões e foi usado para estudos de
descontaminação feitos pela Marinha, antes de ser afundado em 1951. Delgado disse não haver planos para se entrar no navio naufragado.
Imagem de sonar fornecida pela NOAA mostrando o Independence no fundo do mar. Podem ser vistos aviões no elevador e no hangar abaixo do convôo
Fonte: Reuters
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