sexta-feira, 15 de maio de 2009

INSTITUTO DE GEOGRAFIA E HISTÓRIA MILITAR DO BRASIL (IGHMB)


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Instalado oficialmente no dia 15 de novembro de 1938, em solenidade realizada no Clube Militar, Rio de Janeiro, RJ, o Instituto de Geografia e História Militar do Brasil (IGHMB) é hoje uma associação civil de caráter cultural e científico que se destina, primordialmente, a promover estudos de Geografia e História Militar, Estratégia e Geopolítica, bem como incentivar e realizar o culto cívico de personalidades, atos e fatos gloriosos da História do Brasil.

Entidade jurídica de direito privado, sem fins lucrativos, o IGHMB não é subordinado ao Ministério da Defesa ou a qualquer órgão cultural, civil, oficial ou não. O IGHMB não admite qualquer tipo de discriminação quanto à raça, cor, sexo, credo, religioso ou pensamento político.

Ao lado de dezenas de outras instituições congêneres no mundo, é filiado à Comissão Internacional de História Militar, na qualidade de representante do Brasil.

O IGHMB tem por objetivos:

- Manter viva a memória nacional.
- Realizar pesquisas, estudos e investigações sobre fatos, personalidades e episódios históricos.
- Manter seu quadro social atualizado quanto a conjuntura nacional e internacional, evolução do pensamento estratégico e as ameaças reais ou potenciais a Nação Brasileira.
- Incentivar o estudo da Geografia, da História Militar, da Estratégia e da Geopolítica, nos estabelecimentos de ensino militares e civis de terceiro grau, nos níveis de graduação e pós-graduação.

O Instituto nasceu no Clube Militar, fruto do idealismo de intelectuais da Marinha e do Exército, por iniciativa do Capitão de Infantaria Severino Sombra de Albuquerque. Foi criado em 7 de novembro de 1936, em sessão solene, no salão nobre da antiga sede da Avenida Rio Branco, Rio de Janeiro, com a denominação de Sociedade Militar Brasileira de História e Geografia. Todavia, logo a seguir, na ata da segunda sessão preparatória, datada de 12 de dezembro desse mesmo ano, figuraria como Instituto de Geografia e História Militar do Brasil (IGHMB), nome que até hoje conserva e que melhor expressa o propósito de seus fundadores.

As sessões preparatórias totalizaram cinco – incluindo a solene de fundação – e se destinaram a conformar a nova instituição para o seu pleno funcionamento, sendo a última a de 20 de abril de 1937. A quarta dentre elas, a de 1° de abril, já informava sobre as tratativas para obtenção de uma sede própria e sobre a aquiescência do Ministro da Guerra, General-de-Divisão Eurico Gaspar Dutra, em ceder ao Instituto, com essa finalidade, o pavimento superior da Casa Histórica de Deodoro, então ocupada pelo Comando de Artilharia Divisionária.

O Instituto funcionou no Clube Militar até as vésperas da demolição que daria lugar à construção de sua nova sede social, iniciada em 5 de agosto de 1941. Nele realizou a primeira sessão ordinária, dia 2 de novembro de 1938, cuja ata registra a encomenda, a José Wasth Rodrigues, do desenho de um emblema para ser comparado com os apresentados pelo sócio Tenente João Egon Prates da Cunha Pinto e o Sr. Luiz Loureiro, Chefe do Gabinete Fotocartográfico do Estado-Maior do Exército, de que resultaria a nossa insígnia. Ali foi realizada a eleição e a posse da primeira diretoria e dos primeiros sócios, escolheu-se os patronos, elaborou-se e aprovou-se o primeiro Estatuto e foi composta a primeira Revista do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil.

Impossibilitado de ser acolhido no Ministério da Guerra, inconclusa que estava ainda a construção do atual Palácio Duque de Caxias, teve o Instituto que recorrer ao seu co-irmão, o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro (IHGB), aonde encontrou guarida, a partir de 1941, no antigo Silogeu Brasileiro, à Avenida Augusto Severo, esquina com a Rua Teixeira de Freitas.

De 1946 a 1970, passou a funcionar em dependência da Bibliotheca Militar, hoje Biblioteca do Exercito, na Ala Marcílio Dias do Palácio Duque de Caxias. As instalações que lhe foram, de bom grado, destinadas estavam longe de atender às suas aspirações. Por isso, ele continuou procurando opções que pudessem levá-lo à sonhada sede própria. Nesse sentido, a ata da sessão de 8 de maio de 1956 fala sobre a possibilidade de se conseguir uma subvenção permanente de modo a custear o aluguel de um espaço no edifício que o IHGB se propunha construir e, em parte, sublocar; a da sessão de 7 de novembro fala sobre a petição da Casa de Osório para a sede pretendida e, a de 18 de outubro de 1962, sugere que se voltasse a pleitear a Casa de Deodoro paralelamente à de Osório. Nada, entretanto se concretizou. A subvenção jamais conseguida e as condições físicas das Casas cogitadas, não encontrando quem lhes financiasse a imprescindível restauração, inviabilizaram as opções aventadas.

Com a desocupação do Palácio Monroe pelo Senado Federal, o Instituto pensou ter encontrado a sede procurada. E, em condomínio com o Estado-Maior das Forças Armadas (EMFA), aí permaneceu no quarto andar, de 1970 a 1974.

Voltou então o Instituto a ter que se hospedar no IHGB, agora instalado na sede que construíra e inaugurara a 5 de setembro de 1972. Neste local ficou até 1976, quando o Ministro do Exército, General-de-Exército Silvio Coelho Frota, permitiu-lhe instalar-se no décimo oitavo andar do PDC, novamente junto com o EMFA e com a concordância do seu Ministro-Chefe, General-de-Exército Antônio Jorge Correia.

Extinta a Comissão Mista Brasil-Estados Unidos, por ter sido denunciado o Acordo entre as duas nações no Governo Geisel, as instalações que ela ocupava, no décimo segundo andar do Palácio Duque de Caxias, foram transferidas com todo o mobiliário do órgão extinto para o Instituto. Oficializado esse ato pelo General-de-Divisão Geraldo de Araújo F. Braga, Comandante da 1ª Região Militar, julgava o Instituto, agora sim, ter enfim a sua sede própria. E tratou de providenciar, dentro das suas limitações, as adaptações e melhorias requeridas pelas instalações. Entretanto, em 1996, o Ministério do Exército decidiu trazer de volta para o Rio de Janeiro seu Departamento de Ensino e Pesquisa, sendo o décimo-segundo andar requisitado para a Diretoria de Ensino Preparatório e Assistencial.

Ofereceram-lhe então, mediante convênio, transferir-se para o andar superior da Casa Histórica de Deodoro, ressuscitando uma possibilidade aventada, pela primeira vez, cinqüenta e nove anos atrás. Enquanto as adaptações necessárias e reparações do imóvel se realizavam, o Instituto viu-se compelido pela terceira vez a funcionar no Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro. Assim, até que as obras solicitadas fossem concluídas, durante dois anos, 1996 e 1997, nele passaram a ter lugar as atividades culturais, e a sua secretaria foi instalada em dependência cedida pela Biblioteca do Exercito, que se dispôs também a guardar o seu acervo de material.

No dia 24 de março de 1998, a abertura do ano cultural do Instituto foi feita juntamente com a inauguração da nova sede na Casa Histórica de Deodoro. Com ela, punha-se fim a uma saga que durou um ano a mais do que sessenta.

O IGHMB está instalado na Casa Histórica de Deodoro, situada no antigo Campo de Santana, de onde o Marechal Deodoro da Fonseca saiu para proclamar a República.

Preside o IGHMB, atualmente, o General-de-Divisão Aureliano Pinto de Moura.

Maiores informações:

IGHMB – Casa Histórica de Deodoro
Praça da República 197, Centro, Rio de Janeiro-RJ
Página na internet:
http://ighmb.org/

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3 comentários:

  1. Nosso querido IGHMB tem meandros tão ricos que me surpreendi ao longo de minha pesquisa sobre sua produção histórico-militar. Posso te dizer, Daroz, sou uma pessoa muito honrada por partilhar desse universo.
    bjs
    Vânia

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  2. Sílvio Rogério de Castro Santinho22 de maio de 2010 às 09:49

    olá pessoal, eu o Sílvio Castro, angolano. pretendeo criar um clube de geografia e historia na minha instituiçaõ de ensino, vocacionado pela pesquisa de factos historicos e geograficos que marcam ou marcaram a a geohistoria do mundo bem como promover debates, palestras, coloquios olimpiadas do saber entre outras actividades.
    acolherei com gratidão qualquer contribuição para a criação deste clube que esta preocupado com os factos socias e fenomenos naturais que assolam a sociaedade, a titulo de exemplo o aquecimento global.

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  3. Boa tarde, gostaria de informações a respeito do por que o Marechal Argolo não tornou-se patrono da Engenharia do Exército brasileiro e sim Carlos Villagran Cabrita...Marechal Argolo foi um dos maiores exponente do Exército, não foi a toa que o Duque de Caxias o tinha muita admiração. Apesar do Visconde de Itaparica ter sido iniciado nos estudos na Artilharia, combateu como Infante e como sendo um Engenheiro, fortificava todo o território ocupado pela seu 2º Corpo. Sem falar que a famosa travessia do Chaco, obra visualizada por Caxias, posta em prática e supervisionada pelo Grande Marechal Argolo. Gostaria de obter algumas respostas para finalizar minhas pesquisas sobre o "somente" Argolo ter sido homenageado com o nome do 4º Batalhão de Engenharia e Construção, muito pouco para a figura do Brilhante Militar.

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