Em Os Senhores da Guerra, Simon Berthon e Joanna Potts recontam a Segunda Guerra Mundial através da vida de quatro grandes líderes: Hitler, Stalin, Churchill e Roosevelt. Enquanto suas nações travavam batalhas com armas, eles lutavam com suas mentes, mudando o curso da história com pensamentos e ações. Os autores do livro partem do princípio de que as decisões pessoais dos quatro também determinaram a eclosão, o curso e as consequências da guerra entre 1939-45.
Hitler decidiu sozinho invadir a Polônia; no verão de 1940 no hemisfério norte, foram unicamente suas avaliações que levaram ao confronto com a União Soviética. Stalin fez um pacto com Hitler; foi sua análise psicológica e estratégica que o fez concluir que Hitler não invadiria a União Soviética em 1941, deixando a Alemanha indefesa. Provavelmente teria havido um desdobramento diferente para o verão de 1940 se Halifax, e não Churchill, tivesse se tornado primeiro-ministro britânico naquele funesto 10 de maio. E por mais que Roosevelt tenha se esquivado antes de finalmente ser empurrado à guerra, foi ele quem decidiu que a Alemanha nazista, e não o Japão, era o inimigo número 1; e foi ele quem apostou pessoalmente na generosidade desmedida como maneira de conquistar a colaboração de Stalin na criação de um mundo pós-imperial de paz e nações livres.
Esses quatro homens estiveram à frente das ideologias dominantes do século XX enquanto elas colidiam durante a Segunda Guerra Mundial: totalitarismo de direita e esquerda, democracia liberal, democracia social, colonialismo europeu e imperialismo econômico. Na guerra entre essas ideologias, dezenas de milhões de pessoas lutaram e morreram.
Os Senhores da Guerra é um livro sobre as relações sempre inconstantes de quatro chefes de Estado e suas guerras particulares.
Os senhores da guerra. Simon Berthon e Joanna Potts. Record, 448 págs.
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