O general
americano Norman Schwarzkopf, que comandou a coalizão internacional durante a
primeira Guerra do Golfo, em 1991, morreu em Tampa, na Flórida, aos 78 anos,
informou nesta quinta-feira (27) um oficial americano.
Schwarzkopf
ficou conhecido mundialmente em 1990, quando o líder iraquiano Saddam Hussein
invadiu o Kuwait e ameaçava a Arábia Saudita, colocando em risco mais de 40%
das reservas mundiais de petróleo.
O então
presidente americano, George Bush, formou uma coalizão de 32 países para
expulsar as forças iraquianas e Schwarzkopf assumiu o comando de 425 mil
soldados americanos e de outros 118 mil militares aliados, para dizimar a
máquina de guerra de Saddam, mas sem derrubá-lo do poder no Iraque.
George Bush
- hoje hospitalizado no Texas - lamentou a morte de Schwarzkopf, "um dos
maiores chefes militares de sua geração". "Barbara e eu choramos a perda
de um verdadeiro patriota americano e de um dos maiores chefes militares de sua
geração".
"Um
distinto membro desta longa linhagem proveniente de West Point, o general Norman
Schwarzkopf resume a crença no dever, no serviço ao país, na liberdade, nesta
grande Nação que defendeu durante as mais exigentes crises
internacionais", destacou Bush, 88 anos.
Schwarzkopf,
conhecido como "Stormin Norman", morreu justamente na cidade na qual
ocupou sua última chefia militar, como titutar do Comando Central dos Estados
Unidos.
O Capitão Norman Scharzkopf (a esquerda), socorrendo um soldado sul-vietnamita durante a Guerra do Vietnã
O general
Schwarzkopf nasceu em Trenton, Nova Jersey, em 1934, em uma família de
militares. Estudou em Teerã, Genebra e Frankfurt, acompanhando as missões do
pai, até regressar aos Estados Unidos para seguir carreira militar como oficial
de engenharia mecânica formado em West Point.
Com fama de
destemido e audacioso, Schwarzkopf ficou conhecido na Guerra do Vietnã por
resgatar pessoalmente homens de seu batalhão presos em um campo minado na
península de Batangan.
Após a Guerra do Golfo, o general Schwarzkopf recusou o posto de Chefe de Pessoal do Exército e se retirou do serviço ativo, em agosto de 1991. Reformado do Exército, escreveu sua autobiografia, It Doesn´t Take a Hero, publicada em 1992.
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