segunda-feira, 4 de abril de 2022

PERSONAGENS DA HISTÓRIA MILITAR - MARECHAL JOSÉ DE ABREU

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* ??/??/1770 – San Carlos de Maldonado

+ 20/2/1827 – Passo do Rosário-RS


Filho de João de Abreu, português de Canteleães, na vizinhança de Pinheiro, Vieira do Minho, com Ana Bernarda de Souza, nascida na Ilha Terceira, nasceu em San Carlos de Maldonado, em virtude da ocupação espanhola no Rio Grande. O patriarca João de Abreu e família fizeram parte do processo fundacional de San Carlos de Maldonado, retornando ao Rio Grande quando José tinha 13 anos.

José de Abreu assentou praça em 28 de dezembro de 1784, em Rio Grande, ainda durante o Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves (1815-1822). Combateu os provincianos do Prata em todas as campanhas de 1801 a 1827, participando da libertação de São Borja em 1814. Casou-se em 1794 com Maria Feliciana da Conceição, natural de Porto Alegre, e filha de Antônio da Silveira Nunes e Maria da Conceição. 

Teve papel fundamental na guerra contra Artigas (1816-1820), quando, com seus 650 homens, em diversos combates, abateu os 3.000 homens do Coronel Pantaleão Sotel. Posteriormente, em Arapeí, no dia 2 de janeiro de 1817, derrotou o próprio general Artigas. Logo em seguida, em 4 de janeiro, resgatou as tropas do General Curado, Conde de São João das Duas Barras, e do Barão do Alegrete, atacadas por La Torre. Chegou ao final desta campanha no posto de Brigadeiro. 

Na segunda Campanha Cisplatina, em 1820,  participou da Batalha de Taquarembó (1820), auxiliando muito na vitória brasileira. Depois da derrota de Artigas, em 1820, a Coroa Portuguesa ocupou por completo a Banda Oriental.

Ao longo de 44 anos de serviço, lutou em vinte batalhas. Comandante de cavalaria, após a independência do Brasil, em 1822, foi nomeado governador das armas de São Pedro do Rio Grande do Sul. Posteriormente, promovido a marechal-de-campo, foi agraciado por D. Pedro I com o título nobiliárquico de Barão.

Ao iniciar a guerra Cisplatina (1825-1828), em 1825, invadiu a Banda Oriental (atual Uruguai), denominada pelo Império do Brasil como Província Cisplatina. Foi depois demitido do cargo de governador das armas, motivo pelo qual se afastou da vida pública.

Todavia, dadas as derrotas brasileiras na Guerra pela Cisplatina, formou um regimento de voluntários em São Gabriel, e partiu para a frente de batalha. Na batalha do Passo do Rosário (1827), conhecida pelos Argentinos como Ituzaingó, comandou 560 homens, contra 3.100 soldados inimigos sob o comando de Juan Antonio Lavalleja. Tombou ferido, por fogo amigo, quando sua tropa foi confundida como inimiga, morrendo logo em seguida no campo de batalha.

O Marechal José de Abreu foi o primeiro e único barão do Cerro Largo. Vulto histórico, foi um militar e nobre brasileiro. O Exército Brasileiro, em sua homenagem, concedeu ao 6º Regimento de Cavalaria Blindada, com sede em Alegrete, a denominação histórica de Regimento Marechal José de Abreu.

Fonte: 6º RCB


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