Uma das primeiras reações do Governo Provisório contra o movimento de 1932, deflagrado em São Paulo, foi o bloqueio do litoral paulista e do porto de Santos pela Marinha do Brasil
Com a finalidade de conter e limitar o movimento revolucionário, de acordo com a doutrina estratégica da época, partiram do porto do Rio de Janeiro, entre os dias 10 e 11, o cruzador Rio Grande do Sul e os contratorpedeiros Mato Grosso, Pará e Sergipe, com a missão de bloquear o porto de Santos e controlar o litoral paulista.
O cruzador "Rio Grande do Sul" foi uma das belonaves mobilizadas para bloquear o porto de Santos.
Para prover a esquadra de apoio aéreo, a Aviação Naval enviou três Savoia-Marchetti S.55A – matrículas nº 1, 4 e 8, comandados, respectivamente, pelo Capitão-de-Fragata Antônio Augusto Schorcht, pelo Capitão-de-Corveta Epaminondas Santos e pelo Capitão-Tenente Bráulio Gouvêa – e dois Martin PM, matrículas nº 111 e 112, sob o comando respectivo dos Capitães-Tenentes Ismar Brasil e Reynaldo de Carvalho. As aeronaves, procedentes do Galeão, foram baseadas provisoriamente nas enseadas da Ilha de São Sebastião, próximo ao vilarejo de Vila Bela.
Aeronaves Savoia-Marchetti da Aviação Naval também auxiliaram no controle do litoral de São Paulo.
A Marinha também tinha a intenção de enviar alguns Vought O2U-2A Corsair para Vila Bela, mas a Aviação Naval não confiava muito nos seus flutuadores operando a partir das enseadas da ilha. Decidiu-se, então, melhorar a pequena e precária pista de pouso próxima ao vilarejo, para que os aviões pudessem operar com trem de pouso a partir de terra firme.
O porto de Santos na década de 1930.
Detalhe de mapa desenhado por José Washt Rodrigues mostrando o bloqueio ao litoral paulista.
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