Em
21 de abril de 1918, foi morto o barão Manfred von Richthofen, o Barão
Vermelho. Ele foi o mais conhecido piloto alemão na Primeira Guerra Mundial e
sua fama extrapolou as fronteiras da Alemanha.
Por
Werner Schwipps
Nos
Estados Unidos, Canadá, Grã-Bretanha e Austrália, ele se tornou conhecido como
"The Red Baron" (O Barão Vermelho). A companhia aérea Lufthansa
aproveitou durante muito tempo a popularidade do piloto, em suas campanhas
publicitárias no mercado norte-americano.
O
próprio Manfred von Richthofen contou sua carreira de piloto de caças num livro
publicado em 1917. A primeira edição do Der rote Kampfflieger (O piloto de
combate vermelho) vendeu mais de 250 mil exemplares em um ano, sendo reeditado
várias vezes.
Escrita
em estilo altamente arrogante, a biografia ajudou a criar o mito de um grande
herói de guerra. Como muitos dos filhos da nobreza da época, Richthofen
ingressou no corpo de cadetes imperiais aos dez anos de idade. Posteriormente,
tornou-se oficial de cavalaria. A carreira de oficial permitiu-lhe continuar
praticando sua maior paixão – a caça.
Prazer
em matar
Com
o início da Primeira Guerra Mundial, as Forças Armadas alemãs intensificaram
suas atividades de reconhecimento nos territórios inimigos. Von Richthofen
pediu transferência para a recém-criada Força Aérea. Logo passou a participar
de voos de reconhecimento e bombardeios. Ele próprio dizia sentir um verdadeiro
prazer em liquidar um inimigo.
Manfred von Richthofen, o Barão Vermelho
No
início de 1916, o tenente Richthofen passou a receber a formação de piloto de
caça. Ele destacou-se por sua agressividade e, em pouco tempo, derrubara 16
aviões franceses e ingleses, o que lhe rendeu a Medalha de Honra ao Mérito,
maior condecoração militar do Império Alemão, e o posto de capitão de esquadra.
Tratava seus adversários como animais selvagens, e por vezes derrubava até dois
ou três caças por dia.
Avião
pequeno e ágil
Richthofen
foi também um dos primeiros a pilotar um triplano Fokker, que estreou nas
frentes de batalha no outono europeu de 1916. Era um avião de caça pequeno, tendo
como principal arma sua agilidade e velocidade de decolagem. Em manobras, era
impossível colocá-lo em mira, mas, se seguisse um rumo fixo, tornava-se alvo
fácil. Foi isso o que provavelmente acabou com Richthofen.
Réplica do Fokker Dr.1, triplano utilizado por Richthofen
Em
21 de abril de 1918, pouco antes de completar 26 anos, foi atacado pelas costas
pelo piloto canadense Roy Brown, enquanto perseguia sua vítima de número 81. Ao
mesmo tempo, infantes australianos dispararam do solo suas metralhadoras contra
ele. Richthofen foi atingido por um tiro mortal.
Seu
corpo foi enterrado com honras militares num pequeno cemitério de soldados no
norte da França. Sua mãe de descreveria a morte do piloto como o martírio de um
jovem cheio de ideais e heroísmo. Sete anos mais tarde, o cadáver foi exumado a
pedido da família e sepultado em Berlim, novamente com honras militares e
grande participação popular.
A
Força Aérea alemã perdeu 7.700 pilotos na Primeira Guerra Mundial. Réplicas do
triplano Fokker (que Von Richthoffen havia mandado pintar de vermelho para
provocar seus adversários) estão expostas na maioria dos museus de tecnologia e
aviação do mundo. "Manfred von Richthofen" virou nome de esquadras,
quartéis, praças e ruas no país.
Fonte:
DW
.
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