terça-feira, 31 de outubro de 2017

LIVRO - STALINGRADO 1942: O INÍCIO DO FIM DA ALEMANHA NAZISTA

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Era a batalha do tudo ou nada: se os nazistas conquistassem Stalingrado, provavelmente venceriam a Segunda Guerra Mundial. Acuados, os soviéticos pagaram caro pela resistência encarniçada. Milhares de vidas foram ceifadas no trágico embate. De julho de 1942 até fevereiro do ano seguinte, o mundo acompanhou como pôde o encontro dos dois grandes exércitos. 

O autor Alexander Werth, um dos pouquíssimos jornalistas estrangeiros a cobrir a frente oriental, teve um olhar privilegiado. Assim que os alemães capitularam, Werth chega a uma Stalingrado ainda traumatizada e nos relata com vivacidade tudo o que observa. Além de ser testemunha ocular, entrevistou oficiais, especialistas militares e teve acesso a documentos originais. Stalingrado continua sendo o livro mais importante publicado sobre uma das mais sangrentas e decisivas batalhas da Segunda Guerra Mundial.


Sobre o autor

Alexander Werth nasceu em 1901, em São Petersburgo. Foge com a família para a Grã-Bretanha às vésperas da Revolução Russa e se instala em Glasgow, onde cursa os estudos superiores e se forma em Jornalismo. Contratado pelo Manchester Guardian, vai para Paris como correspondente nos anos 1930. Durante a Segunda Guerra Mundial, assume como correspondente da BBC e do Sunday Times e embarca no avião que leva a Moscou os membros da missão militar britânica. Werth permanecerá na URSS até maio de 1948, retornando à Grã-Bretanha apenas por alguns meses, de outubro de 1941 a maio de 1942. Autor de diversos livros, falece em 1969. Seu filho, Nicolas Werth, historiador especializado na União Soviética, fez as notas comentadas e o posfácio da obra.


Ficha técnica

Editora: Contexto
ISBN 978-85-7244-930-4
Formato 16 x 23
Peso 0.300 kg
Acabamento Brochura
Páginas 224




sábado, 28 de outubro de 2017

PERSONAGENS DA HISTÓRIA MILITAR – MARECHAL ŌYAMA IWAO

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* 10/10/1842 - Kagoshima, Japão

+ 10/12/1916 - Tóquio, Japão


O príncipe Ōyama Iwao foi um marechal-de-campo e político japonês, sendo um dos fundadores do Exército imperial japonês.


Ōyama nasceu em família de samurais que pertencia ao clã Shimuzu. Foi um protegido de Okubo Toshimichi, participou da derrubada do Xogunato Tokugawa, e teve um papel importante na Restauração Meiji. Foi comandante-chefe da primeira brigada independente durante a Guerra Boshin. Durante o Cerco de Aizu, foi comandante das posições de artilharia do Exército imperial japonês, no monte Oda. Durante o cerco, foi ferido pela guerrilha de Aizu sob o comando de Sagawa Kanbei.

Em 1870, estudou na Escola Militar Especial de Saint-Cyr na França, e foi o observador militar oficial do Japão durante a Guerra Franco-Prussiana. Estudou três anos (1870-1873) em Genebra, onde aprendeu línguas estrangeiras e ficou fluente em russo. Ōyama ficou conhecido como o primeiro cliente japonês da Louis Vuitton, depois de ter comprado alguns equipamentos durante sua estadia na França. 

Posteriormente voltou à França após ser promovido general para estudos especializados. No seu regresso ao Japão, ajudou no estabelecimento do Exército imperial japonês, que foi usado para reprimir a Rebelião Satsuma, apesar de que Ōyama e seu irmão mais velho fossem primos de Saigō Takamori.

Na guerra sino-japonesa foi designado Comandante chefe do segundo exército japonês, e desembarcou na Península de Liaodong, avançou para Port Arthur em meio a uma tormenta, cruzou Shandong, onde capturou a fortaleza de Weihawei.

Por seus serviços, Ōyama foi incluído no sistema de nobreza japonesa (Kazoku) com o título de marquês, e, três anos depois, foi promovido a marechal. Na guerra russo-japonesa (1904-1905) foi nomeado comandante chefe das forças japonesas na Manchúria. Com a vitória do Japão, o Imperador Meiji o nomeou kōshaku (príncipe).

Ōyama foi ministro da guerra em vários gabinetes e, como chefe de estado, defendeu o poder autocrático da oligarquia (Genrō) indo de contra os direitos democráticos. Entretanto, sob o governo do primeiro ministro Yamagata Aritomo, foi reservado e se retirou dos assuntos políticos. Desde 1914 foi declarado Guardião do selo privado.

O General Ōyama em campanha durante a Guerra Russo-Japonesa


Tinha a habilidade falar e escrever em várias línguas europeias fluentemente, e tinha simpatia com o estilo arquitetônico europeu. Quando foi ministro da guerra, construiu uma casa em Tóquio baseado em um modelo de castelo alemão; entretanto, sua esposa reclamou e insistiu que os quartos das crianças fossem remodelados no estilo japonês, para fazer ênfase a origem japonesa deles. A casa foi destruída durante os bombardeios aéreos na Segunda Guerra Mundial. A esposa de Ōyama, Yamakawa Sutematsu, foi irmã dos antigos vassalos do clã aizu, Yamakawa Horishi e Yamakawa Kenjiro; e era conhecida como uma das primeiras estudantes femininas a serem enviados aos Estados Unidos pela Imperatriz do Japão, no começo da década de 1870. Esteve vários anos nesse país, graduando-se na Vassar College em 1882.

Ōyama foi um homem obeso, cujo peso excedia os 95 kg, e consumia muita carne. Morreu aos 75 anos em dezembro de 1916, e, recentemente, sua morte foi atribuída a complicações de diabetes.



quinta-feira, 19 de outubro de 2017

SEGUNDA BATALHA DE DURAZZO (1918)

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A Segunda Batalha de Durazzo, travada na costa da Albânia no final da 1ª Guerra Mundial, representou os últimos tiros disparados pela Marinha Austro-Húngara e o maior confronto naval que os EUA participaram durante a guerra.

A Segunda Batalha de Durazzo teve início na manhã de 2 de outubro de 1918, quando aviões britânicos e italianos atacaram as concentrações de tropas inimigas e as baterias de artilharia, enquanto a frota austro-húngara, composta por três navios, continuou a navegar através do Mar Adriático. Em seguida, vários dos cruzadores italianos e britânicos formaram uma linha de dois escalões para iniciar o bombardeio de cerca de 8.000 jardas (7.315 metros) ao largo da costa. Enquanto isso, navios americanos e britânicos atacaram os três navios da Marinha Austro-Húngara, os contratorpedeiros SMS Dinara (foto acima) e SMS Scharfschütze e o torpedeiro nº 87.

Os três navios austro-húngaros navegaram ao redor do porto de Durazzo, na Albânia, disparando suas armas e evitando os torpedos e o fogo de artilharia. O torpedeiro nº 87 e os dois contratorpedeiros foram perseguidos pela força aliada ao fugirem para norte ao longo da Costa, mas conseguiram escapar. O SMS Scharfschütze obteve alguns pequenos sucessos e teve três mortos e cinco feridos, enquanto o torpedeiro nº 87 foi atingido por um torpedo, que não explodiu. O SMS Dinara conseguiu escapar ileso. 

Bateria de artilharia de costa austro-húngara


O bombardeio do porto foi realizado pelos cruzadores blindados italianos San Giorgio, San Marco e Pisa e três navios mercantes, Graz, Herzegovina e Stambul, foram atingidos. O Stambul afundou, mas os outros dois escaparam à destruição total. O navio-hospital austro-Húngaro Baron foi abordado e inspecionado por contratorpedeiros britânicos antes de receber autorização para prosseguir. 

As forças navais norte-americanas receberam a incumbência de atuarem como força de cobertura e, no início da batalha, foram usadas para abrir um caminho livre através de um campo de minas ao largo de Durazzo. Alguns dos caça-submarinos foram engajados pelo fogo das baterias de artilharia de costa, mas nenhum foi danificado. Foram então designados para se unirem a outros caça-submarinos americanos para patrulhar ao norte e ao sul da área de batalha. 

Submarino U-29 austro-húngaro

Os americanos localizaram dois submarinos austro-húngaros, o U-29 e o U-31, e logo lançaram um ataque. Os caça-submarinos lançaram um ataque com cargas de profundidade contra o U-29 que durou 15 minutos, mas o submarino conseguiu sair ileso. O U-31 também foi atacado com bombas de profundidade e também sobreviveu.  Os navios americanos, por sua vez, foram alvejados pela artilharia de costa austro-húngara, mas nenhum deles foi seriamente atingido na batalha. 

Mais tarde, as forças norte-americanas relataram ter afundado os dois submarinos, mas isso não ocorreu, e, posteriormente, os submarinos conseguiram danificar pelo menos um cruzador ligeiro aliado, o HMS Weymouth, da Marinha Real britânica, que foi atingido por um torpedo do U-31 que danificou uma grande porção de sua popa e matou quatro homens. O Weymouth estava bombardeando posições terrestres, juntamente com outros quatro cruzadores britânicos, quando o torpedo o atingiu. O navio passou o resto da guerra em reparos. 

O cruzador britânico HMS Weymout foi seriamente avariado durante a Batalha de Durazzo

Os outros cruzadores ligeiros britânicos foram levemente danificados pelo fogo das baterias costeiras, antes que estas fossem silenciadas. Um destroier britânico também foi atingido por um torpedo. 

A batalha terminou às 1:30h de 3 de outubro e o porto outrora ocupado ficou em silêncio. Em 10 de outubro, as últimas unidades austro-húngaras tinham deixado Durazzo, que acabou por ser ocupada pelos italianos em 16 de outubro.

Oficiais e praças da Marinha Austro-húngara

O bombardeio aliado contra a pequena área portuária abalou os seus pilares de madeira. Embora os civis tivessem começado a fugir da cidade no início do bombardeio, muitas baixas foram infligidas sobre a população neutra. A antiga cidade adjacente ao porto foi completamente destruída, incluindo os edifícios públicos. O palácio real de Durazzo, em breve, a residência do Príncipe Wilhelm Zu Wied, da Albânia, foi completamente destruído.

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terça-feira, 17 de outubro de 2017

CONFERÊNCIA INTERNACIONAL "PATRIMÔNIO CULTURAL E HISTÓRICO SUBAQUÁTICO"

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Na primeira semana de novembro o editor do Blog Carlos Daróz-História Militar participará da Conferência Internacional PATRIMÔNIO CULTURAL E HISTÓRICO SUBAQUÁTICO, no Mindelo, em Cabo Verde.

O evento, realizado no contexto das rememorações do centenário da Grande Guerra, é promovido pelo Instituto Universitário de Arte, Tecnologia e Cultura de Cabo Verde, com o apoio das embaixadas do Brasil e da França naquele país e do Instituto Camões de Cooperação e da Língua de Portugal.

Na ocasião apresentaremos a conferência O BRASIL NA 1ª GRANDE GUERRA, analisando a participação brasileira no primeiro grande conflito ocorrido no século XX.







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IMAGEM DO DIA - 17/10/2017

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Durante a Guerra de Sucessão Espanhola (1701-1714), tropas do 1º Regimento de Guardas a Pé britânico avançam para atacar Blenheim, em 2 de agosto de 1704


BLOG 'CARLOS DAROZ-HISTÓRIA MILITAR' ATINGE A MARCA DE 1 MILHÃO DE ACESSOS

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É com grande satisfação e sentimento de gratidão que registramos a marca de 1 milhão de acessos ao nosso Blog.

Desde 2009 o Blog Carlos Daroz - História Militar procura popularizar e democratizar o conhecimento acerca desse importante campo de estudo e pesquisa da História, o que se refletiu na preferência dos nossos leitores e amigos, bem como a expressiva quantidade de visitas.

Reafirmamos nosso compromisso e disposição em continuar trazendo conhecimentos e informações de qualidade abordando a História Militar Geral e a História Militar Brasileira.

Muito obrigado e vamos em frente!

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domingo, 15 de outubro de 2017

IMAGEM DO DIA - 15/10/2017

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O Canadá na Grande Guerra e o elevado custo de um conflito total marcado pelo avanço tecnológico e pela eficácia das armas.  Oficiais do 1º Regimento da Terra Nova. Da esquerda para a direita:
 - Capitão James John Donnely, morto em ação em 12 de outubro de 1916, aos 34 anos de idade;
- Tenente Norman Outerbridge, morto em ação em 14 de abril de 1917, aos 33 anos de idade;
- Capitão James Allan Ledingham, morto em ação em 9 de outubro de 1917, aos 29 anos de idade;
- Capitão Herbert Rendell, morto em ação em  29 de setembro de 1918, aos 29 anos de idade;
- Capitão Wilfred Pippy, sobreviveu à guerra;
- Tenente Cyril Carter, sobreviveu à guerra.



sábado, 14 de outubro de 2017

BATALHA DE MALAKOFF: O ASSALTO FINAL E DECISIVO CONTRA SEBASTOPOL




.O Cerco de Sebastopol foi o principal combate ocorrido durante a Guerra da Crimeia, tendo durado de setembro de 1854 a setembro de 1855. Um dos primeiros livros de Leon Tolstoi, "Relatos de Sebastopol", detalha os combates num misto de ficção e relato histórico.

Por Renato Coutinho


O Cerco de Sebastopol durou quase um ano, entre outubro de 1854 e setembro de 1855, e foi muito duro para civis e militares de ambos os lados. Os diversos combates e batalhas ao redor de Sebastopol foram muito violentos e sangrentos, culminando no assalto decisivo que ocorreu no dia 8 de setembro de 1855. Os aliados, com destaque para os exércitos francês e britânico, passaram quase um ano tentando conquistar a linha defensiva externa (secundária) de Sebastopol. Conseguiram sofrendo pesadas baixas, pois os russos não entregavam facilmente suas posições defensivas (redutos e bastiões fortificados). 

Cada ataque de infantaria aliado sofria com o pesado fogo da infantaria e artilharia russa e, quando conseguiam penetrar e ocupar uma posição após terrível combate aproximado, o contra-ataque feroz da infantaria russa não tardava. Reforços, novos regimentos de infantaria, eram lançados no combate a todo momento. Sempre que os aliados conquistavam uma posição da linha defensiva externa russa, essa posição capturada custava caro para os aliados, às vezes muito caro. 

A linha de defesa externa de Sebastopol caiu de vez quando os franceses conquistaram um reduto fortificado conhecido como "Mamelon" em junho de 1855. Os franceses sofreram cerca de 2.200 baixas capturando o “Mamelon” e os famosos Zuavos franceses tiveram papel fundamental na captura dessa posição russa.

Oficial do 1º Regimento de Zuavos na Crimeia

Como sempre, os Zuavos franceses combateram arduamente e não arredaram pé da posição conquistada. O 1º Regimento de Zuavos sofreu aproximadamente 500 baixas. conquistando o “Mamelon”, e o 2º Regimento de Zuavos perdeu 719 homens no mesmo assalto contra a posição fortificada.

O “Mamelon” era uma posição ligeiramente elevada localizada 200 metros à frente da principal posição da principal linha de defesa de Sebastopol, essa posição era conhecida como "Malakoff" ou "Torre Malakoff". Essa linha defensiva principal russa contava com vários redutos e bastiões fortificados, com uma enorme rede de trincheiras e dezenas de peças de artilharia, mas três posições eram as mais importantes: Malakoff, Redan e o pequeno Redan. Unidades de engenharia francesas passaram os dois meses seguintes, julho e agosto de 1855, cavando trincheiras debaixo de fogo russo a partir da posição do “Mamelon”, que era o ponto mais próximo da principal de defesa russa. Cavaram várias linhas de trincheiras paralelas e perpendiculares ao Malakoff, para oferecer proteção aos engenheiros franceses enquanto trabalhavam e posteriormente para os infantes franceses quando chegasse a hora do ataque, gradualmente chegando mais perto do Malakoff. No início de setembro, apesar de todos os esforços russos para impedir o trabalho dos franceses e repelir o inimigo para longe, os franceses haviam chegado a 70 metros do Malakoff. A hora do ataque decisivo estava se aproximando.

Os franceses colocaram cerca de 28.000 soldados de prontidão. Esses homens iriam participar do assalto decisivo contra a principal linha defensiva de Sebastopol. Os britânicos mobilizaram quase 14.000 homens para participar do ataque. Os franceses tinham a missão de capturar o Malakoff e o pequeno Redan, enquanto os britânicos tinham que capturar o Redan. Malakoff (ou Torre Malakoff) era a principal posição defensiva russa, era o ponto chave das defesas de Sebastopol. O Malakoff era um enorme reduto fortificado com parapeitos altos (construídos com vigas grossas de madeira e muitos sacos de areia), uma larga torre de dois andares no centro da posição (a qual contava com 8 canhões no seu interior), 16 canhões nos parapeitos e dois batalhões de infantaria russos guarnecendo o bastião. O Redan era um reduto parecido com o Malakoff, mas não contava com uma torre de artilharia. Infelizmente, o trabalho dos engenheiros britânicos não conseguiu avançar no mesmo ritmo dos engenheiros franceses e, por conta disso, seus soldados teriam que avançar 150 metros para conseguir alcançar os parapeitos/trincheiras do Redan.

General de Divisão Pierre Bosquet com oficiais de seu estado-maior. Foto batida em agosto de 1855 (um mês antes do ataque contra o Malakoff).

O ataque final contra Sebastopol ocorreu em 8 de setembro de 1855. Os infantes franceses, sob o comando do General de Divisão Pierre Bosquet, deixaram suas trincheiras e lançaram um violento e devastador assalto de infantaria contra as posições russas. O General de Divisão Patrice MacMahon (descendente de escoceses) liderou o ataque, tendo à frente o 1º Regimento de Zuavos (escolheram esse regimento de elite como ponta de lança do assalto). Os Zuavos franceses saíram desembestados de suas trincheiras e alcançaram rapidamente os parapeitos dos Malakoff. Em poucos segundos já estavam escalando e penetrando no reduto russo. Detalhe: Os franceses descobriram que os russos trocavam as guarnições na região do Malakoff por volta do meio dia. Os russos levavam alguns minutos retirando a "velha" guarnição antes de trazer a "nova" guarnição. Os franceses lançaram o ataque justamente durante essa troca. Os Zuavos do 1º de Zuavos conseguiram avançar com pouca oposição, evitando o fogo mortal da maioria dos canhões russos. Em pouco tempo já estavam dentro das defesas russas. Logo depois, o bicho pegou para valer. 

Os russos trouxeram reforços e o combate no interior da posição foi muito violento e sangrento. A batalha pelo controle do Malakoff foi de uma selvageria fora do comum. Russos e franceses passaram quatro horas se engalfinhando no interior do bastião. Ataques e contra-ataques foram ocorrendo quase sem descanso. Novas unidades de infantaria foram sendo lançadas a todo momento na luta por ambos os lados. O combate era aproximado e extremamente feroz, quase sempre corpo a corpo com baionetas, coronhas e sabres. Disparos de mosquetes e pistolas eram constantemente efetuados a curtas distâncias, num ritmo frenético. Uma luta selvagem reinou do meio dia até às 4 horas da tarde, quando finalmente os franceses conseguiram conquistar definitivamente o reduto. O Zuavo francês Eugene Libaut instalou a bandeira francesa no topo do Malakoff, marcando sua captura pelo Exército Francês.

Quadro pintado por Horace Vernet em 1858 mostrando o General MacMahon ao lado do Zuavo Eugene Libaut (ou Lihaut) no topo do Malakoff. Eugene estava fincando a bandeira francesa naquele momento.

Detalhe sinistro: os franceses que estavam dentro do Malakoff, aguardando mais um contra-ataque da infantaria russa, resolveram construir um muro dentro do pátio do reduto com sacos de areia, pedaços de madeira e cadáveres de soldados russos. Dezenas de militares russos foram empilhados e realmente serviram de proteção para os franceses.

Os franceses também conquistaram o pequeno Redan, mas os britânicos não conseguiram capturar o Redan. O assalto britânico não foi iniciado na hora combinada com os franceses, eles partiram com atraso de 10 minutos, e tinham que percorrer uma distância maior. Quando os regimentos de infantaria britânicos iniciaram o avanço, os franceses já haviam invadido o Malakoff e os sons da batalha dominavam o ambiente, ou seja, os infantes e artilheiros russos no Redan já estavam alertas quando os britânicos deixaram suas trincheiras para iniciar o assalto (sendo recebidos por um fogo devastador). Poucos militares britânicos conseguiram penetrar no reduto russo e foram repelidos com uma certa facilidade.

No ataque final contra Sebastopol, nas batalhas pela posse do Malakoff, Redan e pequeno Redan, os franceses sofreram 7.567 baixas (perdendo 5 Generais mortos e 4 feridos). Os britânicos sofreram 2.271 baixas (com 3 de seus Generais feridos) e os russos perderam 12.913 homens. Bosquet, o comandante das forças francesas nesse assalto, foi gravemente ferido e quase faleceu no hospital de campanha francês (foi a segunda vez que ele foi ferido com gravidade na Guerra da Criméia).

A perda do Malakoff, posição elevada dominante da área de Sebastopol, provocou a retirada dos russos da linha defensiva e, também, da cidade de Sebastopol no dia 9 de setembro. Eles não tinham mais condições de defender a cidade, pois os canhões de sítio franceses seriam instalados no Malakoff e poderiam facilmente bombardear Sebastopol. Assim sendo, a queda do Malakoff marcou o fim do cerco de Sebastopol. Esta foi uma vitória inteiramente francesa. Os aliados perderam aproximadamente 128.000 vidas durante o cerco de quase um ano. Por sua vez, os russos perderam cerca de 102.000 vidas ao longo do cerco.

O general MacMahon, descendente de escoceses, era o comandante das forças francesas na Crimeia.

No dia 8 de setembro, o 1º Regimento de Zuavos iniciou o assalto com um efetivo de 754 homens (soldados e oficiais)s). Sofreu 512 baixas conquistando o Malakoff. Os Zuavos franceses já eram conhecidos e respeitados ao redor do mundo, mas a conquista do Malakoff tornou-os os soldados mais admirados e temidos do mundo. Seus feitos de armas eram publicados em periódicos e publicações do mundo todo, sempre acompanhados de gravuras que mostravam a incrível tenacidade e extrema coragem dos Zuavos em ação. 

George McClellan, oficial americano e observador oficial do Exército dos EUA na Guerra da Crimeia, observou os Zuavos franceses em ação na Crimeia e fez a seguinte afirmação: "Os Zuavos franceses são a melhor infantaria do mundo, disso não tenho dúvida." 

McClellan comandou o principal exército da União em 1862 (durante a Guerra Civil Americana) - excelente teórico, excelente administrador, mas péssimo comandante de exército. Vacilava e não aguentava a pressão de ter que tomar decisões rápidas no calor do combate.

Unidades de infantaria da Guarda Imperial Francesa e outras unidades de infantaria do Exército Imperial Francês, regimentos de infantaria de linha e batalhões de Caçadores a Pé, também lutaram muito bem na ofensiva aliada do dia 8 de setembro, conquistando o Malakoff e o pequeno Redan, mas os Zuavos franceses foram considerados os grandes heróis desta vitória francesa, ficando o nome "Zuavo" eternamente associado a conquista do Malakoff. A infantaria da Guarda Imperial Francesa, fazendo parte da segunda leva que atacou o Malakoff, também combateu muito bem. Era a primeira vez que todas as unidades de infantaria da Guarda Imperial participavam juntas da mesma batalha. A Guarda Imperial iniciou o ataque com aproximadamente 5.600 homens e sofreu 2.471 baixas naquele terrível dia. O Regimento de Zuavos da Guarda Imperial Francesa, contando somente com um batalhão na época, perdeu 300 dos seus 590 homens conquistando o Malakoff (lutaram como demônios, de acordo com o depoimento de um Coronel russo).


Um brasileiro em Malakoff

O 1º de Zuavos perdeu muitos oficiais no assalto decisivo contra o Malakoff e um deles era brasileiro, ou melhor dizendo, era um franco-brasileiro. O tenente Eduardo de Villeneuve morreu dentro do Malakoff, tendo sido citado no relatório/parte de batalha escrito pelo comandante do regimento por sua conduta exemplar demonstrada durante o combate. Nascido de pai francês, Eduardo nasceu e foi criado no Rio de Janeiro. Seu irmão, o Conde Villeneuve, foi Ministro Plenipotenciário do Império do Brasil na Bélgica. Eduardo cursou a Academia Militar de Saint-Cyr, a principal academia de oficiais da França, e concluiu o curso na turma de 1851-1853 ("promoção da Águia"). Concluiu como oficial da Arma de infantaria. Essa turma recebeu o nome de "Promoção da Águia" porque, no meio do curso, Napoleão III tornou-se Imperador da França iniciando o período do Segundo Império Francês e o símbolo máximo do Império Francês era a águia imperial (herdada do 1º Império Francês da Era Napoleônica). Logo após a conclusão do curso, Eduardo foi designado para servir no 1º Regimento de Zuavos.

Um subúrbio de Paris, dentro da grande Paris, foi batizado com o nome Malakoff para homenagear essa vitória francesa. Da mesma forma, uma avenida de Paris também foi batizada com o nome Malakoff.

segunda-feira, 9 de outubro de 2017

COSME LOCKWOOD GOMM - UM BRASILEIRO NA RAF NA 2ª GUERRA MUNDIAL

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Por Rafael Pinheiro Machado e Sérgio Scheinkmann

Cosme Lockwood Gomm nasceu em 15 de novembro de 1913, em Curitiba, filho de Harry Herbert Gomm e Isabel Whiters Gomm, cidadãos britânicos residentes em nosso país. Em 1932, Cosme Gomm residia em São Paulo e vivenciou a Revolução Constitucionalista que eclodiu na capital com repercussão nacional. Decidiu transferir-se para a Inglaterra e ingressar na Royal Air Force, já que possuía também a cidadania inglesa. Em 07/11/33 foi comissionado como Oficial Aviador e recebeu a matrícula militar RAF 34123.


Sua primeira designação foi em 01/10/1934 para o 45º Esquadrão de Bombardeio, estacionado no Oriente Médio e voando o Fairey IIIF, em destacamentos em Amã na Jordânia, Gaza na Palestina, Ismaília no Egito, Hinaidi, Shaibah e Mosul no Iraque e Eastleigh no Quênia. Em 07/08/36 foi promovido a Flying Officer. O Esquadrão mudou de equipamento para os biplanos de observação Hawker Hart e para os biplanos de bombardeiros Vickers Vincent em 1935, usando-os simultaneamente até trocá-los pelos biplanos Fairey Gordon em 1936, agora com base somente em Eastleigh.


Em 30 de março de 1937 o Flying Officer Gomm foi transferido para o 14º Esquadrão de Bombardeio, voando os biplanos Fairey Gordon desde Amã, Jordânia. Em 07/08/1937 foi comissionado Flying Lieutenant em exercício. A efetivação da promoção ocorreu um ano depois em 07/08/1938. O Esquadrão havia trocado de equipamento para o monoplano Vickers Wellesley desde março de 1938 e continuou baseado em Amã.


Após esse período no oriente, o F/L Gomm retornou à Inglaterra em 15/02/1939 para servir como instrutor na 10ª Escola de Treinamento Aéreo (10 SFTS), deslocando-se em 15/01/1940 para o Canadá, para um período como instrutor na 1ª Escola de Treinamento Aéreo daquele país.


No retorno à Inglaterra foi alocado ao 77º Esquadrão em 08/07/1940, subordinado ao 4º Grupo do Comando de Bombardeiros. O Esquadrão utilizava o bimotor de bombardeio Armstrong Withworth Whitley V, que portavam o código KN, a partir da base de Driffield, passando para a base de Linton-on-Ouse em 28 de agosto, após Driffield ter sido atacada por bombardeiros Ju-88s da KG-30 da Luftwaffe, ficando seriamente danificada. Foi para a base de Topcliffe em 05 de outubro. Gomm foi desligado desse esquadrão, indo para a 54ª Unidade de Treinamento Operacional (54 OTU).

Cosme Lockwood Gomm com uniforme da RAF

Em 17/03/41 O W/C Gomm foi transferido para o 604º Esquadrão (County of Middlesex), sob o comando do já famoso Wing Commander John "Cat Eyes" Cunningham, baseado em Middle Wallop e subordinado ao 10º Grupo do Comando de Caças, voando o bimotor Bristol Beaufighter 1F. Essa versão do Beaufighter estava equipada para a função de caça noturno com radar A. I. Mk.IV, 4 canhões Hispano de 20 mm no ventre e 6 metralhadoras Browning .303 nas asas. Usavam pintura inteiramente preta fosca com códigos em cinza azulado. Nesse Esquadrão Gomm completou seu primeiro turno de missões que havia começado no 77º Esquadrão e abateu 3 Heinkel He-111 em missões noturnas. 


Em 01/06/41, Gomm foi promovido provisoriamente a Squadron Leader (major) e transferido para o Quartel General do 10º Grupo (Caça), onde assumiu no dia 20. No dia 28 ainda de junho foi nomeado comandante da Base Aérea de Colerne. Função que desempenhou até 17 de setembro quando foi alocado à 51ª Unidade de Treinamento Operacional (51 OTU) para um curso de qualificação em quadrimotores. Em 17 de novembro foi comissionado como piloto de provas de quadrimotores, ligado ao QG da RAF.  Foi temporariamente nomeado Wing Commander (posto equivalente a tenente-coronel) em 01/06/1942 e em 1º de setembro teve efetivada sua promoção a Squadron Leader.


Em 07/11/1942, já no posto de Wing Commander temporário e condecorado com a Distinguished Flying Cross, Cosme Gomm ofereceu-se como voluntário para um segundo turno de operações. Aceito, foi nomeado comandante do 467º Esquadrão (Australiano), formado em Scampton com pessoal australiano, e subordinado ao 5º Grupo do Comando de Bombardeiros. Em 24/11/42 o esquadrão mudou sua base para Bottesford, Nottinghamshire, Midlands, equipado com bombardeiros quadrimotores Avro Lancaster B.I e B.III, aparelhos que o usou até sua desativação em 30/09/45. O comandante Gomm foi condecorado com a Distinguished Service Order - DSO em 11/6/43.

Distinguished Flying Cross, uma das condecorações recebidas por Cosme Gomm



Sobre o raid da noite de 20-21/06/1943, transcrevemos o seguinte tópico do livro Bomber Command War Diaries:


"60 Lancasters foram alocados para o ataque à empresa Zeppelin, na cidade de Friedrichshaven, às margens do Lago Constance (Bodensee). Essa fábrica produzia conjuntos de radar Würzburg, parte importante do sistema de controle dos caças noturnos alemães, através do qual o Bomber Command tinha que voar cada vez que atacava um objetivo na Alemanha.


Esse foi um raid especial com novas e interessantes táticas. Como no recente Dam Raid (refere-se ao muito famoso raid do Esquadrão 617º às represas Marhne, Eder e Sorpe na noite de 16-17/05/.43), o ataque deveria ser controlado pelo piloto de um dos Lancasters. Essa modalidade viria a ser conhecida como a técnica do 'Master Bomber'. O planejamento foi efetuado pelo 5o Grupo que forneceu o Master Bomber - Group Captain (Coronel) L. C. Slee e quase todos os bombardeiros envolvidos; o 8º Grupo Pathfinder enviou 4 Lancasters marcadores de alvo do 97º Esquadrão.


O aparelho do Group Captain Slee apresentou falhas nos motores e a função de Master Bomber foi passada ao segundo em comando, Wing Commander C. L. Gomm do 467º Esquadrão. O ataque, como no recente raid a Le Creusot, França, deveria se desenvolver entre 5.000 a 10.000 pés em noite de lua clara. Como a artilharia antiaérea e os holofotes estavam muito ativos, o W/C Gomm ordenou à força de bombardeiros que subisse mais 5.000 pés. Infelizmente o vento a essa nova altitude estava mais forte que o previsto, causando dificuldades.


O bombardeio foi em duas partes. As primeiras bombas foram miradas nos indicadores de alvo lançados por um dos aviões dos Pathfinders. A segunda fase foi uma corrida de bombardeio cronometrada a partir de um ponto às margens do lago e até o ponto da posição estimada da fábrica. Esta era uma técnica em desenvolvimento pelo 5º Grupo. O reconhecimento fotográfico mostrou que cerca de 10 por cento das bombas atingiu a pequena fábrica onde muito estrago foi causado. Outras fábricas nas proximidades também foram atingidas. Sabe-se que 44 pessoas foram mortas em Friedrichshaven nessa noite.


A força de bombardeiros iludiu os caças noturnos alemães que esperavam seu retorno sobre a França, ao efetuar o primeiro raid com pouso na África. Nenhum Lancaster foi perdido.


Na volta da África para as bases na Inglaterra na noite de 23/24 de junho, a força bombardeou o porto de La Spezia, na Itália, atingindo depósitos de armas e combustível, novamente sem sofrer baixas."

Bombardeiro Avro Lancaster da RAF


Na noite de 15 para 16/08/43, o 467º fez parte de um raid de 199 quadrimotores dos 1º, 5º e 8º Grupos que atacaram Milão e Turim a partir de suas bases na Inglaterra. Foi a 24ª missão do segundo turno de operações do Wing Commander Gomm. Sete bombardeiros foram perdidos nesse raid, a maioria na viagem de retorno, sobre a França. O Lancaster B.III ED998, código PO-Y do Wing Commander decolou de Bottesford às 20:34 horas e foi um dos abatidos. Caiu perto da cidade de Chartres às 23:30 horas. Dos 7 tripulantes, salvou-se apenas o Sargento J. R. Lee que foi feito prisioneiro pelos alemães e levado para o campo de concentração da Luftwaffe em Sagan. Além do piloto e do Sargento Lee, faziam parte da tripulação o Pilot Officer K. Gibson, Flying Officer T. J. Phillips, F/O A. H. Reardon RAAF, P/O H. N. Pritchard e Warrant Officer L. L. McKenny RAAF. 

Os mortos foram sepultados no cemitério da cidade de Chartres. Seus despojos foram transferidos depois da guerra para o Cemitério Militar de Saint Desir nos Calvados, França. Gomm tinha 29 anos de idade e seu corpo encontra-se na sepultura 7-G-C-6.


Em 20/08/1943, o Ministério do Ar britânico informou a família no Brasil sobre o desaparecimento em combate do Wing Commander Gomm. A confirmação de seu falecimento foi feita pela Cruz Vermelha Internacional dias depois. A Câmara Municipal de Curitiba homenageou o aviador dando seu nome a uma rua no bairro do Bigorrilho.

Fonte:  SP Modelismo

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IMAGEM DO DIA - 7/10/2017

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Tropas polonesas durante a Guerra Russo-Polonesa, 1919

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sexta-feira, 6 de outubro de 2017

IHGB E DPHDM PROMOVEM O SEMINÁRIO "O BRASIL E A GRANDE GUERRA"

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Nos dias 4 e 5 de outubro, o Instituto Histórico e Geográfico Brasileiro e a Diretoria do Patrimônio Histórico e Documentação da Marinha realizaram o seminário O Brasil e a Grande Guerra: interfaces da participação brasileira na Primeira Guerra Mundial.

Durante o evento, prestigiado por expressivo público, diversos pesquisadores apresentaram suas pesquisas, com olhares diversos sobre o conflito mundial que abriu o século XX e que ora completa seu centenário.  Na ocasião, o editor do Blog Carlos Daroz-História Militar apresentou sua pesquisa Da Ilha das Enxadas a Cattewater: os aviadores navais brasileiros na Grande Guerra.

Nosso Blog parabeniza a DPHDM e o IHGB pelo sucesso do seminário. A seguir, algumas imagens do evento:

O Prof Arno Wheling, presidente do IHGB, faz a abertura oficial do seminário.


Cartaz do seminário O Brasil e a Grande Guerra


O público lotou o auditório do IHGB


O editor do Blog Carlos Daroz - História Militar fazendo sua comunicação




Comandante Lopes, Prof. Carlos Daróz e Prof. Armando Santos