Hoje, quando celebramos o Dia Internacional da mulher, o Blog Carlos Daroz-História Militar traz a biografia de Lyudmila Pavlichenko, a maior atiradora de elite da 2ª Guerra Mundial. Conheça sua história.
Lyudmila
Mikhailivna Pavlichenko,
foi uma atiradora de elite soviética durante a 2ª Guerra Mundial, a quem foi
creditada a morte de 309 soldados alemães, sendo considerada, até hoje, a
atiradora de elite feminina mais bem sucedida na história.
Nascida em Bila Tserkva, Ucrânia, em
12 de julho de 1916, aos quatorze anos mudou-se para Kiev com sua família.
Nesta época, associou-se em um clube de tiro local, vindo a tornar-se uma
exímia atiradora. Trabalhou em uma fábrica de armamentos em Kiev, até sua
entrada na Universidade em 1937. Como aluna da Universidade de Kiev, defendeu
em seu mestrado a vida de Bohdan Khmelnytsky.
Em combate
Em junho de 1941, aos 24 anos de
idade, Pavlichenko já estava em seu quarto ano de História na Universidade de
Kiev, quando a Alemanha nazista iniciou a invasão da União Soviética.
Pavlichenko figurou entre as primeiras
da lista de voluntários para recrutamento, sendo selecionada para a infantaria
e, posteriormente, designada para a 25ª Divisão de Infantaria. Pavlichenko tinha então a opção de se tornar
uma enfermeira, mas recusou, pois sua intenção era participar ativamente dos
combates. Desta forma se tornou uma dos 2.000 atiradoras de elite do sexo
feminino no Exército Vermelho, das quais somente cerca de 500, sobreviveriam à
guerra. Como atiradora, fez sua primeira vítima nas proximidades de Belyayevka,
usando um fuzil de ferrolho Mosin-Nagant, com luneta, armamento comum entre os
atiradores russos, como Roza Shanina e Vassili Zaitsev.
Lyudmila com seu fuzil semiautomático Tokarev SVT-40 em foto posada de propaganda
Pavlichenko lutou por mais ou menos
dois meses e meio em Odessa, onde contabilizaria 187 mortes. Quando os alemães
tomaram o controle de Odessa, sua unidade foi evacuada através do Mar Negro até
o porto de Sebastopol na Península da Crimeia. Em maio de
1942, já no posto de tenente, foi condecorada por ter matado 257 soldados
alemães. Seu número total de mortes durante a 2ª Guerra seria de 309, incluindo
36 snipers inimigos e pelo menos 100 oficiais. Normalmente costumava trabalhar
com um observador a uns 200-300 metros à frente de sua unidade, muitas vezes
ficando imóvel por 18 horas seguidas.
Em junho de 1942, Pavlichenko foi
atingida por um morteiro e retirada da batalha por quase um mês, até sua
recuperação. Após sua recuperação, foi
enviada para o Canadá e para os Estados Unidos, para uma visita pública e se
tornou a primeira cidadã soviética a ser recebida pelo presidente dos Estados
Unidos, Franklin Roosevelt, que a recebeu na Casa Branca. Depois, ela foi
convidada por Eleanor Roosevelt a fazer um tour pela América relatando suas
experiências em combate. Como presente ganhou uma pistola Colt automática, e,
no Canadá, foi presenteada com um fuzil Winchester, que atualmente está no
Museu das Forças Armadas de Moscou.
Selo soviético homenageando a atiradora Lyudmila
Pavlichenko
Promovida a major, nunca mais voltou
ao combate, mas se tornou instrutora e treinou vários snipers soviéticos até a
guerra terminar. Em 1943, ela recebeu a Estrela de Ouro de Heroína da União
Soviética, fato que rendeu sua imagem num selo comemorativo. Seu armamento preferido
era um fuzil Tokarev SVT-40, semiautomático.
Pós-guerra
Depois da guerra, ela terminou seus
estudos na Universidade de Kiev e começou uma carreira como historiadora. De 1945 a 1953, foi assistente de pesquisas do
Quartel-General da Marinha Soviética.
Em 1976, foi novamente lembrada em
outra edição dos selos comemorativos. Sendo depois integrada ao Comitê
Soviético de Veteranos da Guerra. Pavlichenko morreu dia 10 de outubro
de 1974, aos 58 anos, e foi enterrada no Cemitério Novodevichy em Moscou. Dois
anos depois um navio cargueiro ucraniano seria batizado com seu nome.
Fonte: Wikipedia
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