A essa altura dos acontecimentos, tanto os insurretos quanto os
holandeses procuraram obter reforços. Do Grão-Pará vieram cerca de 800
homens – 113 soldados, os demais, indígenas – com os irmãos João Velho
Maciel e Pedro Maciel, para reforçar a insurreição e apertar o cerco
contra São Luís. No dia 21 de outubro, o governador holandês pediu
socorro a Nassau, mas, sem dispor de tropas em quantidade suficiente, o
stadthoulder enviou o tenente-coronel
James Henderson, com apenas algumas poucas companhias. Ao chegar ao
Maranhão, no entanto, o oficial da Companhia das Índias Ocidentais
constatou que o sítio à São Luís já estava bastante intenso, e suas
tropas nada poderiam fazer para deter a rebelião geral; como resultado,
determinou que suas tropas ocupassem posições defensivas.
Oficial da Companhia das Índias Ocidentais
Em janeiro de
1643, indignado pela ausência de reforços, o tenente-coronel Henderson
escreveu ao stadthoulder e ao Alto e Secreto Conselho com sua apreciação
sobre as razões do levante no Maranhão:
"As coisas vão mal para nós no Maranhão. Vejo nisso um justo castigo
de Deus, pelo tratamento brutal que o comandante Schade e os nossos
próprios compatriotas deram aos portugueses, pois é certo que, por mera
avidez e sob os pretextos mais fúteis, arrebataram aos plantadores o seu
açúcar, sem que lhes pagassem um soldo. A causa única do levantamento
foi a 'diabólica cobiça da inconstante riqueza'”.
Acometida por numerosos e sucessivos ataques, São Luís resistiu ao sítio por quase um ano e meio. Em um desses assaltos perdeu a vida Antônio Muniz Barreiros, que foi substituído no comando pelo também senhor-de-engenho Antônio Teixeira de Melo. Esgotada por falta de recursos, a guarnição holandesa em São Luís rendeu-se em 28 de fevereiro de 1644 e as tropas portuguesas entraram triunfantes nas ruínas da cidade semidestruída.
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"A guerra do açúcar: as invasões holandesas no Brasil"
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