sábado, 26 de setembro de 2015

UNIFORMES - SARGENTO ALEMÃO DO AFRIKA KORPS

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Exército Alemão
5ª Divisão Ligeira do Afrika Korps
Líbia, 1941


O sargento ao lado está armado com uma submetralhadora MP-40 com seis carregadores de lona para 35 cartuchos, granada de mão M24, tipo "amassador de batatas", capacete M35, óculos de proteção contra o sol, medalha de assalto de infantaria e a faixa de punho do Afrika Korps.  Instituída em meados de 1941, a faixa podia ser utilizada pelos soldados que serviram pelo menos dois meses no Teatro de Operações africano. 

No pescoço, traz um lenço despadronizado, bastante útil para enfrentar as tempestades de areia comuns no norte da África.  O gorro com pala que leva preso ao cinturão se converteu no símbolo não oficial do Afrika Korps. Branqueado quase por completo pelo sol implacável, era a marca de um combatente veterano do deserto.


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quinta-feira, 10 de setembro de 2015

PESONAGENS DA HISTÓRIA MILITAR - CORONEL JOHN BOYD

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* 23/01/1927 - Erie, EUA

+ 9/03/1997 - West Palm Beach, EUA


O resultado da II Olimpíada de História da AFA, realizada no último mês de julho, descortinou um personagem pouco conhecido da história da aviação, o do coronel John Boyd, nome adotado pela equipe vencedora.  Com a colaboração do amigo Cel Cláudio Calaza, professor de História Militar da AFA, vamos conhecer um pouco mais sobre a vida do coronel John Boyd.


John Richard Boyd (1927 – 1997) foi um oficial da United States Air Force que, além de habilidoso piloto de caça, se tornou um importante teórico da arte da guerra ao revolucionar as condutas do combate aéreo. Ele concebeu o sistema OODA loop, um ciclo decisório de pilotagem que consiste em observar, orientar, decidir e agir. Com certeza, podemos afirmar que John Boyd foi o grande teórico do combate aéreo da segunda metade do século XX, assim como  Oswald Boelcke foi para os primórdios da aviação de caça durante a  Primeira Guerra Mundial.


Ele começou sua carreira militar em 1944, ingressando no Corpo Aéreo do Exército dos EUA. Até 1947, serviu no Japão ocupado como instrutor de natação. Depois de se formar em economia na Universidade de Iowa, ingressou na USAF para ser aviador. Chegou ao final da Guerra da Coreia como piloto de F-86 Sabre, no qual só conseguiu avariar um MiG-15 em combate. Mesmo assim, em pouco tempo, tornou-se o melhor no seu esquadrão, aprendendo a razão da vantagem do F-86 sobre o MiG-15.


No final da guerra, os pilotos americanos dominavam os céus da Coreia: a “kill rate” nos últimos meses da guerra chegou a 14:1 a favor do F-86 e, no final, 792 MiGs foram abatidos, para 78 jatos F-86 Sabres. A tática dos pilotos americanos na Coreia era basicamente a do P-38 na Segunda Guerra, ou seja, eles mergulhavam sobre as formações de caças inimigas e evitavam entrar em “dogfight” em separado com os MiGs.

F-86 Sabre contraMIG-15 na Coreia. Esse duelo foi fundamental para que Boyd desenvolvesse suas teorias para a aviação de caça.


Ainda como tenente, John Boyd, debruçou-se sobre a questão do combate do F-86 Sabre contra o MiG-15. Ele reconheceu que o “canopy” em bolha do Sabre dava uma melhor consciência situacional aos pilotos americanos e os controles totalmente hidráulicos lhes permitiam uma transição de manobras ofensivas para defensivas mais rápidas que os dos pilotos soviéticos. Uma capacidade de observação melhor, aliada à maior agilidade, foi a chave para o sucesso dos pilotos de caça americanos durante a Guerra da Coreia.


No esquadrão, Boyd recebeu o apelido de “Forty-Second Boyd”, porque desafiava outros pilotos em combates aéreos de 40 segundos, oferecendo US$ 40 caso fosse derrotado. Em combate aéreo simulado, Boyd nunca era vencido. Ele começava os combates dando vantagem aos seus oponentes, que iniciavam em sua posição 6h. Começado o combate, Boyd conseguia “frear” seu avião no ar, aplicando a manobra que ele batizou de “flat-platingthebird”, obrigando o oponente a ultrapassá-lo (overshoot), finalizando o desafiante com uma rajada certeira e com “guns, guns, guns” no rádio. 


Depois da Guerra da Coreia, por grande sua habilidade, Boyd foi indicado instrutor da Fighter Weapons School (FWS). Lá formou centenas de pilotos da USAF, dos Marines, da US Navy e aviadores estrangeiros. Em fevereiro de 1956, na revista da FWS, publicou um dos seus mais raros escritos: “A ProposedPlan for Fighter Vs. Fighter Training”. Depois escreveu sobre diferentes manobras táticas e como manter o nariz do avião sobre o alvo usando os pedais num “dogfight”. No começo de 1960, Boyd concluiu o estudo de 150 páginas chamado “Aerial Attack Study”, que tornou-se o manual oficial de tática da USAF no mesmo ano.


Os estudos do capitão Boyd revolucionaram as táticas básicas de combate aéreo, compilando todas as manobras num único manual. Somando-se às descrições técnicas das evoluções aéreas, explicou seu significado tático para os pilotos novatos. Em uma década, o “Aerial Attack Study” tornou-se o manual de forças aéreas de quase todas as forças aéreas do mundo, transformando para sempre o modo como combate aéreo seria travado. Para Boyd, não era mais a velocidade, nem a potência, que habilitavam um piloto a manobrar melhor que o adversário. Era o nível de energia!


Com 34 anos de idade começou seus estudos no Georgia Institute of Technology, no outono de 1960. Nos anos seguintes, tornou-se um dos mais importantes militares da área de projetos e operações de caça da USAF. Quando deixou o serviço ativo, como coronel, tornou-se consultor da USAF no Pentágono, sendo o grande responsável pelo desenvolvimento das novas gerações de caças como o F-111, F-16 e F-18. Por conta de sua participação no desenvolvimento tecnológico aeronáutico, foi um dos expoentes do movimento de reforma das Forças Armadas americanas nas décadas de 1970 e 1980.

O Ciclo OODA (Observar, Orientar, Decidir e Agir) foi um conceito introduzido por Boyd e originalmente aplicado aos processos de operações de combate, muitas vezes ao nível estratégico


O coronel Boyd nunca publicou um livro. Suas obras escritas são manuais e um artigo que contém a parcela teórica de seu conhecimento e um trabalho da Air University, de conteúdo estritamente militar. Toda sua teoria de guerra aérea está contida em diversas apresentações de slides, que eram feitas para tomadores de decisão do Pentágono e para oficiais do Alto Comando da USAF. Dentre as centenas de apresentações feitas por Boyd, pode-se dizer que a mais importante foi realizada para Dick Cheney, o então Secretário de Defesa dos EUA. Essa apresentação ocorreu justamente no momento de preparação dos EUA para a Operação Tempestade no Deserto, dando início à Guerra do Golfo de 1991, na qual ocorreu aquela que é considerada a última guerra aérea de nossa história. Na ocasião, Boyd expôs sua teoria estratégica, e especialmente a aplicação do ciclo OODA, amplamente aplicado pelos pilotos da USAF durante a operação.


Apesar de sua destacada participação na concepção da estratégia militar americana, as menções claras à influência do coronel John Boyd são raras. Grande parte do reconhecimento de seu trabalho é feito somente no que diz respeito à teoria de guerra de movimento aéreo, ou aos modernos caças que este ajudou a desenvolver.

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segunda-feira, 7 de setembro de 2015

IMAGEM DO DIA - 07/09/2015 - DIA DA PÁTRIA

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Parada militar de 7 de setembro.  Tropa do 1º Batalhão da Força Pública do Paraná pronta para o desfile durante a década de 1930

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quinta-feira, 3 de setembro de 2015

A DEFESA DE FERNANDO DE NORONHA DURANTE A 2ª GUERRA MUNDIAL - PALESTRA NO IGHMB

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Caros leitores do Blog Carlos Daróz - História Militar,

No próximo dia 8 de setembro estaremos proferindo a palestra O Exército Brasileiro na defesa de Fernando de Noronha durante a 2ª Guerra Mundial, na sede do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil.

A apresentação é fruto de trabalho de pesquisa bibliográfica, documental e de campo, realizada nos anos de 2013 e 2014, e contará com fotografias inéditas, tiradas pelo meu avô em 1941, quando serviu na Artilharia Antiaérea na defesa da ilha.

Você é nosso convidado e a entrada é franca.