domingo, 25 de outubro de 2015

MUSEU DE ARMAMENTO DE SANTOS - CASA DO TREM BÉLICO


Confira, a seguir, o folder do Museu de Armamento de Santos, a Casa do Trem Bélico, dirigido pelo Prof. Aldo João Alberto.  

Vale a pena uma visita para conhecer o robusto acervo de armas e um pouco mais sobre a História Militar brasileira.

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Rua Tiro Onze nº 11
Centro Histórico
Santos - SP


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quarta-feira, 14 de outubro de 2015

IMAGEM DO DIA - 14/10/2015

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Durante a Segunda Guerra Anglo-Holandesa, em 1667, navios holandeses são interceptados pela esquadra inglesa quando da incursão em Medway 

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A MARCHA DA MORTE DE BATAAN



A "Marcha da Morte" de Bataan é o nome como ficou conhecido um dos maiores crimes de guerra da 2ª Guerra Mundial, ocorrido no início da Guerra do Pacífico, contra prisioneiros norte-americanos e filipinos derrotados pelas forças japonesas após a Batalha de Bataan, parte da Campanha das Filipinas, ocorrida entre dezembro de 1941 e abril de 1942.

Preparativos

Em 9 de abril de 1942, cerca de 75.000 soldados norte-americanos e filipinos renderam-se em Bataan ao 14° Exército japonês, formado por 50.000 soldados e comandado pelo Tenente-general Masaharu Homma. Superados em número e esperando que a batalha continuasse por mais tempo, os japoneses acreditavam que o número de prisioneiros de guerra rendidos fossem de cerca de 25.000 e não estavam preparados em estrutura e contingente para tomar conta do número total de soldados capturados.

O planejamento da transferência dos prisioneiros de Bataan para o campo de prisioneiros O’Donell , na província vizinha de Tarlac, ficou a cargo de oficiais do exército de Homma, enquanto os japoneses preparavam o assalto final às forças que defendiam o resto das Filipinas.
A primeira fase desta operação consistia em trazer todos os prisioneiros reunidos nas Montanhas Mariveles até a capital da península de Bataan, Balanga City, num percurso a pé de cerca de 30 km, que se esperava fosse cumprido em um dia. Dali, os homens seriam transportados em 200 caminhões por mais 50 km até a estação de San Fernando, de onde seriam transportados em trens por mais 50 km até a vila de Capas, a 8 km do destino final, para onde marchariam a pé; hospitais de campanha e estações de descanso deveriam ser estabelecidas ao longo do percurso.


A Marcha

Apesar do General Homma ter esperado fazer 25.000 prisioneiros após a rendição de Bataan, ficou surpreso com o total de mais de 75.000 (66.000 filipinos e 11.000 norte-americanos) esfomeados, sedentos e atacados pela malária. Durante a batalha, apenas 27.000 destes homens estavam listados como “combatentes efetivos” e ¾ deles estavam infectados pela malária.

Como resultado da situação encontrada, os japoneses tiveram grandes dificuldades de transportá-los desde o início. A etapa inicial de 30 km a pé até Balanga City, planejada para durar um dia, custou três para milhares deles. A distribuição de comida era quase impossível e a maioria não recebeu nada; 4.000 feridos e doentes tiveram que ser deixados para trás a fim de serem tratados em Bataan pelos japoneses por não terem condições e caminhar. A diminuição de provisões e de homens entre os invasores, que nesse momento ainda lutavam para tomar Corregedor, causou irritação entre os soldados encarregados da guarda dos prisioneiros e diversos deles escaparam, pois, pela limitação de recursos humanos, um máximo de quatro guardas armados acompanhava cada grupo de 300 prisioneiros.

Ao chegar à capital Balanga, ficou claro que os caminhões não poderiam transportar nem a metade do número de prisioneiros e aqueles que não conseguiram lugar nos veículos tiveram que marchar a pé por mais 50 km até a estação de San Fernando, por estradas sem sombra, debaixo de sol forte e com algumas partes asfaltadas. A poeira fina que se levantava no ar causava dificuldade de respirar e de enxergar e o asfalto quente queimava os pés dos prisioneiros descalços; os homens que se recusavam a abandonar seus pertences eram os primeiros a cair; os últimos nove quilômetros da marcha até San Fernando foram os mais duros que os prisioneiros tiveram que enfrentar.

Prisioneiros conduzindo feridos durante a "marcha da morte"

Aqueles que conseguiram chegar à estação de trem foram trancados em prisões improvisadas onde finalmente tiveram direito a comida, água e algum atendimento médico. Em seguida, foram todos colocados dentro de trens apertados que os levou até Canpas.  Durante a viagem de três horas, centenas de prisioneiros vomitaram e sofreram ataques de disenteria e muitos sufocaram em seu próprio vômito até a morte; os que chegaram a Capas vivos ainda foram obrigados a marchar por 12 km até ao campo O’Donnell.

Durante nove dias, a maioria dos prisioneiros filipinos e americanos doentes e feridos foram forçados a marchar mais de 2/3 da distância de 150 km entre Bataan e o campo O’Donnell. Aqueles que tiveram sorte suficiente de serem transportados nos caminhões até San Fernando tiveram que marchar 40 km até o campo. No caminho, eles apanhavam constantemente e frequentemente lhes negavam a água e comida prometida. Aqueles que ficavam para trás eram executados ou deixados para morrer e o lado das estradas ficou cheio de corpos ou de homens estendidos implorando por ajuda. O número de prisioneiros em marcha foi diminuindo pelo calor, malária, disenteria e desidratação.

Entretanto, os castigos infligidos aos prisioneiros não eram, na maioria, provenientes de japoneses mas de coreanos alistados no exército imperial – o Japão ocupava a Coréia há mais de trinta anos – que por não terem a confiança dos japoneses para participarem de combates no campo de batalha, eram colocados na função de guarda de prisioneiros.

Ao fim da "Marcha da Morte", cerca de 54.000 prisioneiros chegaram ao destino com vida. A contagem de mortos é difícil de ser estabelecida com precisão porque milhares deles conseguiram escapar dos guardas durante a marcha, muitos morrendo nas florestas de Luzon; em alguns casos piedosos, prisioneiros chegaram a ser libertados nas matas por seus captores por absoluta impossibilidade de cuidar de todos. Num total provável, cerca de 650 norte-americanos e 10.000 filipinos morreram antes de chegar ao campo O’Donnell.

Soldados japoneses escoltando prisioneiros nas Filipinas

Crime de guerra

 

Após a rendição do Japão, em 2 de setembro de 1945, o general Homma foi trazido diante do Comissariado Aliado de Crimes de Guerra, em Manila, para responder por seus atos, não apenas as atrocidades na “Marcha da Morte”, mas também as que se seguiram no campo O’Donnell.

O general, que tinha estado completamente absorto em seus esforços para tomar Corregedor e concluir a conquista das Filipinas, não teve conhecimento do que acontecia e só foi informado dos detalhes da matança dois meses após o ocorrido. Sua negligência lhe custou a vida.

Julgado e condenado por crime de guerra foi executado por um pelotão de fuzilamento nos arredores de Manila em 3 de abril de 1946.

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sábado, 10 de outubro de 2015

A GUERRA DO AÇÚCAR - AS INVASÕES HOLANDESAS NO BRASIL





Caros leitores e amigos do Blog Carlos Daróz - História Militar
 
Depois do sucesso de nosso livro Um céu cinzento: a história da aviação durante a Revolução de 1932, é com satisfação que comunico o lançamento de nossa nova obra A Guerra do Açúcar: as invasões holandesas no Brasil.  Para você que gosta de estudar a História Militar trata-se de uma fonte bastante importante para compreender o maior conflito de nosso Período Colonial.


SINOPSE

Durante trinta anos, no curso do século XVII, uma grande parte do Nordeste brasileiro era holandês.  Em busca de um produto extremamente valioso na Europa – o açúcar – a Companhia das Índias Ocidentais holandesa realizou duas tentativas de instalar uma colônia no Brasil, dando origem a um intenso e custoso conflito.
A partir de fontes historiográficas brasileiras e europeias, A Guerra do Açúcar conta a história desse conflito que colocou a Companhia das Índias Ocidentais contra Portugal, Espanha e nativos do Brasil.
O período holandês no Brasil pode ser estudado sob diversos enfoques: político, econômico, social, cultural etc.   A Guerra do Açúcar analisa o período das invasões sob a ótica da História Militar e, para contar essa história, o autor acessou toda a historiografia disponível e visitou diversos museus, campos de batalha e fortificações remanescentes na região Nordeste do Brasil.
Uma história de homens rudes, soldados e insurretos, mercenários e piratas, índios e negros; de um povo que se recusou a ser dominado por uma cultura estranha e hostil.  Uma história de lutas e sacrifícios, mas, sobretudo, de esperança em um destino mais promissor.
A Guerra do Açúcar é prefaciada pelo general Aureliano Pinto de Moura, presidente do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil.


ESTRUTURA DO LIVRO

Prefácio – General Aureliano Pinto de Moura, presidente do IGHMB
Apresentação
Capítulo 1 -  Um projeto ousado
Capítulo 2 -  A fala de Deus – A arte da guerra no século XVII
Capítulo 3 -  As forças coloniais portuguesas no Brasil
Capítulo 4 -  As forças da Companhia das Índias Ocidentais
Capítulo 5 -  Os holandeses invadem a Bahia
Capítulo 6 -  O “terror dos mares” – Período entre as invasões
Capítulo 7 - Os holandeses conquistam o Nordeste
Capítulo 8 -  O Conde expande a conquista
Capítulo 9 -  A Guerra da Liberdade Divina
Capítulo 10 -  Negociando o Brasil
Capítulo 11 -  O Legado
Bibliografia
Notas


SOBRE O AUTOR

Carlos Daróz, editor do Blog, é oficial de Artilharia do Exército Brasileiro, historiador militar, professor e pesquisador.  Nascido no Rio de Janeiro, obteve seu bacharelado em Ciências Militares pela Academia Militar das Agulhas Negras e diplomou-se Mestre em Operações Militares na Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais.  Paralelamente à vida militar, desenvolveu sua carreira acadêmica. Com licenciatura em História pela Universidade Salgado de Oliveira, especializou-se em História Militar pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro e pelo Instituto de Geografia e História Militar do Brasil.  Atuou como professor do Colégio Militar do Recife e do curso de pós-graduação em História Militar, da Universidade do Sul de Santa Catarina.  É Diretor de Comunicação Social do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil e pesquisador-associado do Centro de Estudos e Pesquisa em História Militar, da Diretoria do Patrimônio Histórico e Cultural do Exército Brasileiro.
Historiador militar da nova geração, possui dezenas de artigos e trabalhos de História Militar, publicados na Revista do Exército Brasileiro, A Defesa Nacional, Revista da Universidade da Força Aérea, Revista Militar (Portugal) e outros periódicos especializados.  É palestrante frequente de temas relacionados à História Militar, tanto no meio militar, quanto na academia.
E autor do livro Um céu cinzento: a história da aviação na Revolução de 1932, eu conta a história do emprego do Poder Aéreo na Revolução Constitucionalista.


FICHA TÉCNICA
A Guerra do Açúcar:
As invasões holandesas no Brasil


Autor: Carlos Roberto Carvalho Daróz
Editora: Editora Universitária da UFPE
ISBN: 978-85-415-0518-5
Gênero: História Militar
Prefácio do General Aureliano Pinto de Moura, presidente do Instituto de Geografia e História Militar do Brasil
445 páginas
65 imagens
5 tabelas
 Preço: R$ 50,00 (mais frete de R$ 8,00)

Conheça nossa página:  https://www.facebook.com/aguerradoacucar

Solicite seu livro pelo e-mail   aguerradoacucar@yahoo.com.br


Um abraço e muito obrigado,

Carlos Daróz

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sábado, 3 de outubro de 2015

A BATALHA DE BARNET (1471)

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A batalha de Barnet, ocorrida no dia 14 de abril de 1471, foi decisiva na Guerra das Rosas. Teve lugar perto da cidade de Barnet, 15 km a norte de Londres, na Inglaterra.


Os principais protagonistas foram o rei Eduardo IV da Inglaterra e Ricardo Neville, conde de Warwick, outrora amigos e aliados, separados pela tendência de Eduardo em favorecer a família da sua rainha Elisabeth Woodville. Em outubro do ano anterior, Warwick conseguira exilar Eduardo, substituindo-o no trono pelo seu predecessor de Lancaster, o rei Henrique VI da Inglaterra. Mas, depois, Warwick cometeu um erro ao aceitar ajudar o rei Luís XI da França no conflito com o duque de Borgonha. Essa ajuda levou a que os borgonheses oferecessem assistência militar a Eduardo, que regressou à Inglaterra em 14 de março de 1471.


Mapa com o dispositivo antes da batalha
 

Os dois exércitos tinham mais ou menos o mesmo número de homens, mas Warwick tinha o apoio do seu genro Jorge, o duque de Clarence, irmão de Eduardo, que desejava ter paz com este último.  Eduardo marchou sobre Londres enquanto Warwick estava em Coventry. Tendo retomado a sua capital, Eduardo marchou ao encontro de Warwick em Barnet.


Do lado dos Lancaster, John de Vere, 13º conde de Oxford, comandava o flanco direito; John Neville, 1º marquês de Montagu, comandava o centro; e Henrique Holland, 3º duque de Exeter, comandava o flanco esquerdo. O conde de Warwick ficava com a reserva. O total das tropas era de cerca de 13.000 homens.


Os Iorquistas, cerca de 10.000, estavam colocados de um lado e do outro da estrada, com Eduardo liderando o centro, o seu irmão Ricardo (mais tarde o rei Ricardo II da Inglaterra) o flanco direito, e Guilherme Hastings o flanco esquerdo.


O conde de Warwick, líder das tropas de Lancaster, é morto em combate
 

Os dois exércitos se postaram paralelos à grande estrada em vez de ficarem perpendiculares.  Com a bruma, algumas tropas de Lancaster confundiram-se entre elas. À medida que a bruma se levantava e quando Warwick se apercebia da sua derrota, este foi morto quando tentava chegar ao seu cavalo. O seu jovem irmão, o marquês de Montagu, foi também morto.


No mesmo dia a rainha Margarida desembarcara em Weymouth e começara a juntar tropas do país e do País de Gales. Caso tivesse conseguido juntar suas forças às de Warwick, as coisas poderiam ter tido um final diferente. Mas a vitória de Eduardo permitiu-lhe consolidar e preparar o confronto final contra a família real dos Lancaster, na batalha de Tewkesbury. 

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