domingo, 30 de agosto de 2015

O SARGENTO QUE SALVOU A TORRE DE PISA

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Em julho de 1944, após conquistarem Roma, os Aliados avançavam para a cidade de Pisa quando se depararam com um impasse.  A artilharia alemã, armada com lançadores de foguetes Nebelwerfer, trucidava soldados com rara precisão.  Os oficiais concluíram que os alemães deveriam ter um posto de observação, e o suspeito nº 1 era nada menos que a Torre de Pisa.  O sargento Leon Weckstein foi enviado com um rádio para encomendar um ataque de artilharia que a reduziria a escombros.  

Quando o californiano, que nunca tinha ouvido falar na torre, a viu com sua luneta, se encantou pela construção.  Minutos se passaram, com a artilharia pronta para atirar, sem resposta, mesmo após os alemães começarem a disparar no sargento, a partir de outros pontos, e ele ser forçado a bater em retirada.


Leon Weckstein durante a guerra



Nenhuma fonte alemã confirmou se havia ou não soldados na torre. O sargento não conseguiu ver nada.  Mas seu silêncio salvou o campanário, concluído em 1350 e que começou a entortar já durante a construção, iniciada em 1173.  No ano 2000, Weckstein afirmou ao jornal The Guardian: “Depois de 50 anos para pensar no assunto, tenho certeza que havia alemães lá”.

Fonte: Aventuras na História, The Guardian



sexta-feira, 21 de agosto de 2015

IMAGEM DO DIA - 21/08/2015

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O preço da guerra.  Os destroços de um biplano alemão Albatross D.III abatido durante a 1ª Guerra Mundial

LIVROS - BATALHAS MEDIEVAIS


A obra apresenta as vinte mais importantes batalhas da Europa e do Oriente Próximo na época em que os tradicionais códigos de cavalaria cediam lugar ao crescente profissionalismo dos exércitos. Começando com a Batalha de Hastings (1066), na qual a cavalaria de Guilherme da Normandia derrotou as forças saxônicas de Haroldo, e concluindo com a Batalha de Brunkeberg (1471), em que uma milícia sueca derrotou um exército profissional moderno, liderado pelo rei dinamarquês Cristiano I. As batalhas incluem confrontos maciços entre cavalarias, como a destruição, por Saladino, de um exército de cruzados em Hattin (1187) e a vitória mongol em Liegnitz (1241); o emprego do devastadoramente eficaz arco longo em Crécy (1346) e Agincourt (1415); o bem-sucedido ataque anfíbio de venezianos e cruzados a Constantinopla (1204); e as batalhas navais em Malta (1283) e Sluys (1340).


Inclui relatos vívidos de confrontos menos conhecidos, como Bouvines (1214), o sítio do Château Gaillard (1203-1204) e a vitória dos humildes hussitas contra seus senhores em Vítkov, próximo a Praga (1420), onde tanto carroças como pólvora foram usadas com grandes resultados.

Cada batalha inclui uma introdução uma descrição concisa da ação e uma análise das conseqüências. Inclui mapas coloridos, especialmente para ilustrar as disposições e a movimentação dos exércitos, e, - em um relance - o desenvolvimento da batalha.

Batalhas Medievais é um registro histórico dos principais conflitos da Idade Média, e uma fonte essencial para todos os interessados em batalhas e táticas de guerras medievais.


Batalhas Medievais.   Kelly Devries, Martin Dougherty, Iain Dickie, Phyllis Jestice e Christer Jorgenstein.  M. Books, 224 páginas.
 
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sexta-feira, 14 de agosto de 2015

EXPOSIÇÃO SOBRE A FEB EM PORTO ALEGRE-RS

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Uma boa dica para quem é de Porto Alegre e região.

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quinta-feira, 13 de agosto de 2015

FALECIMENTO DO TEN CEL AVIADOR LUIZ FERNANDO CABRAL, O MAIS ANTIGO PILOTO DE ENSAIOS EM VOO DO BRASIL


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O Blog Carlos Daróz - História Militar lamenta informar o falecimento do Ten Cel Aviador Luiz Fernando Cabral, o mais antigo piloto de ensaios em voo do Brasil.  Tivemos a oportunidade de conhecer pessoalmente o Cel Cabral em 2013, por ocasião do Encontro de Jornalistas e Escritores de Aviação, promovido pela Associação dos Pioneiros e Veteranos da Embraer.
 
Em sua longa carreira de 44 anos, legou ao Brasil a inovação e o protagonismo nas lides da aviação.  à família enlutada, as nossas condolências.
 
A seguir, um resumo biográfico do Ten Cel Cabral elaborado pelo amigo jornalista Mário Vinagre.
 
O Ten Cel Av Ref Luiz Fernando Cabral, 83 anos, faleceu na madrugada de 11 de agosto de 2015 no Hospital da Aeronáutica, em São Paulo, capital. Deixou a esposa Janete e a filha Lara e, do primeiro casamento, as filhas Janine, Monique e Tatiana.

O Cel Cabral, na época em que era Piloto de Provas Chefe da Embraer e estava ensaiando o protótipo brasileiro do AMX, o YA-1 4200.


Luiz Fernando Cabral nasceu em Nova Iguaçu (RJ) em 6 de dezembro de 1931. Ingressou no Colégio Militar do Rio de Janeiro em 1943 e iniciou carreira na Força Aérea Brasileira (FAB) em 1949, na primeira turma da Escola Preparatória de Cadetes do Ar (EPCAr), em Barbacena (MG), tendo concluído o Curso de Formação de Oficiais Aviadores na Escola de Aeronáutica (EAer), no Campo dos Afonsos (RJ), em 1954.


Atuou como Piloto de Caça de 1955 a 1963. Serviu no 2º/5º Grupo de Aviação, em Natal (RN), onde voou o famoso P-47 Thunderbolt; no 1º/14º Grupo de Aviação, em Porto Alegre (RS) e no 1º Grupo de Aviação de Caça, em Santa Cruz (RJ), onde pilotou os Gloster TF7 e F8 Meteor; e no 1º/4º Grupo de Aviação, em Fortaleza (CE), onde voou os T-33A T-Bird e F-80C Shooting Star.


Em 1964 foi transferido para o Centro Técnico da Aeronáutica (CTA), em São José dos Campos (SP), sendo classificado no Departamento de Aeronaves (PAR) do Instituto de Pesquisas e Desenvolvimento (IPD), onde teve os primeiros contatos com voos de ensaios em aviões protótipos.


Matriculou-se no Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA) em 1965, formando-se Engenheiro Aeronáutico, na especialidade Aeronaves, em dezembro de 1969.  Frequentou a Aerospace Research Pilot School (ARPS), escola de pilotos de provas da United States Air Force (USAF), na Base Aérea de Edwards, Califórnia, graduando-se na Turma 71-B, como Experimental Test Pilot Engineer, em abril de 1972.


Foi Diretor de Operações do Salão Internacional Aeroespacial (SIA), evento comemorativo aos 100 anos do nascimento de Alberto Santos Dumont, realizado em São José dos Campos (SP), em setembro de 1973, através de uma parceria entre o Ministério da Aeronáutica e a Alcântara Machado Comércio e Empreendimentos.


Ainda no CTA, atuou como Piloto de Ensaios, chefiou o Departamento de Aeronaves (PAR) e o Laboratório de Aerodinâmica (PLA). Foi Vice-Diretor Técnico do Instituto de Pesquisas e Desenvolvimento (IPD), tendo exercido simultaneamente as funções de Piloto de Provas em projetos de desenvolvimento e homologação de aeronaves da Embraer.


Passou à reserva da FAB, como Ten Cel, em julho de 1977, ingressando na Embraer, onde atuou como Piloto de Provas Chefe até julho de 1987. Nessa função, participou do desenvolvimento e certificação de diferentes versões do Bandeirante, do Ipanema e do Xingu, e fez os primeiros voos e atuou nas campanhas de desenvolvimento e certificação do Tucano, do Brasília e do AMX. Em preparação para este último programa, voou os Mirage III DBR (F-103D) e EBR (F-103E), em Anápolis (GO), onde recebeu o designativo Jaguar 50, e pilotou também os F-5B e F-5E Tiger II, no 1º Grupo de Aviação de Caça (RJ).


O primeiro protótipo brasileiro do AMX, YA-1 FAB 4200, em seu primeiro voo nas mãos do Cel Cabral, em 16 de outubro de 1985.


Ainda na Embraer, exerceu a função de Piloto Chefe de Voos de Aceitação de julho de 1987 até novembro de 1990, quando deixou a empresa.


Como profissional autônomo, trabalhou na ESCA, na Air Brasil, na Aeromot e na Associação das Indústrias Aeroespaciais do Brasil (AIAB) entre 1991 e 1995.


Sua última atuação como Piloto de Provas aconteceu entre outubro de 1995 e janeiro de 1996, no programa de desenvolvimento do avião turboélice de treinamento KTX-1, do Ministério da Defesa da Coreia, posteriormente produzido pela Korea Aerospace Industries Ltd. como KT-1A Woong-Bee para a Republic of Korea Air Force (RoKAF) e outros clientes de exportação.


Luiz Fernando Cabral foi o segundo, e também o mais antigo, piloto de provas do Brasil, e seu designativo nos voos de ensaio era Prova 02. Nessa função, vivenciou momentos únicos de pioneirismo e desbravamento da indústria aeronáutica nacional, contribuindo sobremaneira para tornar mais seguros e fáceis de voar aviões civis e militares desenvolvidos no país, que posteriormente se tornaram sucessos de vendas nos mercados interno e externo.


O editor do Blog Carlos Daróz-História Militar e o Cel Cabral trocando livros em 2013, por ocasião do Encontro de Jornalistas e Escritores de Aviação


Durante sua longa carreira de 44 anos na aviação, o Ten Cel Av Cabral voou mais de 70 modelos diferentes de aeronaves e acumulou 8.937 horas de voo.


Sua vida de aviador é relatada no livro “No Céu, na Terra e no Mar – Memórias de um Piloto de Provas”, lançado em 2011 através de um trabalho conjunto entre a MBV Editores e a Somos Editora, ambas de São José dos Campos.


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segunda-feira, 3 de agosto de 2015

RECUPERADO UM MESSERSCHMITT Me-109 NA HOLANDA

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Um grupo de mergulhadores civis encontrou um Messerschmitt Me-109 no lago Yssel, na Holanda. As forças armadas montaram rapidamente uma operação de retirada da munição e armamento. Não há restos humanos.

Uma equipe civil de mergulho, que visava encontrar um bimotor Lockheed Hudson da RAF, perdido durante a 2ª Guerra Mundial, encontrou ao invés um avião de caça alemão.

Os mergulhadores identificaram os destroços como os de um Messerschmitt Me-109 pelas inscrições em um tanque de combustível.

Esquadrilha de Me-109 da Luftwaffe em ação durante a 2ª Guerra Mundial



Dado que diversas pessoas estavam cientes da posição do avião, o Ministério da Defesa holandês agiu rápido. Armas e munição ainda poderiam estar a bordo, e representavam um perigo muito real.

Uma missão composta pelo Grupo de Mergulho da Marinha, Serviço de Resgate da Força Aérea e Departamento de Explosivos do Exército, foi posta em execução. A Marinha pôs à disposição seu navio de mergulho Argus.

Os destroços do Me-109 a bordo do navio Argus, da Marinha Holandesa. É possível ver o trem de pouso recolhido no interior da asa


Encontramos uma grande quantidade de armas e munição”, disse o Major Arie Kappert, da Força Aérea. Partes dos destroços foram trazidas para a superfície. Agora, o esforço se concentra em identificar o serial da aeronave para descobrir quem foi seu piloto.


Fonte: Duiken


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