quarta-feira, 21 de maio de 2014

IMAGEM DO DIA -21/05/2014

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Cerimônia de compromisso à bandeira no Campo dos Afonsos, durante a década de 1930.  O Campo dos Afonsos era a principal base da Aviação Militar, na época, pertencente ao Exército Brasileiro.

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terça-feira, 20 de maio de 2014

PENSAMENTO MILITAR - OS HOMENS E A GUERRA

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"Embora seja difícil precisar a responsabilidade por sua eclosão, a guerra é comumente vista como uma atividade desencadeada pelos homens, mais do que um castigo de Deus ou uma obra do diabo."

(Quincy Wright, cientista político norte-americano)

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sexta-feira, 9 de maio de 2014

LANÇAMENTO - MBOOKS LANÇA "HISTÓRIA DA 1ª GUERRA MUNDIAL - VITÓRIA NA FRENTE OCIDENTAL"





No ano em que comemoramos o centenário do início da 1ª Guerra Mundial, a M Books Brasil lança uma excelente obra sobre o conflito.

O lançamento da M.books deste mês examina as táticas de combate preferidas pelos alemães e pelos Aliados, em um trabalho conjunto de comando e controle da artilharia, dos tanques, da infantaria e da aviação, que atingiu um nível de sofisticação jamais visto naquela época.


No início de 1918, as inovações técnicas na fabricação de tanques e aviões, e a entrada dos Estados Unidos na guerra, foram decisivas para a derrota da Alemanha em algumas frentes de batalha. A vitória só poderia ser conquistada com o uso imediato da nova e poderosa tática de combate: a “fire-waltz”, a barreira de fogo da artilharia, e do ataque das tropas de choque da infantaria.

Este livro traz o relato das batalhas na França no último ano da Primeira Guerra Mundial, em uma narrativa envolvente com depoimentos vívidos das trincheiras e dos campos de batalha feitos pelos soldados e oficiais de todas as nações, que participaram da guerra. À medida que os exércitos opostos avançavam e recuavam em meio a batalhas em lugares inóspitos e em circunstâncias adversas, Martin Evans mostra a importância dos progressos técnicos e das novas estratégias para derrotar o inimigo.


SOBRE O AUTOR
MARTIN MARIX EVANS: é historiador especialista em temas militares. Além da pesquisa e de trabalhos acadêmicos sobre a Guerra dos Boêres, a Primeira Guerra Mundial e a Segunda Guerra Mundial, Martin trabalhou com pesquisadores locais no campo de batalha de Nasaby por mais de uma década. É autor de Passchendale: The Hollow Victory e Somme 1914-1918: Lessons in War, além de livros sobre a experiência dos Estados Unidos na Primeira Guerra Mundial.

FICHA TÉCNICA
Lançamento em Maio de 2014
PÁGINAS: 216
FORMATO: 17x24
ISBN: 978-85-7680-237-2
 

FRANCESES X ALEMÃES: RIVAIS SECULARES

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O conflito entre as duas potências europeias é antiquíssimo, 

e o histórico inclui guerras longas e disputas que resultariam em guerras até o século 20

 

 

Por Cristiano Dias


De um lado o rei Luís XIV, Napoleão Bonaparte e o general Charles De Gaulle. Do outro, o déspota da Prússia Frederico II, o chanceler Otto von Bismarck e o führer Adolf Hitler. As duas potências continentais européias têm uma longa história de desentendimentos e crises. A relação conflituosa entre franceses e alemães arrastou o continente a pelo menos quatro guerras.

A americana Ruth Putnam, autora de Alsace and Lorraine: from Caesar to Kaiser (ainda sem tradução para o português), diz que o começo da rivalidade está nas escaramuças entre tribos celtas e germânicas, que no tempo do Império Romano ocupavam o que viria a ser os territórios atuais de França e Alemanha. Já o historiador francês René Lauret não vai tão longe. "Celtas e germânicos se espalhavam em tribos isoladas e não se adequavam ao conceito moderno de nação", afirma o autor de France and Germany: the Legacy of Charlemagne (também sem tradução para o português). A primeira fagulha entre franceses e alemães, portanto, esperou pelo nascimento de França e Alemanha, séculos mais tarde.

Lauret, como a maioria dos pesquisadores, considera como marco zero das duas nações a partilha de Verdun, em 843. O tratado dividiu o reino de Carlos Magno entre seus três netos: Lotário, Carlos e Luís. Carlos ganhou as terras ocidentais, que mais tarde se tornariam a França. Luís recebeu o reino oriental, de tradição germânica. No meio dos dois ficou o neto mais velho, Lotário, que herdara a cereja do bolo: todo o prestígio imperial, a capital, Aachen, e a região central do antigo reino. Mas, sem a menor unidade política, seu reino se esfacelou e o espólio passou a ser disputado freneticamente pelos outros dois. Desde então, franceses e germânicos passaram por pequenos desentendimentos de fronteira, nada grave. Isso porque a França, até o século XVI, só tinha olhos para o Atlântico, alimentando uma rivalidade mais antiga com os ingleses. Já os vizinhos alemães se mantinham ocupados com a Itália e os Bálcãs, tentando sempre expandir sua esfera de influência para além dos Alpes. Mas o quadro mudou quando os franceses expulsaram os ingleses do continente ao conquistar o porto de Calais em 1558. Só restava apontar a espada contra a Germânia.

Nunca é demais lembrar: o que entendemos hoje por Alemanha era, na época, um punhado de pequenos reinos que gravitavam em torno de uma confederação conhecida por Sacro Império Germânico, capitaneada pela Áustria e governada pela dinastia dos Habsburgos. O império era uma colcha de retalhos, o que o colocava em posição de desvantagem à França. Freqüentemente, os franceses apenas assistiam de camarote as pendengas internas, esperando tirar algum proveito territorial em intermediações de paz.


ATÉ QUE A GUERRA OS SEPARE

Foi exatamente isso o que aconteceu no primeiro grande choque entre os dois novos rivais, na Guerra dos Trinta Anos (1618-1648). O conflito teve início por causa de diferenças religiosas entre católicos e protestantes no Sacro Império Germânico e arrastou várias nações para uma guerra travada em solo alemão. O resultado foi desastroso. A população alemã foi reduzida de 16 para 8 milhões de habitantes, e o império, fragmentado em mais de 300 territórios soberanos. "A França saiu como vitoriosa. Em meio ao cenário caótico, anexou a Alsácia e rapidamente começou a escalada para se tornar a maior potência do planeta. O território seria fundamental para deflagrar conflitos futuros entre as duas nações", diz a inglesa Mary Fulbrook, professora de história da University College, de Londres.

A Guerra dos Trinta Anos, travada no século XVII, foi o primeiro conflito entre germânicos e franceses 


No século seguinte, aproveitando-se da debilidade do adversário, os franceses expandiram o país à custa de pequenos reinos alemães. Conquistaram a Lorena, a cidade de Estrasburgo e fincaram o pé na margem esquerda do Reno. Com a Alemanha dividida, ninguém poderia deter esse avanço. Manter os alemães enfraquecidos se tornou ponto comum na diplomacia francesa.

O século XVIII trouxe um novo componente à rivalidade: o surgimento da Prússia. No início, austríacos e prussianos lutaram ferozmente pela hegemonia regional. Esses conflitos eram tudo o que os franceses queriam - claro, torciam para que ninguém saísse vencedor. Durante a Guerra de Sucessão Austríaca (1740-1748), apoiaram a Prússia contra a Áustria. Dez anos mais tarde, na Guerra dos Sete Anos (1756-1763), cerraram fileiras com a Áustria contra a Prússia. "A rivalidade austro-prussiana neutralizava as duas nações e deixava os territórios germânicos à mercê da intervenção externa", escreveu o inglês Geoffrey Barraclough em The Origins of Modern Germany (ainda sem tradução para português).

Se a ascensão da Prússia acirrou a rivalidade interna com a Áustria e facilitou a vida da França, a Revolução Francesa teve o efeito contrário. Em 1792, pela primeira vez prussianos e austríacos se uniram contra os franceses, formando a primeira de uma série de coalizões contra os revolucionários que queriam varrer as monarquias da Europa. Apesar de terem sido fregueses de carteirinha da grande armée de Bonaparte, Prússia e Áustria foram sempre um obstáculo em todo o período napoleônico. Foi somente após a fracassada campanha de Napoleão na Rússia, em 1812, que prussianos e austríacos conseguiram derrotar o inimigo pela primeira vez - em 1813, na Batalha de Leipzig.

A derrota significou o maior equilíbrio entre franceses e alemães. O Congresso de Viena, em 1815, que redesenhou o mapa europeu, foi generoso com a Prússia, que herdou territórios na Renânia e na Vestfália, dobrando sua população e aumentando consideravelmente a influência sobre a recém-criada Confederação Germânica, a Deutsche Bund, o embrião da atual Alemanha.

O período que se seguiu à queda de Napoleão foi de relativa tranqüilidade para as relações franco-prussianas. A Prússia deu prioridade à consolidação frente aos estados germânicos. O plano era conseguir tomar a liderança regional, que até então sempre fora da Áustria. Por sua vez, a França continuava monitorando tudo de perto, mas não tinha tanta liberdade de ação por ainda se ressentir bastante das últimas desastrosas batalhas de Napoleão.

Tropas francesas resistem aos prussianos durante a Guerra Franco-Prussiana


O crescimento da Prússia, porém, fez com que uma vitória contra a Áustria fosse questão de tempo. Lentamente, sob a batuta do chanceler Otto von Bismarck, os prussianos foram colocando os austríacos para escanteio até confiná-los em um estado à parte. Bismarck sabia que a França jamais permitiria que a Prússia anexasse determinados estados germânicos e patrocinasse a unificação. Não sem outro conflito. Assim, em 1870 estourou a Guerra Franco-Prussiana. O embate durou cerca de um ano e foi uma rápida e contundente vitória da cada vez mais poderosa nação alemã, agora unificada sob a égide do kaiser Guilherme I da Prússia.

A vitória sobre a França deu à Alemanha o direito de reaver a Alsácia, boa parte da Lorena e ainda pedir uma fortuna de indenização aos franceses. Com isso, estava inventada uma fórmula incendiária que culminaria em duas guerras mundiais no século seguinte. Com a França batida e uma economia que não parava de crescer, o império alemão começou a procurar colônias.

Esse expansionismo embaralhou os interesses da Alemanha com os das potências coloniais já estabelecidas, principalmente Inglaterra e França. Um novo confronto era inevitável. Isoladas, Alemanha, Áustria e Itália formaram a Tríplice Aliança, à qual se opôs a Tríplice Entente, de russos, ingleses e franceses. E o barril de pólvora da Europa foi de novo pelos ares.

Hitler entra triunfante em Paris em 1940: ápice do antagonismo franco-germânico


O Tratado de Versalhes, que deveria selar a paz após a Primeira Guerra Mundial, foi uma sentença humilhante para os alemães, parecido com o acordo que pôs fim à Guerra Franco-Prussiana anos antes. Novamente a paz deveria ser mantida à base de indenizações bilionárias e de uma total desmilitarização do inimigo. Não demorou muito para que o conflito fosse retomado. Dessa vez, a Alemanha, sob o comando de Hitler, invadiu a França com facilidade e ocupou o país por quatro anos.

A Segunda Guerra Mundial enterrou quase 40 milhões de pessoas. E, paradoxalmente, com elas morreu a hostilidade. França e Alemanha descobriram a parceria. Mas o caminho do diálogo foi longo. Os franceses só permitiram que os alemães reconquistassem a soberania em 1955. A importância estratégica da Alemanha Ocidental na Guerra Fria lhe garantiu lugar de honra na Otan e no nascente Mercado Comum Europeu. Ainda hoje franceses e alemães discordam de direções econômicas dentro da Comunidade Econômica Europeia - mas uma nova guerra entre Paris e Berlim é algo inimaginável.

Fonte: Aventuras na História
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quinta-feira, 1 de maio de 2014

PERSONAGENS DA HISTÓRIA MILITAR - MARECHAL JOÃO FREDERICO CALDWELL

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??/??/1801 - Santarém -Portugal

+  26/02/1873 - Rio de Janeiro-RJ


Filho do general Frederico Caldwell, João Frederico Caldwell nasceu em Santarém, Portugal, em 1801 e, já no Brasil, assentou praça no 1° Regimento de Cavalaria, no Rio de Janeiro.

Em 1817, combateu a Revolução Pernambucana, sob o comando do general Luís do Rego Brandão, e regressou ao Rio em 1820, sendo promovido a tenente. Em 1821 assinou o manifesto de 9 de janeiro, que solicitava que D. Pedro I ficasse no Brasil.

Promovido a capitão em 1821, foi enviado a Pernambuco para sufocar a Revolução Republicana. No ano seguinte, após breve passagem pela corte, partiu para o Rio Grande do Sul, para onde já havia sido enviado o 1° Regimento, então participando das operações na Guerra da Cisplatina. Lá serviu sob o comando por Bento Gonçalves, sendo por este elogiado.
Retornou à corte, com a familia e tentou retornar ao Rio Grande do Sul, obtendo sucesso somente em 1834, como major avulso. Tendo servido a D. Pedro I com apreço, foi considerado suspeito pelos regentes de Dom Pedro II e dispensado do exército.

Tornou-se comerciante no Rio Grande do Sul, porém, com o iniciar da Revolução Farroupilha, foi convocado pelo governo para acompanhar o presidente da província deposto Antônio Rodrigues Fernandes Braga em viagem à corte, abandonando seus negócios e ficando à disposição da corte para retornar ao Sul. Entretanto, contrário as suas expectativas, recebeu ordens para combater a Cabanada no Pará, mas conseguiu reverter as ordens e ser enviado de volta ao Rio Grande do Sul, tendo recebido o comando militar de Rio Grande, em 1836.

Em seguida, foi designado major da Brigada Provisória de Cavalaria, organizada por João da Silva Tavares, com a qual combateu na Batalha do Seival. Nesta ação foi ferido na mão direita - a qual posteriormente teve de ser amputada - e feito prisioneiro. Em 23 de outubro seguinte, conseguiu escapar e reintegrou-se às tropas legalistas.

Após uma temporada na corte, retornou ao Rio Grande do Sul, onde ficou até o término do conflito. Em 1842 foi promovido a coronel e, em 7 de julho de 1845, foi nomeado Comandante das Armas do Pará, onde permaneceu até 2 de setembro de 1846. Transferido de volta para o Rio Grande do Sul, foi promovido a brigadeiro no mesmo ano e também Comandante de Armas da província, cargo no qual ficou até 1848, tendo-o reassumido em 1850 interinamente.

Em 28 de agosto de 1850, foi nomeado comandante da 2ª Divisão do Exército do Sul, com o qual marchou para a Guerra contra Rosas. Em 1852 foi nomeado marechal, sendo designado comandante de armas do Rio Grande do Sul, ficando até 1856, e, novamente, de 1857 a 1865, quando irrompeu a Guerra do Paraguai.

Durante a invasão de Uruguaiana, manteve intenso debate com David Canabarro a respeito da necessidade de atacar o inimigo, enquanto Canabarro queria aguardar mais reforços. Após a rendição dos paraguaios em Uruguaiana foi enviado à corte, tomando diversos cargos administrativos. Foi Ministro da Guerra, entre 29 de setembro a 10 de novembro de 1870.

Em 1854 foi nomeado dignitário da Imperial Ordem do Cruzeiro; em 1859, da Imperial Ordem da Rosa e, em 1860, recebeu a grã-cruz da Imperial Ordem de Avis.

O marechal João Frederico Caldwell faleceu no Rio de Janeiro em 26 de fevereiro de 1873.

 
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