terça-feira, 24 de dezembro de 2013

MORRE, AOS 94 ANOS, MIKHAIL KALASHNIKOV, INVENTOR DO FUZIL AK-47

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Mikhail Kalashnikov estava internado em hospital de Izhevsk. Ele sofria de problemas no coração.


Mikhail Kalashnikov, inventor do fuzil de assalto AK-47, morreu aos 94 anos, informou nesta segunda-feira (23) o governo da República de Udmurtia, na Rússia, segundo o site "Rt.com".

Ele vinha sofrendo de problemas no coração nos últimos anos e estava internado sob tratamento intensivo em Izhevsk – onde a fábrica que produz as icônicas armas fica localizada – desde 17 de novembro.

Kalashnikov nunca chegou a terminar o ensino médio, mas conseguiu sucesso criando uma das armas mais conhecidas do mundo quando ainda estava em seus 20 anos.  Entretanto, conforme seus fuzis, muitas vezes chamados pelo sobrenome do criador, se tornavam cada vez mais comuns nas mãos de terroristas e radicais, o inventor muitas vezes era forçado se defender da imprensa.

 Fuzil AK-47, a obre prima de Kalashnikov


Ele foi questionado diversas vezes sobre um possível arrependimento de ter criado o AK-47. “Eu o inventei para a proteção de nosso país. Não tenho nenhum arrependimento e não carrego nenhuma responsabilidade sobre como os políticos o utilizaram”, afirmou uma vez.

Outras vezes, foi mais contido. “Sou orgulhoso de minha invenção, mas triste por seu uso por terroristas. Eu preferia ter inventado uma máquina que as pessoas pudessem usar e que ajudasse fazendeiros em seu trabalho – um cortador de grama, por exemplo.

Kalashnikov Foi condecorado com a medalha de herói da federação russa em 2009, maior título honorário do país.  Ele costumava dizer que sempre foi motivado por servir a seu país e que não obteve lucro direto com a produção dos fuzis– que chegaram a 100 milhões em todo o mundo. A maior fonte de renda de Kalashnikov era uma vodca que leva seu nome.

Fonte: G1

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segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

NOITE FELIZ NA TERRA DE NINGUÉM - A INCRÍVEL TRÉGUA DE NATAL NA 1ª GUERRA MUNDIAL

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No Natal de 1914, em plena Primeira Guerra Mundial, soldados ingleses e alemães deixaram as trincheiras e fizeram uma trégua. Durante seis dias, eles enterraram seus mortos, trocaram presentes e jogaram futebol
 
Por Bruno Leuzinger


Finalmente parou de chover. A noite está clara, com céu limpo, estrelado, como os soldados não viam há muito tempo. Ao contrário da chuva, porém, o frio segue sem dar trégua. Normal nesta época do ano. O que não seria normal em outros anos é o fedor no ar.  Cheiro de morte, que invade as narinas e mexe com a cabeça dos vivos – alemães e britânicos, inimigos separados por 80, 100 metros no máximo. Entre eles está a “terra de ninguém”, assim chamada porque não se sobreviveria ali muito tempo. Cadáveres de combatentes de ambos os lados compõem a paisagem com cercas de arame farpado, troncos de árvores calcinadas e crateras abertas pelas explosões de granadas. O barulho delas é ensurdecedor, mas no momento não se ouve nada. Nenhuma explosão, nenhum tiro. Nenhum recruta agonizante gritando por socorro ou chamando pela mãe. Nada.

E de repente o silêncio é quebrado. Das trincheiras alemãs, ouve-se alguém cantando. Os companheiros fazem coro e logo há dezenas, talvez centenas de vozes no escuro. Cantam “Stille Nacht, Heilige Nacht”. Atônitos, os britânicos escutam a melodia sem compreender o que diz a letra. Mas nem precisam: mesmo quem jamais a tivesse escutado descobriria que a música fala de paz. Em inglês, ela é conhecida como “Silent Night”; em português, foi batizada de “Noite Feliz”. Quando a música acaba, o silêncio retorna. Por pouco tempo.

Good, old Fritz!”, gritam os britânicos. Os “Fritz” respondem com “Merry Christmas, Englishmen!”, seguido de palavras num inglês arrastado: “We not shoot, you not shoot!”(“Nós não atiramos, vocês também não”).

Estamos em algum lugar de Flandres, na Bélgica, em 24 de dezembro de 1914. E esta história faz parte de um dos mais surpreendentes e esquecidos capítulos da Primeira Guerra Mundial: as confraternizações entre soldados inimigos no Natal daquele ano. Ao longo de toda a frente ocidental – que se estendia do mar do Norte aos Alpes suíços, cruzando a França –, soldados cessaram fogo e deixaram por alguns dias as diferenças para trás. A paz não havia sido acertada nos gabinetes dos generais; ela surgiu ali mesmo nas trincheiras, de forma espontânea. Jamais acontecera algo igual antes. É o que diz o jornalista alemão Michael Jürgs em seu livro Der Kleine Frieden im Grossen Krieg – Westfront 1914: Als Deutsche, Franzosen und Briten Gemeinsam Weihnachten Feierten (“A Pequena Paz na Grande Guerra – Frente Ocidental 1914: Quando Alemães, Franceses e Britânicos Celebraram Juntos o Natal”, inédito no Brasil).

Conhecido então como Grande Guerra (pouca gente imaginava que uma segunda como aquela seria possível), o conflito estourou após a morte do arquiduque Francisco Ferdinando. Herdeiro do trono do Império Austro-Húngaro, ele e sua esposa Sofia foram assassinados em Sarajevo, na Sérvia, no dia 28 de junho. O atentado, cometido por um estudante, fora tramado por um membro do governo sérvio. Um mês mais tarde, em 28 de julho, a Áustria-Hungria declarou guerra à Sérvia. As nações europeias se dividiram. Grã-Bretanha, França e Rússia se aliaram aos sérvios; a Alemanha, aos austro-húngaros. Nas semanas seguintes, os alemães invadiram a Bélgica, que até então se mantivera neutra, e, ainda em agosto, atravessaram a fronteira com a França. Chegaram perto de tomar Paris, mas os franceses os detiveram, em setembro.

Nos primeiros meses, a propaganda militar conseguiu inflar o orgulho dos soldados – de lado a lado. O fervor patriótico crescia paralelamente ao ódio pelos inimigos. Entretanto, em dezembro o moral das tropas já despencara. A guerra se arrastava havia quase um semestre. Os britânicos haviam perdido 160 mil homens até então; Alemanha e França, 300 mil cada. Para piorar, as condições nas trincheiras eram péssimas. O odor beirava o insuportável, devido às latrinas descobertas e aos corpos em decomposição. Estirados pela terra de ninguém, cadáveres atraíam ratazanas aos milhares. Era um verdadeiro banquete. Com tanta carne, elas engordavam tanto que algumas eram confundidas com gatos. Pior que as ratazanas, só os piolhos. Milhões deles, nos cabelos, barbas, uniformes. Em toda parte.

Quando chovia forte, a água batia na altura dos joelhos. Dormia-se em buracos escavados na parede e era comum acordar assustado no meio da noite, por causa das explosões ou de uma ratazana mordiscando seu rosto. Durante o dia, quem levantasse a cabeça sobre o parapeito era um homem morto. Os franco-atiradores estavam sempre à espreita (no final da tarde, praticavam tiro ao alvo no inimigo e, quando acertavam, diziam que era um “beijo de boa-noite”). O soldado entrincheirado passava longos períodos sem ter o que fazer. Horas e horas de tédio sentado no inferno. Só restava esperar e olhar para céu – onde não havia ratazanas nem cadáveres.

Soldados alemães e britânicos deixam-se fotografar juntos em uma das tréguas


O cotidiano de horrores foi minando a vontade de lutar. Uma semana antes do Natal já havia sinais disso. Foi assim em Armentières, na França, perto da fronteira com a Bélgica. Soldados alemães arremessaram um pacote para a trincheira britânica. Cuidadosamente embalado, trazia um bolo de chocolate e dentro, escondido, um bilhete. Os alemães pediam um cessar-fogo naquela noite, entre 19h30 e 20h30. Era aniversário do capitão deles e queriam surpreendê-lo com uma serenata. O bolo era uma demonstração de boa vontade. Os britânicos concordaram e, na hora da festa inimiga, sentaram no parapeito para apreciar a música. Aplaudidos pelos rivais, os alemães anunciaram o encerramento da serenata – e da trégua – com tiros para cima. Em meio à barbárie, esses pequenos gestos de cordialidade significavam muito.

Ainda assim, era difícil imaginar o que estava por vir. Na noite do dia 24, em Fleurbaix, na França, uma visão deixou os britânicos intrigados: iluminadas por velas, pequenas árvores de Natal enfeitavam as trincheiras inimigas. A surpresa aumentou quando um tenente alemão gritou em inglês perfeito: “Senhores, minha vida está em suas mãos. Estou caminhando na direção de vocês. Algum oficial poderia me encontrar no meio do caminho?” Silêncio. Seria uma armadilha? Ele prosseguiu: “Estou sozinho e desarmado. Trinta de seus homens estão mortos perto das nossas trincheiras. Gostaria de providenciar o enterro”. Dezenas de armas estavam apontadas para ele. Mas, antes que disparassem, um sargento inglês, contrariando ordens, foi ao seu encontro. Após minutos de conversa, combinaram de se reunir no dia seguinte, às 9 horas da manhã.

No dia seguinte, 25 de dezembro, ao longo de toda a frente ocidental, soldados armados apenas com pás escalaram suas trincheiras e encontraram os inimigos no meio da terra de ninguém. Era hora de enterrar os companheiros, mostrar respeito por eles – ainda que a morte ali fosse um acontecimento banal. O capelão escocês J. Esslemont Adams organizou um funeral coletivo para mais de 100 vítimas. Os corpos foram divididos por nacionalidade, mas a separação acabou aí: na hora de cavar, todos se ajudaram. O capelão abriu a cerimônia recitando o salmo 23. “O senhor é meu pastor, nada me faltará”, disse. Depois, um soldado alemão, ex-seminarista, repetiu tudo em seu idioma. No fim, acompanhado pelos soldados dos dois países, Adams rezou o pai-nosso. Outros enterros semelhantes foram realizados naquele dia, mas o de Fleurbaix foi o maior de todos.

Aquela situação por si só já era inusitada: alemães e britânicos cavando e rezando juntos. Mas o que se viu depois foi um desfile de cenas surreais. Em Wez Macquart, França, um britânico cortava os cabelos de qualquer um – aliado ou inimigo – em troca de alguns cigarros. Em Neuve Chapelle, também na França, os soldados indicavam discretamente para seus novos amigos a localização das minas subterrâneas. Em Pervize, na Bélgica, homens que na véspera tentavam se matar agora trocavam presentes: tabaco, vinho, carne enlatada, sabonete. Uns disputavam corridas de bicicleta, outros caçavam coelhos. Uma luta de boxe entre um escocês e um alemão foi interrompida antes que os dois se matassem. Alguém sugeriu um duelo de pistolas entre um alemão e um inglês, mas a idéia foi rechaçada – afinal, aquilo era um cessar-fogo.

 O jornal britânico The Daily Mirror registrou a trégua em primeira página


Porém, o melhor estava por vir. Nos dias 25 e 26, foram organizadas animadas partidas de futebol. Centenas jogaram bola nos campos de batalha. “Bola” em muitos casos era força de expressão; podia ser apenas um monte de palha amarrado com arame, ou uma lata de conserva vazia. E, no lugar de traves, capacetes, tocos de madeira ou o que estivesse à mão. Foi assim em Wulvergem, na Bélgica, onde o jogo foi só pelo prazer da brincadeira, ninguém prestou atenção no resultado. Mas houve também partidas “sérias”, com direito a juiz e a troca de campo depois do intervalo. Numa delas, que se tornou lendária, os alemães derrotaram os britânicos por 3 a 2. A vitória suada foi cercada de polêmica: o terceiro gol alemão teria sido marcado em posição irregular (o atacante estava impedido) e a partida, encerrada depois que a bola – esta de verdade, feita de couro – furou ao cair no arame farpado.

A maioria das confraternizações se deu nos 50 quilômetros entre Diksmuide (Bélgica) e Neuve Chapelle. Os soldados britânicos e alemães descobriam ter mais em comum entre si que com seus superiores – instalados confortavelmente bem longe da frente de batalha. O medo da morte e a saudade de casa eram compartilhados por todos. Já franceses e belgas eram menos afeitos a tomar parte no clima festivo. Seus países haviam sido invadidos (no caso da Bélgica, 90 por cento de seu território estava ocupado), para eles era mais difícil apertar a mão do inimigo. Em Wijtschate, na Bélgica, uma pessoa em particular também ficou muito irritada com a situação. Lutando ao lado dos alemães, o jovem cabo austríaco Adolf Hitler queixava-se do fato de seus companheiros cantarem com os britânicos, em vez de atirarem neles.

Naquele tempo, Hitler ainda não apitava nada. Entretanto, os homens que davam as cartas também não estavam nem um pouco felizes. Dos quartéis-generais, os senhores da guerra mandaram ordens contra qualquer tipo de confraternização. Quem desrespeitasse se arriscava a ir à corte marcial. A ameaça fez os soldados voltarem para as trincheiras. Durante os dias seguintes, muitos ainda se recusavam a matar os adversários. Para manter as aparências, continuavam atirando, mas sempre longe do alvo. Na noite do dia 31, em La Boutillerie, na França, o fuzileiro britânico W.A. Quinton e mais dois homens transportavam sua metralhadora para um novo local, quando de repente ouviram disparos da trincheira alemã. Os três se jogaram no chão, até perceberem que os tiros eram para o alto: os alemães comemoravam a virada do ano.

A trégua velada resistiu ainda por um tempo. Até março de 1915, alemães e britânicos entrincheirados em Festubert, na França, faziam de conta que a guerra não existia – ficava cada um na sua. Mas a lembrança das confraternizações foi aos poucos cedendo espaço para o ódio. A carnificina recrudesceu, prosseguindo até a rendição da Alemanha, em novembro de 1918, arrasando a Europa e deixando cerca de 10 milhões de mortos. Talvez a matança até valesse a pena, se a profecia do escritor de ficção científica H.G. Wells tivesse dado certo. O autor de A Máquina do Tempo escrevera em um ensaio que aquela seria “a guerra que acabaria com todas as guerras”. Wells, é claro, estava enganado. Os momentos de paz, como os do Natal de 1914, seriam escassos também ao longo de todo o século 20. A Grande Guerra tinha sido só o começo.

Fonte: Aventuras na História

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quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

PERSONAGENS DA HISTÓRIA MILITAR - MARECHAL KARL VON MACK LEIBERICH

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* 24/08/1752 – Nenslingen, Alemanha


+ 22/12/1828 – St. Pölten, Áustria





O Marechal Karl von Mack Leiberich ficou conhecido como o comandante do Exército Austríaco que se rendeu para o Grande Armée de Napoleão Bonaparte na Batalha de Ulm, em 1805. Por causa da derrota, foi levado à corte marcial e condenado a dois anos de prisão.




Começo da carreira


Em 1770, Karl Mack se juntou a um regimento austríaco de cavalaria, no qual que seu tio Leiberich era comandante de esquadrão, tornando-se oficial sete anos depois. Durante a breve Guerra da Sucessão da Baviera, foi selecionado para o serviço com o conde Kinsky, com quem, posteriormente, com o comandante-em-chefe marechal de campo conde Lacy, fez um excelente trabalho. Foi promovido a primeiro-tenente, em 1778, e a capitão em 1783. Em 1785, casou com Katherine Gabrieul, e recebeu o título de barão, com o nome de Mack von Leiberich. 


Na Guerra Turca, Mack foi contratado para o quartel-general da campanha, tornando-se, em 14 de maio de 1788, o principal assessor de campo pessoal do imperador e, em 1789, promovido a tenente-coronel. Destacou-se no ataque a Belgrado e, pouco depois, por divergências entre Mack e Loudon, agora comandante-em-chefe, respondeu a uma corte marcial e teve que se retirar do exército. Tempos depois, no posto de coronel recebeu a Ordem de Maria Teresa e, em 1790, Loudon e Mack, após reconciliação, voltaram à guerra juntos. Durante essas campanhas, Mack foi ferido gravemente na cabeça, do que nunca se recuperou totalmente. Em 1793, assumiu o cargo de intendente-geral, sob as ordens de Josias de Saxe-Coburg, comandante na Holanda. O jovem Charles, arquiduque da Áustria, que ganhou seus próprios louros em ação, escreveu depois da batalha: "Acima de tudo temos de agradecer ao coronel Mack por estes êxitos".




Guerras revolucionárias francesas


Mack distinguiu-se novamente em Neerwinden e teve um papel de liderança nas negociações entre Josias de Saxe-Coburg e Charles François Dumouriez. Continuou a servir como intendente-geral, e foi feito chefe titular (Inhaber) de um regimento e, em 24 de fevereiro de 1794, foi promovido a major-general. No mesmo ano, em ação novamente, recebendo um ferimento em Famars. Com o fracasso dos aliados, por fatores políticos e militares e de ideais, sobre os quais Mack não tinha controle, somados aos insucessos de março-abril de 1793, que tinham a ele sido imputados, caiu em desgraça. Reabilitado, em 1797 foi promovido a tenente-marechal e, no ano seguinte, aceitou, a pedido pessoal do imperador, o comando do exército napolitano. Mas, com o poderio pouco promissor de seu novo comando, ele não pôde fazer frente às tropas revolucionárias francesas, e em pouco tempo, estava em perigo real de ser assassinado por seus próprios homens, refugiando-se no acampamento francês. Foi-lhe prometido passe livre para seu próprio país, entretanto, Napoleão ordenou que ele deveria ser enviado à França como prisioneiro de guerra. 


Bandeira imperial austríaca





Intervenção na República Romana


A República Romana foi uma das repúblicas "irmãs" filofrancesas e jacobinas proclamadas em seguida às conquistas por Napoleão Bonaparte, logo após a Revolução Francesa.


Em 10 de fevereiro de 1798, as tropas francesas, comandadas por Louis Alexandre Berthier, invadiram a cidade de Roma, dando início à ocupação da cidade. O pretexto foi o assassinato de um general da embaixada francesa, Mathurin-Léonard Duphot, ocorrido em 28 de dezembro de 1797, durante um tumulto popular provocado por alguns revolucionários italianos e franceses.


O general Berthier marchou sobre a cidade sem encontrar resistência, ocorrendo o saque dos tesouros de arte do Vaticano. Em 15 de fevereiro de 1798, foi declarado o fim do poder temporal do papa Pio VI e foi proclamada a República Romana, com o modelo francês. Poucos dias depois, em 20 de fevereiro, o Papa foi expulso da cidade. Morreu no exílio na França no ano seguinte. Em 25 de fevereiro, ocorreu uma revolta popular que foi duramente reprimida pelos franceses.


Em 7 de março de 1798, a República Tiberina e a República Anconitana foram anexadas à República Romana. Em 20 de março de 1798 foi promulgada, sob o modelo francês, a constituição da nova república, que previa a eleição de um tribunato de 72 membros e um senado de 32, que teriam o poder legislativo e que designariam cinco cônsules aos quais era delegado o poder executivo. Mas, na realidade, os franceses comandavam.


O novo regime foi acolhido friamente pela população romana, que, depois de sofrer o saque que acompanhou a tomada da cidade, devia suportar os pesados impostos requeridos pelos dirigentes franceses.


Em 28 de novembro de 1798, a República Romana foi invadida pelo exército napolitano, com 70.000 homens ao comando do general austríaco Karl von Mack apoiados pela frota britânica do almirante Horatio Nelson, que tentava restaurar a autoridade papal. Depois de seis dias, Fernando IV de Nápoles entrou em Roma como conquistador. Mas, em 14 de dezembro do mesmo ano, uma imediata e resoluta contraofensiva francesa obrigou os napolitanos a uma retirada. Os franceses entraram em Nápoles em 23 de janeiro de 1799 e instituíram a República Napolitana.


Em 19 de setembro de 1799, os franceses abandonaram Roma, reocupada em 30 de setembro pelos napolitanos, que assim puseram fim à República Romana.




Guerra da Terceira Coalizão


O Marechal Mack capitulou com seu exército em Ulm, em 20 de outubro de 1805, depois de ser envolvido completamente pelas tropas francesas de Napoleão, sendo, novamente, feito prisioneiro de guerra.  Dois anos depois, escapou de Paris disfarçado. A alegação de que ele quebrou a condicional é falsa. Mack não recebeu nenhum comando por alguns anos, mas, quando a convenção de guerra no tribunal austríaco precisava de um general para se opor à política de paz do arquiduque Charles, Mack foi feito intendente-geral do exército, com instruções para se preparar para uma guerra contra a França. Ele fez o possível dentro do curto tempo disponível para a reforma do exército, e no início da guerra de 1805, foi feito intendente-geral pelo comandante-em-chefe na Alemanha, o arquiduque Ferdinando José. Ele foi o verdadeiro comandante responsável pela oposição ao exército de Napoleão Bonaparte na Baviera, mas suas posições de batalha foram mal definidas devido ao pouco respeito à sua autoridade pelos oficiais de menor patente.


Após a Batalha de Ulm, em 1805, Von Mack rende-se a Napoleão Bonaparte

  



Corte marcial


Após a batalha de Austerlitz, Mack foi julgado por uma corte marcial, retirando-se de fevereiro de 1806 até junho de 1807, e condenado a ser privado da sua posição, seu regimento, da Ordem da Maria Teresa, e ainda preso por dois anos.  Mack foi libertado em 1808, e, em 1819, quando a vitória final dos aliados havia apagado da memória os desastres anteriores, ele foi a pedido do príncipe Schwarzenberg, reintegrado ao exército como tenente-marechal e como membro da Ordem de Maria Teresa. 


Kar Von Mack faleceu em St. Pölten, na Baixa Áustria, em 1828.


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terça-feira, 10 de dezembro de 2013

IMAGEM DO DIA - 10/12/2013

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Posto de comando de um regimento de fuzileiros navais nas areias vulcânicas de Iwo Jima, 1945.



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quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

LOCALIZADO SUBMARINO JAPONÊS AFUNDADO AO LARGO DO HAVAÍ NA 2ª GM

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Pesquisadores americanos encontraram um submarino japonês naufragado no litoral da ilha de Ohau, no Havaí. O I-400 havia sido apreendido pelos EUA após a Segunda Guerra Mundial. Em comunicado, a Universidade de Manoa declara que a descoberta soluciona o mistério que data da Guerra Fria – o navio desapareceu em 1946.

No comunicado, o diretor de operações do  Hawaii Undersea Research Laboratory, Terry Kerb, afirma que “[o I-400] foi o primeiro de uma classe de apenas três unidades construídas, é um submarino único e de grande valor histórico”. E completa: “encontrá-lo nesse local foi inesperado. Todas as nossas pesquisas indicavam que ele estaria mais longe da costa.”

Com 122 metros de comprimento, o I-400 foi o maior submarino construído antes das embarcações de propulsão nuclear, introduzidas na década de 1960. Segundo pesquisadores envolvidos na descoberta, o navio podia dar uma volta e meia ao redor do globo sem precisar reabastecer, e apresentava tecnologias de ponta para a época – era capaz de transportar três planadores bombardeiros que podiam ser lançados assim que o navio emergisse, e cada planador carregaria uma bomba de 816 quilos que poderia ser lançada em solo americano.

O I-400 no fundo do mar ao largo do Havaí


De acordo com James Delgado, diretor do US National Oceanic and Atmospheric Administration’s Maritime Heritage Program que participou dos mergulhos que encontraram o I-400, "a capacidade de combate aéreo a partir de submarinos de longa distância representou uma mudança tática na doutrina da época para esses navios." Para Delgado, o hangar hermético gigante do submarino era um avanço tecnológico que se refletiria no na tecnologia dos SSBNs americanos para lançamento de mísseis balísticos no início da era da propulsão nuclear.

O I-400 pertencia à classe conhecida como Sen Toku, e foi um dos cinco submarinos japoneses capturados pelos EUA no final da Segunda Guerra e levado para Pearl Harbor para inspeção. Em 1946 os soviéticos exigiram acesso aos navios apreendidos, sob os termos do tratado que encerrava o conflito, mas a US Navy afundou as unidades, alegando a Moscou não saber onde estavam.

Conforme o comunicado da Universidade de Manoa, os pesquisadores encontraram o classe Sen Toku em uma área de mais de 700 metros de água em agosto deste ano. Porém, o anúncio só foi feito na última segunda-feira (02), após consulta ao Departamento de Estado do governo americano e ao governo japonês.

 Fonte: Poder Naval

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sexta-feira, 29 de novembro de 2013

IPHAN TOMBA O MONUMENTO DOS MORTOS DA 2ª GUERRA MUNDIAL

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O Monumento aos Mortos da Segunda Guerra, no Parque do Flamengo, foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). A medida foi publicada no Diário Oficial da União de 19 de novembro, três anos após o Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, do Iphan, apreciar o pedido de tombamento. Segundo o instituto, a demora para a comunicação se deveu a trâmites burocráticos.

O conjunto é conhecido como Monumento aos Pracinhas. Projeto dos arquitetos Marcos Konder Netto e Hélio Ribas, foi construído entre 1957 e 1960 em memória aos que combateram na  Itália. Já o Parque do Flamengo foi inaugurado em 1965.  O monumento é composto por três obras: um avião em metal de Júlio Catelli Filho, que homenageia a Força Aérea; uma estátua em granito de Alfredo Ceschiatti, representando os pracinhas das três armas; e um painel de azulejos de Anísio Medeiros, que lembra combatentes e civis mortos em operações navais.

Já o Pórtico Monumental, com 31 metros de altura e primeira obra do país com uso do concreto aparente, simboliza duas mãos erguidas para o céu levando os pracinhas mortos -  há 468 túmulos no subsolo. O local ainda tem um museu com equipamentos da Força Expedicionária Brasileira (FEB).

Fonte: O Globo


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quinta-feira, 21 de novembro de 2013

UNIFORMES - REAL CORPO DE AVIAÇÃO

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Exército Britânico
Real Corpo de Aviação
Capitão-aviador
França, 1918


O Real Corpo de Aviação (Royal Flying Corps), pertencente ao Exército Britânico, foi o embrião da Real Força Aérea Britânica (RAF), uma das primeiras forças aéreas independentes a serem constituídas. 

 Normalmente, a túnica Modelo 1914 era utilizada em conjunto com calça comprida no uniforme de serviço ou nos momentos de folga.  Os aviadores costumavam usar vários tipos de bengalas sem punho, ou de bastão com pomo, às vezes, feitos com peças de madeira retiradas de aviões abatidos.  

O oficial ao lado ostenta um galão em "V" invertido Star 1914, expedido em 1917.  cada galão de serviço costurado à manga direita da túnica indica um ano de serviço na unidade operacional; o vermelho é relativo ao ano de 1914 e os azuis aos anos subsequentes do conflito.

No peito, está o brevê de piloto de combate do RFC.


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