segunda-feira, 26 de agosto de 2013

A VOLTA DE UM FANTASMA - O AFUNDAMENTO DO CRUZADOR "BAHIA"

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Publicamos ontem uma reportagem do Jornal do Commercio com um ex-tripulante do cruzador Rio Grande do Sul, unidade da Marinha do Brasil que resgatou os náufragos do cruzador Bahia, que acabara de afundar.  Na matéria, foi questionada a versão existente no livro Um Porto Distante, do pesquisador Paulo Paiva.

A título de um novo olhar sobre o naufrágio do Bahia, transcrevemos a seguir outra matéria do mesmo jornal, de autoria do jornalista Renato Mota, trazendo a hipótese defendida por Paulo Paiva em sua pesquisa.




domingo, 25 de agosto de 2013

MEMÓRIA VIVA DE RESGATE DE NAVIO

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Ex-militar acreano de 91 anos estava a bordo do cruzador destacado para socorrer sobreviventes do Bahia, que afundou perto dos Rochedos São Pedro e São Paulo


Mesmo 68 anos depois do ocorrido, o naufrágio do cruzador Bahia ainda está marcado na memória do ex-militar Raymundo Leite, de 91 anos, que mora no Ibura, Zona Sul do Recife. Assim que viu a foto publicada na edição de domingo passado do (no alto à direita), em reportagem sobre a história da tragédia, reconheceu o momento retratado.

Essa foto foi feita do navio em que servi durante a Segunda Guerra, o cruzador Rio Grande do Sul, que era gêmeo do Bahia. Ela retrata o momento em que resgatamos quatro marinheiros de uma barca que estava à deriva na região do naufrágio”, relembra Raymundo. O navio afundou perto dos Rochedos de São Pedro e São Paulo, no Oceano Atlântico, ao norte de Fernando de Noronha.

O ex-militar acreano conta que, apesar de a barca conter quatro tripulantes do Bahia (que vitimou 346 pessoas), só dois marinheiros retornaram ao Recife com vida. “Um deles já estava morto quando encontramos o barco. Os outros estavam muito fracos, e um deles morreu ainda no nosso navio”, conta. Além da fome e da sede, os náufragos ainda sofriam com outro perigo: os tubarões. “O barco deles estava cercado quando os encontramos. Uns colegas mataram alguns dos bichos a tiros de rifle, mas o sangue só atraiu mais tubarões.”
Raymundo ganhou das Forças Armadas uma medalha de duas estrelas pelos 200 dias de participação no conflito, todos eles à bordo do Rio Grande do Sul. 

Como o cruzador era idêntico ao Bahia, o militar da reserva discorda da teoria defendida pelo escritor pernambucano Paulo Afonso Paiva, em seu livro O porto distante, de que o navio teria sido afundado por submarinos alemães. “Acredito que tenha sido um acidente. Os canhões antiaéreos dos cruzadores realmente tinham uma proteção que impedia que se alvejasse o convés, mas só foi instalada posteriormente”, explica Raymundo.

Além disso, pela experiência do ex-militar, um torpedeamento não teria atingido a popa do cruzador. “O Bahia estava muito exposto, e certamente teria sido atingido de lado. Acertar um torpedo na popa é mais difícil, e as bombas de profundidade ficam justamente lá, e poderiam muito facilmente terem sido atingidas por acidente”.

Fonte: Jornal do Commércio

 

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sexta-feira, 23 de agosto de 2013

IMAGEM DO DIA - 23/08/2013

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Dois meses antes do ataque japonês contra Pearl Harbor, quatro destróieres do 3º Esquadrão de Destróieres atracados em San Diego.  Lado a lado estão os destróieres USS Case (DD-370), USS Cummings (DD-365); USS Shaw (DD-373) e USS Tucker (DD-374).


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LIVRO - OS SENHORES DA GUERRA



Em Os Senhores da Guerra, Simon Berthon e Joanna Potts recontam a Segunda Guerra Mundial através da vida de quatro grandes líderes: Hitler, Stalin, Churchill e Roosevelt. Enquanto suas nações travavam batalhas com armas, eles lutavam com suas mentes, mudando o curso da história com pensamentos e ações. Os autores do livro partem do princípio de que as decisões pessoais dos quatro também determinaram a eclosão, o curso e as consequências da guerra entre 1939-45.


Hitler decidiu sozinho invadir a Polônia; no verão de 1940 no hemisfério norte, foram unicamente suas avaliações que levaram ao confronto com a União Soviética. Stalin fez um pacto com Hitler; foi sua análise psicológica e estratégica que o fez concluir que Hitler não invadiria a União Soviética em 1941, deixando a Alemanha indefesa. Provavelmente teria havido um desdobramento diferente para o verão de 1940 se Halifax, e não Churchill, tivesse se tornado primeiro-ministro britânico naquele funesto 10 de maio. E por mais que Roosevelt tenha se esquivado antes de finalmente ser empurrado à guerra, foi ele quem decidiu que a Alemanha nazista, e não o Japão, era o inimigo número 1; e foi ele quem apostou pessoalmente na generosidade desmedida como maneira de conquistar a colaboração de Stalin na criação de um mundo pós-imperial de paz e nações livres.

Esses quatro homens estiveram à frente das ideologias dominantes do século XX enquanto elas colidiam durante a Segunda Guerra Mundial: totalitarismo de direita e esquerda, democracia liberal, democracia social, colonialismo europeu e imperialismo econômico. Na guerra entre essas ideologias, dezenas de milhões de pessoas lutaram e morreram.

Os Senhores da Guerra é um livro sobre as relações sempre inconstantes de quatro chefes de Estado e suas guerras particulares.
 
 
Os senhores da guerra.  Simon Berthon e Joanna Potts. Record, 448 págs.
 
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INVASÕES GERMÂNICAS NA PENÍNSULA IBÉRICA

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No inverno de 406, aproveitando a fusão do rio Reno, Vândalos, Suevos e Alanos invadiram o Império Romano. Ao cabo de três anos, cruzaram os Pirineus e chegaram à península Ibérica

A desagregação de Roma alastrou-se a todas as províncias, onde veio a abalar o poder político e a paz. Na Península Ibérica, parece desaparecer a estrutura provincial. A crise da política imperial conduziu à divisão do império. Em 395, Arcádio governava Império Oriental, enquanto Honório governava o Império Ocidental. Em 407, o general comandante das legiões romanas nas Ilhas Britânicas autoproclamou-se Imperador do Ocidente, com o nome de Constantino III.

Neste período de grande instabilidade e confusão, iniciou-se a invasão de grupos germânicos que, com o aparecimento dos Hunos, tinham sido deslocados dos seus territórios. Esta grande invasão consistiu numa movimentação continuada e demorada que, historicamente, se diz ter-se iniciado a 31 de Dezembro de 406.

Nesta fase, os povos que entraram no império eram oriundos de diferentes regiões (Vândalos, Suevos, Alanos, etc.) e não encontraram grande resistência por parte das guarnições romanas. Os Bárbaros entraram nas províncias romanas sem encontrar uma forte oposição organizada. Mas, quando chegaram à linha dos Pirenéus, debateram-se com Exércitos constituídos pelos servos ao serviço dos proprietários desses grandes latifúndios.

Invasões germânicas na Península Ibérica

Entre 407 e 408, a Hispânia manteve a sua defesa, enquanto as tribos bárbaras deambulavam pela Gália. Contudo, em 409, a pressão aumentou sobre as forças que defendiam os Pirenéus. Apesar disso, não foram os Bárbaros, mas os Romanos (partidários de Constantino III) que atacaram e aprisionaram estes homens, abrindo caminho às hordas de bárbaros que invadiram e saquearam a Península Ibérica. A região era mais pobre do que a Gália e, submetida à pilhagem, nela espalhou-se a fome, que dois anos depois atingiu também os invasores.

Entre os Bárbaros surgiu uma tribo germânica que se instalou na Península Ibérica. Os Visigodos vinham da Europa Oriental, mas representavam já uma segunda geração romanizada. Este povo, que teve em Alarico um grande líder, chegou em 415 com Ataulfo à Tarraconense como aliado dos Romanos. Os Visigodos pagaram o direito de ocupar a terra da Hispânia, com a obrigação de guerrear com outros Bárbaros que ali se tinham instalado. Mediante um tratado com os Romanos, instalaram-se numa parte da Península Ibérica e no Sul da Gália. A sua intervenção veio contribuir para agravar o clima de violência vivido no século V, ao envolverem-se com outros povos germânicos que estavam a chegar a estes territórios.

Os Vândalos disputavam com os Suevos a posse de algumas regiões montanhosas no Norte, mas voltaram-se para sul, passando por uma grande parte daquilo que veio a ser o território português, até chegarem a Mérida. Em 426 eram senhores da Bética, contudo, a fome obrigou-os a passar Gibraltar em 429.

Os Alanos e alguns Vândalos que foram derrotados pelos Visigodos e os restantes fugitivos foram juntar-se aos Suevos, que se mantinham no Noroeste da Península (entre o Douro e Mar Cantábrico).

Os Suevos terão sido marcantes na Península. Entre os invasores, apenas os suevos apresentavam uma organização política. O bispo Idácio não descreve de uma forma muito simpática os Suevos, porque foi atingido pela sua violência quando presidia à comunidade cristã de Chaves. Nos seus relatos refere que os Bárbaros protegiam os rudes camponeses que, nos castros, continuavam fiéis à memória de Prisciliano.


Cavaleiros suevos em batalha


Idácio descreve a expansão dos Suevos até Lisboa, o que significava que o Rio Douro tinha sido transposto pela primeira vez como fronteira natural entre duas regiões politicamente diferentes. A Galécia e a Lusitânia apareciam unidas num espaço que viria, mais tarde, a ser o núcleo inicial de Portugal.

Ele diz-nos que Lisboa foi entregue sem guerra aos Suevos. Certo é que o Rei suevo Réquila (438-448) saiu da Galiza e conquistou Mérida, cercou Mértola e ocupou Sevilha. Requiário (448-456), seu sucessor, continuou a expansão e casou-se com a filha de Teodorico; invadiu a Tarraconense, vindo depois a assinar um tratado de paz com os Romanos e com os visitados, o que não o impediu de voltar a guerrear. Entrou na Gália e ameaçou Tolosa, a capital dos Visigodos. Perante esta ameaça sueva, Visigodos e Romanos uniram-se para derrotar Requiário, que se refugiou em Braga, cidade que não escapou ao saque. Em 457, o líder suevo era definitivamente derrotado pelos seus inimigos.


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terça-feira, 13 de agosto de 2013

O BRASIL PERDE UM HERÓI



Em dois dias, duas grandes perdas para a Força Aérea Brasileira. Um dia depois do acidente com o Super Tucano da Esquadrilha da Fumaça, faleceu hoje, 3ª feira, na cidade do Rio de Janeiro, o Brigadeiro Rui Moreira Lima, herói do 1° Grupo de Aviação de Caça na campanha da Itália, durante a 2ª Guerra Mundial.

 Estive com o Brigadeiro Rui no ano passado, durante o I Seminário Nacional da História da Aviação, no ano passado, na Unifa.
 
 
A seguir, a nota oficial do Comando da Aeronáutica:

 
"NOTA OFICIAL – COMANDO DA AERONÁUTICA
O Comando da Aeronáutica lamenta informar o falecimento do Major-Brigadeiro do Ar Rui Moreira Lima, ocorrido na manhã de 13 de agosto na cidade do Rio de Janeiro. O herói de guerra morreu às 3h30 no Hospital Central da Aeronáutica, onde estava internado havia dois meses.

O velório será realizado a partir das 11h30 no auditório do Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica (INCAER), na Praça Marechal Âncora, 15-A, no Centro do Rio de Janeiro. O sepultamento está marcado para as 16 horas no Cemitério São João Batista, no bairro de Botafogo.

Nascido na cidade de Colinas em 12 de junho de 1919, o Major-Brigadeiro do Ar Rui ingressou nas Forças Armadas em 31 de março de 1939. Foi piloto de combate no 1° Grupo de Aviação de Caça da Força Aérea Brasileira durante a Segunda Guerra Mundial. Durante o combate, executou 94 missões. Posteriormente, foi comandante da Base Aérea de Santa Cruz.

É o autor do livro Senta a Pua!, no qual conta as memórias dos combates no teatro de operações na Itália. Posteriormente, o livro ganhou uma versão em documentário, com o mesmo nome.

Brasília, 13 de Agosto de 2013.

Brigadeiro do Ar Marcelo Kanitz Damasceno
Chefe do Centro de Comunicação Social da Aeronáutica"


 
À família e à FAB, os nossos sentimentos e a certeza da missão muito bem cumprida. Senta a Pua!
 
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quarta-feira, 7 de agosto de 2013

II ENCONTRO DE ESCRITORES E JORNALISTAS DE AVIAÇÃO

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Encontro nacional de literatura aeronáutica se internacionaliza


Evento acontece nos dias 9 e 10 de agosto na APVE em São José dos Campos (SP) com presença de editoras e autores nacionais e estrangeiros.


 Em sua segunda edição, o Encontro de Escritores e Jornalistas de Aviação começou a se internacionalizar. O evento terá a presença de jornalistas e escritores latino-americanos e aguarda um grande público no dia 10 de agosto, na sede da APVE - Associação de Pioneiros e Veteranos da Embraer, em São José dos Campos (SP), quando importantes escritores e jornalistas especializados em aviação autografam suas obras e conversam com os visitantes.

Estão confirmados 25 escritores nacionais e a presença da editora argentina Halcones Book, uma das maiores no setor na América do Sul e com 60 títulos em catálogo.

Durante o evento também será comemorado o 40º aniversário de entrega dos primeiros aviões Bandeirante. Serão homenageados o publisher e editor-chefe da revista Flap Internacional, Carlos André Spagat, pelos 50 anos da publicação, e o jornalista e escritor Jackson Flores Jr (homenagem póstuma), pelo conjunto da obra, além de haver a exposição produzida pela Embraer "Ozires Silva".

A venda e a divulgação de livros, revistas, jornais, sites e blogs relacionados ao tema acontecerá no sábado, dia 10, das 9h30 às 17h30. Segundo a diretora cultural da APVE, Neide Pereira Pinto, a procura por jornalistas, escritores e editoras dos países vizinhos abrirá uma nova possibilidade para as edições futuras.

"O público ligado a aviação é muito dedicado ao assunto. Mesmo sendo um encontro nacional surgiram interessados da Argentina e do Uruguai. Acredito que na próxima edição tenhamos essas fronteiras expandidas", observou a diretora.

O objetivo de reunir escritores, jornalistas e editoras ligados à aviação é incentivar a preservação da história da aviação, principalmente a brasileira, e dar visibilidade às suas publicações, sejam elas de cunho literário ou jornalístico, além de permitir um contato mais próximo com o público.

Pela primeira vez no Brasil, estarão reunidos em um só lugar diversos números de revistas e mais de 60 títulos sobre aviação de autores já consagrados como Ozires Silva, Lucita Brisa, Roberto Pereira de Andrade, Ten Brig Nelson de Souza Taveira, Décio Fischetti, Luiz Fernando Cabral e Daniel Calazans e os mais recentes lançamentos de Mauro Lins de Barros (Museu Aeroespacial – 40 anos), Carlos Roberto Carvalho Daróz (Um Céu Cinzento – a História da Aviação na Revolução de 1932) e da Adler Editora (Sombras da Noite e o volume I de Aviões Alemães no Brasil).

O II Encontro de Escritores e Jornalistas de Aviação é uma realização da Diretoria Cultural da APVE com o apoio da Embraer e dos hotéis Ibis e Mercure.


Contatos para informação:

Alessandra Canelas Davoli – Coordenadora de Eventos Culturais APVE
(12) 3925-5209
alessandra@apve.com.br

Neide Pereira Pinto – Diretora Cultural APVE
(12) 3322-9113 e 9757-4315
neide@somoseditora.com.br

Assessoria de imprensa:

Rosi Masiero
(12) 8134-0994 / 3949-2908
romamao@gmail.com

Realização: Diretoria Cultural APVE


 
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EXPOSIÇÃO SOBRE A FEB EM VINHEDO-SP

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A exposição “F.E.B. – Verás que um filho teu não foge à luta” acontecerá no Memorial do Imigrante, em Vinhedo, do dia 04/09 a 20/11 e contará com um enorme acervo sobre a participação brasileira na Segunda Guerra Mundial. O objetivo da exposição é relembrar a campanha do Brasil durante a Segunda Guerra Mundial e a história de seus 25.334 combatentes.

 Para isso serão expostos os seguintes materiais: medalhas de campanha, documentos originais da época, fotografias, diplomas de medalha, flâmulas, jornais de campanha, arquivos em áudio e um acervo de figuras da empresa Eucalol que contam a história da gloriosa Força Expedicionária Brasileira. A jornalista Analice Sauerbronn Reina é a idealizadora e organizadora da exposição. A pesquisa que deu fruto a essa exposição já dura oito anos e surgiu com intuito de recuperar a memória de seu avô, Waldemar Soares de Almeida, 3º Sargento, integrante da F.E.B. 

O evento conta com o apoio da Prefeitura de Vinhedo e da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo da cidade.

 
Serviço:
Exposição: F.E.B. – Verás que um filho teu não foge à luta
Local – Memorial do Imigrante – Av. dos Imigrantes, s/n, Portal – Vinhedo
Data: 04/08 a 20/11

Horário de Funcionamento: Segunda a sexta de 09:00 às 16:00 Sábados, Domingos e Feriados: 10:00 às 16:00